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Eliakim Araújo

ELIAKIM ARAÚJO PEREIRA FILHO
(75 anos)
Jornalista

☼ Guaxupé, MG (28/04/1941)
┼ Fort Lauderdale, Estados Unidos (17/07/2016)

Eliakim Araújo foi um jornalista brasileiro nascido em Guaxupé, MG, no dia 28/04/1941.

No dia 01/06/1961, quanto tinha apenas 20 anos, estudante de Direito, foi contratado como redator pela Radio Continental do Rio de Janeiro. Desta forma começava a sua carreira em jornalismo. Pouco depois, passou a redator e apresentador do informativo Reportagem Ducal. Foi nessa condição, que anunciou a renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961.

Depois de quase vinte anos atuando na Rádio Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, em 1983 ele foi convidado pela Rede Globo para apresentar o Jornal da Globo, onde ficou até 1989, tendo também apresentado esporadicamente edições de quase todos os outros telejornais da emissora.

Em 1984, ancorou o comício das Diretas na Candelária, Rio de Janeiro.


Casou-se com a também jornalista Leila Cordeiro. Ela e Eliakim Araújo formaram por muito tempo o "Casal 20 do Jornalismo Brasileiro".

Demitiu-se da Rede Globo e foi para Rede Manchete, onde apresentou, juntamente com Leila Cordeiro, o principal telejornal da emissora, o Jornal da Manchete.

Em 1989, Eliakim Araújo representou a Rede Manchete nos dois debates presidenciais, entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, transmitidos por um pool de emissoras naquele ano. Era a primeira eleição direta para presidente da República, depois do golpe militar de 1964.

A convite de Silvio Santos, o casal se mudou para São Paulo em 1993 para fazer parte da equipe de jornalismo do SBT. Nesta emissora, apresentaram o Aqui Agora e o Jornal do SBT, este último no lugar de Lilian Witte Fibe, que havia saído da emissora.

Eliakim Araújo e Leila Cordeiro
Em 1997 veio o convite da rede americana de televisão CBS para ancoragem do primeiro canal internacional de notícias em língua portuguesa, o CBS Telenotícias, que tinha um telejornal homônimo, CBS Telenotícias, no SBT. O projeto durou três anos e Eliakim Araújo e Leila Cordeiro decidiram então permanecer nos Estados Unidos com os filhos, onde ele produzia vídeos institucionais e jornalísticos, dentro de sua produtora Twenty Communications, além de manter sites de jornalismo junto com Leila Cordeiro.

Durante três anos, apresentou o Câmera Record News, que exibia documentários do programa americano 60 Minutes, da Columbia Broadcasting System (CBS), uma das maiores redes de televisão e rádio dos Estados Unidos.

Em 2016 Eliakim Araújo foi diagnosticado com um câncer no pâncreas, e foi internado num hospital em Fort Lauderdale, Flórida, onde residia, para tratar da doença com uma quimioterapia. No entanto, após um mês do diagnóstico, Eliakim Araújo faleceu aos 75 anos, no dia 17/07/2016, após complicações da doença.

Fonte: WikipédiaG1 

Teixeira Heizer

HITHLER TEIXEIRA HEIZER
(83 anos)
Jornalista

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/12/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/05/2016)

Teixeira Heizer, nascido Hithler Teixeira Heizer, foi um jornalista esportivo brasileiro. Começou a carreira no rádio, nos anos 50. Teixeira Heizer nasceu em 16/12/1932, no Rio de Janeiro. Formou-se em Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF). Trabalhou como professor, mas foi sua atuação na imprensa esportiva que o tornou conhecido. Apaixonado pelo esporte e também pela gramática, ele tinha cuidado com as palavras - tanto no jornal impresso, quanto no rádio ou na televisão.

Em entrevista ao Memória Globo, Teixeira Heizer lembrou que o apreço pela língua portuguesa era uma de suas principais marcas:

"Sempre que eu escrevia (no jornal), eu prestava atenção porque alguém ia ler o que eu fizesse. Então eu construía o melhor para oferecer ao leitor. Até hoje, bate no meu ouvido: 'Ele tem o gosto pela frase.'"

Primeiros Passos

O primeiro trabalho no jornalismo foi na redação do Correio Fluminense, em 1953. Um ano depois, já fazia parte da equipe de repórteres da Emissora Continental.

No início da década de 1960, começou a trabalhar como comentarista esportivo na Rádio Globo, ao lado de profissionais como Waldir Amaral, Luiz Mendes e Raul Brunini. Pela rádio participou da cobertura da Copa do Mundo do Chile, em 1962, quando a Seleção Brasileira de futebol comandada por Garrincha conquistou o segundo título mundial.

No ano seguinte, fez parte da equipe que cobriu uma excursão da Seleção Brasileira pela Europa. Essa cobertura deu à Rádio Globo o primeiro lugar de audiência entre as emissoras cariocas na época.

Além do trabalho na rádio, Teixeira Heizer também exerceu a função de secretário de revistas da Rio Gráfica Editora em meados da década de 1960.

Pioneiro na Globo

Teixeira Heizer fez parte da equipe de profissionais que auxiliaram na inauguração da TV Globo, em 1965, e foi contratado, em janeiro de 1964, com o crachá número 01 da empresa. Teixeira Heizer foi o responsável também pela criação dos primeiros programas esportivos da emissora, como o "Em Cima do Lance" e "Por Dentro da Jogada". Fazia parte também do "Tele Globo" e chegou a apresentar o programa ao lado de Nathalia Timberg e Hilton Gomes. O telejornal foi o primeiro a ser exibido pela emissora.

Teixeira Heizer também planejou a primeira transmissão de um jogo de futebol na TV Globo, em 1965. A partida foi disputada entre o Brasil e a União Soviética no Maracanã. Na época, ainda não existia tecnologia que permitisse as transmissões ao vivo, que só foram possíveis a partir da Copa do Mundo do México, em 1970.

Para exibir o jogo, a solução encontrada por Teixeira Heizer foi gravar a partida em filmes, em partes, e mandar os rolos para a emissora para montá-los rapidamente. O jornalista fez a narração por cima das imagens já editadas, e a partida foi exibida pouco depois do seu início.

