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Hélio Garcia

HÉLIO DE CARVALHO GARCIA
(85 anos)
Advogado, Pecuarista, Produtor Rural e Político

☼ Santo Antônio do Amparo, MG (16/03/1931)
┼ Belo Horizonte, MG (06/06/2016)

Hélio de Carvalho Garcia foi um advogado e político brasileiro, governador de Minas Gerais por duas vezes. Filho de Júlio Garcia e Carmelita Carvalho Garcia.

Advogado formado em 1957 pela Universidade Federal de Minas Gerais, era também pecuarista e produtor rural, condições que o levaram à secretária-geral da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais.

Eleito deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN) em 1962, liderou o governo Magalhães Pinto na Assembleia Legislativa e posteriormente foi secretário de Justiça, acompanhando o governador no ingresso à Aliança Renovadora Nacional (ARENA) sendo eleito deputado federal em 1966.

Após encerrar sua estadia em Brasília, afastou-se da vida política até que o governador Aureliano Chaves o nomeou presidente da Caixa Econômica de Minas Gerais.


Eleito deputado federal em 1978, acompanhou Tancredo NevesMagalhães Pinto rumo ao Partido Popular (PP), entretanto a legenda teve vida efêmera sendo incorporada ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em dezembro de 1981.

Eleito vice-governador de Minas Gerais em 1982, foi escolhido prefeito de Belo Horizonte em abril de 1983 pelo governador Tancredo Neves, a quem sucedeu em 1984 quando o titular renunciou para disputar a presidência da República.

Avalista político das vitórias de Sérgio Ferrara como prefeito de Belo Horizonte em 1985 e de Newton Cardoso como governador de Minas Gerais em 1986, saiu do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e permaneceu fora da política até voltar ao Palácio da Liberdade pelo miúdo Partido das Reformas Sociais (PRS) em 1990.

No curso do mandato ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e encerrou a carreira política. Sequer realizou a intenção de candidatar-se a senador em 1998.

Morte

Hélio de Carvalho Garcia morreu na manhã de segunda-feira, 06/06/2016, aos 85 anos, em Belo Horizonte, MG. Segundo o Hospital Unimed, ele deu entrada no dia 28/05/2016 com quadro de pneumonia grave e faleceu em decorrência de insuficiência respiratória. O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, decretou luto oficial de três dias no Estado.

O velório de Hélio Garcia aconteceu no Cemitério e Crematório Parque da Colina, a partir das 14h00. O corpo de Hélio Garcia foi cremado no fim da tarde desta segunda-feira, 06/06/2016, em Belo Horizonte. O caixão foi coberto com as bandeiras do Estado e do Brasil e depois carregado por cadetes da Polícia Militar até o salão do velório.

Um familiar disse que Hélio Garcia não queria homenagens. Disse também que, desde 2006, por motivo de doença, o político estava interditado pela família e privado da administração dos bens. Hélio Garcia deixou três filhas.

Fonte: Wikipédia e G1

Jarbas Passarinho

JARBAS GONÇALVES PASSARINHO
(96 anos)
Militar e Político

☼ Xapuri, AC (11/01/1920)
┼ Brasília, DF (05/06/2016)

Jarbas Gonçalves Passarinho foi um militar e político brasileiro. Nasceu em Xapuri, AC, no dia 11/01/1920, filho de Inácio de Loiola Passarinho e de Júlia Gonçalves Passarinho.

Aos três anos de idade, foi com a família para Belém, PA. Seguiu depois para o Sul, onde cursou a Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre. Mudou-se para o Rio de Janeiro, em 1940, ingressando, no ano seguinte, na Escola Militar de Realengo.

Chegando a major em 1953, fez o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), que concluiu em 1955.

De 1956 a 1957 foi estagiário, adjunto e chefe de seção do quartel-general do Comando Militar da Amazônia e, em 1958, foi nomeado superintendente-adjunto da Petrobrás na região amazônica, tornando-se seu superintendente em 1959.

Em agosto de 1962, alcançou o posto de tenente-coronel quando da deposição de João Goulart e a subsequente instauração do Regime Militar de 1964, por meio do qual foi alçado à política.

Indicado por Castelo Branco, em 15/06/1964, foi empossado governador do Pará, eleito pela Assembléia do Estado, em lugar do deposto Aurélio do Carmo cuja presença à frente do executivo foi dispensada pelo novo regime.


Em janeiro de 1966 transmitiu o Governo do Pará a Alacid Nunes e, dois meses depois, ao serem criados a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), agremiação política de apoio ao Governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), filiou-se à primeira, tornando-se presidente de sua seção paraense e membro do seu diretório nacional e da sua comissão executiva.

Após deixar o governo foi eleito senador em novembro de 1966, pelo Pará, na legenda da ARENA, mas em seguida foi nomeado ministro do Trabalho e Previdência Social no governo Costa e Silva sendo mantido no cargo pela Junta Militar de 1969 que assumiu o poder após o afastamento do presidente da República até que o presidente Emílio Garrastazu Médici o nomeou ministro da Educação, de 30/10/1969 a 15/03/1974.

Em 15/03/1967 foi convidado pelo novo presidente da República, Artur da Costa e Silva, para o Ministério do Trabalho e Previdência Social. Nesse mesmo ano passou para a reserva, com a patente de coronel.

Em sua atuação como ministro de Estado foi signatário do Ato Institucional Número Cinco (AI-5) em 13/12/1968. É de autoria, do então ministro Jarbas Passarinho, a célebre frase que dirigiu ao presidente Costa e Silva por ocasião da assinatura do AI-5:

"Sei que a Vossa Excelência repugna, como a mim e a todos os membros desse Conselho, enveredar pelo caminho da ditadura pura e simples, mas me parece que claramente é esta que está diante de nós. [...] Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência."


Em 30/10/1969, em virtude do agravamento do estado de saúde de Costa e Silva, tomou posse na presidência da República o general Emílio Garrastazu Médici, que convidou Jarbas Passarinho para a Pasta da Educação.

