Sérgio Motta

SÉRGIO ROBERTO VIEIRA DA MOTTA
(57 anos)
Engenheiro, Político e Empresário

* São Paulo, SP (26/11/1940)
+ São Paulo, SP (19/04/1998)

Sérgio Motta foi um dos fundadores do PSDB  e uma das principais lideranças do partido. Foi coordenador da campanha do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1994, quando ocupava o cargo de secretário-geral do seu partido.

Sérgio Motta tornou-se o mais influente integrante do governo Fernando Henrique Cardoso, com uma forma própria de fazer política, apelidada de "Estilo Trator". Exercendo o cargo de ministro das Comunicações, comandou o maior processo de privatização da história do Brasil. Foi ele o  responsável pela privatização do Sistema Telebrás.

Sérgio Motta e Fernando Henrique Cardoso (Foto: Getúlio Gurgel/PR)
Nos anos sessenta, como estudante da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Sérgio Motta participou da Ação Popular, organização de esquerda derivada da Juventude Universitária Católica. Na década seguinte, dirigiu o jornal O Movimento, um dos principais veículos dos militantes de esquerda e que tinha em seu conselho editorial o sociólogo Fernando Henrique Cardoso.

Durante a gestão de Ângelo Amaury Stábile no Ministério da Agricultura do governo João Baptista de Oliveira Figueiredo, Sérgio Motta, junto ao general Golbery do Couto e Silva, fundou a Coalbra, companhia para extração de álcool da madeira, e cujos recursos eram desviados para aplicação no mercado financeiro. Descoberto do esquema, o ministro foi demitido e o seu sucessor, o gaúcho Nestor Jost promoveu à demissão de todos os envolvidos nos escândalos do ministério. Sérgio Motta foi, então, para São Paulo, onde se aliou ao grupo do futuro presidente Fernando Henrique Cardoso. Do empreendimento restou um rombo de 250 milhões de dólares e as ruínas, na cidade de Uberlândia.

Sérgio Motta e a compra de votos (Revista Veja)
Acusações

Gravações obtidas pelo jornal, Folha de São Paulo, envolveram o ministro no escândalo de compra de votos para a aprovação da emenda de reeleição de Fernando Henrique Cardoso.

Nas gravações, o deputado João Maia (PFL) dizia que recebeu R$ 200 mil para votar a favor da emenda que permitiu a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O deputado revela ainda que a barganha pelo voto previa receber R$ 200 mil do governo federal e outros R$ 200 mil do governo do Estado do Acre. O dinheiro usado na operação, segundo João Maia, foi providenciado pelo governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), e pelo ministro Sérgio Motta.

Em conversa gravada, o deputado Ronivon Santiago disse que depois da aprovação da emenda da reeleição, recebeu uma retransmissora de TV do ministro Sérgio Motta. Segundo Ronivon Santiago, a TV não pôde ficar em seu nome e por isso registrou-a em nome de um amigo: "Mas não está no meu nome, não. É no nome de um cara lá, de um amigo meu. O cara está tocando", disse Ronivon a uma pessoa que não quis ser identificada e a quem a Folha de São Paulo chamou de "Senhor X".

Engenheiro industrial e empresário, era casado com Wilma Motta e pai de Fernanda, Juliana e Renata.

Morte

Morreu vítima de Infecção Pulmonar em 1998, dois dias antes do deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Antes de ser internado pela última vez, Sérgio Motta escreveu um fax a Fernando Henrique Cardoso, onde agradecia todo o apoio dado pelo então presidente às privatizações.

Fonte: Wikipédia
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