Teixeira Heizer saiu da TV Globo pouco tempo depois da exibição dessa primeira transmissão de futebol. Em sua carreira de jornalista, escreveu para diversos veículos na imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo, como Diário da Noite, Diário de Notícias, Última Hora, O Dia, Placar, Veja e Estado de S.Paulo.

Seu último trabalho foi como comentarista no canal Sportv, da Globosat, onde participou dos debates sobre a Copa do Mundo do Brasil, em 2014.

Em junho de 2010, o jornalista lançou o livro "Maracanazo - Tragédias e Epopeias de um Estádio Com Alma", contando suas memórias sobre a final da Copa do Mundo de 1950, quando a seleção brasileira foi derrotada pela uruguaia.

Em abril de 2016, lançou seu quinto livro, "A Outra História de Cada Um", onde reuniu casos sobre personalidades do esporte, colhidos em seus 60 anos de carreira.

Morte

Teixeira Heizer morreu na tarde de terça-feira, 03/05/2016, vítima de uma parada cardíaca. De acordo com o Sportv, ele estava internado desde o dia 07/04/2016 no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Indicação: Miguel Sampaio

Berto Filho

ULISBERTO LELOT
(75 anos)
Jornalista e Locutor

☼ Rio de Janeiro, RJ (13/03/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/03/2016)

Berto Filho, nascido Ulisberto Lelot, foi um jornalista e locutor de televisão brasileiro atuante desde 1956. Ele foi o primeiro apresentador do "RJTV".

Trabalhou durante as décadas de 1970 e 1980 na apresentação de vários telejornais da TV Globo, como o "Jornal Nacional", "Fantástico" e "Jornal Hoje", tanto como apresentador titular quanto substituto, até 1986, quando desligou-se da emissora.

Em 1989, foi contratado pela TV Rio, então controlada pelo pastor Nilson Fanini, onde apresentava um programa de entrevistas, sendo dispensado em pouco tempo, passando nove anos sem contrato em televisões.

Em 1998, foi contratado pela Rede Manchete para apresentar o "Manchete Primeira Mão", e, pouco depois, o "Jornal da Manchete". Continuou na emissora até o seu fim, estando presente até na fase da TV!, que foi a transição entre a Rede Manchete e a RedeTV!.

Berto Filho atuou como locutor de vídeos institucionais e foi apresentador de eventos e feiras até ser recontratado pela Rede Globo em 2004 para substituir Celso Freitas, que mudou-se para a TV Record, na locução das matérias do "Fantástico". Ele foi escolhido pela emissora por ter voz e entonação muito semelhantes à de Cid Moreira, também locutor do "Fantástico". Segundo o jornalista Flávio Ricco, em 2008, não houve a renovação do contrato de Berto Filho com a TV Globo, ficando apenas Cid Moreira nas locuções do "Fantástico".

A Saúde

Berto Filho lutou contra um câncer no fígado e se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele mudou-se na segunda-feira, 25/01/2016, para o Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, e chegou com problemas de saúde sérios. De acordo com Cida Cabral, administradora do local, nos últimos três anos, o jornalista ficou viúvo e perdeu sua irmã.

"Ele morava com o filho, que não tinha como cuidar direito, também trabalha e nos procurou para saber da possibilidade da gente poder acolhê-lo e ajudá-lo. O Retiro o recebeu de portas abertas, sabendo o quanto ele batalhou!"
(Cida Cabral)

Na época, Cida Cabral contou que Berto Filho estava também com um problema na voz, que o tinha deixado ainda mais debilitado e deprimido.

Há três anos, Berto Filho estava bem e foi até o Retiro dos Artistas pleitear uma vaga para uma irmã dele, que era cantora, e morava no interior de São Paulo.

"Ele passou o dia, conversou com todo mundo, estava feliz, mas, nestes três anos, perdeu irmã, a esposa e em seguida foi diagnosticado com câncer!"
(Cida Cabral)

Berto Filho não tinha plano de saúde, e estava fazendo tratamento no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e contava com o atendimento médico do Retiro dos Artistas.

Morte

Berto Filho morreu no sábado, 12/03/2016, por volta das 13h00, vítima de câncer na garganta e cérebro. Ele padecia de câncer na garganta e no cérebro há dois anos. Berto Filho morreu um dia antes de completar 76 anos e os filhos organizavam uma festa de aniversário para comemorar a data.

Na trajetória de luta contra a doença, os parentes de Berto Filho comemoravam uma recente melhora. Ainda no ínicio de 2015, o câncer havia sumido. No mesmo dia que teve alta, porém, a  mulher de Berto Filho foi internada, também com câncer.

"Ela viu ele com câncer. Sofreu muito. Quando ele recebeu a alta, ela me falou: Henry, vai lá pegar que o seu pai está saindo do hospital. No dia seguinte, ela foi internada, ficou 33 dias entubada, na UTI, e morreu. Acho que isso também mexeu muito com ele. Esse ano que passou foi como uma sobrevida!"
(Henry Lelot)

Parceiros de uma vida inteira, Berto Filho e a mulher estavam juntos há 55 anos. Com a perda da mulher e a reincidência do câncer, Berto Filho voltou a ser tratado no Instituto Nacional do Câncer (INCA). Lá, uma nova bateria de exames, além de radioterapia e quimioterapia. 

"Ele melhorou. De um dia para o outro, começou a falar. A voz voltou, voltaram os planos!", contou o filho do jornalista. Henry Lelot, agora, quer seguir com um dos últimos projetos do pai. Durante o último ano, Berto Filho escreveu um livro e faltam detalhes para que seja publicado, revelou o filho.

Em um dos últimos diálogos de Henry com o pai, o filho do jornalista conta como tentava alentar Berto Filho a respeito do que poderia ser o destino. A última vez que Henry esteve com o pai foi na sexta-feira, 11/03/2016, no período da tarde.

