Xavantinho

RANULFO RAMIRO DA SILVA
(56 anos)
Cantor

* Uberlândia, MG (1942)
+ São Paulo, SP (08/10/1999)

Desde pequenos trabalhou na roça com os pais e mais cinco irmãos. José Ramiro (Pena Branca) tocava viola.

Xavantinho, foi internado por problemas respiratórios no Hospital Nipo-Brasileiro em São Paulo-SP e faleceu no início da tarde do dia 8 de Outubro de 1999, aos 56 anos, de Insuficiência Respiratória e Falência Múltipla dos Órgãos. Sua morte deixará uma lacuna enorme e insubstituível na música brasileira.

Segundo as palavras do crítico Mauro Dias, em matéria de O Estado de São Paulo (09/10/1999):

"A obra da dupla representa o que há de melhor, mais digno e mais refinado na música sertaneja, sem concessão a modismos ou injunções de mercado".

Fonte: http://www.jangadabrasil.com.br

Pena Branca

JOSÉ RAMIRO SOBRINHO
(70 anos)
Cantor

* Igarapava, SP (04/09/1939)
+ São Paulo, SP (08/02/2010)

Foi um cantor de música sertaneja e formou a dupla sertaneja "Pena Branca & Xavantinho" junto com seu irmão Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho. A dupla foi encerrada em outubro de 1999 com a morte de Xavantinho. Pena Branca continuou seguindo carreira solo, ganhando o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja: "Semente Caipira".

Faleceu em 8 de fevereiro de 2010, aos 70 anos, vítima de infarto.

Fonte: Wikipédia

João Gurgel

JOÃO AUGUSTO CONRADO DO AMARAL GURGEL
(82 anos)
Engenheiro e Empresário

* Franca, SP (26/03/1926)
+ Rio Claro, SP (30/01/2009)

Foi um engenheiro e industrial brasileiro do ramo automobilístico. Ele montou em 1969 a fábrica Gurgel, com a proposta de produzir veículos 100% nacionais.

Sonhando Com o Carro Nacional

Desde sua juventude, sonhava em fazer um carro brasileiro, tanto que em sua formatura da Escola Politécnica de São Paulo, apresentou um pequeno veículo de dois cilindros, batizado Tião. Como projeto pedido foi um guindaste, quase é reprovado. Ouviu então de seu professor: "Carro não se fabrica, Gurgel, se compra".

Pós-graduado nos Estados Unidos, trabalhou na Buick Motor Corporation e na General Motors Truck and Coach Corporation.

O Empresário

Em 1958, criou a Moplast Moldagem de Plásticos e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.

Com o sonho em mente, fundou em 1969 na cidade de Rio Claro a Gurgel Motores S/A: a indústria mais brasileira de todos os tempos.

Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional. Característica marcante nos veículos fabricados por sua empresa eram as suas carrocerias de fibra de vidro.

A partir de 1972 passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após 1975 começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários tipo fora de estrada da marca Gurgel, marca que em 1981 lançou o primeiro veículo elétrico da América Latina, o Itaipu E-500. Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o BR-800.

Polêmicas e o Fim do Sonho

Era contrário ao uso do álcool de cana-de-açúcar como combustível. Ainda assim, produziu alguns (poucos) carros com motor a álcool. Na grande maioria os veículos da sua marca eram movidos a gasolina. Segundo ele a terra deve produzir alimentos e não combustíveis.

A Gurgel acabou fechando as portas no final de 1994, por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.

Em abril de 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos adquiriu a marca Gurgel. O registro desta encontrava-se expirado no INPI desde 2003. Para tornar-se seu proprietário desembolsou o valor de R$ 850,00. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário. A Atual Gurgel nada tem a ver com a antiga fabrica de automoveis e trata-se de uma importadora que hoje tem em linha um triciclo rural e uma empilhadeira.

Morte

Sofrendo do mal de Alzheimer havia oito anos, João Gurgel morreu no dia 30 de janeiro de 2009, aos 82 anos, na sua casa, na cidade de Rio Claro (São Paulo).

Fonte: Wikipédia

Renato Consorte

RENATO CONSORTE
(84 anos)
Ator

* São Paulo, SP (27/10/1924)
+ São Paulo, SP (26/01/2009)

Foi um ator e grande cômico brasileiro que marcou seu nome no teatro, no cinema e na televisão. Trabalhou por longo tempo no Teatro de Arena e na TV Cultura de São Paulo.

