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Carlos Alberto Torres

CARLOS ALBERTO TORRES
(72 anos)
Jogador de Futebol, Técnico e Comentarista Esportivo

☼ Rio de Janeiro, RJ (17/07/1944)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/10/2016)

Carlos Alberto Torres foi um futebolista, treinador e comentarista esportivo brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 17/07/1944. Em sua longa carreira, atuou como lateral-direito, tendo sido um dos símbolos do clássico futebol brasileiro, eternizado pela conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970 no México.

Considerado um dos maiores jogadores da história em sua posição, ele foi o capitão da Seleção Brasileira que ganhou a Copa do Mundo de 1970, no México, ficando conhecido como o "Capitão do Tri". No que diz respeito aos clubes, Carlos Alberto Torres jogou pelo Fluminense, Botafogo, Flamengo, California Surf, Santos e New York Cosmos. Ele foi o companheiro de Pelé nos últimos dois clubes.

Carioca de Vila da Penha, Carlos Alberto Torres foi revelado pelo Fluminense, sendo medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1963, disputados em São Paulo, e foi campeão do Campeonato Carioca de 1964. Logo depois, se transferiria para o Santos.

Quando Carlos Alberto Torres chegou na Vila Belmiro em 1965, o Santos atravessava o seu apogeu, com conquistas como o bicampeonato da Copa Libertadores da América e do Mundial de Clubes.


Muitos cronistas dizem que ele foi um dos maiores laterais-direitos de todos os tempos. Tinha habilidade, respeito dos companheiros e, como uma de suas características principais, uma forte personalidade.

Pelo Santos foi pentacampeão paulista em 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973, ano em que conquistou seu último título pelo time da Vila Belmiro.

Em 1971, atuou por empréstimo com a camisa do Botafogo em 22 jogos, onde também se destacou nos 3 meses que por lá passou.

Em 1976 retornou ao Fluminense, onde fez parte do time que ficou conhecido como a "Máquina Tricolor", sendo bicampeão carioca no Campeonato Carioca de Futebol de 1976, semifinalista do Campeonato Brasileiro de 1976, depois passando pelo Flamengo.

Carlos Alberto Torres marcou sua história em todos os times que jogou, pois conseguiu se firmar e ganhar respeito em vários times de craques, mesmo na Seleção Brasileira tricampeã de 1970, onde era um dos líderes e o capitão da equipe.

Em março de 2004, Carlos Alberto Torres foi nomeado por Pelé um dos 125 melhores jogadores vivos do mundo.

Seleção Brasileira

Em 1964, um Pacaembu lotado vaiou quando a Argentina goleou o Brasil na final da Taça das Nações. "Meteram duas ou três bolas aqui atrás, não houve cobertura e quase que eu fui crucificado", contou. O técnico Vicente Feola disse que Carlos Alberto Torres era indisciplinado. O veterano Djalma Santos recuperou o posto de titular.

Cortado da Seleção Brasileira que fracassou na Copa de 1966, Carlos Alberto Torres voltou em 1968 como capitão.

"Não temos ninguém que se aproxime, que possa chegar perto de exercer essa liderança com naturalidade que ele exercia, em uma geração que nunca tivemos igual no futebol brasileiro. Buscar outro Carlos Alberto Torres é impossível, mas tem que se espelhar nele!"
(Galvão Bueno)

Carlos Alberto Torres era dono de uma personalidade marcante e de muita elegância em campo. Tinha um estilo de liderança que não poupava ninguém de suas críticas - nem mesmo Pelé, que é 4 anos mais velho.

Carlos Alberto Torres não era capitão apenas na hora do cara ou coroa. Ele foi um dos que pediram a Zagallo a escalação de Everaldo no lugar de Marco Antônio, então com 19 anos e inexperiente demais, na avaliação do grupo.

Um episódio que demonstra bem seu estilo de liderança, aconteceu na partida que o Brasil venceu a Inglaterra por 1x0 na Copa de 1970. Carlos Alberto Torres abandonou a posição só para dar uma entrada mais forte no ponta inglês Francis Lee, que tinha chutado o rosto de Félix. Depois do lance, Francis Lee sumiu do jogo.

Clodoaldo, Carlos Alberto Torres e Felix
Como Treinador

Em seu primeiro ano como treinador, já se consagrou Campeão Brasileiro pelo Flamengo. Foi treinador do Fluminense no bicampeonato carioca, em 1984.

Em 1985, foi bicampeão pernambucano pelo Clube Náutico Capibaribe.

Em 1993 foi campeão da Copa Conmebol pelo Botafogo.

Carreira Política e Vida Pessoal

Na política, Carlos Alberto Torres era filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Foi vereador de 1989 a 1993, ocupando a vice-presidência e a primeira secretaria da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro.

Em 2008 tentou uma vaga para vice-prefeito da capital fluminense, na chapa de Paulo Ramos, não se elegendo.

Carlos Alberto Torres foi casado três vezes: com Sueli, mãe dos seus filhos Andréa e Alexandre Torres, também jogador, com a atriz Terezinha Sodré e com Graça, sua ultima esposa.

Morte

Carlos Alberto Torres morreu aos 72 anos, na terça-feira, 25/10/2016, vítima de um infarto fulminante em sua casa, no Rio de Janeiro, RJ. Ele fez sua última aparição no SporTV, onde era comentarista, apenas dois dias antes de sua morte, quando participou do programa "Troca de Passes".

Carlos Alberto Torres ainda foi levado para o Hospital Riomar, onde chegou por volta das 11h00 com parada cardiorrespiratória, mas as tentativas de reanimá-lo foram em vão. O detalhe é que Carlos Alberto Torres tinha um irmão gêmeo, Carlos Roberto, falecido há um mês.

Seu corpo foi velado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, e o enterro aconteceu na manhã de quarta-feira, 26/10/2016, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

"Tudo foi feito, mas não teve reanimação. Foi provavelmente um infarto agudo do miocárdio. Algumas vezes obtemos êxito. Teríamos condições de reanimar com procedimento, mas ele não nos deu essa chance. Ele já tinha algumas doenças que poderiam levar a esse fato. Sem contar a idade, 72 anos. Chegou acompanhado da esposa, desacordado, sem nenhuma resposta e sem sinais de vida naquele momento. As manobras foram adotadas naquele momento, mas não obtivemos resposta. É lamentável." - disse o médico Marcelo Meucci.