"Pai, você sabe que a gente tem que encarar de frente as coisas. Você sabe que está com dois caminhos à frente. Mas os dois são bons. Um, se você sobreviver e ficar aqui comigo, com a gente, nós vamos publicar esse livro juntos. Você vai me ajudar. E depois, você vai acabar indo, não tem jeito. A outra opção é caso Deus queira te levar antes. Imagina só, se ele te levar antes. Quem vai te buscar é a mamãe. Você vai se encontrar com ela lá. Está todo mundo lá te esperando. Lá tem mais gente que você ama do que aqui, já!", contou emocionado o filho.

Trabalhos

Rede Manchete
  • Manchete Primeira Mão
  • Jornal da Manchete

Rede Globo
  • RJTV
  • Jornal Nacional
  • Fantástico
  • Jornal Hoje


Vianna Moog

CLODOMIR VIANNA MOOG
(81 anos)
Advogado, Jornalista, Romancista e Ensaísta

☼ São Leopoldo, RS (28/10/1906)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/01/1988)

Clodomir Vianna Moog foi um advogado, jornalista, romancista e ensaísta brasileiro. Filho de Marcos Moog, funcionário público federal, e de Maria da Glória Vianna, professora pública, foi aluno da escola dirigida por sua mãe na cidade natal e, depois, do Colégio Elementar Visconde de São Leopoldo.

Queria seguir a carreira militar e por esta razão foi para o Rio de Janeiro para prestar exame na Escola Militar do Realengo. Como, porém, naquele ano não se abrissem as provas vestibulares, voltou para Porto Alegre, onde trabalhou algum tempo no comércio e, em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito. Foi nomeado, no mesmo ano, guarda-fiscal interino da Repressão ao Contrabando na Fronteira e designado para a Delegacia Fiscal de Porto Alegre.

Em 1926 prestou concurso para Agente Fiscal de Imposto de Consumo e serviu dois anos na cidade de Santa Cruz do Sul e um ano na cidade de Rio Grande.

Vianna Moog formou-se em em 1930 e, no mesmo ano, participou da Aliança Liberal. Contrário à ditadura de Getúlio Vargas, participou da Revolução de 1932, tendo sido preso e removido para o Amazonas. Anistiado, retornou ao Rio Grande do Sul em 1934.

Vianna Moog foi representante do governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU).

Faleceu aos 81 anos, no dia 15/01/1988, no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca após uma intervenção cirúrgica.

Academia Brasileira de Letras

Vianna Moog foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo o terceiro ocupante da cadeira 4. Foi eleito em 20/09/1945, na sucessão de Alcides Maia, tendo sido recebido por Alceu Amoroso Lima em 17/11/1945.

Obras

  • 1936 - O Ciclo do Ouro Negro (Ensaio)
  • 1937 - Novas Cartas Persas (Sátira)
  • 1938 - Eça de Queirós e o Século XIX (Ensaio)
  • 1938 - Um Rio imita o Reno (Romance)
  • 1939 - Heróis da Decadência (Ensaio)
  • 1942 - Uma Interpretação da Literatura Brasileira (Ensaio)
  • 1946 - Nós, os Publicanos (Ensaio)
  • 1946 - Mensagem de Uma Geração (Ensaio)
  • 1954 - Bandeirantes e Pioneiros (Estudo Social)
  • 1959 - Uma Jangada Para Ulisses (Novela)
  • 1962 - Tóia (Romance)
  • 1965 - A ONU e os Grandes Problemas (Política)
  • 1966 - Obras Completas de Vianna Moog
  • 1968 - Em Busca de Lincoln (Biografia)


Fonte: Wikipédia

Gilberto Mendes

GILBERTO AMBRÓSIO GARCIA MENDES
(93 anos)
Compositor, Regente Orquestral, Professor e Jornalista

☼ Santos, SP (13/10/1922)
┼ Santos, SP (01/01/2016)

Gilberto Ambrósio Garcia Mendes foi um compositor, regente orquestral, professor e jornalista brasileiro. Iniciou seus estudos de música aos 18 anos, no Conservatório Musical de Santos, com Savino de Benedictis e Antonieta Rudge. Praticamente autodidata em composição, compôs sob orientação de Cláudio Santoro e Olivier Toni, e frequentou o Ferienkurse Fuer Neue Musik de Darmstadt, Alemanha, em 1962 e 1968.

Entre 1945 e 1963, foi membro do Partido Comunista Brasileiro e deixou também sua marca na história social da música.

Em 1997, musicou o poema "O Anjo Esquerdo da História", de Haroldo de Campos, que fala sobre os 19 sem-terra assassinados em Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17/04/1996, data que se tornou o Dia Mundial da Luta Camponesa e Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Já em "Vila Socó, Meu Amor", Gilberto Mendes homenageia os 93 mortos no incêndio da favela Vila Socó, de Cubatão, em 1984. Ele escreveu a música dias após a catástrofe:

"Não devemos esquecer os nossos irmãos da Vila Socó, transformados em cinzas, lixo em pó. A tragédia da Vila Socó mostra como o trabalhador é explorado, esmagado sem nenhum dó!"

Um dos pioneiros da música concreta no Brasil, foi um dos signatários do Manifesto Música Nova, publicado pela revista de arte de vanguarda Invenção, de 1963. Foi porta-voz da poesia concreta paulista, do grupo Noigandres. Como consequência dessa tomada de posição, tornou-se um dos pioneiros no Brasil no campo da música concreta, da música aleatória, da música serial integral, mixed média, experimentando ainda novos grafismos, novos materiais sonoros e a incorporação da ação musical à composição, com a criação do teatro musical, do Happening.

Professor universitário, conferencista, colaborador das principais revistas e jornais brasileiros, Gilberto Mendes foi fundador, em 1962, diretor artístico e programador do Festival Música Nova de Santos, o mais antigo em seu gênero em toda a América. Como professor convidado e Composer In Residence, deu aulas Universidade de Wisconsin-Milwauke, nos Estados Unidos, na qualidade de University Artist 78/79 e Tinker Visiting Professor.

Gilberto Mendes era doutor pela Universidade de São Paulo, onde deu aulas no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes até se aposentar.

