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Lori Sandri

LORI PAULO SANDRI
(65 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

* Encantado, RS (29/01/1949)
+ Curitiba, PR (03/10/2014)

Lori Paulo Sandri foi um jogador e técnico de futebol brasileiro. Dentro do campo, atuava como meia.

Começou a jogar futebol no time amador do Esporte Clube Encantado em 1964 e em 1965 foi aprovado no juvenil do Internacional de Porto Alegre, mas por dificuldades financeiras, seguiu, com sua madrinha, para Curitiba. No Paraná, jogou no Esporte Clube Água Verde e na Seleção Paranaense de Futebol, mas ainda nas categorias de base.

Profissionalmente, iniciou no Rio Branco de Paranaguá em 1969 e em 1970 no Seleto de Paranaguá, chegando as finais do campeonato.

A partir de 1971, jogou no Clube Atlético Paranaense, onde ficou até 1973. Em seguida, jogou no Londrina Esporte Clube e no Esporte Clube Pinheiros, onde encerrou sua carreira de jogador.

Começou sua carreira de treinador no Esporte Clube Pinheiros, em 1976, ano em que deixou de ser jogador.

No Brasil, teve muitas conquistas por onde passou, entre elas o inédito vice-campeonato Paulista pelo Botafogo de Ribeirão Preto em 2001, o Campeonato Gaúcho de 1998 pelo Juventude, conquistado de forma invicta, quebrando um tabu de 56 anos sem que times do interior do estado vencessem a competição, e o vice-campeonato Brasileiro da Série B em 1995 pelo Coritiba, classificando o clube para a Série A do ano seguinte.

No exterior, trabalhou na Seleção dos Emirados Árabes Unidos, onde participou das eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1998. Teve passagem também pelo futebol japonês, onde disputou dois campeonatos da J. League pelo Tokyo Verdy.

Disputou a Copa da UEFA e o Campeonato Português na temporada 2008/2009, dirigindo a equipe do Marítimo, clube onde ficou até fevereiro de 2009. Em novembro do mesmo ano, assinou com o Santa Cruz para a temporada de 2010, onde disputou o Campeonato Pernambucano, a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro. Seu último clube como treinador foi o Botafogo de Ribeirão Preto.

Morte

Lori Sandri morreu na sexta-feira, 03/10/2014, na cidade de Curitiba, PR, vítima de um câncer no cérebro, após conviver com a doença por cerca de um ano. A informação veio de seu irmão, Volnei Sandri. O enterro do ex-treinador ocorreu no sábado, 04/10/2014, em Curitiba.

Títulos

Atlético-PR
1983 - Campeonato Paranaense

Guarani
1986 - Campeonato Paulista do Interior

Al-Shabab
1992 - Copa do Golfo

Juventude
1998 - Campeonato Gaúcho

Al-Hilal
1999 - Saudi Founder's Cup

Internacional
2004 - Campeonato Gaúcho


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio e Neyde Almeida

Mário Vianna

MÁRIO GONÇALVES VIANNA
(87 anos)
Árbitro e Técnico de Futebol, Comentarista Esportivo e Radialista

* Rio de Janeiro, RJ (06/09/1902)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/10/1989)

Mário Gonçalves Vianna, conhecido como Mário Vianna, foi um árbitro e técnico de futebol, comentarista esportivo e radialista brasileiro.

Mário Vianna trabalhou como engraxate na infância e como operário em uma fábrica de velas. Mais tarde, se juntou à Polícia Especial do Estado Novo, formada por Getúlio Vargas, onde chegou a ser oficial. Foi lá que começou a apitar partidas de futebol entre os policiais e foi então convidado a se juntar ao quadro de árbitros da Federação Carioca.

Em campo ele fazia de tudo: peitava, gritava e até agredia. Era seu jeito de se fazer respeitado por todos. Mário Vianna tinha 1.74 de altura e pesava 90 quilos de uma vitalidade que impressionava a todos que o conheceram. Ele foi de tudo um pouco: baleiro, engraxate, jornaleiro, empacotador de velas, fiscal da guarda civil, policia especial, juiz de futebol, técnico do Palmeiras, Portuguesa e São Cristovão, e finalmente, comentarista de arbitragem na Rádio Globo.

Sua excelente condição física foi adquirida na Policia Especial. E foi apitando peladas, que José Pereira Peixoto, um policial amigo, o convenceu a fazer um curso de árbitro para Liga Metropolitana onde ingressou como primeiro colocado de sua turma.

Sua estréia oficial foi na partida de juvenis entre Girão de Niterói e São Cristovão. Neste jogo ele definiu o estilo que trataria de aperfeiçoar ao longo de sua carreira até torná-la uma espécie de marca pessoal: Expulsou Mato Grosso, zagueiro do seu querido São Cristovão.

Mário Vianna foi uma das grandes figuras da arbitragem do futebol brasileiro. Na sua época era o melhor e participou dos muitos campeonatos internacionais. Depois da Copa do Mundo de 1954, quando Mário Vianna acusou a FIFA de corrupta, foi expulso da arbitragem internacional. Passou a ser comentarista de arbitragem na Rádio Globo ao lado de Waldir AmaralJorge Cury e João Saldanha. Apesar de polêmico era uma figura que tinha um bom coração.


Desde então, começou a construir sua fama de juiz rigorosíssimo, destes que não perdem as rédeas da partida, mesmo nas situações mais adversas. Como no jogo entre Botafogo x Flamengo em General Severiano. Mário Vianna expulsou jogadores do Flamengo, os torcedores não gostaram e começaram a atirar garrafas e pedras contra ele. E ele não teve dúvidas: devolveu tudo para as arquibancadas.

