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Villas-Bôas Corrêa

LUIZ ANTÔNIO VILLAS-BÔAS CORRÊA
(93 anos)
Jornalista

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/12/1923)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/12/2016)

Luiz Antonio Villas-Bôas Corrêa foi um jornalista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/12/1923. Era o mais antigo analista político do Brasil até a sua morte. Começou em 1948 e até 2011 assinou uma coluna no Jornal do Brasil.

Nascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, formou-se em Direito pela Faculdade Nacional de Direito, da antiga Universidade do Brasil, em 1947, onde se espantou com a efervescência política e presidiu o Centro Acadêmico Cândido de Oliveira (CACO) no Estado Novo.

Iniciou sua atividade jornalística, sempre na área política, em 27/10/1948, no jornal A Notícia. Trabalhou também no Diário de Notícias, na Rádio Nacional e em diversas emissoras de televisão, notadamente na Rede Manchete, na qual atuou como comentarista político desde 1991 até o fechamento da emissora de Adolpho Bloch. Era conhecido pelo texto elegante, com estilo inconfundível e algo irônico, e pela sofisticada capacidade de análise política.

Atribuía, porém, ao acaso sua especialização. Ainda "foca", em uma reportagem policial, ouviu em uma rua na Glória um empresário se queixar de que não conseguia fechar um negócio, porque autoridades lhe exigiam dinheiro. Segundo relatou em 2011 a Pedro Doria na série em vídeo "Decanos Brasileiros - Dez Visões Sobre a Democracia no País", no site Estadão, convenceu o desconhecido a deixá-lo acompanhar uma audiência com Ministro da Guerra, general Canrobert Pereira da Costa, para denunciar as extorsões.



"Eu fiz a matéria, e deu uma manchetona no dia seguinte em 'A Notícia", contou Villas-Bôas Corrêa.

"'Gravíssima denúncia ao ministro da Guerra!' (...) Isso foi uma bomba no Congresso. Porque a oposição veio em cima, etc, debates, e faz CPI, não faz CPI... Durou uma semana. Não deu em nada. Mas para mim deu. Porque daí em diante eu verifiquei que não tinha repórter político na Notícia, que eu gostei da experiência e comecei a ir para o jornal cedo e a fazer matéria política!"
(Villas-Bôas Corrêa)

Era o início da trajetória profissional que o transformaria em testemunha dos principais acontecimentos políticos da segunda metade do século 20 e o início do século 21 no Brasil. Longa, a lista inclui o suicídio do presidente Getúlio Vargas, o contragolpe do marechal Henrique Teixeira Lott, em 1955, as revoltas de Jacareacanga e Aragarças no governo de Juscelino Kubitschek, a renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961, o golpe de 1964, a ditadura civil-militar de 1964-1985, a redemocratização, a agonia e morte do presidente Tancredo Neves, o impeachment do presidente Fernando Collor, os dois governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o início do primeiro período de Dilma na presidência.


Em, 1985, segundo relatou no livro "Conversa Com a Memória - A História de Meio Século de Jornalismo Público" (Ed. Objetiva) que preparara-se para participar, pela Rede Manchete, da cobertura da posse de Tancredo Neves. A solenidade acabou frustrada por uma cirurgia de emergência cujas complicações levariam o presidente à morte sem jamais ser empossado.

Praticamente sozinho no estúdio, Villas-Bôas Corrêa ancorou desde cedo (a operação fora feita de madrugada) o noticiário, enquanto a cobertura era reorganizada. "Continua, Villas", pediam-lhe, pela linha interna de comunicação, para que não parasse de falar. O repórter já sessentão, apesar do cansaço, garantiu por horas, com seus comentários, a transmissão.

Villas-Bôas Corrêa durante 23 anos, trabalhou na sucursal do Rio do jornal O Estado de S. Paulo, inicialmente como chefe da seção política e, mais tarde, como diretor da sucursal. Também trabalhou no matutino O Dia, lançado por Chagas Freitas após assumir o diário A Notícia.

Retornou ao Jornal do Brasil, em 1999, como editor de política.

Morte

Luiz Antônio Villas-Bôas Corrêa morreu na noite de quinta-feira, 15/12/2016, aos 93 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital São Lucas desde o dia 09/12/2016. Villas-Bôas Corrêa morreu em decorrência "de um choque séptico causado por uma pneumonia comunitária", segundo o Hospital São Lucas.

O corpo de Luiz Antônio Villas-Bôas Corrêa foi velado no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, na manhã de sábado, 17/12/2016. No período da tarde ocorreu a cremação do jornalista. O velório começou às 10h00.

Villas-Bôas Corrêa era viúvo de Regina Maria de Sá Corrêa e deixou, além de Marcos, outro filho, o professor Marcelo de Sá Corrêa, três netos e três bisnetos.

Indicação: Miguel Sampaio

Goulart de Andrade

LUÍS FILIPE GOULART DE ANDRADE
(83 anos)
Jornalista e Apresentador de Televisão

☼ Rio de Janeiro, RJ (06/04/1933)
┼ São Paulo, SP (23/08/2016)

Luís Filipe Goulart de Andrade foi um apresentador de televisão e jornalista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 06/04/1933.

Com mais de 80 anos, permaneceu ativo até a data de sua morte, como jornalista e comandando o programa "Vem Comigo" na TV Gazeta. O nome de seu último programa era inspirado em seu tradicional bordão, dito ao iniciar uma reportagem.

De tradicional família alagoana, é filho do funcionário público Flávio Goulart de Andrade, antigo diretor do Senado Federal, e da cantora Elisinha Coelho. Seu avô paterno era o jornalista e senador por Alagoas, Eusébio Francisco Goulart de Andrade. O escritor José Maria Goulart de Andrade era seu tio-avô, e a cantora e atriz Carmen Miranda foi sua madrinha de batismo.