Em 14/11/1969 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, em 02/03/1971 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e em 02/11/1972 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública de Portugal.

Reeleito senador em 1974 foi um dos poucos arenistas a vencer no pleito daquele ano e com o passar dos anos foi um dos fundadores do Partido Democrático Social (PDS) e presidiu o Senado Federal de 1981 a 1983, durante o governo João Baptista de Oliveira Figueiredo.

Em fevereiro de 1981 foi eleito Presidente do Senado Federal.

Sua liderança foi posta à prova a partir da cisma entre ele e Alacid Nunes, outrora seu maior aliado. Progressivamente afastados, cada um usou de influência para controlar o Partido Democrático Social (PDS) local e como Jarbas Passarinho dispunha do apoio de Brasília os alacidistas apoiaram e elegeram o deputado federal Jader Barbalho governador do Pará em 1982, mesmo ele sendo filiado ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). No mesmo ano Jarbas Passarinho foi derrotado por Hélio Gueiros na disputa pelo Senado. Um ano depois, em 1983, foi nomeado ministro da Previdência Social pelo presidente João Figueiredo entre 14/11/1983 e 15/03/1985.


Por ocasião das eleições de 1986 aceitou uma coligação com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) de Jader Barbalho e nisso Hélio Gueiros foi eleito governador com Almir Gabriel e Jarbas Passarinho eleitos senadores, porém o acerto não o demoveu de fazer oposição ao governo José Sarney.

Em 26/11/1987 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito de Portugal.

Eleito presidente do diretório nacional do Partido Democrático Social (PDS), renunciou pouco antes das eleição presidencial de 1989.

Ministro da Justiça no governo Fernando Collor de 13/10/1990 a 02/04/1992, quando retornou ao Senado, para concluir seu mandato em janeiro de 1995. Deixou o cargo antes das investigações que resultariam no impeachment presidencial.

Seu papel de maior relevo foi o de presidente da CPI do Orçamento, todavia esse fato não impediu sua derrota quando concorreu ao governo do Pará pelo Partido Progressista Reformador (PPR) em 1994 derrotado por Almir Gabriel.

Jarbas Passarinho casou-se com Ruth de Castro Gonçalves Passarinho, com quem teve cinco filhos.

Morte

Jarbas Passarinho morreu na manhã de domingo, 05/06/2016, aos 96 anos, em Brasília, DF, em decorrência de problemas de saúde devido à idade avançada, segundo nota divulgada pelo governo do Pará.

O velório teve início a partir das 13h00 na Paróquia Militar do Oratório do Soldado, na Capital Federal, cidade onde morava havia muitos anos. O enterro, com honras militares, ocorreu no fim da tarde, no cemitério Campo da Esperança, também em Brasília.

Foram disparados tiros de fuzil e de canhão. O corpo foi enterrado ao som da "Canção da Artilharia", que representa a arma do Exército da qual Jarbas Passarinho fez parte durante a carreira militar.

Por meio de nota, o Governo do Pará informou que decretou luto oficial de três dias.

Mário Pinotti

MÁRIO PINOTTI
(78 anos)
Médico e Político

☼ Brotas, SP (21/01/1894)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/03/1972)

Mario Pinotti foi um médico sanitarista brasileiro e o primeiro prefeito do município de Nova Iguaçu, RJ.

Mário Pinotti nasceu em Brotas, SP no dia 21/01/1894, era filho de Rafael Vitório Pinotti e de Precilda Bossel Pinotti. Formou-se em 1914 pela Escola de Farmácia de Ouro Preto, MG, e em 1918 pela Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

Iniciou sua carreira em 1919, como inspetor sanitário rural do Departamento Nacional de Saúde Pública. Em 1922 assumiu a prefeitura municipal de Nova Iguaçu, RJ. De volta ao Departamento Nacional de Saúde, trabalhou na campanha contra a Febre Amarela de 1928 a 1931.

Em 1936, durante a gestão de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde, foi nomeado diretor-assistente do Serviço Nacional de Febre Amarela, e em 1937 passou a inspetor dos Serviços Especiais do Departamento Nacional de Saúde.

Entre 1938 e 1941, durante o Estado Novo, foi diretor-geral do Departamento de Saúde do estado do Rio de Janeiro. Nomeado em 1941 diretor do Serviço Nacional de Peste, assumiu no ano seguinte a direção do Serviço Nacional de Malária, onde permaneceu até 1954. Em 1945 tornou-se também diretor do Departamento Nacional de Saúde.

Durante o segundo governo de Getúlio Vargas, foi nomeado pelo presidente Ministro da Saúde. Com o suicídio de Getúlio Vargas, tomou posse o vice-presidente João Augusto Fernandes Campos Café Filho e, em meio às alterações ministeriais que se sucederam, Mário Pinotti permaneceu no cargo somente até 05/09/1954.


Em 1956 foi nomeado diretor do Departamento Nacional de Endemias Rurais, organismo que estruturou na gestão de Maurício Campos de Medeiros, Ministro da Saúde no governo de Juscelino Kubitschek.

De 1957 a 1959, foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

Ao longo do governo de Juscelino Kubitschek, as mudanças na composição do ministério foram constantes, refletindo a necessidade de conciliar os interesses partidários e saldar os compromissos assumidos na campanha eleitoral.

Como em junho de 1958 esgotava-se o prazo previsto pela Lei Eleitoral para a desincompatibilização dos candidatos que iriam concorrer às eleições legislativas de outubro, houve substituições em várias pastas. Mário Pinotti foi assim convidado para substituir Maurício Medeiros em 03/07/1958. Ambos representavam no governo o Partido Social Progressista (PSP), liderado nacionalmente por Ademar de Barros.

Em 03/10/1958, entretanto, Mário Pinotti candidatou-se a suplente de senador pelo Pará na legenda do Partido Social Progressista (PSP). Além de sua chapa ter sido derrotada, o registro de sua candidatura foi posteriormente impugnado, já que ele não se desincompatibilizara, permanecendo no Ministério da Saúde.