Prêmios e Honrarias

No Brasil, recebeu, entre outros, o Prêmio Carlos Gomes, do Governo do Estado de São Paulo, foi também diversos prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o I Prêmio Santos Vivo, dado pela ONG de mesmo nome, pela sua obra "Santos Football Music", além de ter sido indicado para o Primeiro Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo. Também recebeu a Bolsa Vitae, o Prêmio Sérgio Mota Hors Concours 2003 e o título de Cidadão Emérito da Cidade de Santos, dado pela Câmara Municipal de Vereadores.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, no ano de 2004, o autor recebeu a insígnia e diploma de sua admissão na Ordem do Mérito Cultural, na classe de comendador, do Ministério da Cultura, das mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

Gilberto Mendes era membro honorário da Academia Brasileira de Música e do Colégio de Compositores Latino-americanos de Música de Arte, com sede no México.

Verbetes com seu nome constam das principais enciclopédias e dicionários mundiais, como o Grove em inglês, o Rieman alemão, o Dictionary Of Contemporarry Music, de John Vinton e vários outros.

Morte

Gilberto Mendes morreu em 01/01/2016, aos 93 anos. Ele estava internado desde a véspera do Natal, 24/12/2015, na Unidade de Tratamento Intensivo (UIT) da Santa Casa de Santos devido a problemas respiratórios. Sofria de asma e teve uma crise, segundo o escritor Flávio Viegas Amoreira. Morreu às 18h40min, por falência múltipla de órgãos.

Gilberto Mendes era casado há 40 anos com Eliane Ghigonetto e tinha três filhos, um deles já falecido.

Obra

Sua obra já foi tocada nos cinco continentes, principalmente na Europa e Estados Unidos.

Destacam-se, dentre as peças para orquestra:

  • Santos Football Music
  • Concerto para Piano e Orquestra

Para Grupos Instrumentais:

  • Saudades do Parque Balneário Hotel
  • Ulysses em Copacabana Surfando com James Joyce e Dorothy Lamoura
  • Longhorn Trio
  • Rimsky

Para Coro:

  • Beba Coca-Cola
  • Ashmatour
  • O Anjo Esquerdo da História
  • Vila Socó Meu Amor

Escreveu também inúmeras peças para piano e canções. Seu livro "Uma Odisséia Musical" foi publicado pela Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP).

Fonte: Wikipédia

Manoel Carlos Karam

MANOEL CARLOS KARAM
(60 anos)
Escritor, Dramaturgo e Jornalista

☼ Rio do Sul, SC (1947)
┼ Curitiba, PR (01/12/2007)

Manoel Carlos Karam foi um escritor, dramaturgo e jornalista brasileiro. Viveu em Curitiba, no Paraná, desde 1966. Escreveu e dirigiu vinte peças de teatro na década de 70 e, a partir dos anos 80, passou a dedicar-se aos livros, vencendo o prêmio Cruz e Souza de Literatura, da Fundação Catarinense de Cultura, em 1995, com a obra "Cebola".

Como jornalista, trabalhou na RPC TV, nos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e na prefeitura de Curitiba. Trabalhou também em campanhas políticas, como a do ex-governador Jaime Lerner.

O escritor deixou crônicas inéditas, e outros textos que serão publicados no futuro.

Em 2008, foi lançado "Jornal da Guerra Contra os Taedos".

No dia 02/12/2008, a Casa da Leitura do Parque Barigui, mantida pela prefeitura de Curitiba, foi batizada com o nome do escritor. O espaço agora abriga a biblioteca particular de Manoel Carlos Karam, composta de mais de 3 mil volumes.

Morte

Manoel Carlos Karam morreu na madrugada de sábado, 01/12/2007, aos 60 anos, vítima de câncer no pulmão, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR.

O corpo do jornalista foi velado na Capela Vaticano, atrás do Cemitério Municipal. O corpo foi cremado em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

O prefeito Beto Richa lamentou a morte do escritor:

"A morte de Manoel Carlos Karam é uma perda irreparável, pessoa brilhante que foi, amigo, respeitado, com quem tive o privilégio de conviver e dono de uma cultura ímpar!"

A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa, disse que Manoel Carlos Karam deixa uma lacuna no espaço cultural e criativo da cidade.

"Ele fez a diferença em Curitiba, e vai deixar sempre uma marca indelével como jornalista, escritor e amigo!"

Livros Publicados

  • 1985 - Fontes Murmurante
  • 1992 - O Impostor no Baile de Máscaras
  • 1997 - Cebola
  • 1999 - Comendo Bolacha Maria no Dia de São Nunca
  • 2001 - Pescoço Ladeado Por Parafusos
  • 2002 - Encrenca
  • 2004 - Sujeito Oculto
  • 2008 - Jornal da Guerra Contra os Taedos
  • 2014 - Algum Tempo Depois

Sandra Moreyra

SANDRA MARIA MOREYRA
(61 anos)
Jornalista, Repórter, Apresentadora, Diretora de Programação e Editora

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/08/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/11/2015)

Sandra Maria Moreyra foi uma jornalista brasileira, nascida no Rio de Janeiro, em 28/08/1954, com o jornalismo correndo nas veias.

Era neta da jornalista Eugênia Moreyra e do poeta e escritor Álvaro Moreyra, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora. Era mãe da também jornalista Cecília Moreyra. Foi casada com o arquiteto Rodrigo Figueiredo, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.

Começou no jornalismo em 1975. Após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil.

Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do Jornal do Brasil, onde começou a carreira de repórter.

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia.

Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu contato com o vídeo.

TV Globo

Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da TV Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na TV Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais.

No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

Em 1986, Sandra Moreyra deixou Minas Gerais e voltou para o Rio de Janeiro, se tornando uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana, passando a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil.

Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo. No canal, também apresentou o programa "Espaço Aberto Literatura".

Sandra Moreyra e Ricardo Boechat
40 Anos de Carreira

Com 40 anos de carreira, Sandra Moreyra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do Brasil. Ela cobriu a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia com o Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92 e a ocupação do Complexo do Alemão.

A cobertura que a jornalista considerava mais marcante foi o enterro dos mortos na chacina de Vigário Geral, em 1993.

"Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: 'Tenho que botar isso nas palavras mais simples'. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago!"
"Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: 'Puxa vida, cresci. Que bom!'"
(Sandra Moreyra relatou ao site Memória Globo)

Já trabalhou como repórter, apresentadora, diretora de programação e editora. Nos anos 2000, apresentou a coluna de gastronomia "Arte da Mesa", no Bom Dia Brasil.