Goulart de Andrade iniciou sua carreira na antiga TV Rio, em 1955, no programa "Preto no Branco". Produziu e dirigiu os mais variados programas desde então, em praticamente todas as emissoras brasileiras, com destaque para o "Brasil 63", de Bibi Ferreira, na TV Excelsior, e as fases iniciais do "Fantástico" e do "Globo Repórter", na década de 70.

Em 1978 criou o programa "Plantão da Madrugada", na Rede Globo, que, depois de seu desligamento da emissora, seria recriado pela sua produtora e exibido em várias emissoras, com o nome de "Comando da Madrugada", depois renomeado "Comando da Noite", devido à mudança de horário, em 2007.


Em 1982 deixou a Rede Globo e assinou contrato com a Rede Bandeirantes para apresentar o "Comando da Madrugada", que ficaria na emissora até dezembro de 1985, quando Goulart de Andrade é contratado pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), de Sílvio Santos.

Sua produtora independente, a Produtora Goulart de Andrade, também criaria outros programas de reportagem, como "23ª Hora" (Gazeta, 1983-1984), "Eu Sou o Repórter" (SBT, 1988-1989) e a primeira fase do "Repórter Record" (1995-2001), que passaria a ser produzido pela própria emissora e não mais por produção independente.

Em 2008, iniciou o "Programa Goulart de Andrade", na Record News, que documentava regiões e situações, além de entrevistar pessoas influentes em determinadas áreas e dar dicas de gastronomia e enologia, com o apoio de Edílio Lopes.

Em 2009, foi contratado pelo SBT, a pedido de Paulo Nicolau, novo diretor de jornalismo da emissora.

Em 2012, estreou o programa "Vem Comigo", na TV Gazeta. Nele, as antigas matérias de Goulart de Andrade eram reexibidas e alunos dos cursos de Rádio e TV e de Jornalismo da Faculdade Cásper Líbero foram convocados a atualizar o tema.

Em 2014, Goulart de Andrade voltou a Rede Globo para uma rápida participação como o sambista Oswaldo na minissérie "Os Experientes".

Polêmicas

Muitas vezes, a crítica considerava que Goulart de Andrade exagerava demais em suas reportagens. Em 28 anos de programa, chegou a exibir ao vivo, uma aplicação de silicone industrial por travestis no centro de São Paulo e uma delicada cirurgia de ponte de safena, em que o paciente infartado era ele mesmo.

Exibiu também a filmagem da necropsia de Paulo César Farias, tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor, assassinado em circunstâncias misteriosas em 23/06/1996. No dia 11 de julho daquele ano, Goulart de Andrade exibiu em seu programa, na extinta Rede Manchete, trechos da necropsia de um cadáver, que apresentava seus órgãos sendo retirados, lavados e secados.

Morte

Goulart de Andrade morreu na terça-feira, 23/08/2016, em São Paulo, SP, aos 83 anos, vítima de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Ele não resistiu aos problemas respiratórios intensos.

Ele deixa a mulher, Margareth Bianchini, com quem viveu os últimos 13 anos, sem filhos, além de três filhos, três netos e uma bisneta.

"Ele foi internado na outra segunda-feira (15/08/2016) e ficou até domingo (21/08/2016). Foram várias internações, ele ficava muito inchado, passava mal, não respirava e teve problemas com uma úlcera aguda. No domingo, ele foi liberado e voltou estabilizado para casa. Menos de 12 horas depois, ele teve um desmaio e detectou-se baixa oxigenação no sangue. Ele precisou ser entubado por não respirar direito e veio a falecer.
Eu passei a quinta-feira (18/08/2016) toda com ele, ele conversava, articulava, completamente lúcido. Levantava, aprontava arte [risos], queria ir sozinho no banheiro, queria ver o cardápio para pedir comida. Era o mesmo Goulart que eu sempre conheci, e ele aguardava ansiosamente a mulher chegar."

(Sandra de Angelis, amiga e assessora de Goulart ao portal R7)


Programas Que Goulart de Andrade Apresentou

  • 1978-1981 - Plantão da Madrugada (Rede Globo)
  • 1982-1985 - Comando da Madrugada (Rede Bandeirantes)
  • 1986-1994 - Comando da Madrugada (SBT)
  • 1995-1997 - Comando da Madrugada (Rede Manchete)
  • 1997-2002 - Repórter Record (Rede Record)
  • 2003-2005 - Comando da Madrugada (Rede Bandeirantes)
  • 2005-2006 - Comando da Noite (Rede Bandeirantes)
  • 2008-2009 - Programa Goulart de Andrade (Record News)
  • 2012-2016 - Vem Comigo (TV Gazeta)

Fonte: Wikipédia e R7

Geneton Moraes Neto

GENETON MORAES NETO
(60 anos)
Jornalista e Escritor

☼ Recife, PE (13/07/1956)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/08/2016)

Geneton Moraes Neto foi um jornalista e escritor brasileiro nascido em Recife, PE, no dia 13/07/1956.

Geneton Moraes Neto iniciou sua carreira como repórter do Diário de Pernambuco, em 1972. Entre 1975 e 1980, foi repórter da sucursal Nordeste do jornal O Estado de S.Paulo.

Trabalhou na TV Globo Nordeste como repórter e editor, transferindo-se para a Rede Globo no Rio de Janeiro em 1985.

Foi editor do Jornal da Globo e do Jornal Nacional, correspondente da GloboNews e do jornal O Globo na Inglaterra, além de repórter e editor-chefe do programa dominical Fantástico.

Geneton Moraes Neto ganhou o Prêmio Embratel de telejornalismo de 2010 com as entrevistas com os generais Newton Cruz e Leônidas Pires Gonçalves, exibidas no programa "Dossiê Globonews". Ao receber o prêmio, disse, em texto publicado no portal G1: "Não se faz Jornalismo com tédio. Faz-se com devoção. Jornalista existe para levantar - não para derrubar - assuntos".

Geneton Moraes Neto dirigiu, em 2010, o documentário "Canções do Exílio", exibido no Canal Brasil, com depoimentos de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Jards Macalé sobre o período em que viveram em Londres.