Em 1959, a Câmara dos Deputados redigiu uma moção, assinada por 274 parlamentares e encaminhada por Paulo Freire de Araújo, deputado do Partido Republicano (PR) de Minas Gerais, indicando Mário Pinotti para o Prêmio Nobel de Medicina como médico sanitarista que fora durante 40 anos e como criador de um novo método de combate à malária, o "Método Pinotti", aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


Devido às suas ligações com Ademar de BarrosMário Pinotti, à frente do Ministério da Saúde, criou dificuldades a solicitações feitas por Jânio Quadros, então governador de São Paulo, mas o presidente Juscelino Kubitschek interveio, favorecendo assinaturas de vários contratos do Departamento Nacional de Endemias Rurais com o governador paulista. Mário Pinotti acabou por incompatibilizar-se com essa política e foi afastado da pasta da Saúde em 10/08/1960, substituído por Pedro Paulo Penido, ligado ao Partido Social Democrático (PSD).

Logo após a saída de Mário Pinotti do ministério, Maurício Medeiros escreveu um artigo em que apontava Ademar de Barros como o grande causador do afastamento de Mário Pinotti e da perda de representação do Partido Social Progressista (PSP) no governo, já que o líder do partido vinha lançando seguidos ataques a Juscelino Kubitschek e ao candidato da situação, o general Henrique Teixeira Lott, à sucessão presidencial. Ao mesmo tempo, Juscelino Kubitschek instaurou inquéritos para apurar irregularidades na gestão de Mário Pinotti no Ministério da Saúde.

No período presidencial de Jânio Quadros, iniciado em janeiro de 1961, os resultados desses inquéritos se tornaram públicos. Em agosto, Mário Pinotti foi um dos indiciados no inquérito realizado no Departamento Nacional de Endemias Rurais, que constatou a prática de irregularidades, e retirou-se da vida pública. Alguns anos depois, esse inquérito foi arquivado por falta de provas.

Mário Pinotti foi membro da Academia Nacional de Medicina, da Royal Society Of Tropical Medicine And Hygiene, da Academia Militar de Medicina Militar e da New York Academy Of Sciences.

Casou-se com Margarida Pinotti, com quem teve dois filhos.

Mário Pinotti faleceu no Rio de Janeiro, no dia 03/03/1972, aos 78 anos.

Seu nome batiza o Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, em Belém. Há também a Rua Professor Mário Pinotti, localizada em Nova Cruz, cidade do interior do Rio Grande do Norte e a Avenida Mário Pinotti em Brotas, São Paulo.

Obras
  • O Problema da Malária Transmitida Por Kerteszia no Sul do Brasil
  • 1951 - Grande Programa de Erradicação da Malária no Brasil
  • 1956 - Campanha Contra a Doença de Chagas
  • 1959 - Vida e Morte do Brasileiro


Maurício Grabois

MAURÍCIO GRABOIS
(61 anos)
Político

☼ Salvador, BA (02/10/1912)
┼ Xambioá, TO (25/12/1973)

Maurício Grabois foi um político brasileiro, um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e um de seus dirigentes desde a criação do partido até sua morte na Guerrilha do Araguaia, em 25/12/1973. Foi um dos principais líderes comunistas do Brasil, junto com Luís Carlos Prestes, Carlos Marighella e João Amazonas.

Filho de judeus ucranianos, a família de Maurício Grabois foi perseguida e fugiu para o Brasil, onde o comunista nasceu. Nasceu em Salvador, BA, no dia 02/10/1912, filho de Agustín Grabois e Dora Grabois. Cursou o ensino fundamental no Ginásio Estadual de Salvador. Aos 19 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital do país, para estudar na Escola Militar de Realengo. Lá tomou contato com as ideias do marxismo-leninismo e passou a militar contra o fascismo que avançava na Europa e também no Brasil, sob a forma do Integralismo, ajudando a divulgar o comunismo entre os militares. Mais tarde, estudou na Escola de Agronomia do Rio de Janeiro, que abandonou no 2º ano para para dedicar-se à vida política.

Carreira Política

Maurício Grabois começou a carreira política como militante da Juventude Comunista, a ala jovem do partido, que então usava a sigla PCB, mas chamava-se Partido Comunista do Brasil.

Em 1934, aos 22 anos, já era a dirigente da entidade. Ingressando na Aliança Nacional Libertadora (ANL), uma facção do Partido Comunista Brasileiro (PCB) que tentou a luta armada, ajudou a organizar a Intentona Comunista de 1935 e, após o fracasso da insurreição, editou clandestinamente o jornal "A Classe Operária", que existe até hoje, e dirigiu a Vitória, editora do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Maurício Grabois foi preso no verão de 1941 e solto no ano seguinte.

Com a orientação do Komintern para que os partidos comunistas apoiassem os governos locais que lutassem contra o Eixo e a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial do lado aliado, em 1943, o Partido Comunista Brasileiro (PCB) organizou a Conferência da Mantiqueira. A comissão organizadora do evento foi chefiada por Maurício Grabois. Na ocasião, foi eleito para o Comitê Central do partido.

A derrubada de Getúlio Vargas e a legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB) levaram o partido a entrar na vida democrática institucional brasileira, e Maurício Grabois foi eleito deputado federal como companheiro de chapa de Luís Carlos Prestes, eleito senador.

Participou da Assembleia Constituinte de 1945-1946 e liderou a bancada comunista, que tinha então 14 deputados, entre eles Jorge Amado. Também foi membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Em 1947, no entanto, o registro do partido foi cassado, e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB)  passou a ser ilegal, mas continuando a existir e atuar na clandestinidade. Maurício Grabois trabalhou como relator do programa do partido e ajudou a organizar o IV Congresso do PCB em 1954, sendo reeleito para o Comitê Central.