Descendente de italianos, nascidos na região de Abuzzos, Renato Consorte nasceu no centro da capital paulistana, mais precisamente na Rua Aurora, naquela época, década de 1920, um local aristocrático.

Estudou na famosa Caetano de Campos e, já moço, queria fazer medicina, mas foi influenciado por Ibrahin Nobre para fazer Direito. Entrou na Faculdade do Largo de São Francisco. Não terminou jamais a faculdade, pois ele gostava mesmo era de música, de fazer graça, de se apresentar num palco.

Fez parte da "Caravana Artística XI de Agosto", da Faculdade e viajou por todo o interior, cantando e representando. Suas gaiatices ficaram famosas, e ele inventou uma fala "de araque", isto é, que ele falava sem nada dizer . Era o maior brincalhão. Mas tinha realmente jeito para o palco. E foi assistido por Alda Garrido, quando fazia dublagem do famoso cantor americano Bing Crosby. Ele não aceitou o convite que ela lhe fez, pois ainda estava convicto de que queria ser advogado.

Em seguida conheceu Inezita Barroso, a grande cantora, e o ator Paulo Autran. Não resistiu. Era tentação demais. Acabou sendo "jubilado" da Faculdade, quando já estava no 4º ano, e sendo contratado pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia).

De lá foi para a Companhia Vera Cruz, grande empresa cinematográfica brasileira, onde fez 18 filmes. Consorte foi um dos primeiros funcionários contratados pela Vera Cruz e participou da primeira produção, o filme "Caiçara" ao lado de Mário Sérgio e Eliane Lage.

Continuava, porém no teatro, e já na televisão. A TV Record tinha sido inaugurada, e ele cantava, dançava, representava, e era ainda apresentador de programas. Participou do elenco da famosa série "Família Trapo".

Transferiu-se para o Rio de Janeiro e para o TBC carioca. Passou para a TV Rio e participou do quadro humorístico "Seu Obturado" junto com Walter D’Ávila. Na TV Tupi do Rio fez "Gabriela, Cravo e Canela", por volta de 1960.

Mas era irriquieto o jovem paulistano. Voltou para São Paulo e trabalhou na TV Bandeirantes e depois na TV Paulista. A seguir, na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Na TV Paulista ficou famosa uma apresentação sua, em que dançava e regia a Orquestra Sinfônica . Como não sabia ler música, teve que decorar toda a partitura, o que conseguiu em poucos dias. Era "bom de orelha", como ele mesmo dizia.

Esteve ainda na TV Cultura, nos anos 70, onde apresentou vários programas infantis, entre eles o "Jardim Zoológico" e fez a novela "Meu Pedacinho de Chão", de Benedito Ruy Barbosa. Como já tinha casado e constituído família, mantinha apartamento alugado no Rio de Janeiro, para levar para lá a esposa e os filhos.

A estréia em novelas aconteceu em 1964, na TV Record em "Prisioneiro de um Sonho" ao lado de John Herbert e Eva Wilma. Na TV Excelsior foi o Padre Lara da versão da emissora paulista para "O Tempo e o Vento" da obra de Érico Veríssimo.

Na TV Tupi fez as novelas "Meu Pé de Laranja Lima"; "A Volta de Beto Rockefeller"; "O Conde Zebra"; "Papai Coração" e "Dinheiro Vivo". Na Manchete, anos depois, fez a novela "A História de Ana Raio e Zé Trovão".

Fez muita coisa também na TV Globo, como as minisséries "O Tempo e o Vento" e "Primo Basílio" e a novela "Tieta" onde viveu o personagem Chalita. Mas ele também foi produtor e diretor de programas na emissora carioca.

Mas o teatro continuava a ser sua paixão maior. Fez: "Assim é se lhe parece", "Bonito como um Deus", "Música, divina música", "Peguei um ita no Norte" e inúmeras outras peças, sendo que seu maior sucesso foi em "Porca Miséria", de Marcos Caruso e Jandira Martini, que ficou sete anos e meio em cartaz e que viajou o Brasil inteiro. No teatro o último trabalho foi em "Sábado, Domingo, Segunda" ao lado de Paulo Goulart e Nicette Bruno.