Dentre seus trabalhos na televisão destaca-se o especial "1808 - A Corte no Brasil", uma série de reportagens sobre os 200 anos da mudança da corte portuguesa para o Brasil.

No cinema, Sandra Moreyra trabalhou como roteirista no documentário "70" (2013), da diretora Emília Silveira. O filme refere-se a um episódio ocorrido no auge da ditadura militar do Brasil, quando um grupo de 70 presos políticos foi libertado e banido do país, em troca da libertação do embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher, que havia sido sequestrado por guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Morte

Sandra Moreyra morreu na manhã de terça-feira, 10/11/2015, no Rio de Janeiro, aos 61 anos vítima de um câncer. O velório será na quarta-feira, 11/11/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.

Sandra Moreyra tinha entre suas várias paixões o time Botafogo. Após a notícia da morte da jornalista, o clube carioca decretou luto de três dias. Na nota, eles manifestaram solidariedade aos familiares:

"Com profundo pesar e tristeza, o Botafogo lamenta o falecimento de Sandra Moreyra, aos 61 anos. A jornalista botafoguense morreu na tarde deste terça-feira no Hospital Samaritano, onde estava internada e lutava contra um câncer. Filha do botafoguense Sandro Moreyra, Sandra sempre demonstrava seu amor pelo Botafogo. Atualmente, era repórter da TV Globo, com 40 anos de experiência na profissão. O Botafogo decreta luto oficial de três dias e manifesta sua solidariedade a familiares e amigos neste momento tão triste e difícil."

Fonte: WikipédiaG1 e Ego 

Tatiana Ivanovici

TATIANA IVANOVICI
(36 anos)
Jornalista e Articuladora Cultural

☼ Mogi das Cruzes, SP (1979)
┼ São Paulo, SP (10/06/2015)

Tatiana Ivanovici era uma jovem jornalista, nascida na periferia de São Paulo. Empreendedora, idealizou a Rede DoLadoDeCá e o site Do Lado De Cá que reúne todas as informações culturais da quebrada, sendo a primeira plataforma de comunicação das classes populares para as classes populares.

Tatiana Ivanovici era ávida conhecedora dos becos e vielas. Pós graduada na rua, virou jornalista e descreveu, como pouquíssimos, a periferia. Sem glamorizarão, sem frescura, meteu muito o pé na lama pra contar as histórias da favela e com o mesmo boot fez muita reunião com engravatado pra traduzir a língua das quebradas. Ela era conhecida por sua atuação focada na cultura jovem, urbana, música e todo o cenário efervescente das periferias do Brasil. Foi figura importante para o rap nacional, para o jornalismo e para o mercado de consumo.

Nascida em Mogi das Cruzes, SP, em sua própria biografia, Tati, como era chamada pelos amigos e conhecidos, se descrevia como alguém que escolheu viver não apenas para si, mas para as pessoas que viviam ao seu redor. E assim o fez. "Eu já vim do não, não tenho nada a perder", disse em entrevista ao site da Revista TPM em 2013.

Tatiana Ivanovici partiu assustadoramente cedo e de forma abrupta, mas deixou o legado de um dos primeiros veículos de comunicação do país voltados exclusivamente à periferia. O site DoLadodeCá, em alusão à música do Racionais MC's, mostrou, durante os anos em atividade, desde 2010, que o mundo é realmente diferente da ponte pra cá.


"No portal são divulgados talentos e iniciativas culturais que são frutos do celeiro que a periferia se tornou, além de assuntos que dizem respeito ao cotidiano e ao universo do entretenimento popular", dizia Tati, na descrição contida no site.

Tatiana Ivanovici é considerada pelo mercado de comunicação como insider das comunidades, mas com a visão clara sobre as necessidades das marcas. Na própria história, mesmo breve, mostrou, desde cedo, garra e determinação, o que chamou a atenção do jornalista Gilberto Dimenstein e passou pelo Projeto Aprendiz, onde ganhou a alcunha de "Aprendiz-Problema", por querer fazer várias coisas ao mesmo tempo. Trabalhou também em diversos veículos de comunicação como MTV, onde dirigiu o "Yo! MTV", voltado ao hip-hop, TV Futura e Folha de S.Paulo.

"Você não escolhe onde nasce, mas escolhe o que vai fazer da sua vida!"
(Tatiana Ivanovici)

"Jornalista de formação e articuladora cultural, trabalhei em diversos veículos de comunicação como TVs, jornais e revistas, onde minha atuação sempre foi focada em cultura jovem, urbana, música e todo cenário efervescente das periferias do Brasil. Agora desenvolvo o DoLadoDeCá, um portal onde são divulgados os talentos e iniciativas culturais que são frutos do celeiro que a periferia se tornou, além de assuntos que dizem respeito ao cotidiano e ao universo do entretenimento popular."
(Tatiana Ivanovici)

Morte

Tatiana Ivanovici faleceu na quarta-feira, 10/06/2015, aos 36 anos, vítima de um câncer silencioso e rápido no pâncreas com o qual já lutava. Muitos artistas e colegas como Criolo e Emicida, por exemplo, utilizaram as redes sociais para prestar suas condolências à jornalista.

Guilherme de Almeida

GUILHERME DE ANDRADE DE ALMEIDA
(78 anos)
Advogado, Jornalista, Heraldista, Crítico de Cinema, Poeta, Ensaísta e Tradutor

☼ Campinas, SP (24/07/1890)
┼ São Paulo, SP (11/07/1969)

Guilherme de Andrade de Almeida foi um advogado, jornalista, heraldista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro. Filho de Estevam de Araújo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade.

Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida, de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estevam Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queirós Aranha de Almeida. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida, importante organizador da Semana de Arte Moderna de 1922, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil Pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.

Um dos poemas de Guilherme de Almeida, "A Carta Que Eu Sei de Cor", presente em seu livro "Era Uma Vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra, em 1930, na importante conferência "Poesia Moderníssima do Brasil". Esta conferência foi estampada na revista Biblos (Faculdade de Letras de Coimbra), Vol. VI, n. 9-10, Coimbra, setembro e outubro de 1930, pp. 538 - 558; e no Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, domingo, 11/01/1931, página 3.