Recebeu da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2012, a Medalha João Ribeiro, concedida anualmente a personalidades que se destacam na área da cultura.

Dirigiu o primeiro documentário de longa metragem produzido pela GloboNews, "Garrafas ao Mar: A Víbora Manda Lembranças". Com uma hora e vinte de duração, o documentário reúne entrevistas gravadas ao longo de vinte anos de convivência com o jornalista Joel Silveira, tido como o maior repórter brasileiro. "Garrafas ao Mar: A Víbora Manda Lembranças" foi exibido pela GloboNews, sem intervalos, no dia 02/02/2013. Em dezembro, o jornal O Globo elegeu "Garrafas ao Mar: A Víbora Manda Lembranças" como um dos Dez Melhores Programas exibidos pela TV brasileira em 2013.

Também em 2013, dirigiu, na GloboNews, o documentário "Dossiê 50: Comício a Favor dos Náufragos",  com gravações em áudio e vídeo feitas com todos os onze jogadores que enfrentaram o Uruguai na decisão da Copa de 1950, no Maracanã.

Em 2015, dirigiu o documentário "Cordilheiras no Mar: A Fúria do Fogo Bárbaro", ganhador do Prêmio Especial do Júri no 25º Festival Ibero-Americano de Cinema, realizado em Fortaleza, CE. O filme trata da grande polêmica provocada que Glauber Rocha provocou ao oferecer apoio ao projeto de abertura política anunciado pelo general Ernesto Geisel.

Morte

Geneton Moraes Neto morreu na segunda-feira, 22/08/2016, no Rio de Janeiro, RJ, aos 60 anos, vítima de um aneurisma na artéria aorta. Ele estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro, desde maio.

O velório ocorrerá ma quarta-feira, 24/08/2016, no Memorial do Carmo, Rio de Janeiro, onde o corpo será cremado.

Geneton Moraes Neto deixou a esposa Elizabeth, três filhos, Joana, Clara e Daniel, e quatro netos, Beatriz, Dora, João Philippe e Francisco.

Obras Publicadas

  • 1983 - Caderno de Confissões Brasileiras
  • 1988 - Cartas ao Planeta Brasil
  • 1990 - Hitler/Stalin: O Pacto Maldito (Parceria com Joel Silveira)
  • 1992 - Nitroglicerina Pura (Parceria com Joel Silveira)
  • 1994 - O Dossiê Drummond / A Última Entrevista do Poeta
  • 1997 - Dossiê Brasil
  • 2000 - Dossiê 50: Os Onze Jogadores Revelam os Segredos da maior Tragédia do Futebol Brasileiro
  • 2004 - Dossiê Moscou
  • 2005 - Dossiê Brasília: Os Segredos dos Presidentes
  • 2007 - Dossiê História: Um Repórter Encontra Personagens e Testemunhas de Grandes Tragédias da História Mundial
  • 2009 - Dossiê Gabeira

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Sábato Magaldi

SÁBATO ANTONIO MAGALDI
(89 anos)
Crítico Teatral, Teatrólogo, Jornalista, Professor, Ensaísta e Historiador

☼ Belo Horizonte, MG (09/05/1927)
┼ São Paulo, SP (14/07/2016)

Sábato Antonio Magaldi foi um crítico teatral, teatrólogo, jornalista, professor, ensaísta e historiador brasileiro, nascido em Belo Horizonte, MG, no dia 09/05/1927.

Sábato Magaldi formou-se no curso de Direito em Belo Horizonte, mas antes dos 20 anos de idade escreveu sua primeira crítica, de uma peça de Jean Paul Sartre, iniciando a carreira de crítico teatral, sua verdadeira vocação.

Em 1948 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passou a escrever críticas para o jornal Diário Carioca, em substituição à Paulo Mendes Campos, na função de crítico.

Em 1953 Sábato Magaldi foi trabalhar em São Paulo, exercendo sua função nos jornais O Estado de São Paulo e no Jornal da Tarde, à partir de 1966.

Foi membro da Academia Brasileira de Letras, sendo eleito em 08/12/1994, tomando posse em julho de 1995 na cadeira nº 24, na sucessão de Ciro dos Anjos. Foi professor titular de História do Teatro Brasileiro da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Lecionou, ainda, durante quatro anos nas universidades francesas da Universidade de Paris III, (Sorbonne) Nouvelle e de Provence.

Atuou na política, ao ser o primeiro secretário municipal de Cultura de São Paulo, entre abril de 1975 e julho de 1979, na administração Olavo Egydio Setúbal.

Sábato Magaldi foi um dos grandes organizadores da obra de Nelson Rodrigues, de quem era amigo pessoal, e foi responsável pela classificação de suas peças segundo tema e gênero: Tragédias Cariocas, Peças Míticas e Peças Psicológicas. Seus prefácios às peças são verdadeiros ensaios sobre a obra do dramaturgo.

Sábato Magaldi foi casado com a escritora Edla Van Steen.

Morte

Sábato Magaldi morreu às 23h30 de quinta-feira, 14/07/2016, aos 89 anos. Ele estava internado desde o dia 02/07/2016 no Hospital Samaritano, em São Paulo, com problemas pulmonares. Sua morte de seu em decorrência de um quadro séptico, insuficiência renal e comprometimento pulmonar.

O velório ocorreu na sexta-feira, 15/07/2016, a partir das 12h00, no Cemitério Memorial Parque Paulista, em São Paulo. O corpo do crítico foi cremado às 15h00. Depois, as cinzas seguiram para o Rio de Janeiro, onde foram sepultadas no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.