Títulos

Como Jogador:

Fluminense
  • 1964 - Campeonato Carioca
  • 1966 - Taça Guanabara
  • 1975 - Campeonato Carioca
  • 1975 - Taça Guanabara
  • 1976 - Campeonato Carioca
  • 1976 - Torneio de Paris
  • 1976 - Torneio Viña del Mar

Santos
  • 1965 - Campeonato Brasileiro
  • 1965 - Campeonato Paulista
  • 1966 - Torneio Rio-São Paulo (Rio de Janeiro x São Paulo)
  • 1967 - Campeonato Paulista
  • 1968 - Recopa Sul-Americana
  • 1968 - Campeonato Brasileiro
  • 1968 - Campeonato Paulista
  • 1969 - Campeonato Paulista
  • 1973 - Campeonato Paulista

New York Cosmos
  • 1977 - NASL Exterior Championships
  • 1978 - NASL Exterior Championships
  • 1978 - Eastern Division (National Conference)
  • 1979 - Eastern Division (National Conference)
  • 1980 - NASL Exterior Championships
  • 1980 - Eastern Division (National Conference)
  • 1980 - Trans-Atlantic Cup Championships
  • 1982 - NASL Exterior Championships
  • 1982 - Eastern Division (National Conference)

Seleção Brasileira
  • 1970 - Copa do Mundo FIFA
  • 1963 - Jogos Pan-Americanos: Medalha de Ouro


Como Treinador:

Flamengo
  • 1983 - Campeonato Brasileiro

Fluminense
  • 1984 - Campeonato Carioca

Botafogo
  • 1993 - Copa Conmebol

Mazolinha

VÁGNER APARECIDO NUNES
(57 anos)
Jogador de Futebol

☼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (03/04/1959)
┼ Santa Bárbara d'Oeste, SP (05/09/2016)

Vágner Aparecido Nunes, mais conhecido como Mazolinha, foi um jogador de futebol brasileiro nascido em Santa Bárbara d'Oeste, SP, no dia 03/04/1959. O esquecido herói do Botafogo.

Ponta-direita de origem, tinha 1,67m de altura e pesava 70 kg no auge de sua forma física. Mazolinha iniciou carreira no Rio Branco em 1986, onde na ocasião disputou o Campeonato Brasileiro da Série A.

Após se destacar na equipe paulista, chamou atenção do Botafogo, que tratou de o contratar.

Aos 29 anos de idade, ficou marcado na história do time da Estrela Solitária quando na final do Campeonato Carioca de 1989, deu um belo o cruzamento para o gol do companheiro de equipe, Maurício. Assim, o Botafogo quebrou um jejum de 21 anos sem o título.


Depois do Alvinegro Carioca, desembarcou no Avaí após rejeitar uma proposta do São José em janeiro de 1990. Lá, prometeu muitos gols e empenho à torcida.

Mazolinha abriu uma loja de confecções no mesmo ano em que chegou ao Avaí, mas acabou perdendo todos os seus bens. Perdeu a loja, carro, dois terrenos, uma chácara, uma casa em construção e até sua esposa.

Passou por Santo André e União Barbarense antes de encerrar carreira no Ríver Atlético Clube, time do Piauí.

Sem muito que fazer e necessitando de dinheiro, virou sacoleiro. Todo mês ia ao Paraguai, até que foi assaltado. Temendo que a violência se repetisse, desistiu da profissão.

Foi aí que resolveu retornar à sua cidade natal e reconstruir sua vida ao lado da segunda mulher e do filho. Virou pedreiro, profissão que havia aprendido com seu pai. Conseguiu também um emprego numa escolinha de futebol e, quando tudo parecia voltar ao normal, um infarto quase acabou com seus sonhos e vida. Mazolinha teve que colocar três pontes safena.

Morte

Mazolinha faleceu na manhã de segunda-feira, 05/09/2016, em Santa Bárbara d'Oeste, SP, aos 57 anos, vítima de um infarto fulminante. Mazolinha chegou a ser socorrido e levado para o Pronto Socorro Edson Mano, mas faleceu.

O corpo de Mazolinha foi velado na tarde de segunda-feira, 05/09/2016, no Velório Municipal Berto Lira, e o sepultamento ocorreu às 14h00, de terça-feira, 06/09/2016, no Cemitério Parque da Ressurreição, em Santa Bárbara d'Oeste, SP.

Mazolinha deixou três filhos e a lembrança do dia em que foi jogado para o alto como herói, ainda que para logo cair no esquecimento.

Gaúcho

LUÍS CARLOS TÓFFOLI
(52 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Canoas, RS (07/03/1964)
┼ São Paulo, SP (17/03/2016)

Luís Carlos Tóffoli, mais conhecido por Gaúcho, foi um jogador e técnico de futebol brasileiro, que atuava como centroavante, nascido em Canos, RS, no dia 07/03/1964.

Gaúcho começou sua carreira nas divisões de base do Flamengo, mas depois foi jogar no XV de Piracicaba, Grêmio e Verdy Kawasaki, do Japão.

Em 1988, após passar pelo Santo André, chegou desacreditado ao Palmeiras. No entanto, Gaúcho começou a marcar gols e, com isso, foi consolidando seu lugar no time. A fama, porém, sobreviria de maneira inusitada, em um episódio memorável na história do futebol brasileiro.

É bem verdade que Gaúcho não conquistou nenhum título pelo Palmeiras, contudo, foi defendendo este time que ele escreveu seu nome nos anais do futebol, quando, em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro de 1988, substituiu Zetti, que saiu de campo lesionado, e atuou como goleiro. Não fosse isso o bastante, por ironia do destino, o adversário do Palmeiras, naquele jogo, era o Flamengo. Mas o melhor de tudo é que a partida, por conta do regulamento da competição, terminou na disputa de pênaltis, quando Gaúcho defendeu as cobranças de Aldair e Zinho, garantindo a vitória ao Palmeiras.