Em 1956, Nikita Khrushchov faz um discurso no XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) denunciando os crimes de Josef Stalin e renegando o legado do líder soviético. A mudança de orientação, conhecida como Revisionismo, provocou a reorganização do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e, em 1962, junto com João Amazonas, Pedro Pomar, Carlos Danielli e outros, Maurício Grabois reorganizou o Partido Comunista Brasileiro (PCB), mas com a sigla PCdoB.

Uma das últimas fotos da bancada Comunista na Constituinte de 1946. O Senador Prestes ao centro, tendo a sua direita João Amazonas e à esquerda Maurício Grabois.
Luta Armada

A partir de 1964, quando os militares deram um golpe de Estado no Brasil e tomaram o poder, os comunistas se dividiram entre os que defendiam a oposição clandestina, aliada aos democratas de centro-direita, depois organizados no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), e os que optaram pelo combate aberto, a guerrilha urbana e rural. Maurício Grabois foi um dos principais defensores da posição em defesa da luta armada no partido.

Em 1966, uma conferência aprovou a adoção de Táticas Revolucionárias para tentar derrubar o regime militar e implantar um regime comunista no Brasil.

Para dar início a uma guerrilha na Floresta Amazônica, Maurício Grabois chegou à região do Araguaia em dezembro de 1967, para organizar o levante revolucionário. Levou para lá o filho André Grabois, morto em combate em 1972.

Maurício Grabois comandou por seis anos a chamada Guerrilha do Araguaia, no estado do Pará, até ser morto por forças do Exército no dia 25/12/1973, junto com mais três companheiros, um deles seu genro, Gilberto Olímpio Maria.

Até hoje seus restos mortais não foram localizados e esta tem sido uma luta não só da família e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), mas de vários movimentos que buscam esclarecer todos esses fatos e circunstâncias obscuros do tempo da ditadura militar brasileira.

Diário

Trinta e sete anos após sua morte, veio a público um diário escrito por Maurício Grabois no Araguaia, cobrindo um período de 605 dias na floresta, entre abril de 1972 e dezembro de 1973. Neste documento, recolhido pelo Exército na época e mantido em sigilo por quase quatro décadas, Maurício Grabois fala do dia a dia da guerrilha e de suas esperanças com relação à eficácia dela, como fomentadora de uma revolução armada popular contra a ditadura militar e pela implantação de um sistema socialista no país.

Maurício Grabois e Aparício Torelli, o Barão de Itararé
Legado

Como teórico, Maurício Grabois manteve-se fiel à doutrina do marxismo-leninismo, combatendo o "surto revisionista", e foi um crítico severo do maoismo, o modelo de comunismo implantado na China, onde esteve por duas vezes. Em seus escritos, atacou os excessos da Revolução Cultural Chinesa.

Em sua homenagem, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) batizou seu instituto partidário com o nome de Instituto Maurício Grabois, fundado em 1995, dez anos após a legalização do partido que o militante ajudara a fundar em 1962.

Fonte: Wikipédia

Athiê Jorge Coury

ATHIÊ JORGE COURY
(88 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente Esportivo e Político

☼ Itu, SP (01/08/1904)
┼ Santos, SP (01/12/1992)

Athiê Jorge Coury, também conhecido como Athié Jorge Cury, foi um futebolista, dirigente esportivo e político brasileiro. Se tornou famoso dentro do futebol e da política brasileira. Inicialmente começou sua carreira profissional como atleta no Santos Futebol Clube como goleiro na década de 1930 e mais tarde iria ingressar na carreira política onde conquistou diversos cargos importantes, em 1955 aos 51 anos de idade iria realizar discurso histórico.

Foi deputado estadual e vereador da cidade de Santos se tornando um dos principais membros do Partido Social Progressista (PSP) liderado por Adhemar de Barros.

Permaneceu durante duas décadas e meia como presidente do clube, venceu os mais importantes títulos do Santos Futebol Clube e manteve os mais importantes jogadores de futebol do time como Pelé, Pepe e Coutinho, nos anos de 1945 até o fim de seu mandato.

Filho de Jorge e Olga Coury e nascido na cidade de Itu, SP, Athiê Jorge Coury se mudou para São Paulo em 1927, se formou em economia pelo Colégio Mackenzie. Após se mudar para a cidade de Santos, tornou-se goleiro do Santos Futebol Clube do ano de 1930 até 1934, e mais tarde se tornou diretor de esportes e o 22º presidente do Santos Futebol Clube, de 1945 a 1971, na famosa "Era Pelé", onde o Santos foi eleito pela Fédération Internationale de Football Association (FIFA), "O Melhor Clube das Américas do Século XX" e venceu inúmeros títulos.

Athiê Jorge Coury teve expressivas passagens na política e no congresso brasileiro, em sua administração no clube paulista, foi antecedido em 1945 por Antônio Ezequiel Feliciano da Silva e sucedido em 1971 por Vasco José Fae.

Athiê Jorge Coury (terno escuro) ao lado de Pelé e com dirigentes da Prudentina, 1960
No Santos Futebol Clube

Athiê Jorge Coury se filiou ao clube santista no dia 09/09/1927, substituindo o então goleiro titular Tuffy, que houvera sido expulso do clube naquele ano. 

A primeira partida em que atuou como goleiro no Santos foi no dia 09/10/1927 na vitória pelo placar de 9 x 0 diante do Corinthians, de Santo André, em partida amistosa na Vila Belmiro, com Feitiço marcando 5 gols, Siriri 3 e Camarão 1, formando o time do ataque dos 100 gols com AthiêBilú e David; Alfredo, Julio e Hugo; Omar, Camarão, Siriri, Feitiço e Passos.

Athiê Jorge Coury jogou defendendo o Santos em 173 partidas, durante os anos de 1927 a 1934 e foi substituído por Ciro Maciel Portieri.