Guilherme de Almeida foi um dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde lecionou Ciência Política. Foi ainda um dos fundadores da Revista Klaxon, que visava a divulgação da ideias modernistas, tendo realizado sua capa, assim como os arrojados anúncios da Lacta, para a mesma revista. Elaborou também a capa da primeira edição do livro "Paulicéa Desvairada", de Mário de Andrade.

Participou do grupo verde-amarelista e colaborou também com a Revista de Antropofagia, tendo escrito poemas-piada à moda de Oswald de Andrade.

Guilherme de Almeida foi o primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras em 1930.

Em 1958, foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros", depois de Olavo Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano. Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês Haikai no Brasil.

Vida Pública

Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932 e exilado em Portugal, após o final da luta, foi homenageado com a Medalha da Constituição, instituída pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema "Nossa Bandeira". Ainda, o poema "Moeda Paulista" e a pungente "Oração Ante a Última Trincheira".

É proclamado "O Poeta da Revolução de 32". Escreveu a letra do "Hino Constitucionalista de 1932 / MMDC", "O Passo do Soldado", de autoria de Marcelo Tupynambá, com interpretação de Francisco Alves.

É de sua autoria a letra da "Canção do Expedicionário" com música de Spartaco Rossi, referente à participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

Autor da letra do "Hino da Televisão Brasileira", executado quando da primeira transmissão da Rede Tupi de Televisão, realizada por mérito de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.

Casa Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida mudou-se para o local em 1946, um sobrado na Rua Macapá, no Pacaembu, em São Paulo. Era chamado carinhosamente por ele como a "Casa da Colina". E ele a descreveu:

"A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, pára, olha um instante e desce".

Nela, o poeta viveu até 1969 e nela faleceu. Lá, os saraus eram bem animados, como lembra o poeta Paulo Bomfim. Também estavam sempre presentes os amigos Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Noemia Mourão, René Thiollier, Saulo Ramos, Roberto Simonsen, Carlos Pinto Alves e tantos outros.

A casa, em 1979, tornou-se o Museu Casa Guilherme de Almeida, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, tendo sido "tombado como museu biográfico e literário" pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), em maio de 2009.

O museu conta com importante acervo de obras de arte: quadros de Di Cavalcanti, Lasar SegallAnita Malfatti, as primeiras edições dos livros do poeta, entre seis mil volumes no total, além de mobiliário, peças pessoais e relíquias da Revolução de 1932.

Guilherme de Almeida encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no Parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, ao lado de Ibrahim de Almeida Nobre, o "Tribuno de 32", dos despojos dos jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. (Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade), e do caboclo Paulo Virgínio.

Obras do Autor


Poesia

  • 1917 - Nós
  • 1919 - A Dança Das Horas
  • 1919 - Messidor
  • 1920 - Livro de Horas de Soror Dolorosa
  • 1922 - Era Uma Vez…
  • 1924 - A Frauta Que Eu Perdi
  • 1925 - Meu
  • 1925 - A Flor Que Foi Um Homem (Narciso)
  • 1925 - Encantamento
  • 1925 - Raça
  • 1929 - Simplicidade
  • 1931 - Carta à Minha Noiva
  • 1931 - Você
  • 1932 - Cartas Que Eu Não Mandei
  • 1938 - Acaso
  • 1941 - Cartas do Meu Amor
  • 1947 - Poesia Varia
  • 1951 - O Anjo de Sal
  • 1954 - Acalanto de Bartira
  • 1956 - Camoniana
  • 1957 - Pequeno Romanceiro
  • 1961 - Rua
  • 1965 - Rosamor
  • 1968 - Os Sonetos de Guilherme de Almeida
  • 2010 - Margem: Poesia

Poesia (Traduções)

  • 1932 - Eu e Você (Tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy)
  • 1923 - O Gitanjali (De Rabindranath Tagore)
  • 1936 - Poetas de França
  • Suíte Brasileira (Terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents)
  • 1939 - O Jardineiro (De Rabindranath Tagore)
  • 1943 - O Amor de Bilitis (Algumas Canções) - De Pierre Louÿs
  • 1944 - Flores da Flores do Mal (De Charles Baudelaire)
  • Paralelamente a Paul Verlaine
  • 1965 - Festival (De Simon Tygel)
  • Arcanum (De Niles Bond)
  • 1967 - Os Frutos do Tempo (Les Fruits du Temps, de Simon Tygel)

Seleção de Poemas e Poesia Completa

  • 1931 - Poemas Escolhidos
  • 1952 - Toda a Poesia (1ª edição, 6 volumes)
  • 1967 - Meus Versos Mais Queridos

Teatro

  • 1916 - Mon Coeur Balance e Leur Ame (Escritas em colaboração com Oswald de Andrade)
  • 1921 - Scheherazada, Um Ato Em Versos
  • 1939 - O Estudante Poeta (Escrita em colaboração com Jaime Barcelos)

Teatro (Traduções)

  • 1950 - Entre Quatro Paredes (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre
  • 1952 - A Antígone, transcrição da tragédia de Sófocles
  • 1954 - Na Festa de São Lourenço (Tradução em versos, nas partes tupi e castelhana, do Auto de José de Anchieta, segundo o texto de Maria de Lourdes de Paula Martins)
  • 1965 - História de Uma Escada (Historia de Una Escalera), de Antonio Buero Vallejo

Teatro (Traduções Inéditas)

  • A Importância de Ser Prudente (The Importance Of Being Ernest), de Oscar Wilde
  • Orfeu (Orphée), de Jean Cocteau
  • Lembranças de Berta (Hello From Bertha), de Tennessee Williams
  • Eurídice (Eurydice), de Jean Anouilh