Mário Vianna nunca foi homem de meias medidas. Foi responsável pela única expulsão de Domingos da Guia em onze anos de carreira. Também teve uma passagem com Nilton Santos no clássico Botafogo x Vasco. Atendendo a uma denuncia do bandeirinha, expulsou Nilton Santos que era um gentleman, por ofender o auxiliar. Mário Vianna  achou estranho o caso e, nos vestiários pressionou o bandeirinha que terminou confessando que tinha mentido. Ele ficou sem graça, foi ao vestiário do Botafogo e pediu desculpas a Nilton Santos.

Segundo Mário Vianna, dois jogadores lhe deram muito trabalho: Heleno de Freitas e ZizinhoHeleno de Freitas era irreverente e malicioso. Um dia, no campo do Vasco, tentou comprometer a arbitragem perante o publico, entregando um disco de bolero que o próprio Mário Vianna tinha pedido para o atacante do Botafogo trazer do Chile. O disco foi entregue na pista do estádio e diante do publico. No jogo, Heleno de Freitas quis comandar a arbitragem e terminou expulso de campo.

Houve um jogador que, talvez, por ser estrangeiro e desconhecer a fama de valentão de Mário Vianna, teve a infeliz idéia de desafiá-lo. Foi durante o jogo Itália x Suíça na Copa do Mundo de 1954. Inconformado com uma marcação do brasileiro, Boniperti partiu para cima do juiz aos empurrões. Mário Vianna aplicou-lhe um direto no queixo. Mandou que o carregassem para os vestiários e, ironicamente, disse para o massagista - Se ele tiver condições, pode voltar para o segundo tempo. Boniperti voltou bem mansinho.

Durante a Copa do Mundo de 1954, no jogo Brasil x Hungria, chamou o juiz Mr. Ellis e os dirigentes da FIFA, de "Camarilha de Ladrões" e foi expulso do quadro de árbitros da entidade. Quando já era comentarista de arbitragem na Rádio Globo, quase perdeu o emprego por duas vezes. Na primeira, disse que o juiz Abraham Klein, além de judeu era ladrão. Os patrocinadores do programa eram, como Abraham Klein, judeus. Outra vez, numa mesa redonda na TV, sentiu-se asfixiado pela fumaça dos cigarros que os companheiros fumavam. E Mário Vianna desabafou: "Parem de fumar, isso é um veneno, polui os pulmões!". O patrocinador do programa era a Souza Cruz, fabricante de cigarros.


Como todo personagem folclórico, Mário Vianna também tinha o seu lado místico. Era espírita da linha Alan Kardec, rezava ao se deitar e se levantar. Alguns casos são conhecidos:

Na Copa de 1970, era companheiro de quarto de Luis Mendes. Certa manhã ao se levantar, virou-se para o companheiro e disse: "Mendes, liga para tua casa porque seu irmão desencarnou". Apavorado, Luis Mendes pegou o telefone, ligou para casa e ficou sabendo que seu irmão havia falecido naquela madrugada.

Waldir Amaral contou que certa vez estava embarcando com Mário Vianna para São Paulo. E ele advertiu: "Waldir esse avião vai pifar. Vamos esperar outro vôo!". - "Que nada, Mário, deixe de besteiras!" - retrucou Waldir Amaral. Os dois embarcaram e quando o avião ia decolar, o motor enguiçou e o piloto foi obrigado a dar um cavalo de pau para não cair na Baía da Guanabara.

Mário Vianna foi um homem de muitas histórias. Histórias colhidas ao longo de 38 anos de Policia Especial, 25 de árbitro e 22 de comentarista. 

Fez famosas máximas como "Mário Vianna com dois enes" e "Gol Le...gal", que bradava após a maioria dos gols narrados.

Mário Vianna faleceu aos 87 anos vítima de uma pneumonia no Rio de Janeiro no dia 16/10/1989.

Indicação: Miguel Sampaio

Zózimo

ZÓZIMO ALVES CALAZANS
(45 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Salvador, BA (19/06/1932)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/07/1977)

Zózimo Alves Calazans, mais conhecido apenas como Zózimo, foi um jogador e treinador de futebol brasileiro, que atuou como zagueiro. Nasceu em 19/06/1932, na cidade de Salvador, BA, no bairro de Plataforma. Chegou a cidade do Rio de Janeiro no ano de 1947 e no ano seguinte foi levado para jogar nas divisões amadoras do São Cristóvão.

Pouco mais tarde, o clube lhe ofereceu um "contrato de gaveta", documento comum na época e utilizado para segurar o jogador na agremiação.

Em 1951 o Bangu Atlético Clube interessou-se pelo seu futebol e o jovem craque foi para Moça Bonita. Ainda garoto, foi convocado para a seleção carioca juvenil que disputou e venceu o campeonato brasileiro de seleções naquele ano.

Zózimo, revelado então pelo modesto São Cristóvão, se consagrou no futebol atuando pelo Bangu Atlético Clube, onde ficou de 1951 a 1964, o que lhe rendeu diversas convocações a Seleção Brasileira.

Disputou também as Olimpíadas de Helsinque, em 1952, pela Seleção Olímpica. Foram 3 jogos, 2 vitórias e 1 derrota, e 1 gol assinalado.

Assinou seu primeiro contrato profissional somente em 1955, no próprio Bangu. Zózimo era um quarto zagueiro calmo, clássico e sutil em seus movimentos, jogava sempre de cabeça erguida e não era adepto de chutões.


Dispensado em 1964 pelo Bangu, Zózimo esteve no Esportiva de Guaratinguetá, onde foi rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Paulista de 1965.

Foi um dos grandes zagueiros da Seleção Brasileira de Futebol, sendo campeão da Copa do Mundo FIFA em 1958 e 1962. Pela Seleção Brasileira principal, atuou de 1955 à 1962, somando 37 jogos, 26 vitórias, 6 empates, 5 derrotas, e apenas 1 gol marcado. Em jogos de Copa do Mundo foram 6 jogos, 5 vitórias e 1 empate. Toda a passagem de Zózimo pela Seleção Brasileira foi no mesmo período em que era jogador do Bangu Atlético Clube.