Após esta passagem como goleiro e dirigente de esportes, Athiê Jorge Coury teve um longo mandato como presidente do Santos Futebol Clube. Ele venceu os mais importantes títulos do clube, dentre eles, a Taça Libertadores da América e o Mundial de Clubes de 1962 e 1963, incluindo diversos títulos estaduais, nacionais e internacionais. Com isso o Santos se tornou um dos clubes mais famosos do mundo durante sua administração, e recebeu notável admiração dos mais famosos jornalistas esportivos da época de Pelé.

Em sua homenagem, o clube deu ao seu ginásio de esportes inaugurado no Estádio Urbano Caldeira, no ano de 1950 o seu nome.

Na Política

Ainda quando presidente do Santos Futebol Clube, tornou-se membro do Partido Social Progressista (PSP) de Adhemar de Barros, quando se elegeu vereador da Câmara Municipal de Santos em 1948, e deputado estadual por São Paulo em 1950. Teve também importante passagem na Câmara Federal. Athiê Jorge Coury se manteve no Congresso Nacional até 1982, quando se aposentou da política.

Athiê Jorge Coury faleceu em Santos, SP, no dia 01/12/1992.

Cronologia

  • 1904 - Em 01/08/1904, Athiê Jorge Coury nasce em Itu, SP.
  • 1927 - Athiê Jorge Coury se forma em economia no Colégio Mackenzie.
  • 1934 - 15/04/1934, Athiê Jorge Coury disputa sua última partida oficial como goleiro titular do Santos Futebol Clube.
  • 1945 - Aproveitando de seus conhecimentos econômicos, Athiê Jorge Coury torna-se presidente do Santos Futebol Clube.
  • 1948 - Athiê Jorge Coury se torna vereador da câmara de Santos.
  • 1950 - Athiê Jorge Coury se torna deputado estadual pelo Partido Social Progressista (PSP).
  • 1955 - 04/05/1955, o deputado Athiê Jorge Coury faz discurso proferido na 34ª Sessão Ordinária.
  • 1962 - O Santos Futebol Clube conquista o Mundial Interclubes.
  • 1968 - O Santos Futebol Clube conquista a Supercopa Sul-Americana dos Campeões Intercontinentais de 1968.
  • 1971 - Athiê Jorge Coury deixa o cargo de presidente do Santos Futebol Clube, dedicando-se a política.
  • 1982 - Athiê Jorge Coury se aposenta do Congresso Nacional e de todas as suas atividades como político.
  • 1992 - 01/12/1992, Athiê Jorge Coury morre em Santos, SP.
  • 2008 - 01/08/2008, o ex-presidente do Santos Marcelo Pirilo Teixeira realizou homenagem a Athiê Jorge Coury.

Fonte: Wikipédia

Lomanto Júnior

ANTÔNIO LOMANTO JÚNIOR
(90 anos)
Político

☼ Jequié, BA (29/11/1924)
┼ Salvador, BA (23/11/2015)

Antônio Lomanto Júnior foi um político brasileiro, governador da Bahia de 1963 a 1967. Filho do italiano Antonio Lomanto, mais conhecido como Tote Lomanto, e de Almerinda Miranda Lomanto, formou-se em odontologia em 1946, sendo o orador da turma. Sua verdadeira vocação sempre foi a política, que exerceu no meio acadêmico.

Voltando para a terra natal, por pouco tempo exerceu a profissão, logo ingressando na política, primeiro como vereador.

Aliado ao governador Otávio Mangabeira, elegeu-se prefeito, servindo-se do cargo para atrair a atenção de políticos de expressão nacional, o que o colocou na proa do cenário estadual. Iniciou, para isto, uma campanha municipalista, pregando a reforma da Constituição, tendo presidido a Associação Brasileira dos Municípios.

Esta administração alavancou sua estatura política, de forma a eleger-se deputado estadual e novamente prefeito, até fazê-lo pleitear a candidatura ao Governo, em 1962.

Em Jequié, BA, tem sua base eleitoral, fazendo do filho, Leur Lomanto, e do neto, Leur Lomanto Júnior, herdeiros desse legado.

Após o Regime Militar, sua carreira desviou-se da oposição liberal, fazendo parte do grupo de lideranças que apoiaram a ditadura. Na Aliança Renovadora Nacional (ARENA), passou a ser mais uma das lideranças sob o comando de Antônio Carlos Magalhães, depois com a redemocratização integrando os quadros do Partido da Frente Liberal (PFL). Perdendo expressão estadual, voltou na década de 90 a ocupar o cargo de prefeito em sua cidade, não mais exercendo cargos públicos.

Visita de Lomanto Júnior a John Kennedy, na Casa Branca, em 02/07/1963
Governo da Bahia

Tomando posse em 07/04/1963, Lomanto Júnior encontrou sérias dificuldades para efetuar alguma realização. A crise econômica do governo de João Goulart refletia nos estados mais pobres, e Lomanto Júnior reuniu os demais Governadores. Desta reunião resultou um documento que só foi entregue após a queda da democracia ante o Golpe de 1964.

A mudança do regime, e a subsequente adesão de Lomanto Júnior à ditadura que se instalava, proporcionou ao seu governo a concretização na Bahia de algumas obras de destaque, tais como a Estrada Federal conhecida por Rio-Bahia, ainda em 1963, a estrada Feira de Santana-Juazeiro, o Teatro Castro Alves e ampliação da usina hidrelétrica de Paulo Afonso.

Cargos Públicos
  • 1947 a 1950 - Vereador (Jequié)
  • 1951 a 1955 - Prefeito (Jequié)
  • 1955 a 1959 - Deputado Estadual (Bahia)
  • 1959 a 1963 - Prefeito (Jequié)
  • 1963 a 1967 - Governador (Bahia)
  • 1971 a 1975 - Deputado Federal
  • 1975 a 1978 - Deputado Federal
  • 1979 a 1987 - Senador
  • 1993 a 1996 - Prefeito (Jequié)


Lomanto Júnior e a a neta Duda
Morte

Lomanto Júnior morreu em Salvador, na noite de segunda-feira, 23/11/2015, aos 90 anos. O ex-governador estava internado desde o dia 04/10/2015, no Hospital Português, onde faleceu vítima de insuficiência de múltiplos órgãos.