Prosa

  • 1924 - Natalika
  • 1926 - Do Sentimento Nacional na Poesia Brasileira (Tese de concurso)
  • 1926 - Ritmo, Elemento de Expressão (Tese de concurso)
  • 1929 - Gente de Cinema, I (Série)
  • 1933 - O Meu Portugal
  • 1935 -  A Casa (Palestra pronunciada no salão do Clube Piratininga e dedicada aos alunos do Ginásio Bandeirantes)
  • 1944 - Gonçalves Dias e o Romantismo (Conferência realizada na Academia Brasileira de Letras)
  • 1948 - Histórias, Talvez...
  • 1948 - As Palavras de Buda
  • 1953 - Baile de Formatura
  • 1961 - Jornal de Um Amante (Do Journal d’un Amant, de Simon Tygel)
  • 1962 - Cosmópolis

Literatura Infantil

  • 1941 - O Sonho de Marina
  • 1941 - João Pestana (De Hans Christian Andersen)
  • 1942 - João Felpudo (De Heinrich Hoffmann)
  • 1943 - Pinocchio (De Carlo Collodi)
  • 1943 - O Camundongo e Outras Histórias (De Wilhelm Busch)
  • 1943 - Corococó e Caracacá (De Wilhelm Busch)
  • 1943 - O Fantasma Lambão (De Wilhelm Busch)
  • 1946 - A Mosca (De Wilhelm Busch)
  • 1946 - Uma Oração de Criança (De Rachel Field)
  • 1949 - A Cartola (De Wilhelm Busch)

Heráldica

Autor de Brasões-de-Armas das seguintes cidades:

  • São Paulo (SP)
  • Petrópolis (RJ)
  • Volta Redonda (RJ)
  • Londrina (PR)
  • Brasília (DF)
  • Guaxupé (MG)
  • Caconde (SP)
  • Iacanga (SP)
  • Embu das Artes (SP)

Fonte: Wikipédia

Cornélio Pires

CORNÉLIO PIRES
(73 anos)
Jornalista, Escritor, Folclorista e Empresário

☼ Tietê, SP (13/07/1884)
┼ São Paulo, SP (17/02/1958)

Cornélio Pires foi um jornalista, escritor, folclorista e empresário brasileiro. Foi um importante etnógrafo da cultura e do dialeto caipira.

Iniciou a sua carreira viajando pelas cidades do interior do estado de São Paulo e outros, como humorista caipira.

Em 1910, Cornélio Pires apresentou no Colégio Mackenzie, hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, um espetáculo que reuniu catireiros, cururueiros e duplas de cantadores do interior. O Colégio Mackenzie foi fundado e sempre mantido pela Igreja Presbiteriana, à qual Cornélio Pires pertencia.

Ambicionando cursar a Faculdade de Farmácia, deslocou-se de Tietê para a cidade de São Paulo, a fim de prestar concurso de admissão. Não tendo obtido sucesso em seu intento, conseguiu empregar-se na redação do jornal O Comércio de São Paulo. Posteriormente trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo, onde desempenhou a função de revisor. A partir de 1914, passou a trabalhar no periódico O Pirralho.

Cornélio Pires foi autor de mais de vinte livros, nos quais procurou registrar o vocabulário, as músicas, os termos e expressões usadas pelos caipiras. No livro "Conversas ao Pé do Fogo", Cornélio Pires faz uma descrição detalhada dos diversos tipos de caipiras e, ainda no mesmo livro, ele publica o seu "Dicionário do Caipira".

Na obra "Sambas e Cateretês" recolhe inúmeras letras de composições populares, muitas das quais hoje teriam caído no esquecimento se não tivessem sido registradas nesse livro. A importância de sua pesquisa começa a ser reconhecida nos meios acadêmicos no uso e nas citações que de sua obra faz Antonio Candido, professor na Universidade de São Paulo (USP), o nosso maior estudioso da sociedade e da cultura caipira, especialmente no livro "Os Parceiros do Rio Bonito".

Cornélio Pires foi o primeiro a conseguir que a indústria fonográfica brasileira lançasse, em 1928, em discos de 78 rpm, a música caipira. Segundo José de Souza Martins, Cornélio Pires foi o criador da música sertaneja, mediante a adaptação da música caipira ao formato fonográfico e à natureza do espetáculo circense, já que a música caipira é originalmente música litúrgica do catolicismo popular, presente nas Folias do Divino, no cateretê e na catira (dança ritual indígena, durante muito tempo vedada às mulheres, catolicizada no século XVI pelos padres jesuítas), no cururu (dança indígena que os missionários transformaram na dança de Santa Cruz, ainda hoje dançada no terreiro da igreja da aldeia de Carapicuíba, em São Paulo, por descendentes dos antigos índios aldeados, nos primeiros dias de maio, na Festa da Santa Cruz, a mais caipira das festas rurais de São Paulo).

A criação de Cornélio Pires permitiu à nascente música caipira comercial, que chegou aos discos 78 rpm, libertar-se da antiga música caipira original, ganhar vida própria e diversificar seu estilo.

Atualmente a música caipira é chamada de música raiz para se diferenciar da música sertaneja. A música caipira dos discos 78 rpm nasceu, no final da década de 1920, como o último episódio de afirmação de uma identidade paulista após a abolição da escravatura, em 1888, que teve seu primeiro grande episódio na pintura, especialmente a do ituano Almeida Júnior, expressa em obras como "Caipira Picando Fumo", "Amolação Interrompida", dentre outras.

A ironia e a crítica social da música sertaneja originalmente proposta por Cornélio Pires, situa-se na formação do nosso pensamento conservador, que se difundiu como crítica da modernidade urbana. O melhor exemplo disso é a "Moda do Bonde Camarão", uma das primeiras músicas sertanejas e uma ferina ironia sobre o mundo moderno.

Após encerrar a sua carreira jornalística, Cornélio Pires organizou o "Teatro Ambulante Cornélio Pires", viajando com o mesmo de cidade em cidade, aplaudido por onde passava.

Cornélio Pires é primo dos escritores Elsie Lessa, Orígenes Lessa, Ivan Lessa, Juliana Foster e Sérgio Pinheiro Lopes.

Cornélio Pires e o Espiritismo

Cornélio Pires pertencia a uma extensa família de presbiterianos e, na juventude, frequentava as reuniões da igreja com os seus familiares.

Durante as suas viagens pelo interior do país, teve contato com vários fenômenos mediúnicos, particularmente algumas comunicações do espírito Emílio de Menezes, que muito o impressionaram.