Também da Vera Cruz ele nunca se afastou, tanto que há quinze anos cuidava de seu acervo para a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Seu material cenográfico, com todos os filmes que ali foram feitos, estão no Museu da Imagem e do Som, de São Paulo.

Na década de 90 trabalhou em filmes como "Sua Excelência, o Candidato"; "Sábado"; "Boleiros 2"; "O Casamento de Romeu e Julieta" e em 2007 fez sua derradeira participação no filme "O Homem Que Desafiou o Diabo".

Na TV nos últimos anos participou do programa infantil "Qual é Bicho?" da TV Cultura e da novela "Bang Bang" na TV Globo.

O Sobrenome Consorte e o Desastre de Avião

Renato Consorte participou inesperadamente de um fato inusitado, mas que foi acompanhado por toda população brasileira da época, via televisão e rádio. Em 1963 um avião cai na Avenida Indianópolis, perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo matando todos os tripulantes e passageiros. Renato Consorte foi o único sobrevivente, estando por vários dias com a vida por um fio. Felizmente, depois de dias de tratamento, recebe-se a notícia de seu pleno restabelecimento, após ter o corpo quase todo queimado. Conta-se que o Consorte de seu sobrenome se deve a este fato.

Renato Consorte faleceu aos 84 anos, vítima de um Câncer de Próstata. O ator faria 50 anos de casado no dia seguinte à sua morte.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam


Friaça

ALBINO FRIAÇA CARDOSO
(84 anos)
Jogador de Futebol

* Porciúncula, RJ (20/10/1924)
+ Itaperuna, RJ (12/01/2009)

Centroavante dotado da versatilidade de atuar em todas as posições do ataque, Friaça se caracterizava pela rapidez, pontaria e potência do chute. Graças a essas qualidades, tornou-se um dos maiores artilheiros do Vasco, onde atuou a maior parte de sua carreira em três períodos distintos durante onze anos, tendo marcado mais de cem gols em quase duzentos jogos vestindo a camisa cruzmaltina.

Na Seleção Brasileira atuou entre 1947 e 1952, escalado geralmente como ponta. Foi vice-campeão mundial em 1950 e campeão pan-americano de 1952. Seu único gol foi justamente na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã. Foi o primeiro gol brasileiro em uma final de Copa do Mundo. O gol de Friaça no início do segundo tempo colocou a Copa nas mãos do Brasil, mas depois aconteceu a tragédia da virada do Uruguai.

Friaça foi para o Vasco com 19 anos após se destacar pelo Ipiranga, de Carangola, MG, num amistoso contra o Vasco. Nos seus primeiros anos em São Januário, Friaça atuava mais pelo Expressinho, como era conhecido o time misto do Vasco, que fazia muitos amistosos pelo Brasil, além de disputar e vencer competições como o Torneio Relâmpago e Torneio Municipal.


Afinal, em 1947, Friaça foi guindado a titular do Expresso da Vitória, em revezamento com Dimas, outro jovem promissor que despontava em São Januário. Assim, participou com destaque das conquistas do Torneio Municipal de 1946 e 1947, do Torneio Relâmpago de 1946, do Campeonato Carioca de 1947, invicto, e do Campeonato Sul-Americano de Clubes de 1948, também invicto.

Em 1949, Friaça foi para o São Paulo e naquele mesmo ano se sagrou campeão paulista e artilheiro do campeonato. Depois de passar pela Ponte Preta, de Campinas, voltou ao Vasco em 1951 e foi campeão carioca no ano seguinte. Após um breve empréstimo ao Guarani, de Campinas, em 1953, voltou novamente para o Vasco, onde permaneceu até o encerramento de sua carreira em 1954.

Friaça sempre foi um homem alegre, mas ficou debilitado principalmente por causa da morte de um dos filhos em acidente de asa delta, na metade dos anos 90. Depois da tragédia, nunca se privou do cigarro e da bebida, que prejudicaram sua saúde.

Friaça morreu em 12/01/2009 de vítima de falência múltipla dos órgãos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, RJ, onde ficou internado durante 45 dias. Deixou mulher e três filhos. O município de Itaperuna decretou luto de três dias.

Fonte: Wikipédia e Net Vasco

Maria Dealves

MARIA ALVES
(60 anos)
Atriz

* Lagarto, SE (07/11/1947)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/2008)

Foi uma atriz, cantora, dançarina, instrumentista, diretora e professora de interpretação que era conhecida como Maria Alves, e depois passou a ser creditada como Maria Dealves.