Já afastado da Seleção Brasileira desde 1962, Zózimo chegou ao Flamengo em 1965 e vestiu a camisa em quatro oportunidades naquele ano, porém, não conseguiu se firmar.

Em 1966 Zózimo foi para o futebol peruano atuar pelo Sport Boys. No ano seguinte, ainda timidamente, começou sua carreira de treinador no próprio Sport Boys. Encerrou a carreira no Sport Boys, do Peru, onde jogou até 1969. 

Regressou ao Brasil e ainda trabalhou como treinador no Campo Grande e no Bangu.

Zózimo faleceu em 17/07/1977 em um trágico acidente automobilístico no Rio de Janeiro.

O jogador é citado no documentário "Subterrâneos do Futebol" (1964), quando então se faz referência a um caso de suborno envolvendo o seu nome.


Títulos

Seleção Brasileira
  • 1955 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1955 - Taça Bernardo O'Higgins
  • 1956 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1956 - Taça do Atlântico
  • 1958 - Copa do Mundo
  • 1958 - Taça Oswaldo Cruz
  • 1962 - Copa do Mundo
  • 1962 - Taça Oswaldo Cruz

Bangu
  • 1954 - Torneio Início do Rio de Janeiro
  • 1955 - Torneio Início do Rio de Janeiro
  • 1957 - Torneio Triangular Internacional do Equador
  • 1957 - Torneio Quadrangular do Rio de Janeiro
  • 1957 - Torneio Triangular de Porto Alegre
  • 1958 - Torneio Quadrangular Internacional da Venezuela
  • 1958 - Torneio Triangular Internacional de Luxemburgo
  • 1959 - Torneio Quadrangular Internacional da Costa Rica
  • 1960 - International Soccer League
  • 1961 - Torneio Triangular Internacional da Áustria
  • 1961 - Torneio Quadrangular de Recife
  • 1962 - Torneio Quadrangular de Belém do Pará
  • 1962 - Torneio Quadrangular Internacional do Equador

Indicação: Miguel Sampaio

Fernandão

FERNANDO LÚCIO DA COSTA
(36 anos)
Jogador de Futebol, Dirigente e Técnico

* Goiânia, GO (18/03/1978)
+ Aruanã, GO (07/06/2014)

Fernando Lúcio da Costa, mais conhecido como Fernandão, foi um futebolista e dirigente brasileiro.

Iniciou sua carreira nas categorias de base do Goiás como meia, e aos dezesseis anos passou a jogar bola no time profissional. Foi no Goiás onde passou a ter destaque no cenário futebolístico, entre 1995 e 2001, quando conquistou cinco estaduais, duas Copas Centro-Oeste e um Brasileiro da Série B na posição de meio de campo.

Devido ao seu futebol de grande técnica e seus cabeceios certeiros, teve a oportunidade de ir para a Europa, onde jogou pelo Olympique de Marselha, por quase três anos, depois foi transferido para o Toulouse, também da França, lá começou a jogar de atacante.

Na volta para o Brasil, Fernandão foi para o Internacional, sendo que Fernando Carvalho, presidente do Internacional na época, fez grande esforço para contratar o jogador. Foi no Internacional onde atingiu seu melhor momento no futebol. Logo em seu jogo de estréia, marcou o milésimo gol da história do clássico Grenal, feito que lhe rendeu uma placa e o fez cair nas graças da torcida colorada.

Após se adaptar rapidamente ao futebol gaúcho, chegou a vestir a camisa da Seleção Brasileira em um amistoso contra a Seleção da Guatemala.

Em 2006, Fernandão foi o capitão do time que deu ao Internacional os seus dois maiores títulos: a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes FIFA. Ele foi decisivo, marcando um gol e dando passe para o outro na grande final da Libertadores com o São Paulo, partida na qual foi eleito pela patrocinadora do torneio melhor jogador em campo.


Na conquista da Copa Dubai de 2008 foi fundamental para o Internacional, fazendo um gol de fora da área contra a Inter de Milão.

Em 14/06/2008, foi anunciada a sua transferência para o Al-Gharafa. Fernandão saiu do Internacional como um dos maiores ídolos da história do time. E prometeu voltar ao clube futuramente, seja como dirigente, seja como jogador ou seja como torcedor, sendo considerado por muitos como o maior ídolo da história colorada.

No dia 30/07/2009, rescindiu seu contrato com o Al-Gharafa e, após muita especulação por parte de vários clubes, como São Paulo, Internacional e Santos, acertou com o clube que o revelou, o Goiás.

No dia 06/05/2010, o São Paulo anunciou a contratação de Fernandão até o fim de 2011. Em sua estreia, desequilibrou o duelo válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, contra o Cruzeiro no Mineirão, originando as jogadas dos dois gols, o último inclusive com um passe de calcanhar.

No dia 23/05/2010, em jogo valido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, Fernandão marcou seu primeiro gol com a camisa do São Paulo, ironicamente foi contra o Internacional, clube onde tornou-se ídolo, e na casa do Internacional, o Beira-Rio. A partida terminou com a vitória do São Paulo por 2 x 0.

No dia 09/05/2011, São Paulo e Fernandão acertaram a rescisão amigável do contrato. Com a camisa do São Paulo fez oito gols, todos pelo Campeonato Brasileiro de 2010, em 39 partidas.

Dirigente

Depois de anunciar sua aposentadoria do futebol no dia 19/07/2011, foi anunciado como diretor executivo do Internacional.


Técnico

Em 20/07/2012, foi confirmado como novo técnico do Internacional, substituindo Dorival Júnior. Seu auxiliar foi o ex-goleiro André e essa foi a primeira experiência de Fernandão como treinador.