Dois anos mais tarde, Gaúcho retornava ao Flamengo, para desta vez, tornar-se ídolo da torcida rubro-negra. Através de seus gols de cabeça, ajudou o Flamengo a conquistar a Copa do Brasil de 1990, o Campeonato Carioca de 1991 e o Campeonato Brasileiro de 1992.


Disputou 198 partidas e marcou 98 gols, tendo sido o artilheiro dos Campeonatos Cariocas de 1990 e 1991, da Libertadores da América de 1991 e da Supercopa Libertadores de 1991.

Do Flamengo, Gaúcho saiu para ir defender o Lecce, clube italiano da primeira divisão. Infelizmente, sua carreira não embalou na Itália, tendo disputado somente cinco partidas. Em seguida, passou pelo Boca Juniors, até chegar ao Clube Atlético Mineiro.

Em 1995, Gaúcho jogou na Ponte Preta e no Fluminense e em 1996, no Anápolis, aonde veio a encerrar sua carreira de jogador.

Em 2001, Gaúcho fundou o Cuiabá Esporte Clube, sendo que o seu clube foi o representante do Estado do Mato Grosso, na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Nesse ano, o clube passou a participar do Campeonato Matogrossense e, logo em sua estréia, o clube de Gaúcho conquistou o seu primeiro título regional. Em seguida começou a carreira de treinador nesse mesmo clube, como auxiliar.

Em 2010, começou a treinar equipes principais, no Mixto Esporte Clube, e o último clube que treinou foi o Luverdense Esporte Clube.

Gaúcho foi casado com a atriz Inês Galvão e teve 3 filhos.

Gaúcho faleceu em na quinta-feira, 17/03/2016, aos 52 anos, vitimado pelo câncer de próstata.

Zico e Gaúcho
Títulos

Flamengo
  • 1993 - Campeonato da Capital
  • 1993 - Troféu Libertad
  • 1992 - Campeonato Brasileiro
  • 1991 - Campeonato Carioca
  • 1991 - Taça Rio
  • 1991 - Copa Rio
  • 1991 - Campeonato da Capital
  • 1990 - Copa do Brasil
  • 1988 - Taça Guanabara
  • 1988 - Copa Kirin
  • 1988 - Troféu Colombino
  • 1987 - Taça Euzebio de Andrade
  • 1987 - Torneio El Cabon
  • 1987 - Torneio Internacional de Angola
  • 1984 - Taça Guanabara

Grêmio
  • 1985 - Campeonato Gaucho
  • 1985 - Torneio Ciudad Palma de Mallorca
  • 1985 - Torneio de Rotterdam

Atletico-MG
  • 1995 - Campeonato Mineiro

Artilharia
  • 1991 - Campeonato Carioca (17 gols)
  • 1991 - Taça Libertadores da América (8 gols)
  • 1991 - Supercopa Libertadores (3 gols)
  • 1990 - Campeonato Carioca (14 gols)

Fonte: Wikipédia
Indicação: Marcelo Furtado

Caçapava

LUÍS CARLOS MELO LOPES
(61 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

☼ Caçapava do Sul, RS (26/12/1954)
┼ Caçapava do Sul, RS (27/06/2016)

Luís Carlos Melo Lopes, mais conhecido como Caçapava, foi um treinador e futebolista brasileiro que atuava como volante.

Começou a jogar no EC Gaúcho de Caçapava do Sul e, em 1973, foi para o Internacional de Porto Alegre onde foi Bicampeão Brasileiro nos anos de 1975 e 1976.

Ainda foi Campeão Gaúcho pelo Internacional nos anos de 1974, 1975, 1976 e 1978.

Em 1979 transferiu-se para o Corinthians de São Paulo onde foi Campeão Paulista no mesmo ano.

Jogou ainda no Palmeiras, Vila Nova de Goiás, Ceará, onde foi Campeão Cearense no ano de 1984 e voltou ao Rio Grande do Sul para jogar no Novo Hamburgo, e se aposentou no Fortaleza, do Ceará no ano de 1987.

História

Em meados de 1970, o Internacional começava a montar um dos melhores elencos que o planeta já presenciou. Foi nesta década que o Clube do Povo provou quem era o maior clube do Rio Grande do Sul e do Brasil. O novo estádio, inaugurado alguns anos antes, correspondia à expectativa da fanática torcida colorada, sendo palco de grandes jogos e de finais inesquecíveis. Daquele time, havia craques do meio-campo para frente, como Falcão e Paulo César Carpegiani, mas quem segurava os meias e os atacantes adversários? A resposta está na ponta da língua de todos torcedores da época: Caçapava.

Batizado como Luis Carlos Melo Lopes, o apelido surgiu por causa da cidade onde nasceu, Caçapava do Sul, distante 263 km de Porto Alegre. Em um time onde quase todos atacavam e tinham qualidade para isso, o volante Caçapava era o responsável pela guarnição da defesa colorada. Junto com Falcão, Carpegiani e depois Batista, formou um dos meio-campos considerados dos sonhos pelos colorados mais antigos.

Como marcador implacável, anulou grandes craques que ousaram ameaçar os defensores do Internacional, como Adãozinho e Palhinha, na final do Campeonato Brasileiro contra o Cruzeiro em 1975, e Geraldão, do Corinthians, em 1976.

Caçapava em 1978
O volante deu seus primeiros passos no Gaúcho, time de Caçapava do Sul, então com seus 18 anos de idade.

Em 1972 transferiu-se para o Internacional, onde, aos poucos, começou a trilhar o caminho das grandes conquistas.

Em 1974, conquistou seu primeiro grande título com a camisa colorada, o primeiro Campeonato Gaúcho de muitos outros que estavam por vir - venceu também em 1975, 1976 e 1978. Um ano depois, deparava-se com um Beira-Rio completamente lotado para a grande final do Brasileirão, diante do forte Cruzeiro. Placar de 1 x 0 para o Internacional, gol de Figueroa, por quem Caçapava nutria grande amizade.

Em 1976, veio o bicampeonato, vitória de 2 x 0 em cima do Corinthians de Neca, Ruço, entre outros.