Produção Literária

  • Panorama do Teatro Brasileiro (Global Editora, 2001)
  • Iniciação ao Teatro (Editora Ática, 1998)
  • O Cenário do Avesso (Editora Perspectiva, 1991)
  • Um Palco Brasileiro - O Arena de São Paulo (Editora Brasiliense)
  • Nelson Rodrigues - Dramaturgia e Encenações (Editora Perspectiva)
  • O Texto no Teatro (Editora Perspectiva)
  • As Luzes da Ilusão, em parceria com Lêdo Ivo (Global Editora)
  • Moderna Dramaturgia Brasileira (Editora Perspectiva, 1998)
  • Depois do Espetáculo (Editora Perspectiva, 2003)
  • Teatro da Obsessão - Nelson Rodrigues (Editora Global, 2004)
  • Teatro da Ruptura - Oswald de Andrade (Editora Global, 2003)
  • Teatro de Sempre (Editora Perspectiva, 2006)
  • Cem Anos de Teatro em São Paulo (Editora Senac, 2001)
  • Edição da obras de Nelson Rodrigues - Teatro Completo (Editora Global, Vários Volumes)
  • Teatro Vivo (Responsável pela Coleção)

Fonte: Wikipédia

Eliakim Araújo

ELIAKIM ARAÚJO PEREIRA FILHO
(75 anos)
Jornalista

☼ Guaxupé, MG (28/04/1941)
┼ Fort Lauderdale, Estados Unidos (17/07/2016)

Eliakim Araújo foi um jornalista brasileiro nascido em Guaxupé, MG, no dia 28/04/1941.

No dia 01/06/1961, quanto tinha apenas 20 anos, estudante de Direito, foi contratado como redator pela Radio Continental do Rio de Janeiro. Desta forma começava a sua carreira em jornalismo. Pouco depois, passou a redator e apresentador do informativo Reportagem Ducal. Foi nessa condição, que anunciou a renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961.

Depois de quase vinte anos atuando na Rádio Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, em 1983 ele foi convidado pela Rede Globo para apresentar o Jornal da Globo, onde ficou até 1989, tendo também apresentado esporadicamente edições de quase todos os outros telejornais da emissora.

Em 1984, ancorou o comício das Diretas na Candelária, Rio de Janeiro.


Casou-se com a também jornalista Leila Cordeiro. Ela e Eliakim Araújo formaram por muito tempo o "Casal 20 do Jornalismo Brasileiro".

Demitiu-se da Rede Globo e foi para Rede Manchete, onde apresentou, juntamente com Leila Cordeiro, o principal telejornal da emissora, o Jornal da Manchete.

Em 1989, Eliakim Araújo representou a Rede Manchete nos dois debates presidenciais, entre Fernando Collor e Luiz Inácio Lula da Silva, transmitidos por um pool de emissoras naquele ano. Era a primeira eleição direta para presidente da República, depois do golpe militar de 1964.

A convite de Silvio Santos, o casal se mudou para São Paulo em 1993 para fazer parte da equipe de jornalismo do SBT. Nesta emissora, apresentaram o Aqui Agora e o Jornal do SBT, este último no lugar de Lilian Witte Fibe, que havia saído da emissora.

Eliakim Araújo e Leila Cordeiro
Em 1997 veio o convite da rede americana de televisão CBS para ancoragem do primeiro canal internacional de notícias em língua portuguesa, o CBS Telenotícias, que tinha um telejornal homônimo, CBS Telenotícias, no SBT. O projeto durou três anos e Eliakim Araújo e Leila Cordeiro decidiram então permanecer nos Estados Unidos com os filhos, onde ele produzia vídeos institucionais e jornalísticos, dentro de sua produtora Twenty Communications, além de manter sites de jornalismo junto com Leila Cordeiro.

Durante três anos, apresentou o Câmera Record News, que exibia documentários do programa americano 60 Minutes, da Columbia Broadcasting System (CBS), uma das maiores redes de televisão e rádio dos Estados Unidos.

Em 2016 Eliakim Araújo foi diagnosticado com um câncer no pâncreas, e foi internado num hospital em Fort Lauderdale, Flórida, onde residia, para tratar da doença com uma quimioterapia. No entanto, após um mês do diagnóstico, Eliakim Araújo faleceu aos 75 anos, no dia 17/07/2016, após complicações da doença.

Fonte: WikipédiaG1 

Teixeira Heizer

HITHLER TEIXEIRA HEIZER
(83 anos)
Jornalista

☼ Rio de Janeiro, RJ (16/12/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/05/2016)

Teixeira Heizer, nascido Hithler Teixeira Heizer, foi um jornalista esportivo brasileiro. Começou a carreira no rádio, nos anos 50. Teixeira Heizer nasceu em 16/12/1932, no Rio de Janeiro. Formou-se em Direito na Universidade Federal Fluminense (UFF). Trabalhou como professor, mas foi sua atuação na imprensa esportiva que o tornou conhecido. Apaixonado pelo esporte e também pela gramática, ele tinha cuidado com as palavras - tanto no jornal impresso, quanto no rádio ou na televisão.

Em entrevista ao Memória Globo, Teixeira Heizer lembrou que o apreço pela língua portuguesa era uma de suas principais marcas:

"Sempre que eu escrevia (no jornal), eu prestava atenção porque alguém ia ler o que eu fizesse. Então eu construía o melhor para oferecer ao leitor. Até hoje, bate no meu ouvido: 'Ele tem o gosto pela frase.'"

Primeiros Passos

O primeiro trabalho no jornalismo foi na redação do Correio Fluminense, em 1953. Um ano depois, já fazia parte da equipe de repórteres da Emissora Continental.

No início da década de 1960, começou a trabalhar como comentarista esportivo na Rádio Globo, ao lado de profissionais como Waldir Amaral, Luiz Mendes e Raul Brunini. Pela rádio participou da cobertura da Copa do Mundo do Chile, em 1962, quando a Seleção Brasileira de futebol comandada por Garrincha conquistou o segundo título mundial.

No ano seguinte, fez parte da equipe que cobriu uma excursão da Seleção Brasileira pela Europa. Essa cobertura deu à Rádio Globo o primeiro lugar de audiência entre as emissoras cariocas na época.

Além do trabalho na rádio, Teixeira Heizer também exerceu a função de secretário de revistas da Rio Gráfica Editora em meados da década de 1960.