Fez sua estréia em 22/07/2012, na goleada de 4 x 1 sobre o Atlético, GO, no estádio Beira-Rio, com gols de Elton, Dagoberto, Jajá e Fred, que foi uma aposta de Fernandão para iniciar o jogo e acabou sendo o grande destaque da partida. No jogo seguinte, venceu o Figueirense, no Orlando Scarpelli, por 1 x 0, gol de Dagoberto. Na 3ª partida, empatou em casa com o até então vice-líder do campeonato Vasco, por 0 x 0.

Em 20/11/2012, Fernandão, após obter apenas 44,9% de aproveitamento como treinador do Colorado, foi demitido pela diretoria. Antes de sair, porém, o ex-capitão trocou farpas com o zagueiro Bolívar, que se recusou a ficar no banco de reservas na partida contra o Corinthians.

 

Morte

Fernando Lúcio da Costa morreu em 07/06/2014 aos 36 anos na queda de um helicóptero. O acidente ocorreu por volta de 1:30 hs, na cidade de Aruanã, no interior de Goiás, e o helicóptero era um Helibrás HB-350BA Esquilo, prefixo PT-YJJ.

No acidente, também morreram outros quatro passageiros: Lindomar Mendes Vieira, Antônio de Pádua Ferreira, Edmilson de Sousa Lemes e Milton Ananias.

Segundo a Polícia Civil, a aeronave levantou voo da fazenda que pertencia a Fernandão por volta de 01:00 hs e caiu segundos depois sobre um banco de areia, uma pequena praia de água doce, às margens do Rio Araguaia e capotou diversas vezes. O local do acidente fica a 15 km do centro de Aruanã, GO. O ex-jogador chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas faleceu pouco depois.

"O corpo dele é o único que está no hospital. Os demais morreram no local do acidente. Nessa época é muito comum acampamento às margens do Rio Araguaia, mas trata-se de uma região cujo acesso é mais comum por helicóptero ou barco. Ele chegou ao hospital socorrido por barco."
(Delegado Norton Ferreira, chefe de comunicação da Polícia Civil de Goiás)

Um dos responsáveis pelo resgate, o sargento Cristiano contou o estado em que encontrou o ex-jogador.

"Ele estava inconsciente, com muita secreção nas vias aéreas por causa das hemorragias internas, múltiplos ferimentos nos membros inferiores e um ferimento na cabeça. Respirava com muita dificuldade e já no trajeto ao hospital estava em estado crítico. Infelizmente, quando chegou ao hospital veio a óbito"

Fonte: Wikipédia e Globo Esporte

Mário Travaglini

MÁRIO TRAVAGLINI
(81 anos)
Jogador e Técnico de Futebol

* São Paulo, SP (30/04/1932)
+ São Paulo, SP (20/02/2014)

Mário Travaglini foi um futebolista e treinador de futebol. Foi considerado um dos introdutores da filosofia do futebol moderno no futebol brasileiro, combinando a versatilidade dos esquemas táticos europeus, sobretudo o da Seleção Holandesa de 1974, com o talento dos craques nacionais.

Depois de uma curta carreira como zagueiro, Mário Travaglini começou sua trajetória como técnico no Palmeiras, e não demorou a ter sucesso. Comandando craques como Ademir da Guia e Djalma Santos em uma das equipes que receberia o apelido de "Academia", o treinador conquistou o Campeonato Paulista em 1966, quebrando uma hegemonia do Santos de Pelé, a Taça Brasil de 1967, campeonato oficial do Brasil, que dava o direito de disputar a Copa Libertadores da América, e no mesmo ano, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Os dois últimos torneios seriam oficializados mais tarde como edições do Campeonato Brasileiro.

Em 1978, foi supervisor técnico de Cláudio Coutinho no comando da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo daquele ano, na Argentina.


O técnico treinou o Corinthians entre 1982 e 1983 e foi campeão paulista em seu primeiro ano no clube. Além disso, também acompanhou a gênese do movimento político que ficaria conhecido como "Democracia Corintiana", abraçando a ideia de maior liberdade aos jogadores idealizada por Sócrates. No Parque São Jorge, Mário Travaglini ajudou a revelar Casagrande, dando as primeiras chances ao jovem atacante vindo da base do clube.

De 1983 até 1984, foi treinador do São Paulo, onde foi vice-campeão paulista em 1983, e o time foi muito mal no campeonato brasileiro de 1984. Saiu depois de uma derrota para o Internacional por 2 X 0, na 2ª rodada do Torneio Heleno Nunes. Fez no São Paulo, 64 jogos, com 29 vitórias, 24 empates, e 11 derrotas, para depois voltar a comandar o Palmeiras no campeonato paulista de 1984, obtendo o 4º lugar.

Em 1987, foi treinador do Esporte Clube Vitória. Aposentou-se no início dos anos 90, treinando clubes do interior paulista.

Foi presidente do Sindicato dos Treinadores Profissionais de Futebol de São Paulo e, em 2008, teve lançada sua biografia: "Mário Travaglini - da Academia à Democracia", de Márcio Trevisan e Helvio Borelli.

Mário Travaglini (Foto: Antonio Milena/Estadão)
Rio de Janeiro

O treinador também brilhou no futebol carioca, onde colecionou dois títulos na década de 70. No comando do Vasco da Gama, do atacante Roberto Dinamite, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1974. Dois anos mais tarde, venceu o estadual de 1976 pelo Fluminense, uma equipe altamente ofensiva que contava com Rivellino como referência e ganhou o apelido de "Máquina Tricolor".

Mário Travaglini (Foto: JF Diorio/Estadão)
Morte

Mário Travaglini morreu às 21:30 hs de quinta-feira, 20/02/2014. Aos 81 anos, ele estava internado no Hospital São Camilo, no bairro da Pompéia, em São Paulo, desde o dia 06/01/2014.

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital. Segundo boletim médico, Mário Travaglini morreu devido a complicações respiratórias provenientes de um tumor cerebral.