Falcão e Caçapava em 2011
Em um daqueles episódios curiosos do futebol brasileiro, o volante Caçapava tentava convencer o médico colorado, José Mottini, a não realizar operação no seu joelho direito. "Doutor, se eu chutar a bola com a direita, o menisco tem que doer? Eu não sinto nada!", questionou o volante. Com a resposta afirmativa do médico, confirmando que a lesão havia aparecido no exame de artroscopia, o jogador retrucou: "Então esse joelho aí não é o meu!".

Depois da vitoriosa passagem pelo Internacional, o volante Caçapava atuou ainda no Corinthians, Palmeiras, entre outros clubes.

Caçapava mantinha uma escolinha de futebol na distante Teresina, no Piauí. Para os colorados que assistiram ao vivo aos craques da década de 70 desfilarem pelos gramados do Brasil, uma lembrança há de ficar. Caçapava era o cão de guarda da meia-cancha colorada, e não dava descanso e nem sossego para os atacantes e meias mais desavisados.

Morte

Luís Carlos Melo Lopes morreu às 7h30 de segunda-feira, 27/06/2016, aos 61 anos, vítima de um infarto, em sua cidade natal. O velório ocorrerá na Sala 1 da Funerária Caçapava e o sepultamento foi marcado para as 17h00 no Cemitério Municipal da cidade. 

Veja a nota do Internacional na íntegra:

"Faleceu, às 7h30 desta segunda-feira (27/06), aos 61 anos, um dos maiores ídolos da história colorada. Luís Carlos Melo Lopes, natural de Caçapava do Sul, ficou conhecido pelo nome de sua cidade: Caçapava. O ex-volante jogou no Internacional na década de 70, trazendo diversas alegrias à torcida colorada. Em breve daremos mais detalhes sobre a causa do falecimento e onde o corpo do ex-atleta será velado."

Caçapava na final do Brasileirão em 1975 - Cruzeiro x Internacional
Títulos

Internacional
  • 1974 - Campeonato Gaúcho
  • 1975 - Campeonato Gaúcho
  • 1975 - Campeonato Brasileiro
  • 1976 - Campeonato Gaúcho
  • 1976 - Campeonato Brasileiro
  • 1978 - Campeonato Gaúcho

Corinthians
  • 1979 - Campeonato Paulista

Ceará
  • 1984 - Campeonato Cearense

Brandãozinho

ANTENOR LUCAS
(74 anos)
Jogador de Futebol

☼ Campinas, SP (09/06/1925)
┼ São Paulo, SP (04/04/2000)

Antenor Lucas, mais conhecido como Brandãozinho foi um jogador de futebol brasileiro nascido em Campinas, SP, no dia 09/06/1925. Jogando como médio-volante, destacou-se na Portuguesa entre os anos 1950 e 1955. Fez dezoito partidas pela Seleção Brasileira, entre 1952 e 1954, inclusive atuou como titular na Copa do Mundo de 1954.

No começo dos anos 40, o jovem Brandãozinho, apelido que ganhou ainda na infância, foi levado para os quadros amadores da Associação Atlética Ponte Preta. Depois de algum tempo, foi encaminhado para jogar pela Caldense (Poços de Caldas, MG). Posteriormente, retornou ao futebol paulista e foi defender a Portuguesa Santista, onde profissionalizou-se.

Jogando pela Briosa na posição de médio volante, Brandãozinho despertou o interesse da Portuguesa de Desportos. Começou assim em 1947, uma épica batalha para trazer o jogador. Inicialmente, o negocio girou em torno de 400 mil cruzeiros antigos.

Porém, um diretor da Portuguesa Santista interrompeu o acordo com o time do Canindé por julgar o valor irrisório para um jogador daquela categoria. Então, Brandãozinho permaneceu no Ulrico Mursa durante todo o ano de 1948 e boa parte do ano de 1949.


Finalmente depois de uma longa negociação, exatamente em 10/08/1949, Brandãozinho assinava seu contrato com a Portuguesa de Desportos. O valor investido no jogador beirou os 600.000 cruzeiros antigos.

E não foi só isso. Com o certame já em andamento, a Portuguesa de Desportos teria dificuldades para aproveitar Brandãozinho durante aquele campeonato. Foi preciso uma intervenção direta do presidente da Federação Paulista de Futebol, o Sr. Roberto Gomes Pedrosa.

E Brandãozinho fez sua estréia em um clássico contra o Palmeiras e anotou seu primeiro tento justamente em uma partida contra a Portuguesa Santista, em setembro de 1949, na vitória por 4x1.

Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1952, Brandãozinho, ao lado de Muca, Djalma Santos, Julinho Botelho, Ceci, Nininho, Renato, Pinga e Simão, escreveram um dos períodos mais vitoriosos da história da Portuguesa de Desportos.

Com o sucesso na Portuguesa de Desportos, Brandãozinho ganhou sua primeira chance na Seleção Brasileira e conquistou o campeonato Pan-Americano de 1952.

Brandãozinho também defendeu o selecionado paulista em inúmeras oportunidades, conquistando o tradicional campeonato brasileiro de seleções no ano de 1952.


Depois da tragédia de 1950, houve todo um processo de reformulação na antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Até o uniforme, anteriormente todo branco, foi trocado pelo canarinho, como até hoje conhecemos.

Para disputar o mundial de 1954, o técnico Zezé Moreira manteve Bauer e Brandãozinho na composição do setor de meia cancha. Brandãozinho participou da partida conhecida como a "Batalha de Berna", quando o Brasil foi derrotado pela Hungria pelo placar de 4x2, na primeira derrota da nova camisa canarinho.

Depois da conquista do Torneio Rio-São Paulo em 1955, Brandãozinho sentiu o agravamento de algumas contusões, além da complicação de uma cirurgia realizada logo após o mundial de 1954.

Depois de praticamente sete temporadas jogando pela Portuguesa de Desportos, Brandãozinho percebeu que seu momento de parar tinha chegado. Quando deixou definitivamente os gramados em 1957, o craque recebeu o passe livre e trabalhou nas divisões de base do Nacional e da própria Portuguesa de Desportos, onde posteriormente comandou o time principal.

Formado em Educação Física, estudou direito e trabalhou também como investigador de polícia.