Pioneiro na Globo

Teixeira Heizer fez parte da equipe de profissionais que auxiliaram na inauguração da TV Globo, em 1965, e foi contratado, em janeiro de 1964, com o crachá número 01 da empresa. Teixeira Heizer foi o responsável também pela criação dos primeiros programas esportivos da emissora, como o "Em Cima do Lance" e "Por Dentro da Jogada". Fazia parte também do "Tele Globo" e chegou a apresentar o programa ao lado de Nathalia Timberg e Hilton Gomes. O telejornal foi o primeiro a ser exibido pela emissora.

Teixeira Heizer também planejou a primeira transmissão de um jogo de futebol na TV Globo, em 1965. A partida foi disputada entre o Brasil e a União Soviética no Maracanã. Na época, ainda não existia tecnologia que permitisse as transmissões ao vivo, que só foram possíveis a partir da Copa do Mundo do México, em 1970.

Para exibir o jogo, a solução encontrada por Teixeira Heizer foi gravar a partida em filmes, em partes, e mandar os rolos para a emissora para montá-los rapidamente. O jornalista fez a narração por cima das imagens já editadas, e a partida foi exibida pouco depois do seu início.

Teixeira Heizer saiu da TV Globo pouco tempo depois da exibição dessa primeira transmissão de futebol. Em sua carreira de jornalista, escreveu para diversos veículos na imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo, como Diário da Noite, Diário de Notícias, Última Hora, O Dia, Placar, Veja e Estado de S.Paulo.

Seu último trabalho foi como comentarista no canal Sportv, da Globosat, onde participou dos debates sobre a Copa do Mundo do Brasil, em 2014.

Em junho de 2010, o jornalista lançou o livro "Maracanazo - Tragédias e Epopeias de um Estádio Com Alma", contando suas memórias sobre a final da Copa do Mundo de 1950, quando a seleção brasileira foi derrotada pela uruguaia.

Em abril de 2016, lançou seu quinto livro, "A Outra História de Cada Um", onde reuniu casos sobre personalidades do esporte, colhidos em seus 60 anos de carreira.

Morte

Teixeira Heizer morreu na tarde de terça-feira, 03/05/2016, vítima de uma parada cardíaca. De acordo com o Sportv, ele estava internado desde o dia 07/04/2016 no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Indicação: Miguel Sampaio

Berto Filho

ULISBERTO LELOT
(75 anos)
Jornalista e Locutor

☼ Rio de Janeiro, RJ (13/03/1940)
┼ Rio de Janeiro, RJ (12/03/2016)

Berto Filho, nascido Ulisberto Lelot, foi um jornalista e locutor de televisão brasileiro atuante desde 1956. Ele foi o primeiro apresentador do "RJTV".

Trabalhou durante as décadas de 1970 e 1980 na apresentação de vários telejornais da TV Globo, como o "Jornal Nacional", "Fantástico" e "Jornal Hoje", tanto como apresentador titular quanto substituto, até 1986, quando desligou-se da emissora.

Em 1989, foi contratado pela TV Rio, então controlada pelo pastor Nilson Fanini, onde apresentava um programa de entrevistas, sendo dispensado em pouco tempo, passando nove anos sem contrato em televisões.

Em 1998, foi contratado pela Rede Manchete para apresentar o "Manchete Primeira Mão", e, pouco depois, o "Jornal da Manchete". Continuou na emissora até o seu fim, estando presente até na fase da TV!, que foi a transição entre a Rede Manchete e a RedeTV!.

Berto Filho atuou como locutor de vídeos institucionais e foi apresentador de eventos e feiras até ser recontratado pela Rede Globo em 2004 para substituir Celso Freitas, que mudou-se para a TV Record, na locução das matérias do "Fantástico". Ele foi escolhido pela emissora por ter voz e entonação muito semelhantes à de Cid Moreira, também locutor do "Fantástico". Segundo o jornalista Flávio Ricco, em 2008, não houve a renovação do contrato de Berto Filho com a TV Globo, ficando apenas Cid Moreira nas locuções do "Fantástico".

A Saúde

Berto Filho lutou contra um câncer no fígado e se recuperava de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele mudou-se na segunda-feira, 25/01/2016, para o Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, e chegou com problemas de saúde sérios. De acordo com Cida Cabral, administradora do local, nos últimos três anos, o jornalista ficou viúvo e perdeu sua irmã.

"Ele morava com o filho, que não tinha como cuidar direito, também trabalha e nos procurou para saber da possibilidade da gente poder acolhê-lo e ajudá-lo. O Retiro o recebeu de portas abertas, sabendo o quanto ele batalhou!"
(Cida Cabral)

Na época, Cida Cabral contou que Berto Filho estava também com um problema na voz, que o tinha deixado ainda mais debilitado e deprimido.

Há três anos, Berto Filho estava bem e foi até o Retiro dos Artistas pleitear uma vaga para uma irmã dele, que era cantora, e morava no interior de São Paulo.

"Ele passou o dia, conversou com todo mundo, estava feliz, mas, nestes três anos, perdeu irmã, a esposa e em seguida foi diagnosticado com câncer!"
(Cida Cabral)

Berto Filho não tinha plano de saúde, e estava fazendo tratamento no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e contava com o atendimento médico do Retiro dos Artistas.

Morte

Berto Filho morreu no sábado, 12/03/2016, por volta das 13h00, vítima de câncer na garganta e cérebro. Ele padecia de câncer na garganta e no cérebro há dois anos. Berto Filho morreu um dia antes de completar 76 anos e os filhos organizavam uma festa de aniversário para comemorar a data.

Na trajetória de luta contra a doença, os parentes de Berto Filho comemoravam uma recente melhora. Ainda no ínicio de 2015, o câncer havia sumido. No mesmo dia que teve alta, porém, a  mulher de Berto Filho foi internada, também com câncer.