Títulos

Palmeiras
  • 1966 - Campeonato Paulista
  • 1967 - Campeonato Brasileiro


Vasco da Gama
  • 1974 - Campeonato Brasileiro


Fluminense
  • 1976 - Campeonato Carioca


Corinthians
  • 1982 - Campeonato Paulista


Fonte: Wikipédia e Veja
Indicação: Miguel Sampaio

Jair

JAIR ROSA PINTO
(84 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Quatis, RJ (21/03/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/07/2005)

Jair Rosa Pinto foi um dos principais futebolistas brasileiros das décadas de 1940 e 1950. Nasceu no dia 21/03/1921, em Quatis, RJ, pertinho de Barra Mansa, e começou a carreira no Madureira. Também jogou no Flamengo, Santos, São Paulo e Ponte Preta, Palmeiras e Vasco.

No Santos, em 1959, quando foi vice-campeão Paulista, deu aulas especiais de comportamento, posicionamento em campo e de chute a gol ao menino Pelé.


São Paulo

Jair Rosa Pinto passou pelo São Paulo. Foi rápido, em 1961. E ainda jogou na Ponte Preta, também rapidinho. Jair chegou ao São Paulo no final de sua carreira. Jogou pelo Tricolor entre 1961 e 1963. Atuou em 31 partidas (20 vitórias, quatro empates, sete derrotas) e marcou apenas 2 gols. Encerrou sua passagem pelo São Paulo dirigindo a equipe em janeiro de 1963.


Vasco da Gama

Começou a carreira profissional no Madureira, atuando como meia-esquerda, em 1938, quando formou um trio com os jogadores Lelé e Isaías, conhecido como "Os Três Patetas". O trio fez tanto sucesso que acabou sendo contratado pelo Vasco da Gama em 1943, onde participou do Expresso da Vitória, considerado um dos maiores elencos da história do clube. Pelo Vasco fez, 71 jogos, com 44 vitórias, 18 empates e nove derrotas, marcando 27 gols (média de 0,39 gols por jogo).

Zizinho, Pirillo e Jair Rosa Pinto
Flamengo

Em 1946, saiu do Vasco e foi para o Flamengo, segundo ele, por receber menos que outros jogadores no elenco.


Palmeiras

Jair chegou ao Palmeiras após vestir a camisa do Flamengo e do Vasco, e disputar a Copa de 1950 com a Seleção Brasileira. Lá ficou até 1955, onde foi ídolo incontestável.

Jair foi personagem principal de uma das partidas mais emocionantes da história do clássico entre São Paulo e Palmeiras, o famoso Choque-Rei. No dia 28/01/1951, o Palmeiras entrou em campo contra o São Paulo, jogando pelo empate. A partida era válida pelo campeonato paulista de 1950, e as duas equipes, que vinham disputando o título ponto a ponto, tinham chance de levantar o caneco. Debaixo de muita chuva o São Paulo conseguiu abrir o placar. Teixeirinha bateu, a bola desviou em Turcão (zagueiro palmeirense) e morreu no fundo das redes do goleiro Oberdan Catani. Após o árbitro inglês Alwyn Bradley decretar o fim do primeiro tempo, oa jogadores do Palmeiras, devidamente abatidos, desceram ao vestiário e foram surpreendidos por Jair, que aos berros exigiu raça ao time verde. No intervalo, ele chegou para seus companheiros e disse:

"A única chance que temos é a seguinte: todo mundo que pegar a bola, toca pra mim que eu vou lançar pra frente. Uma hora faremos um gol", lembra o jornalista Cláudio Carsughi.

E foi isso que aconteceu. Aos 15 minutos do segundo tempo Jair dominou e fez um de seus incríveis lançamentos. A bola parou em uma poça do inundado Pacaembu e sobrou para Aquiles, que empatou a partida e garantiu o título ao alviverde do Parque Antártica.

Pelo PalmeirasJair Rosa Pinto fez 241 jogos (141 vitórias, 55 empates, 45 derrotas) e anotou 71 gols. Conseguiu o título paulista de 1950 e a Copa Rio de 1951.


Santos

Em 1956, foi para o Santos, onde venceu três campeonatos paulistas (1956, 1958 e 1960). Ainda em 1957, voltou a vestir a camisa do Vasco num combinado Vasco-Santos, numa série de três amistosos no Maracanã. Jair jogou no Santos já quando veterano (tinha quase 40 anos), mas é lembrado até hoje como membro da melhor linha do time, que não tinha Mengálvio e Coutinho.

O melhor ataque do Santos foi a que o Palmeiras enfrentou no famoso 7x6 do Torneio Rio-São Paulo de 1958, formada por Dorval, Jair, Pagão, Pelé e Pepe. Esse ataque bateu o recorde de gols do paulistão em 58, com 143 gols, e o aumentou em 59 para 151 gols.


Seleção Brasileira

Jair atuou em 41 partidas pela Seleção Brasileira (39 oficiais), com 25 vitórias, cinco empates, onze derrotas, marcando 24 gols (22 oficiais). Foi o artilheiro da Campeonato Sul-Americano de 1949, com 9 gols, recorde até hoje não batido. Foi vice-campeão na Copa do Mundo de 1950, jogada no Brasil, onde marcou um gol em cinco jogos disputados. Sobre a derrota para o time do Uruguai, na final travada no estádio do Maracanã, Jair declarou: "Isso eu vou levar para a cova, mas, lá em cima, perguntarei para Deus por que perdemos o título mais ganho de todas as copas, desde 1930".

Apesar da seleção não usar numeração fixa naquela copa, Jair usava a camisa 10 sempre que jogava, portanto é tido como o primeiro jogador a usar a camisa 10 da seleção em copas do mundo.

Últimos Clubes e Carreira de Treinador

Ainda jogou com brilho no São Paulo e depois na Ponte Preta, onde encerrou a carreira em 1963, aos 42 anos. Foi ainda técnico de oito clubes, mas sem conseguir alcançar o sucesso que teve como jogador.