Brandãozinho, que morava no bairro do Tucuruvi em São Paulo, faleceu no dia 04/04/2000.

Títulos

Portuguesa de Desportos:
  • 1952 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1955 - Torneio Rio-São Paulo


Seleção Brasileira:
  • 1952 - Campeonato Pan-americano de Futebol


Aírton Pavilhão

AÍRTON FERREIRA DA SILVA
(77 anos)
Jogador de Futebol

☼ Porto Alegre, RS (31/10/1934)
┼ Porto Alegre, RS (03/04/2012)

Aírton Ferreira da Silva foi um jogador de futebol brasileiro. O zagueiro Aírton iniciou sua carreira profissional no Grêmio Força e Luz em 1949 e atuou pelo clube até 1954.

Ocorrida em 23/06/1954, sua transferência para o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foi no mínimo bem curiosa: Aírton foi vendido pelo Grêmio Força e Luz por 50 mil cruzeiros e mais um Pavilhão de arquibancadas. E foi assim que nasceu o apelido Aírton Pavilhão.

Aírton Pavilhão estreou pelo Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense em 01/08/1954, num empate de 1 x 1 com o Cruzeiro de Porto Alegre. Defensor de técnica apurada, que jogava com a cabeça erguida e jamais usava o recurso das faltas violentas, certa vez em um confronto do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense com o Santos no Estádio Olímpico Monumental, entrou para a história do futebol ao dar um "balãozinho" - como se chamava no Rio Grande do Sul o que é conhecido em alguns Estados brasileiros por "chapéu" - em Pelé.


Foi convocado para a Seleção Brasileira em sete oportunidades. Atuou também pelo Santos em 1960. Seu último jogo pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foi em 05/11/1967, num empate com o Perdigão de 2 x 2, em Videira.

Aírton Pavilhão encerrou sua carreira em 1971 atuando pelo Cruz Alta do Rio Grande do Sul.

Em 2007 foi homenageado pelo Grêmio com a inauguração no Centro de Treinamentos do Clube do Pavilhão "Airton Ferreira da Silva". Foi conselheiro titular do Grêmio com mandato de 2007 a 2013.

Se você tem dúvidas sobre as qualidades de Aírton Pavilhão, pergunte a Pelé que o considerava o melhor zagueiro do mundo, capaz de jogar contra ele, roubar-lhe a bola e sem jamais ter necessidade de fazer uma só falta.

Em 30/03/2016, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por unanimidade o projeto encaminhado pelos Sócios Livres - Grêmio de Todos em 2012, que cria a Rua Aírton Ferreira da Silva - "O Pavilhão" no Bairro Humaitá em Porto Alegre, nas proximidades da Arena do Grêmio.

Morte

Aírton Pavilhão faleceu aos 77 anos, por volta das 15h00, de terça-feira, 03/04/2012, vítima de uma infecção generalizada dos órgãos, no Hospital Ernesto Dornelles em Porto Alegre, RS.

A diretoria do Grêmio decretou luto oficial por três dias devido à morte do ex-zagueiro Aírton Ferreira da Silva, o "Pavilhão". A bandeira do clube no estádio Olímpico ficou a meio mastro durante o período.

O velório ocorreu na terça-feira, 03/04/2012, a partir das 23h00, no Salão Nobre do Conselho Deliberativo do Grêmio, e foi até às 17h00 de quarta-feira, 04/04/2012.

Títulos

Seleção Brasileira
  • 1956 - Campeonato Pan-americano

Grêmio
  • 1956 - Campeonato Gaúcho
  • 1957 - Campeonato Gaúcho
  • 1958 - Campeonato Gaúcho
  • 1959 - Campeonato Gaúcho
  • 1960 - Campeonato Gaúcho
  • 1962 - Campeonato Gaúcho
  • 1963 - Campeonato Gaúcho
  • 1964 - Campeonato Gaúcho
  • 1965 - Campeonato Gaúcho
  • 1966 - Campeonato Gaúcho
  • 1967 - Campeonato Gaúcho

Fonte: Wikipédia

Francisco Sarno

FRANCISCO JOSÉ SARNO MATARAZZO
(85 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

☼ Niterói, RJ (05/11/1924)
┼ São Paulo, SP (17/01/2010)

Francisco José Sarno Matarazzo foi um jogador e técnico de futebol brasileiro. Sarno, como ficou conhecido quando era jogador de futebol, nasceu na quarta-feira, 05/11/1924, na cidade fluminense de Niterói e começou sua carreira jogando no Botafogo carioca na década de 40.

Zagueiro de ofício, Sarno defendeu, além do Botafogo, o Palmeiras, o Vasco, o Santos e o Jabaquara Atlético Clube, último time que atuou como zagueiro e primeiro clube que trabalhou como técnico.

Em sua nova posição, no banco de reservas e atuando como técnico, foi conhecido como Francisco Sarno e trabalhou, além do Jabaquara, no Corinthians, Ponte Preta, Noroeste, Guarani, Coritiba, Atlético Paranaense, entre outros, e também dirigiu times na Colômbia.

Seu último trabalho em uma equipe de expressão foi no Campeonato Brasileiro de 1973 no comando do Clube Atlético Paranaense.

Polêmica

Francisco Sarno, por um breve período, foi comentarista esportivo na Radio Tupi de São Paulo em meados da década de 60, porém, não foi em palavras ditas aos ouvintes da rádio que o ex-zagueiro causou uma grande polêmica em 1965 e sim ao escrever e lançar, neste ano, o livro "Futebol, a Dança do Diabo" aonde relata os bastidores e o submundo da bola.

Francisco Sarno conquistou campeonatos como zagueiro e técnico em clubes brasileiros e os principais são:

  • 1951 - Campeão da Copa Rio pelo Palmeiras (Jogador)
  • 1955 - Campeão Paulista pelo Santos (Jogador)
  • 1968/1969 - Bi-campeão Paranaense pelo Coritiba (Técnico)

Falecimento

Francisco Sarno sofria, nos últimos anos, do Mal de Alzheimer e em decorrência deste mal faleceu no domingo, dia 17/01/2010, em São Paulo, SP, aos 85 anos.