O velório será na terça-feira, 24/11/2015, no Palácio da Aclamação, em Salvador, BA, e na quarta-feira, 25/11/2015, na Catedral de Santo Antônio, em Jequié, no sudoeste da Bahia, cidade onde o político nasceu.

O sepultamento será ás 17h00min, no Cemitério São João Batista, também em Jequié.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha Veras

Lucídio Portella

LUCÍDIO PORTELLA NUNES
(93 anos)
Médico e Político

☼ Valença do Piauí, PI (08/04/1922)
┼ Teresina, PI (30/10/2015)

Lucídio Portela Nunes foi um médico e político brasileiro, governador do estado do Piauí de 1979 a 1983. Era o irmão mais velho do falecido Petrônio Portella Nunes, articulador da abertura política ocorrida nos governos de Ernesto GeiselJoão Baptista Figueiredo.

Filho de Eustáquio Portella Nunes e Maria Ferreira de Deus, era formado em Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com especialização em Tisiologia pelo Ministério da Saúde e pós-graduação em Radiologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Era membro da Associação Piauiense de Medicina.

Durante pelo menos três décadas sua atividade política resumiu-se a acompanhar a carreira de seu irmão sempre recusando um papel mais ativo no cenário político estadual. Tal postura mudaria em 1978 quando foi referendado pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA) para o cargo de Governador do Piauí, indicação feita pelo presidente Ernesto Geisel e confirmada pelo Colégio Eleitoral Estadual em 01/09/1978, sendo o último governador eleito pelo voto indireto. Com a morte de seu irmão em 1980 assumiu o comando do Partido Democrático Social (PDS) e presidiu as eleições gerais de 1982 nas quais seu partido conquistou uma ampla maioria.

Em 15/11/1982 o PDS elegeu o governador Hugo Napoleão, o vice-governador Bona Medeiros e o senador João Lobo. Além disso seus filiados conquistaram 6 das 9 vagas na Câmara dos Deputados e 17 das 27 cadeiras na Assembleia Legislativa, além de assegurar o controle de 102 das 113 prefeituras em disputa, número elevado para 104 por causa da nomeação de Freitas Neto para prefeito de Teresina por decisão de Hugo Napoleão e a manutenção de Júlio César como prefeito de Guadalupe, PI.


Dos 971 vereadores eleitos 774 pertenciam ao partido governista. O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) apresentou a candidatura do senador Alberto Silva e elegeu 3 deputados federais, 10 deputados estaduais, 11 prefeitos e 194 vereadores. Já o Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu 3 vereadores no município de Esperantina, PI, e teve José de Ribamar Santos como candidato a governador.

Lucídio Portella deixou o governo em 15/03/1983 mas conservou influência no meio político e se manteve afinado com o sucessor até que Hugo Napoleão e os membros da Frente Liberal no Piauí ignoraram a candidatura de Paulo Maluf à presidência da República em favor do oposicionista Tancredo Neves. O resultado foi a "implosão" do PDS e a criação do Partido da Frente Liberal (PFL), partido liderado por Hugo Napoleão e que contou com a adesão de quase a totalidade dos antigos despesistas. Para se ter uma ideia do estrago feito nas hostes do PDS, dos 17 deputados estaduais eleitos em 1982 apenas 01 ficou ao lado de Lucídio Portella, justamente seu sobrinho Marcelo Coelho.

Aturdido pelo golpe encorajou a candidatura de sua esposa Myriam Portella a prefeitura de Teresina em 1985 com o intuito de avaliar o quanto lhe restava de capital político. No ano seguinte avalizou a coligação de seu partido com o PMDB e foi eleito vice-governador do Piauí na chapa de Alberto Silva, até então o mais combatido inimigo político de sua família, em especial de seu irmão Petrônio Portella. Como resultado o PDS foi revigorado com a eleição de 03 deputados federais e 06 deputados estaduais.

Após a necessária convivência política com Alberto Silva, o PDS rompeu com o governador que ajudou a eleger e firmou uma aliança com o PFL, visando as eleições de 1990 e em meio as negociações para a formalização da coligação "Frente de Recuperação do Piauí", Lucídio Portella fez valer seu cacife ao assegurar a vaga de vice-governador para o seu então genro Guilherme Melo na chapa de Freitas Neto e apresentou-se como candidato a senador, união afinal vitoriosa ante o desgaste do bloco situacionista.

Lucídio Portella recebendo o papa João Paulo II em Teresina, PI
Extinto o PDS em 1993, Lucídio Portella migrou para seus sucedâneos, ora o Partido Progressista Reformador (PPR), depois o Partido Progressista Brasileiro (PPB) e por fim o atual Partido Progressista (PP). Apesar das mudanças, a condução de seu grupo político sempre coube ao próprio Lucídio Portella.

Seu familiar mais conhecido é Petrônio Portella Nunes, político que ao longo de trinta anos foi guindado de deputado estadual a Ministro da Justiça com passagens pelo Governo do Piauí e ainda pelo Senado Federal onde ocupou funções de destaque. Seu sobrinho, Marcelo Coelho, foi eleito deputado estadual em 1982, 1986, 1998 e 2002 sempre pelo PDS e pelas legendas que o sucederam, sem mencionar que sua esposa Myriam Portella, foi candidata a prefeita de Teresina em 1985, eleita deputada federal em 1986 e novamente derrotada na eleição para a prefeitura da capital piauiense em 1988, isso quando filiada ao PDS. A seguir seu então genro Guilherme Melo trocou o PMDB pelo PDS e foi eleito deputado estadual em 1986, vice-governador do Piauí em 1990 sendo efetivado em 1994 ante a renúncia de Freitas Neto.