Vida Pós-Futebol

Depois de aposentado, estabeleceu-se no bairro da Tijuca, onde era um popular frequentador dos cafés da Praça Sáenz Peña. Ele passava boa parte do seu tempo cuidando dos muitos passarinhos que criava e revivendo mentalmente os seus tantos e tantos anos de glória no futebol, como jogador (principalmente) e como técnico.

Jair, que costumava acompanhar todos os programas esportivos da TV, ficou inconformado quando a Band tirou do ar o programa "Gol, o Grande Momento" e quando a TV Cultura encurtou e transformou o "Grandes Momentos do Esporte".

Jair Rosa Pinto morreu na madrugada do dia 28/07/2005, vítima de embolia pulmonar. Ele estava internado no Hospital da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro, onde se recuperava de uma cirurgia no abdômen. O corpo do jogador foi velado no Cemitério do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro, e cremado, no mesmo dia de sua morte.

Clubes
  • Madureira (1938 a 43)
  • Vasco da Gama (1943 a 48)
  • Flamengo (1948 a 49)
  • Palmeiras (1950 a 55)
  • Santos (1956 a 61)
  • São Paulo (1961 a 63)
  • Ponte Preta (1963 a 64).


Títulos

Vasco
  • Rio de Janeiro Campeonato Carioca: 1945


Palmeiras
  • São Paulo Campeonato Paulista: 1950
  • Rio de Janeiro x São Paulo Torneio Rio-São Paulo: 1951
  • Mundial de Clubes 1951: 1951


Santos
  • São Paulo Campeonato Paulista: 1956, 1958 e 1960
  • Rio de Janeiro x São Paulo Torneio Rio-São Paulo: 1959


Seleção Brasileira
  • Vice-Campeão Mundial: 1950
  • Campeão Sul-Americano (Atual Copa América): 1949



Pedro Rocha

PEDRO VIRGÍLIO ROCHA FRANCHETTI
(70 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* Salto, Uruguai (03/12/1942)
+ São Paulo, SP (02/12/2013)

Pedro Virgilio Rocha Franchetti, mais conhecido apenas como Pedro Rocha, foi um jogador e técnico de futebol nascido no Uruguai e naturalizado brasileiro.

Pedro Rocha teve um desempenho brilhante vestindo a camisa do Peñarol, acumulando títulos da Copa Libertadores da América e do Mundial Interclubes, além de campeonatos uruguaios.

Em 1971, transferiu-se para o São Paulo, onde permaneceu até 1977, quando saiu com 34 anos de idade.

No Brasil, ficou mais conhecido por prenome e sobrenome, Pedro Rocha. Nesse meio tempo, Verdugo, um de seus apelidos, já que misturava a raça uruguaia e uma enorme habilidade com a bola, ajudou o São Paulo a chegar a dois títulos estaduais, em 1971 e 1975, e também chegou a ganhar o Brasileirão pelo mesmo São Paulo em 1977.

Pelé e Pedro Rocha
(Foto: Gazeta Press)
Pelo tricolor paulista, atuou 375 vezes, marcando 113 gols. Também jogou em outros clubes do futebol brasileiro, como Coritiba, Palmeiras e Bangu antes de encerrar a carreira, em meados da década de 1980 quando atuava pelo Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Foi artilheiro do campeonato brasileiro em 1972 pelo São Paulo com 17 gols dividindo a artilharia com Dario, do Atlético Mineiro.

Também é lembrado pela admiração que Pelé tinha por seu futebol. Em 1968, em sua opinião, Pedro Rocha era um dos cinco melhores jogadores do mundo.


Morte

Pedro Rocha morreu na noite de segunda-feira, 02/12/2013, aos 70 anos, a apenas um dia de seu aniversário. Ele sofria de atrofia do mesencéfalo, uma doença cerebral degenerativa, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, e passou por uma internação na Santa Casa de Misericórdia.

Títulos

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968
  • Copa Libertadores da América: 1960, 1961 e 1966
  • Copa Europeia/Sul-Americana: 1961 e 1966
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1969


São Paulo
  • Campeonato Paulista: 1971 e 1975
  • Campeonato Brasileiro: 1977


Coritiba
  • Campeonato Paranaense: 1978


Artilharias

Peñarol
  • Campeonato Uruguaio: 1963 (18 gols), 1965 (15 gols) e 1968 (8 gols)
  • Recopa dos Campeões Intercontinentais: 1968 e 1969


Seleção Uruguaia
  • Eliminatórias Sul Americanas para a Copa do Mundo FIFA de 1966: 1965 (4 gols)


São Paulo
  • Campeonato Brasileiro: 1972 (17 gols)
  • Copa Libertadores da América: 1974 (7 gols)


Prêmios Individuais
  • Melhor jogador do Campeonato Su-Americano (atual Copa América): 1967
  • Bola de Prata (Revista Placar): 1973
  • 38º maior futebolista Sul-Americano do Século XX pela  Federação Internacional de Historias e Estatística do Futebol (IFFHS): 1999


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Otto Glória

OTAVIANO MARTINS GLÓRIA
(69 anos)
Jogador de Futebol, Jogador de Basquete e Técnico Futebol/Basquete

* Rio de Janeiro, RJ (09/01/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/09/1986)

Otaviano Martins Glória, mais conhecido por Otto Glória, foi um técnico brasileiro de futebol. Dirigiu as equipas da Portuguesa de São Paulo e do Vasco do Rio de Janeiro, o Benfica, o Belenenses, o Futebol Clube do Porto e Sporting em Portugal, assim como a própria Seleção Portuguesa, na França o Olímpico de Marselha e na Espanha o Atlético de Madrid. Foi o técnico da seleção portuguesa que disputou a Copa do Mundo em 1966, alcançando o 3º lugar na prova.

Antes de ir para o futebol, Otto Glória era ligado ao basquete. É reconhecidamente, um dos maiores estrategistas da história do futebol.