Fonte: Wikipédia

Athiê Jorge Coury

ATHIÊ JORGE COURY
(88 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente Esportivo e Político

☼ Itu, SP (01/08/1904)
┼ Santos, SP (01/12/1992)

Athiê Jorge Coury, também conhecido como Athié Jorge Cury, foi um futebolista, dirigente esportivo e político brasileiro. Se tornou famoso dentro do futebol e da política brasileira. Inicialmente começou sua carreira profissional como atleta no Santos Futebol Clube como goleiro na década de 1930 e mais tarde iria ingressar na carreira política onde conquistou diversos cargos importantes, em 1955 aos 51 anos de idade iria realizar discurso histórico.

Foi deputado estadual e vereador da cidade de Santos se tornando um dos principais membros do Partido Social Progressista (PSP) liderado por Adhemar de Barros.

Permaneceu durante duas décadas e meia como presidente do clube, venceu os mais importantes títulos do Santos Futebol Clube e manteve os mais importantes jogadores de futebol do time como Pelé, Pepe e Coutinho, nos anos de 1945 até o fim de seu mandato.

Filho de Jorge e Olga Coury e nascido na cidade de Itu, SP, Athiê Jorge Coury se mudou para São Paulo em 1927, se formou em economia pelo Colégio Mackenzie. Após se mudar para a cidade de Santos, tornou-se goleiro do Santos Futebol Clube do ano de 1930 até 1934, e mais tarde se tornou diretor de esportes e o 22º presidente do Santos Futebol Clube, de 1945 a 1971, na famosa "Era Pelé", onde o Santos foi eleito pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA), "O Melhor Clube das Américas do Século XX" e venceu inúmeros títulos.

Athiê Jorge Coury teve expressivas passagens na política e no congresso brasileiro, em sua administração no clube paulista, foi antecedido em 1945 por Antônio Ezequiel Feliciano da Silva e sucedido em 1971 por Vasco José Fae.

Athiê Jorge Coury (terno escuro) ao lado de Pelé e com dirigentes da Prudentina, 1960
No Santos Futebol Clube

Athiê Jorge Coury se filiou ao clube santista no dia 09/09/1927, substituindo o então goleiro titular Tuffy, que houvera sido expulso do clube naquele ano. 

A primeira partida em que atuou como goleiro no Santos foi no dia 09/10/1927 na vitória pelo placar de 9 x 0 diante do Corinthians, de Santo André, em partida amistosa na Vila Belmiro, com Feitiço marcando 5 gols, Siriri 3 e Camarão 1, formando o time do ataque dos 100 gols com AthiêBilú e David; Alfredo, Julio e Hugo; Omar, Camarão, Siriri, Feitiço e Passos.

Athiê Jorge Coury jogou defendendo o Santos em 173 partidas, durante os anos de 1927 a 1934 e foi substituído por Ciro Maciel Portieri.

Após esta passagem como goleiro e dirigente de esportes, Athiê Jorge Coury teve um longo mandato como presidente do Santos Futebol Clube. Ele venceu os mais importantes títulos do clube, dentre eles, a Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes de 1962 e 1963, incluindo diversos títulos estaduais, nacionais e internacionais. Com isso o Santos se tornou um dos clubes mais famosos do mundo durante sua administração, e recebeu notável admiração dos mais famosos jornalistas esportivos da época de Pelé.

Em sua homenagem, o clube deu ao seu ginásio de esportes inaugurado no Estádio Urbano Caldeira, no ano de 1950 o seu nome.

Na Política

Ainda quando presidente do Santos Futebol Clube, tornou-se membro do Partido Social Progressista (PSP) de Adhemar de Barros, quando se elegeu vereador da Câmara Municipal de Santos em 1948, e deputado estadual por São Paulo em 1950. Teve também importante passagem na Câmara Federal. Athiê Jorge Coury se manteve no Congresso Nacional até 1982, quando se aposentou da política.

Athiê Jorge Coury faleceu em Santos, SP, no dia 01/12/1992.

Cronologia

  • 1904 - Em 01/08/1904, Athiê Jorge Coury nasce em Itu, SP.
  • 1927 - Athiê Jorge Coury se forma em economia no Colégio Mackenzie.
  • 1934 - 15/04/1934, Athiê Jorge Coury disputa sua última partida oficial como goleiro titular do Santos Futebol Clube.
  • 1945 - Aproveitando de seus conhecimentos econômicos, Athiê Jorge Coury torna-se presidente do Santos Futebol Clube.
  • 1948 - Athiê Jorge Coury se torna vereador da câmara de Santos.
  • 1950 - Athiê Jorge Coury se torna deputado estadual pelo Partido Social Progressista (PSP).
  • 1955 - 04/05/1955, o deputado Athiê Jorge Coury faz discurso proferido na 34ª Sessão Ordinária.
  • 1962 - O Santos Futebol Clube conquista o Mundial Interclubes.
  • 1968 - O Santos Futebol Clube conquista a Supercopa Sul-Americana dos Campeões Intercontinentais de 1968.
  • 1971 - Athiê Jorge Coury deixa o cargo de presidente do Santos Futebol Clube, dedicando-se a política.
  • 1982 - Athiê Jorge Coury se aposenta do Congresso Nacional e de todas as suas atividades como político.
  • 1992 - 01/12/1992, Athiê Jorge Coury morre em Santos, SP.
  • 2008 - 01/08/2008, o ex-presidente do Santos Marcelo Pirilo Teixeira realizou homenagem a Athiê Jorge Coury.

Fonte: Wikipédia

Carlinhos

LUÍS CARLOS NUNES DA SILVA
(77 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

☼ Rio de Janeiro, RJ (19/11/1937)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/06/2015)

Luís Carlos Nunes da Silva, mais conhecido como Carlinhos, foi um futebolista e treinador brasileiro, que dedicou toda sua vida profissional ao Flamengo. Técnico com passagens sempre vitoriosas pelo clube carioca, dirigiu o time no título nacional 1992, comandando craques como Zico, Bebeto, Leandro, Renato Gaúcho e Júnior, entrando para a galeria eterna dos heróis rubro-negros.