A partir de então passou a estudar as obras espíritas principalmente as de Allan Kardec, Léon Denis, Albert de Rochas e alguns livros psicografados pelo então jovem médium Francisco Cândido Xavier. A partir de então dedicou-se ao Espiritismo, com particular interesse pelos fenômenos de efeitos físicos.

Nos anos de 1944 a 1947 escreveu os livros "Coisas do Outro Mundo" e "Onde Estás, ó Morte?", tendo falecido quando se dedicava à redação da obra "Coletânea Espírita".

Pouco antes de falecer, retornou à sua cidade natal, onde adquiriu uma chácara, tendo fundado a instituição Granja de Jesus, um lar para crianças desamparadas, que não teve a oportunidade de ver implantado.

Cornélio Pires foi tio do jornalista espírita José Herculano Pires, tradutor e estudioso das obras de Allan Kardec e associado à corrente científica do Espiritismo brasileiro.

Cornélio Pires faleceu em São Paulo, SP, no dia 17/05/1958, aos 73 anos, vítima de câncer na laringe.

Fonte: Wikipédia

Fernando Brant

FERNANDO ROCHA BRANT
(68 anos)
Jornalista, Escritor e Compositor

☼ Caldas, MG (09/10/1946)
┼ Belo Horizonte, MG (12/06/2015)

Fernando Rocha Brant, conhecido como Fernando Brant, foi um compositor mineiro. Nasceu em Caldas, MG, no dia 09/10/1946. Filho de pais mineiros, aos cinco anos mudou-se para Diamantina, MG, e, aos 10 anos, foi para Belo Horizonte, MG, onde passou o resto de sua infância e adolescência.

Seu envolvimento com música e literatura aumentou quando cursava a faculdade de Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde formou-se. Nessa época, conseguiu seu primeiro emprego, como escrivão do Juizado de Menores.

No início dos anos 60, conheceu o amigo Milton Nascimento.

Em 1967, Milton Nascimento conseguiu convencer o então hesitante Fernando Brant a escrever sua primeira letra. Era "Travessia", composição que, no mesmo ano, ganhou o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção, no Rio de Janeiro, funcionando como o estopim da carreira de sucesso de Milton Nascimento.

Milton Nascimento e Fernando Brant em 1980
Em 1967, participou do II Festival Nacional da Canção, TV Globo, com três canções escritas em parceria com Milton Nascimento: "Morro Velho", "Maria Minha Fé" e "Travessia". "Travessia" foi classificada em 2º lugar no evento, em interpretação do próprio Milton Nascimento, que a registrou em seu primeiro LP lançado nesse ano.

Em 1968, participou do IV Festival de Música Popular Brasileira, TV Record, com a canção "Sentinela" (Fernando Brant e Milton Nascimento), defendida por Cynara e Cybele.

Seguiram-se inúmeras canções em parceria com Milton Nascimento, registradas nos discos desse compositor e cantor, como "Outubro", "Beco do Mota", "Sunset Marquis 333 Los Angeles" e "Rosa do Ventre".

Em 1969, conseguiu trabalho como jornalista na revista O Cruzeiro. Nesse mesmo ano, em Belo Horizonte, Fernando Brant e os amigos começaram a articular o projeto que se tornaria o Clube da Esquina.

Em 1970, escreveu com Milton Nascimento, a trilha sonora de "Tostão, a Fera de Ouro", curta-metragem de Ricardo Gomes Leite e Paulo Laender, com destaque para a canção "Aqui é o País do Futebol". Ainda nesse ano, Milton Nascimento gravou outras canções de sua autoria, como "Para Lennon e McCartney" (Fernando Brant, Lô Borges e Marcio Borges) e "Durango Kid" (Fernando Brant e Toninho Horta).

Fernando Brant em 1990
A parceria com Milton Nascimento, Lô BorgesTavinho MouraWagner TisoMárcio BorgesNivaldo OrnelasToninho HortaPaulo Braga e outros membros do Clube da Esquina mostrou-se muito produtiva, gerando várias canções, entre as quais há clássicos como "San Vicente""Ponta de Areia", "Maria, Maria", "Para Lennon e McCartney", "Canção da América", "Nos Bailes da Vida", entre muitas outras.

Em 1972, suas composições "San Vicente" e "Ao Que Vai Nascer", ambas em parceria com Milton Nascimento, e "Paisagem na Janela" (Fernando Brant e Lô Borges) foram incluídas no histórico LP "Clube da Esquina", de Milton Nascimento e Lô Borges.

Em 1974, dois anos depois, o disco "Milagre dos Peixes", de Milton Nascimento, registrou novamente a parceria dos dois compositores na faixa-título e na canção "Escravos de Jó".

Considerado o principal letrista de Milton Nascimento, continuou trabalhando com o parceiro durante as décadas de 80 e 90. Com mais de 200 canções gravadas, a dupla registrou inúmeros sucessos, como "Maria, Maria", "Planeta Blue", "Promessas do Sol", "O Vendedor de Sonhos", "Canção da América", "Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)", "Encontros e Despedidas", "Nos Bailes da Vida", "San Vicente", além dos outros já citados.

Em 1998, as canções "Janela Para o Mundo" e "Louva-a-Deus" (Fernando Brant e Milton Nascimento), fizeram parte do repertório de "Nascimento", disco premiado com o Grammy desse ano.

Em 2000, trabalhou no musical "Fogueira do Divino", para o qual escreveu 20 letras inéditas, que receberam arranjos musicais de Nivaldo Ornellas e Tavinho Moura.

Morte

Fernando Brant morreu por volta de 21:40 hs de sexta-feira, 12/06/2015, aos 68 anos, em Belo Horizonte,  MG, vítima de complicações decorrentes de um transplante de fígado. O velório ocorreu a partir das 09:00 hs de sábado, 13/06/2015, no Palácio das Artes.

Fernando Brant foi sepultado na tarde de sábado, 13/06/2015, no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, MG.

No enterro, família, amigos e fãs prestaram homenagens a Fernando Brant. Eles cantaram alguns dos maiores sucessos do compositor, como "Travessia" e "Canção da América". Muitas palmas também marcaram a despedida.