Entre abril de 1998 e janeiro de 1999 seu irmão Elói Portella Nunes exerceu o mandato de senador enquanto Freitas Neto foi Ministro Extraordinário das Reformas Institucionais ao final do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso. Atualmente, seu genro Ciro Nogueira exerce seu primeiro mandato como senador, e sua filha, Iracema Portella, é deputada federal.

O Terminal Rodoviário de Teresina é oficialmente "Terminal Rodoviário Governador Lucídio Portella" e uma escola da rede estadual de ensino localizada na referida cidade também leva o seu nome.

Morte

Lucídio Portella morreu no fim da tarde de sexta-feira, 30/10/2015, aos 93 anos. Segundo informações da assessoria de imprensa da deputada federal Iracema Portella, filha do ex-político, Lucídio Portella estava na clínica do filho, para onde ia todos os dias, quando passou mal e veio a falecer em questão de minutos. O velório aconteceu na Assembleia Legislativa do Piauí a partir das 21:00 hs e o enterro ocorreu no sábado, 31/10/2015, às 12:00 hs, no Cemitério Jardim da Ressurreição.

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha Veras

Xavier Curado

JOAQUIM XAVIER CURADO
(83 anos)
Militar e Político

☼ Pirenópolis, GO (02/12/1746)
┼ Rio de Janeiro, RJ (15/09/1830)

Joaquim Xavier Curado, primeiro e único Barão com grandeza e Conde de São João das Duas Barras, foi um militar e político brasileiro filho de José Gomes Curado e de Maria Cerqueira d'Assunção.

Nascido em Meia Ponte, hoje Pirenópolis, GO, numa família tradicional, órfão de pai, partiu ainda adolescente para o Rio de Janeiro e assentou praça no exército como soldado nobre, em 1764.

Em 1774, depois de receber a patente de alferes, marchou com o exército expedicionário para o Rio Grande do Sul, com a finalidade de expulsar os espanhóis que ocupavam parte do território.

Terminada a campanha do sul, foi designado para defender os habitantes entre as capitanias de São Paulo e Minas Gerais, que sofriam com índios que saqueavam fazendas, e conseguiu restabelecer a paz na região.

Pelos bons serviços prestados, o vice-rei o louvou e agradeceu, em relatório de 20/08/1789, graduando-o no posto de tenente-coronel de infantaria, para depois o designar em uma missão especial junto à corte de Lisboa, porém seu navio foi aprisionado em alto-mar por corsários franceses e Xavier Curado obrigado a decorar e destruir os documentos que carregava.

Preso numa masmorra na região da Biscaia, conseguiu fugir e chegar meses depois a Lisboa, onde cumpriu finalmente sua missão. De volta ao Brasil, foi promovido ao posto de coronel e nomeado governador da capitania de Santa Catarina, de 08/12/1800 a 05/07/1805.

Ainda em 1805, Xavier Curado retornou ao Rio de Janeiro e solicitou sua reforma do exército, que lhe foi negada pelo vice-rei Marcos de Noronha, Conde dos Arcos, que o promoveu a brigadeiro, em 02/06/1806.


Em 13/05/1808 foi graduado no posto de marechal-de-campo e dois anos depois partiu para o Rio Grande do Sul, à disposição do general Diogo de Sousa, Conde do Rio Pardo, governador local, que recebera a ordem de invadir o Uruguai. Formaram-se então duas colunas invasoras, uma comandada pelo general Marques de Sousa e a outra por Xavier Curado, ambas vitoriosas, e o sucesso lhe rendeu promoção ao posto de tenente-general, em 13/05/1813.

Entre os anos de 1815 a 1820 participou da guerra contra Artigas, militar uruguaio que entrou em guerra contra o exército luso-brasileiro que invadira a Banda Oriental. Na Batalha de Catalán, em 1817, Xavier Curado foi agraciado com a Comenda da Torre e Espada, pelos atos de bravura no posto de 2º comandante do exército.

Como o Marquês de Alegrete, comandante supremo do Exército no sul, afastara-se da luta, assumiu o comando e estabeleceu seu quartel nas imediações do Passo-do-Lageado, onde lhe chegou às mãos o diploma de Comendador da Torre e Espada, Lealdade e Mérito, conferido por Dom João VI.

Retornando ao Rio de Janeiro, conseguiu organizar uma tropa de seis mil soldados e assim expulsar o general Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, comandante das tropas portuguesas, dando sustentação ao Dia do Fico, sendo por isso agraciado, das mãos de Dom Pedro I, com os títulos de Barão com grandeza e Conde de São João das Duas Barras, em 20/10/1825 e 07/09/1826.

Xavier Curado foi comendador da Imperial Ordem de São Bento de Avis. Foi o representante de Santa Catarina no Conselho dos Procuradores das Províncias, de 03/07/1822 a 20/10/1823.

Em 2006 o deputado Leandro Vilela, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) de Goiás, apresentou Projeto de Lei nº 6.917/06, para inscrever o nome do general Xavier Curado no Livro dos Heróis da Pátria, projeto que ainda encontra-se em tramitação.

Xavier Curado é Patrono da Cadeira XVIII da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música.

Fonte: Wikipédia

José Janene

JOSÉ MOHAMED JANENE
(55 anos)
Empresário, Pecuarista e Político

☼ Santo Inácio, PR (12/09/1955)
┼ São Paulo, SP (14/09/2010)

José Mohamed Janene foi um empresário, pecuarista e político brasileiro. Dono de várias fazendas e negócios, principalmente na cidade de Londrina, PR, onde viveu, foi na política que Janene ganhou visibilidade como um dos pivôs do escândalo do Mensalão.

José Janene era o líder do Partido Progressista (PP) na Câmara dos Deputados na época do escândalo, sendo apontado como o destinatário de R$ 4,1 milhões repassados pelo esquema operado pelo publicitário Marcos Valério.