Carreira Como Jogador

Carlinhos foi um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro segundo principais jornais e revistas do esporte, atuava como meia e jogou no Flamengo de 1958 a 1969. Neste período, participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio Rio-São Paulo de 1961, o único vencido pelo rubro-negro.

Logo no início da carreira, recebeu em 20/01/1954, simbolicamente, as chuteiras do jogador Biguá, destaque do Flamengo na época e que estava encerrando sua carreira.

Carlinhos foi um dos poucos jogadores a ganhar o Prêmio Belfort Duarte, por nunca ter sido expulso de campo. Sua forma de jogar com grande classe e o toque de bola refinado o valeram o apelido de "Violino". É apontado como um dos melhores jogadores de meio campo de todos os tempos do futebol brasileiro.

O ex meio-campista, apesar de sua qualidade, foi um dos atletas injustiçados por nunca terem tido uma sequência na Seleção Brasileira, tendo disputado apenas uma partida com a camisa canarinho, no ano de 1964 contra a Seleção de Portugal, em uma época onde a maior parte dos craques da Seleção e jogadores de maior visibilidade jogavam no Santos e no Botafogo. Na referida partida, outro rubro-negro esteve em campo junto com Carlinhos, foi Aírton Beleza, centroavante que fez dupla central de ataque com Pelé. A Seleção Brasileira saiu vitoriosa do Maracanã naquele dia.

Dois anos antes, nos preparativos para a Copa do Mundo de 1962, o então treinador da Seleção Brasileira, Aymoré Moreira, convocou 41 jogadores para a pré-preparação, destes, apenas 22 iriam ao Chile. Ocorre que, para dar equilíbrio entre os selecionados do Rio de Janeiro e São Paulo, a comissão técnica preferiu levar, como reserva de Zito, o Zequinha, do Palmeiras, ao invés de Carlinhos Violino, a grande sensação do momento.

Um dos grandes momentos de Carlinhos como jogador foi o Fla-Flu decisivo do campeonato de 1963, quando liderou o time no empate de 0x0 que deu o título ao Flamengo. Naquele jogo, no dia 15/12/1963, registrou-se o maior público em um jogo oficial entre dois clubes no futebol mundial: 177.020 pagantes e 16.947 não pagantes são os números registrados daqueles que lotaram o Maracanã, embora hajam especulações de que o total de torcida presente foi de cerca de 200.000 espectadores.

Carreira Como Treinador

Como treinador, Carlinhos chegou a treinar outros clubes, porém, a sua paixão pelo Flamengo resultaria em, nada mais, nada menos, do que sete passagens pela Gávea.

É verdade que muitas vezes foi usado como um técnico "tampão", porém, entre 1991-1993, começou a ganhar respeito ao trazer para a Gávea um improvável troféu de campeão brasileiro em 1992, o quinto do Flamengo. Vale lembrar que Carlinhos foi o técnico do último título brasileiro do século XX do Flamengo e da última conquista internacional, a Copa Mercosul em 1999.

Sua última passagem pelo Flamengo como técnico ocorreu entre maio e outubro de 2000, época em que conquistou a Taça Rio e logo depois o bicampeonato estadual.

Ao longo da brilhante carreira como profissional disputou 880 partidas: 517 como jogador e 313 como técnico.

Em 12/02/2011, Carlinhos foi homenageado pelo Flamengo, com a inauguração de um busto e uma praça na sede social do clube, no bairro da Gávea.

No Brasil, dirigiu também o Guarani de Campinas e o Clube do Remo, do Pará.

Há quem afirme que Carlinhos, e não o Andrade (com o penta do Flamengo em 2009), tenha sido o primeiro negro a conquistar, como técnico de futebol, o Campeonato Brasileiro. Porém Carlinhos pode ser identificado como mestiço e não necessariamente negro.

Morte

Anos antes de falecer, Carlinhos já sofria com problemas de saúde. A elevação da taxa de ácido úrico causou problemas de cicatrização, obrigou a amputação de um dedo do pé, gerou complicações no sistema circulatório, perda de memória e, além disso, complicações na carótida e a necessidade de colocar pontes de safena. Ele morreu na madrugada do dia 22/06/2015, aos 77 anos, vítima de insuficiência cardíaca.

Títulos

Flamengo Como Jogador
  • 1958 - Torneio Internacional de Israel
  • 1959 - Torneio Hexagonal de Lima
  • 1959 - Torneio do Início
  • 1961 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1961 - Torneio Internacional de Verão Uruguai
  • 1962 - Torneio Internacional da Tunisia
  • 1963 - Campeonato Carioca
  • 1964 - Troféu Naranja
  • 1965 - Campeonato Carioca
  • 1965 - Torneio Gilberto Alves
  • 1968 - Troféu Mohammed IV
  • 1968 - Troféu Restelo


Flamengo Como Treinador
  • 1987 - Módulo Verde (Copa União)
  • 1988 - Taça Guanabara
  • 1991 - Taça Rio
  • 1991 - Campeonato Carioca
  • 1992 - Campeonato Brasileiro
  • 1992 - Taça dos Campeões Brasileiros (Taça Brahma)
  • 1992 - Troféu Eco-92
  • 1993 - Troféu Libertad
  • 1993 - Troféu Raul Plasmann
  • 1994 - Torneio Internacional de Kuala Lumpur
  • 1994 - Copa Pepsi Cup'94
  • 1999 - Campeonato Carioca
  • 1999 - Taça Guanabara
  • 1999 - Copa Mercosul
  • 2000 - Campeonato Carioca
  • 2000 - Taça Rio


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Zito

JOSÉ ELY DE MIRANDA
(82 anos)
Jogador de Futebol

☼ Roseira, SP (08/08/1932)
┼ Santos, SP (14/06/2015)

José Ely de Miranda, mais conhecido por Zito, foi um futebolista brasileiro que iniciou a carreira pelo Esporte Clube Taubaté atuando na posição de volante.

Zito nasceu no dia 08/08/1932 em meio ao auge da Revolução Constitucionalista de São Paulo, a hoje cidade de Roseira nem era município, pertencia ainda à cidade de Aparecida. Somente na metade da década de 60, a cidade foi emancipada. No entanto quando isto aconteceu, o seu filho e cidadão mais ilustre já atuava há um tempo com a tarja de capitão da equipe do Santos, sendo reconhecido como um dos melhores da posição no planeta, além de ser bicampeão mundial com o Santos e com a Seleção Brasileira.