"Ela viu ele com câncer. Sofreu muito. Quando ele recebeu a alta, ela me falou: Henry, vai lá pegar que o seu pai está saindo do hospital. No dia seguinte, ela foi internada, ficou 33 dias entubada, na UTI, e morreu. Acho que isso também mexeu muito com ele. Esse ano que passou foi como uma sobrevida!"
(Henry Lelot)

Parceiros de uma vida inteira, Berto Filho e a mulher estavam juntos há 55 anos. Com a perda da mulher e a reincidência do câncer, Berto Filho voltou a ser tratado no Instituto Nacional do Câncer (INCA). Lá, uma nova bateria de exames, além de radioterapia e quimioterapia. 

"Ele melhorou. De um dia para o outro, começou a falar. A voz voltou, voltaram os planos!", contou o filho do jornalista. Henry Lelot, agora, quer seguir com um dos últimos projetos do pai. Durante o último ano, Berto Filho escreveu um livro e faltam detalhes para que seja publicado, revelou o filho.

Em um dos últimos diálogos de Henry com o pai, o filho do jornalista conta como tentava alentar Berto Filho a respeito do que poderia ser o destino. A última vez que Henry esteve com o pai foi na sexta-feira, 11/03/2016, no período da tarde.

"Pai, você sabe que a gente tem que encarar de frente as coisas. Você sabe que está com dois caminhos à frente. Mas os dois são bons. Um, se você sobreviver e ficar aqui comigo, com a gente, nós vamos publicar esse livro juntos. Você vai me ajudar. E depois, você vai acabar indo, não tem jeito. A outra opção é caso Deus queira te levar antes. Imagina só, se ele te levar antes. Quem vai te buscar é a mamãe. Você vai se encontrar com ela lá. Está todo mundo lá te esperando. Lá tem mais gente que você ama do que aqui, já!", contou emocionado o filho.

Trabalhos

Rede Manchete
  • Manchete Primeira Mão
  • Jornal da Manchete

Rede Globo
  • RJTV
  • Jornal Nacional
  • Fantástico
  • Jornal Hoje


Vianna Moog

CLODOMIR VIANNA MOOG
(81 anos)
Advogado, Jornalista, Romancista e Ensaísta

☼ São Leopoldo, RS (28/10/1906)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/01/1988)

Clodomir Vianna Moog foi um advogado, jornalista, romancista e ensaísta brasileiro. Filho de Marcos Moog, funcionário público federal, e de Maria da Glória Vianna, professora pública, foi aluno da escola dirigida por sua mãe na cidade natal e, depois, do Colégio Elementar Visconde de São Leopoldo.

Queria seguir a carreira militar e por esta razão foi para o Rio de Janeiro para prestar exame na Escola Militar do Realengo. Como, porém, naquele ano não se abrissem as provas vestibulares, voltou para Porto Alegre, onde trabalhou algum tempo no comércio e, em 1925, matriculou-se na Faculdade de Direito. Foi nomeado, no mesmo ano, guarda-fiscal interino da Repressão ao Contrabando na Fronteira e designado para a Delegacia Fiscal de Porto Alegre.

Em 1926 prestou concurso para Agente Fiscal de Imposto de Consumo e serviu dois anos na cidade de Santa Cruz do Sul e um ano na cidade de Rio Grande.

Vianna Moog formou-se em em 1930 e, no mesmo ano, participou da Aliança Liberal. Contrário à ditadura de Getúlio Vargas, participou da Revolução de 1932, tendo sido preso e removido para o Amazonas. Anistiado, retornou ao Rio Grande do Sul em 1934.

Vianna Moog foi representante do governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU).

Faleceu aos 81 anos, no dia 15/01/1988, no Rio de Janeiro, vítima de uma parada cardíaca após uma intervenção cirúrgica.

Academia Brasileira de Letras

Vianna Moog foi membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo o terceiro ocupante da cadeira 4. Foi eleito em 20/09/1945, na sucessão de Alcides Maia, tendo sido recebido por Alceu Amoroso Lima em 17/11/1945.

Obras

  • 1936 - O Ciclo do Ouro Negro (Ensaio)
  • 1937 - Novas Cartas Persas (Sátira)
  • 1938 - Eça de Queirós e o Século XIX (Ensaio)
  • 1938 - Um Rio imita o Reno (Romance)
  • 1939 - Heróis da Decadência (Ensaio)
  • 1942 - Uma Interpretação da Literatura Brasileira (Ensaio)
  • 1946 - Nós, os Publicanos (Ensaio)
  • 1946 - Mensagem de Uma Geração (Ensaio)
  • 1954 - Bandeirantes e Pioneiros (Estudo Social)
  • 1959 - Uma Jangada Para Ulisses (Novela)
  • 1962 - Tóia (Romance)
  • 1965 - A ONU e os Grandes Problemas (Política)
  • 1966 - Obras Completas de Vianna Moog
  • 1968 - Em Busca de Lincoln (Biografia)


Fonte: Wikipédia

Gilberto Mendes

GILBERTO AMBRÓSIO GARCIA MENDES
(93 anos)
Compositor, Regente Orquestral, Professor e Jornalista

☼ Santos, SP (13/10/1922)
┼ Santos, SP (01/01/2016)

Gilberto Ambrósio Garcia Mendes foi um compositor, regente orquestral, professor e jornalista brasileiro. Iniciou seus estudos de música aos 18 anos, no Conservatório Musical de Santos, com Savino de Benedictis e Antonieta Rudge. Praticamente autodidata em composição, compôs sob orientação de Cláudio Santoro e Olivier Toni, e frequentou o Ferienkurse Fuer Neue Musik de Darmstadt, Alemanha, em 1962 e 1968.

Entre 1945 e 1963, foi membro do Partido Comunista Brasileiro e deixou também sua marca na história social da música.

Em 1997, musicou o poema "O Anjo Esquerdo da História", de Haroldo de Campos, que fala sobre os 19 sem-terra assassinados em Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17/04/1996, data que se tornou o Dia Mundial da Luta Camponesa e Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária.