Constantemente lembrado pela colônia portuguesa, Otto Glória fez sucesso no futebol brasileiro atuando principalmente no Vasco da Gama e na Portuguesa de Desportos. Enfrentou o rei Pelé em partidas decisivas obtendo triunfos históricos como aconteceu na copa de 1966, quando dirigia a seleção portuguesa e depois na final do campeonato paulista contra o Santos em 1973.

Nas partidas do Corinthians contra a Portuguesa de Desportos, sempre esperávamos por armadilhas inteligentemente preparadas por aquele homem gordinho que habitualmente usava boinas na cabeça.


Otto Glória começou como jogador de futebol e passou pelos times do Vasco da Gama, do Botafogo e do Olaria. Precocemente, com 25 anos de idade encerrou sua carreira. Partiu para o basquete onde atuou como jogador e depois como treinador. No mundo do esporte da "cestinha" adquiriu conhecimentos mais aprofundados sobre estratégias e táticas de jogo.


A convite do técnico Flávio Costa (técnico da Seleção Brasileira de 1950), seu amigo pessoal, Otto Glória voltou para o futebol. No Vasco da Gama assumiu o juvenil do time da colina. Com o passar do tempo exerceu a função de técnico adjunto ao lado do próprio Flávio Costa.

Em 1948 conquistou seu primeiro título carioca com o Botafogo. Estudioso, adaptou muitos fundamentos do basquetebol no futebol, como posse de bola, triangulações, marcação por zona, aproveitamento dos rebotes defensivos e ofensivos e principalmente o sentido coletivo da cobertura.

Além do Vasco da Gama e do Botafogo, trabalhou nas equipes do Grêmio, América, Santos e Portuguesa de Desportos. Nos anos 50 foi para Portugal onde virou um verdadeiro mito. Muitas das informações dessa pesquisa foram conseguidas em sites do futebol português.


Foi o primeiro treinador a treinar os quatro gigantes lusitanos, Benfica, Sporting, Porto e Belenenses. Colecionou inúmeros títulos e trabalhou ainda nas equipes do Olimpique de Marseille e Paris Saint German da França e no Atlético de Madrid da Espanha.

Em 1966 comandou a Seleção Portuguesa durante a copa e realizou uma campanha fantástica com resultados surpreendentes como a vitória sobre o Brasil por 3×1, quando eliminou o time canarinho ainda na fase de grupos.

Mostrou sangue frio ao conduzir seus comandados naquela virada inesquecível contra a Coréia do Norte pelo placar de 5×3, quando perdia por 3×1 na primeira etapa. O "Pantera de Moçambique" Eusébio, assinalou quatro tentos naquele jogo.

Na semifinal contra os Ingleses, Portugal acabou derrotado por 2×1. A conquista do terceiro lugar naquele mundial foi um resultado espetacular para a seleção lusitana. Muito de deve ao trabalho do "Melancia", um dos vários apelidos de Otto Glória.

Um de seus títulos mais lembrados, é a conquista do campeonato paulista de 1973 pela Portuguesa de Desportos.


Astuto, rapidamente percebeu o grave erro do árbitro Armando Marques nas contagens dos pênaltis e recomendou que todos os seus jogadores fossem para o vestiário e imediatamente trocassem de roupa e fossem para o ônibus. Tal manobra evitou a continuação das cobranças de pênaltis e colocou a federação paulista de futebol em uma autêntica "saia justa". Como a Portuguesa negou o retorno ao gramado e também a marcação de uma nova partida, o resultado foi a divisão do título com o Santos, que já estava com a taça praticamente nas mãos.

Em 1979, Otto Glória foi vice campeão Brasileiro com o Vasco da Gama quando enfrentou o Internacional. Além da seleção Portuguesa, Otto Glória também treinou a seleção da Nigéria.

Foi autor de frases famosas como:

"Treinador quando vence é bestial e quando perde é uma besta!"

"Não posso fazer uma omelete sem os ovos" (referindo-se a dirigentes que não contratavam os reforços que ele pedia)

Otto Glória faleceu no Rio de Janeiro, em 04/09/1986.

Ary Vidal

ARY VENTURA VIDAL
(77 anos)
Técnico de Basquete

* Rio de Janeiro, RJ (28/12/1935)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/01/2013)

Ary Ventura Vidal iniciou a carreira de treinador em 1959 no Tijuca Tênis Clube. Como treinador da Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino, dirigiu 11 jogos, sendo 8 vitórias e 3 derrotas, em duas competições oficiais. Pela masculina, foram 124 jogos, sendo 92 vitórias e 29 derrotas, em 16 competições.

Treinando a equipe masculina brasileira, derrotou a seleção dos Estados Unidos na final dos Jogos Pan-Americanos de 1987 em Indianápolis. Era o treinador da última participação da seleção masculina com Oscar Schmidt em quadra, nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996. A equipe masculina brasileira de basquetebol voltaria a disputar os Jogos Olímpicos 16 anos depois, nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, sob o comando do treinador argentino Rubén Magnano.

Publicou o livro "Basquetebol Para Vencedores" em 1991 pela Editora Rigel. Afastado das quadras por problemas de saúde, em 2009, assumiu a direção de basquetebol do Flamengo.

Embora não fosse religioso praticante, Ary Vidal se considerava um homem de fé e tinha algumas crenças, entre elas em São Judas Tadeu. Está tudo no seu livro "Basquete Para Vencedores", escrito para explicar a campanha vitoriosa nos Jogos Pan-Americanos de 1987 em Indianápolis. Sempre que podia ia sozinho à igreja do Cosme Velho, no bairro das Laranjeiras, no Rio Janeiro. Lá, em suas orações, costumava pedir a proteção de São Judas Tadeu para sua família, sua equipe e para ele próprio, sentindo-se mais confortado e muito mais confiante em tudo o que fazia, especialmente em seu trabalho.