Quando pequeno José Ely era chamado por seu familiares de "Joselito", porém, em meio aos amigos, para simplificar ainda mais a alcunha, passou a ser chamado de "Zito", apelido pelo qual é mundialmente conhecido até os dias de hoje.

A carreira de jogador de futebol de Zito começou aos 16 anos exatamente no Vale do Paraíba. Com 19 anos ele desfilava toda a sua técnica pelos gramados da região, sendo considerado o melhor volante de todo o Vale do Paraíba. Era um volante cheio de técnica, moderno para sua época, distante dos volantes que só sabiam destruir jogadas. Zito era daqueles jogadores que sabiam atacar e defender da mesma forma, sempre com classe e maestria.

Neste período Zito disputava muitos jogos pela equipe do Taubaté, inclusive participava do Campeonato Paulista. Por indicação acabou sendo contratado pelo Santos Futebol Clube e desembarcou na Vila Belmiro às vésperas de completar 20 anos de idade, no dia 15/06/1952.


A estréia do volante com a camisa do Santos aconteceu em 30/06/1952 no amistoso realizado contra o time carioca do Madureira, vencido pelo time santista por 3x1. Durante um bom tempo Zito foi reserva do saudoso Formiga e nesta condição conquistou seu primeiro título com a camisa do Santos, o Campeonato Paulista de 1955.

Em 1956, Zito já havia conquistado a condição de titular na equipe do Santos, sendo notável e impressionante seu senso de organização no meio-campo. O jogador também se destacava na liderança, respeitado naturalmente por seu companheiros, dentro e fora do campo. Neste ano de 1956 conquistou novamente o título do Campeonato Paulista, fato que se repetiu em muitos outros anos.

Mas, ainda na década de 50, surgiu na Vila Belmiro um menino chamado Pelé, que como todos nos sabemos se tornou o melhor jogador de futebol de mundo. No entanto, Zito nunca se fez de rogado quando precisava dar uma bronca em Pelé, mesmo quando ele já era de fato o Rei do Futebol.

Para o volante não importava quem estava ao seu lado. Se não estivesse jogando bem, Zito utilizava sua liderança inata para chamar a atenção do companheiro. Era muito comum observá-lo dando gritos de incentivo aos seus companheiros a fim de que a equipe marcasse mais gols, mesmo com o placar já bem dilatado a favor do Santos, com a vitória garantida.

Zito tinha a permissão do técnico Lula para ser o grande orientador da equipe dentro das quatro linhas. Ele era uma espécie de técnico dentro do campo. Por meio de seus passes perfeitos e posicionamento dentro de campo, o Santos conseguiu alcançar muitos resultados positivos.


Seu perfil fez com que todos os jogadores, sem exceção, respeitassem-no, mesmo os mais renomados como Jair da Rosa Pinto, por exemplo. Até mesmo o Pelé se curvava perante sua liderança. Na Vila Belmiro, Zito ficou também conhecido como "Gerente".

Zito atuou no Santos até 1967, despediu-se do clube deixando a camisa número 5 para um jovem, que assim como ele, também se tornaria uma lenda viva na história do Santos: Clodoaldo.

Após encerrar a carreira, Zito permaneceu ainda muito ligado ao Santos, clube que segundo ele era o grande amor, sua vida. O ídolo continuou vivendo na cidade e atuou no clube em vários cargos, como auxiliar técnico, diretor de futebol, gerente e vice-presidente. Foi um dos responsáveis pelo surgimento na base santista dos jogadores Diego, Robinho e Neymar.

As homenagens fizeram parte de sua vida, o craque virou nome de centro esportivo em Pindamonhangaba, cidade vizinha à Roseira. No Centro Esportivo José Ely de Miranda, muitos garotos aprimoram-se no esporte, onde quem sabe um dia, um novo representante da região do Vale do Paraíba possa despontar no cenário esportivo mundial.

Zito foi o grande líder de uma geração de sonho, representando a disciplina e a organização de uma equipe que jogava por música, passando por cima de qualquer adversário em qualquer situação. Um jogador que impunha respeito até mesmo para o Rei Pelé, certamente, deve ser ovacionado por todos.

Zito atuou em 727 jogos com a camisa do Santos, marcou 57 gols.

Seleção Brasileira

Pela Seleção Brasileira de Futebol jogou a partir de 1956, tendo ajudado nas conquistas das Copas do Mundo de 1958 e 1962.

Em 1958 era inicialmente reserva, porém foi escalado para a partida contra a Seleção Soviética, permanecendo como titular a partir de então.

Na Copa de 1962 marcou um dos gols na partida final contra a Tchecoslováquia.

Morte

Zito morreu no domingo, 14/06/2015, em sua casa, em Santos, aos 82 anos. A morte foi confirmada pela assessoria de imprensa do Santos, que não revelou a causa. O velório ocorreu na segunda-feira, 15/06/2015, das 8:00 hs às 11:00 hs, no Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos. Depois do velório, o corpo foi encaminhado para Roseira, no interior de São Paulo, cidade natal de Zito.

Zito recebia acompanhamento médico em casa depois que sofreu um Acidente Vascular Cerebral há menos de um ano. Ele passou 32 dias na Santa Casa de Misericórdia de Santos.

Pela morte de Zito, o Santos decretou sete dias de luto oficial e suspendeu as atividades de segunda-feira, 15/06/2015. O clube lançaria um livro do título Paulista na segunda-feira, mas cancelou o evento.

"Obrigado por tudo, Zito. Descanse em paz, eterno capitão", escreveu o Santos no Twitter.

Djalma Santos, Zito e Pelé na Inglaterra, em 1963
Títulos

  • Campeonatos Paulistas: 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967
  • Campeonato Brasileiro: 1961,1962, 1963 e 1964
  • Libertadores da América: 1962 e 1963
  • Copa Intercontinental: 1962 e 1963
  • Torneios Rio-São Paulo: 1959, 1963, 1964 e 1966
  • Copa do Mundo FIFA: 1958 e 1962

Indicação: Miguel Sampaio