Já em "Vila Socó, Meu Amor", Gilberto Mendes homenageia os 93 mortos no incêndio da favela Vila Socó, de Cubatão, em 1984. Ele escreveu a música dias após a catástrofe:

"Não devemos esquecer os nossos irmãos da Vila Socó, transformados em cinzas, lixo em pó. A tragédia da Vila Socó mostra como o trabalhador é explorado, esmagado sem nenhum dó!"

Um dos pioneiros da música concreta no Brasil, foi um dos signatários do Manifesto Música Nova, publicado pela revista de arte de vanguarda Invenção, de 1963. Foi porta-voz da poesia concreta paulista, do grupo Noigandres. Como consequência dessa tomada de posição, tornou-se um dos pioneiros no Brasil no campo da música concreta, da música aleatória, da música serial integral, mixed média, experimentando ainda novos grafismos, novos materiais sonoros e a incorporação da ação musical à composição, com a criação do teatro musical, do Happening.

Professor universitário, conferencista, colaborador das principais revistas e jornais brasileiros, Gilberto Mendes foi fundador, em 1962, diretor artístico e programador do Festival Música Nova de Santos, o mais antigo em seu gênero em toda a América. Como professor convidado e Composer In Residence, deu aulas Universidade de Wisconsin-Milwauke, nos Estados Unidos, na qualidade de University Artist 78/79 e Tinker Visiting Professor.

Gilberto Mendes era doutor pela Universidade de São Paulo, onde deu aulas no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes até se aposentar.

Prêmios e Honrarias

No Brasil, recebeu, entre outros, o Prêmio Carlos Gomes, do Governo do Estado de São Paulo, foi também diversos prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o I Prêmio Santos Vivo, dado pela ONG de mesmo nome, pela sua obra "Santos Football Music", além de ter sido indicado para o Primeiro Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo. Também recebeu a Bolsa Vitae, o Prêmio Sérgio Mota Hors Concours 2003 e o título de Cidadão Emérito da Cidade de Santos, dado pela Câmara Municipal de Vereadores.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, no ano de 2004, o autor recebeu a insígnia e diploma de sua admissão na Ordem do Mérito Cultural, na classe de comendador, do Ministério da Cultura, das mãos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

Gilberto Mendes era membro honorário da Academia Brasileira de Música e do Colégio de Compositores Latino-americanos de Música de Arte, com sede no México.

Verbetes com seu nome constam das principais enciclopédias e dicionários mundiais, como o Grove em inglês, o Rieman alemão, o Dictionary Of Contemporarry Music, de John Vinton e vários outros.

Morte

Gilberto Mendes morreu em 01/01/2016, aos 93 anos. Ele estava internado desde a véspera do Natal, 24/12/2015, na Unidade de Tratamento Intensivo (UIT) da Santa Casa de Santos devido a problemas respiratórios. Sofria de asma e teve uma crise, segundo o escritor Flávio Viegas Amoreira. Morreu às 18h40min, por falência múltipla de órgãos.

Gilberto Mendes era casado há 40 anos com Eliane Ghigonetto e tinha três filhos, um deles já falecido.

Obra

Sua obra já foi tocada nos cinco continentes, principalmente na Europa e Estados Unidos.

Destacam-se, dentre as peças para orquestra:

  • Santos Football Music
  • Concerto para Piano e Orquestra

Para Grupos Instrumentais:

  • Saudades do Parque Balneário Hotel
  • Ulysses em Copacabana Surfando com James Joyce e Dorothy Lamoura
  • Longhorn Trio
  • Rimsky

Para Coro:

  • Beba Coca-Cola
  • Ashmatour
  • O Anjo Esquerdo da História
  • Vila Socó Meu Amor

Escreveu também inúmeras peças para piano e canções. Seu livro "Uma Odisséia Musical" foi publicado pela Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP).

Fonte: Wikipédia

Manoel Carlos Karam

MANOEL CARLOS KARAM
(60 anos)
Escritor, Dramaturgo e Jornalista

☼ Rio do Sul, SC (1947)
┼ Curitiba, PR (01/12/2007)

Manoel Carlos Karam foi um escritor, dramaturgo e jornalista brasileiro. Viveu em Curitiba, no Paraná, desde 1966. Escreveu e dirigiu vinte peças de teatro na década de 70 e, a partir dos anos 80, passou a dedicar-se aos livros, vencendo o prêmio Cruz e Souza de Literatura, da Fundação Catarinense de Cultura, em 1995, com a obra "Cebola".

Como jornalista, trabalhou na RPC TV, nos jornais O Estado do Paraná, Tribuna do Paraná e na prefeitura de Curitiba. Trabalhou também em campanhas políticas, como a do ex-governador Jaime Lerner.

O escritor deixou crônicas inéditas, e outros textos que serão publicados no futuro.

Em 2008, foi lançado "Jornal da Guerra Contra os Taedos".

No dia 02/12/2008, a Casa da Leitura do Parque Barigui, mantida pela prefeitura de Curitiba, foi batizada com o nome do escritor. O espaço agora abriga a biblioteca particular de Manoel Carlos Karam, composta de mais de 3 mil volumes.

Morte

Manoel Carlos Karam morreu na madrugada de sábado, 01/12/2007, aos 60 anos, vítima de câncer no pulmão, no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR.

O corpo do jornalista foi velado na Capela Vaticano, atrás do Cemitério Municipal. O corpo foi cremado em Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba.

O prefeito Beto Richa lamentou a morte do escritor:

"A morte de Manoel Carlos Karam é uma perda irreparável, pessoa brilhante que foi, amigo, respeitado, com quem tive o privilégio de conviver e dono de uma cultura ímpar!"

A presidente da Fundação de Ação Social (FAS), Fernanda Richa, disse que Manoel Carlos Karam deixa uma lacuna no espaço cultural e criativo da cidade.

"Ele fez a diferença em Curitiba, e vai deixar sempre uma marca indelével como jornalista, escritor e amigo!"