Outro ponto de fé era o que chamava de "Desígnios Superiores". Acreditava que trabalhando no limite máximo de suas forças, e levando sua equipe a seguir esse mesmo ritmo, que esforçava-se para que fosse mais intenso do que o de seus adversários, poderia o time contar com a ajuda dos "Desígnios Superiores".

Ary Vidal escreveu sobre os pontos que julgava essenciais para um treinamento: duração (tem de ser necessariamente de oito a dez vezes maior do que o tempo de esforço exigido do atleta num jogo), intensidade (o ritmo do treino deve ser mais intenso do que o exigido no jogo), continuidade (a rotina não pode sofrer interrupção, ou seja, o atleta deve ter o mínimo de folga), repetição (jogador não gosta de repetir porque tem a pretensão de julgar que já sabe) e motivação.

Neste último item, uma mostra do trabalho de Ary Vidal, com Oscar Schmidt, um cestinha fenomenal, que chegou a ser apelidado de Mão Santa, tal a sua precisão nos tiros, mas que apresentava deficiência na defesa. Oscar Schmidt concordada com a crítica do técnico, se esforçava, mas não conseguia corrigir a falha nos preparativos para o Campeonato Mundial de Basquetebol de 1978.

Ary Vidal buscou a solução fora da quadra. Observou que o jogador era apaixonado por chocolate. Comprou o estoque do produto na bombonière da concentração da seleção. E propôs uma brincadeira: cada boa ação defensiva valia um chocolate. Oscar Schmidt topou o desafio e passou a defender com mais empenho para garantir seu chocolate, sem prejudicar sua vocação de cestinha. E como visto, o Brasil subiu no pódio.


Morte

Portador de problemas renais e cardíacos crônicos, Ary Vidal apresentou um quadro agudo e foi internado em estado grave no dia 23 de outubro de 2012 no Hospital São Lucas. No dia 28 de dezembro, quando completou 77 anos, deixou o UTI e foi transferido para o quarto.

O velório aconteceu na terça-feira, 29/01/2013, de 8:00 hs às 11:00 hs, na capela F do Cemitério do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro. O enterro ocorreu às 11:00 hs.

Principais Resultados Seleção Masculina

  • 1978 - Campeonato Mundial - Filipinas (3° lugar)
  • 1979 - Jogos Pan-Americanos - San Juan, Porto Rico (Bronze)
  • 1986 - Campeonato Mundial - Espanha (4° lugar)
  • 1987 - Jogos Pan-Americanos - Indianápolis, Estados Unidos (Ouro)
  • 1988 - Torneio Pré-Olímpico das Américas - Uruguai (Campeão)
  • 1988 - Jogos Olímpicos - Seul, Coreia do Sul (5º lugar)
  • 1992 - Torneio Pré-Olímpico das Américas - Estados Unidos (3° lugar)
  • 1995 - Torneio Pré-Olímpico das Américas - Argentina (3° lugar)
  • 1995 - Jogos Pan-Americanos - Mar del Plata, Argentina (Bronze)
  • 1996 - Jogos Olímpicos - Atlanta, Estados Unidos (6º lugar)


Principais Resultados Seleção Feminina

  • 1965 - Campeonato Sul-Americano - Rio de Janeiro (Campeão)
  • 1967 - Campeonato Mundial - Tchecoslováquia (8° lugar)


Clubes

  • 1994 - Corinthians - Campeonato Brasileiro (Campeão)


Indicação: Miguel Sampaio

Ênio Andrade

ÊNIO VARGAS DE ANDRADE
(68 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Porto Alegre, RS (31/01/1928)
+ Porto Alegre, RS (22/01/1997)

Ênio Vargas de Andrade foi um futebolista e treinador de futebol brasileiro. Jogava como meia. Começou como zagueiro no Esporte Clube São José, no Rio Grande do Sul, em 1949, transferindo-se para o Sport Club Internacional no ano seguinte. Em 1951, transferiu-se para o  Grêmio Esportivo Renner, clube que defendeu até 1957.

Foi no Grêmio Esportivo Renner que Ênio Andrade foi deslocado para o meio-campo, através do técnico Selviro Rodrigues. Em 1956, sagrou-se campeão do II Campeonato Pan-americano do México. Ainda defendeu Palmeiras, Clube Náutico Capibaribe e novamente o Esporte Clube São José.

Após encerrar a carreira de jogador, em 1961, Ênio Andrade tornou-se técnico de futebol. Em sua nova carreira, conseguiu importantes conquistas, tal como as da época de jogador. Era considerado um treinador bastante estrategista. Conquistou três campeonatos brasileiros: em 1979, com o Internacional (sendo de forma invicta, o único a conseguir tal feito até hoje); em 1981, com o Grêmio (em pleno Estádio do Morumbi); e em 1985, com o Coritiba (em pleno Maracanã, após disputa de pênaltis).

Ênio Andrade ainda teve conquistas internacionais em seu currículo. Pelo Cruzeiro, foi uma vez campeão da Supercopa Libertadores, além de uma Copa Ouro e um Copa Master Supercopa.

Ênio Andrade faleceu em 22/01/1997, aos 68 anos de idade, vitimado por complicações pulmonares.

Títulos

Como Jogador

  • 1950 - Internacional - Campeonato Gaúcho
  • 1951 - Internacional - Campeonato Gaúcho
  • 1954 - Renner - Campeonato Gaúcho
  • 1960 - Palmeiras - Taça Brasil
  • 1959 - Palmeiras - Campeonato Paulista

Como Treinador

  • 1979 - Internacional - Campeonato Brasileiro
  • 1981 - Grêmio - Campeonato Brasileiro
  • 1985 - Coritiba - Campeonato Brasileiro
  • 1991 - Coritiba - Supercopa Libertadores
  • 1995 - Coritiba - Copa Ouro
  • 1995 - Coritiba - Copa Master Supercopa
  • 1984 - Náutico - Campeonato Pernambucano
  • 1976 - Santa Cruz - Campeonato Pernambucano

Fonte: Wikipédia