Dos 19 parlamentares acusados de envolvimento no chamado "Valerioduto", José Janene foi o último a ser julgado pelo plenário da Câmara. Mesmo com o processo instalado em 17/10/2005, a Comissão de Ética da Câmara dos Deputados demorou mais de treze meses para votar o parecer que recomendava a cassação de José Janene.

Desde setembro de 2005, quando entrou em licença médica, José Janene conseguiu por várias vezes atrasar o processo, alegando problemas de saúde. Chegou a pedir aposentadoria antes da votação, mas o pedido foi rejeitado pela direção da Câmara.

No dia 06/12/2006, o então deputado licenciado foi absolvido em uma sessão esvaziada. Na votação secreta, 210 deputados votaram pela cassação, 128 pela absolvição, cinco em branco e 23 abstenções. Para cassá-lo, seriam necessários pelo menos 257 votos, mas o baixo quórum da sessão ajudou a livrá-lo.

Em 31/12/2006, o Diário Oficial da União publicou decisão da Câmara Federal, que concedeu à José Janene aposentadoria de 12,8 mil reais por invalidez.

Em 15/09/2006, teve uma fazenda, a 3 Jota, que fica no distrito de Guaravera, em Londrina, invadida por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que alegavam que a propriedade havia sido adquirida com dinheiro proveniente de corrupção, devendo ser destinada à reforma agrária. Para muitos o uso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra foi revanche do então presidente Lula, em resposta a extorsão que José Janene fazia ao presidente.

Em 2009 novas denúncias sobre lavagem de dinheiro voltaram a atormentar a vida de José Janene, agravando sua cardiopatia. Desde então José Janene vinha sendo investigado novamente.

Devido ao agravamento de seu estado de saúde causado por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e da criação da Lei da Ficha Limpa, José Janene se viu obrigado a abandonar definitivamente sua carreira como político e passou a operar nos bastidores.

Morte

José Janene foi vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em fevereiro de 2010, quando então planejava sua volta à política. Ficou três meses aguardando na fila um transplante cardíaco, que não ocorreu, morrendo em 14/09/2010, no Instituto do Coração, na cidade de São Paulo.

Seu corpo foi enterrado no Cemitério Islâmico de Londrina.

A Volta

No ano 2014, José Janene voltou a mídia, quando o Ministério Público Federal (MPF) evidenciou que fora ele o mentor do esquema de propinas nas estatais brasileiras, beneficiando políticos do Partido Progressista (PP), segundo delação do doleiro Alberto Youssef. Desta vez integrantes de sua família são arrolados como réus em um dos inquéritos da Operação Lava Jato.

Após a viúva de José Janene, Stael Fernanda Janene, relatar que não viu o corpo do ex-marido após sua morte, o presidente da CPI da Petrobrás, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), afirmou em 20/05/2015 que pediria a exumação do corpo do ex-deputado.

Dois dias depois do deputado Hugo Motta afirmar que pediria a exumação do corpo, o site "O Antagonista" de Diogo Mainardi e o jornalista Mario Sabino publicou a certidão de óbito de José Janene, onde consta como declarante da morte do ex-deputado o doleiro Alberto Youssef, do Escândalo do Petrolão. Segundo os familiares de José JaneneAlberto Youssef era amigo da família.

Fonte: Wikipédia

Toninho do PT

ANTÔNIO DA COSTA SANTOS
(49 anos)
Arquiteto, Professor e Político

☼ São Paulo, SP (14/06/1952)
┼ Campinas, SP (10/09/2001)

Antônio da Costa Santos, mais conhecido como Toninho do PT, foi um arquiteto, professor universitário e político brasileiro. Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), exercia o cargo de prefeito de Campinas, SP, quando foi assassinado a tiros, às 22:15 hs do dia 10/09/2001.

Toninho estava há apenas oito meses no cargo de prefeito de Campinas. Sua atuação contra o crime organizado e as reduções em até 40% nos valores pagos em contratos a empresas de serviços como merenda escolar e limpeza urbana, somadas à insistência do prefeito em desalojar casas para a ampliação do aeroporto de Viracopos lhe renderam várias ameaças, o que reforçou a hipótese de crime político.

Um inquérito policial concluiu que o prefeito, durante uma viagem que fazia de automóvel, foi morto sem nenhum motivo além do fato de cruzar por acaso com um bando de criminosos que na ocasião passava pelo local. O carro do prefeito teria inadvertidamente fechado o veículo dos bandidos e por causa disso eles atiraram na direção do prefeito. A última das três balas atingiu Toninho na artéria aorta, matando-o instantaneamente. Minutos antes, ele passara em uma loja do Shopping Iguatemi para retirar ternos que havia comprado.

A família de Toninho não se conformou com o resultado do inquérito policial e pediu novas investigações. Os familiares do prefeito morto acreditam que o crime teve motivação política, bem como colegas de partido como José Genoíno, que declarou na ocasião que o assassinato de Toninho fora motivado por suas enérgicas ações contra o narcotráfico campineiro.

Curiosamente, Toninho teve um mau pressentimento pouco antes de sua morte. Num discurso no Palácio dos Jequitibás, a sede da Prefeitura de Campinas, ele reafirmou que, caso algo lhe acontecesse, a primeira pessoa a assumir o cargo seria sua vice-prefeita, Izalene Tiene. Outro detalhe é que a cobertura de sua morte foi quase completamente ofuscada pelos ataques de 11/09/2001 aos Estados Unidos, ocorridos na manhã seguinte ao dia da sua morte.

Em 2011, nas celebrações que marcaram 10 anos de seu assassinato, a antiga Estação Ferroviária de Campinas recebeu o nome de Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos.

Casa Grande e Tulha

Em 1978, Antônio da Costa Santos adquiriu o lote que continha o conjunto arquitetônico e histórico conhecido como Casa Grande e Tulha, vindo a restaurá-lo e a residir nela, utilizando-a como fonte de pesquisa para estudar a evolução urbana da cidade. A propriedade veio a ser tombada em nível nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2011.

Fonte: Wikipédia