Livros Publicados

  • 1985 - Fontes Murmurante
  • 1992 - O Impostor no Baile de Máscaras
  • 1997 - Cebola
  • 1999 - Comendo Bolacha Maria no Dia de São Nunca
  • 2001 - Pescoço Ladeado Por Parafusos
  • 2002 - Encrenca
  • 2004 - Sujeito Oculto
  • 2008 - Jornal da Guerra Contra os Taedos
  • 2014 - Algum Tempo Depois

Sandra Moreyra

SANDRA MARIA MOREYRA
(61 anos)
Jornalista, Repórter, Apresentadora, Diretora de Programação e Editora

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/08/1954)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/11/2015)

Sandra Maria Moreyra foi uma jornalista brasileira, nascida no Rio de Janeiro, em 28/08/1954, com o jornalismo correndo nas veias.

Era neta da jornalista Eugênia Moreyra e do poeta e escritor Álvaro Moreyra, membro da Academia Brasileira de Letras, e dirigiu importantes revistas nos anos 1950, como Fon-Fon e Paratodos. Seu pai, Sandro Moreyra, fez história como um dos mais importantes cronistas esportivos do jornalismo brasileiro. Sua mãe, Lea de Barros Pinto, era professora. Era mãe da também jornalista Cecília Moreyra. Foi casada com o arquiteto Rodrigo Figueiredo, tinha dois filhos, Cecilia e Ricardo, e um neto, Francisco. Ela era irmã da também jornalista e diretora da GloboNews, Eugenia Moreyra.

Começou no jornalismo em 1975. Após um concurso, começou seu primeiro estágio, no Departamento de Pesquisa do Jornal do Brasil.

Formou-se em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em 1976, foi contratada e, em 1978, foi para a reportagem geral do Jornal do Brasil, onde começou a carreira de repórter.

Em 1979, deixou o Jornal do Brasil para acompanhar o marido que trabalhava numa empresa de engenharia e foi transferido para a Argélia.

Engravidou, voltou para o Brasil e começou a trabalhar numa agência de publicidade, onde teve seu contato com o vídeo.

TV Globo

Após passagens pela TV Aratu, na época afiliada da TV Globo, pela TV Bandeirantes e pela TV Manchete, entrou na TV Globo em 1984, como repórter em Minas Gerais.

No ano seguinte, participaria ativamente da cobertura da eleição e morte de Tancredo Neves. No dia da morte do primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar, Sandra Moreyra apareceu no Jornal Nacional acompanhando o cortejo fúnebre.

Em 1986, Sandra Moreyra deixou Minas Gerais e voltou para o Rio de Janeiro, se tornando uma das principais repórteres da editoria, cobrindo todo o tipo de pauta na região metropolitana, passando a fazer reportagens para o RJTV, Jornal Nacional, Globo Repórter e Bom Dia Brasil.

Entre 1999 e 2004, atuou na GloboNews na parte gerencial e administrativa do jornalismo. No canal, também apresentou o programa "Espaço Aberto Literatura".

Sandra Moreyra e Ricardo Boechat
40 Anos de Carreira

Com 40 anos de carreira, Sandra Moreyra participou de coberturas jornalísticas de importantes momentos do Brasil. Ela cobriu a morte de Tancredo Neves, o Plano Cruzado, o acidente radioativo em Goiânia com o Césio 137, a tragédia do iate Bateau Mouche, a Rio-92 e a ocupação do Complexo do Alemão.

A cobertura que a jornalista considerava mais marcante foi o enterro dos mortos na chacina de Vigário Geral, em 1993.

"Na hora de escrever o texto, a matéria tinha uma carga de emoção tão forte, da dor daquelas pessoas, da violência, que pensei: 'Tenho que botar isso nas palavras mais simples'. Quando a matéria entrou no ar, foi um soco no estômago!"
"Ela estava muito mais forte do que eu poderia imaginar, porque consegui exatamente isso, lidar com a realidade sem querer ser mais do que ela, sem querer aparecer mais. No dia em que fiz aquela matéria foi quando senti: 'Puxa vida, cresci. Que bom!'"
(Sandra Moreyra relatou ao site Memória Globo)

Já trabalhou como repórter, apresentadora, diretora de programação e editora. Nos anos 2000, apresentou a coluna de gastronomia "Arte da Mesa", no Bom Dia Brasil.

Dentre seus trabalhos na televisão destaca-se o especial "1808 - A Corte no Brasil", uma série de reportagens sobre os 200 anos da mudança da corte portuguesa para o Brasil.

No cinema, Sandra Moreyra trabalhou como roteirista no documentário "70" (2013), da diretora Emília Silveira. O filme refere-se a um episódio ocorrido no auge da ditadura militar do Brasil, quando um grupo de 70 presos políticos foi libertado e banido do país, em troca da libertação do embaixador suíço, Giovanni Enrico Bucher, que havia sido sequestrado por guerrilheiros da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Morte

Sandra Moreyra morreu na manhã de terça-feira, 10/11/2015, no Rio de Janeiro, aos 61 anos vítima de um câncer. O velório será na quarta-feira, 11/11/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Memorial do Carmo, no Rio de Janeiro.

Sandra Moreyra tinha entre suas várias paixões o time Botafogo. Após a notícia da morte da jornalista, o clube carioca decretou luto de três dias. Na nota, eles manifestaram solidariedade aos familiares:

"Com profundo pesar e tristeza, o Botafogo lamenta o falecimento de Sandra Moreyra, aos 61 anos. A jornalista botafoguense morreu na tarde deste terça-feira no Hospital Samaritano, onde estava internada e lutava contra um câncer. Filha do botafoguense Sandro Moreyra, Sandra sempre demonstrava seu amor pelo Botafogo. Atualmente, era repórter da TV Globo, com 40 anos de experiência na profissão. O Botafogo decreta luto oficial de três dias e manifesta sua solidariedade a familiares e amigos neste momento tão triste e difícil."

Fonte: WikipédiaG1 e Ego