Desde o ano de 2000, após fazer numerologia, ela usava o nome Maria Dealves, deixando entre parênteses o nome antigo. Creditada, por vezes, também como Maria DeAlves.

Maria Dealves teve uma carreira cinematográfica extensa, indo da metade dos anos 1960 até os anos 2000.

Maria Dealves estreou com um personagem de destaque no filme "Perdida", de 1973, mas seu primeiro filme mesmo, com pequena participação, foi em l964, "Lana Rainha Das Amazonas", uma co-produção alemã com a Atlântida, com Cyll Farney e Géza Von Cziffra.

Depois de atuações em filmes de Carlos Hugo Christensen e Zelito Viana, teve papel de destaque em "Perdida" (1973), de Carlos Alberto Prates Correia (1973) - indicada como Melhor Atriz Coadjuvante para o APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte. A partir daí, marcou presença em vários filmes, de cineastas importantes como Bruno Barreto, Hector Babenco e Walter Salles.

Com Hugo Carvana, Maria Dealves teve boa presença em `Se Segura Malandro´, em 1978, e voltou a atuar sob as lentes do ator e diretor em 1987, em "Vai Trabalhar Vagabundo II".

Teve longa carreira também na TV, onde estreou em novelas em "Irmãos Coragem" (1970), e atuou em várias outras, como "Baila Comigo" (1981), de Manoel Carlos, por cujo trabalho recebeu o Prêmio Coadjuvante de Ouro, por Artur da Távola, além de, minisséries, seriados e especiais.

Mesmo com o extenso trabalho na TV, Maria Dealves não deixou sua carreira cinematográfica de lado. Alguns outros destaques de seu trabalho de atriz são em "O Cortiço", "Para Viver Um Grande Amor", "Noites do Sertão" e "Sombras de Julho".

Ela também dirigiu, roteirizou e atuou no curta "Elisa" (2001) e no média "Ator Profissão Amor" (2002) - esse último, selecionado para o Festival BR 2003 e para ser exibido na Biblioteca Nacional de Paris no evento França/Brasil 2005.

Sua última participação no cinema foi no filme "Sólo Dios Sabe", de 2006.

No teatro, participou, dentre outras peças, dos elencos dos musicais "Gota D´Água" e "Ópera do Malandro".

Em 2007, Maria Dealves tomou posse do cargo de Diretora para Assuntos Institucionais do Sindicatos dos Artistas do Rio de Janeiro (SATED/RJ), na gestão de Jorge Coutinho.

Ela morreu no Rio de Janeiro, vítima de câncer.

Principais Trabalhos no Cinema:

2006 - Sólo Dios Sabe ... Duda
1999 - Mauá - O Imperador e o Rei ... Matilde
1996 - O Lado Certo da Vida Errada
1995 - Sombras de Julho
1991 - A Grande Arte
1991 - Vai Trabalhar, Vagabundo II
1991 - Demoni 3
1987 - La Via Dura
1987 - Romance da Empregada
1985 - Fonte da Saudade
1984 - Para Viver Um Grande Amor
1984 - Noites do Sertão ... Dô-Nhã
1981 - O Seqüestro ... Petrolina
1981 - A Mulher Sensual
1979 - Gargalhada Final
1979 - O Bom Burguês
1978 - Coronel Delmiro Gouveia
1978 - Se Segura, Malandro! ... Marilu
1978 - O Cortiço
1977 - Gente Fina É Outra Coisa
1977 - O Jogo da Vida
1976 - Perdida
1975 - A Extorsão
Na Televisão:

2001 - As Filhas da Mãe
1999 - Louca Paixão ... Iracema Rangel
1997 - Por Amor ... Maria
1996 - Xica da Silva ... Rosa
1995 - História de Amor ... Nazaré
1994 - A Viagem ... Francisca
1993 - Fera Ferida
1993 - Você Decide
1991 - Felicidade ... Maria
1991 - Na Rede de Intrigas (Minissérie)
1990 - Rosa dos Rumos ... Maurina (Minissérie)
1989 - Kananga do Japão ... Isaura
1987 - Mandala ... Carmem
1986 - Selva de Pedra
1985 - Tenda dos Milagres (Minissérie)
1985 - O Tempo e o Vento (Minissérie)
1983 - Voltei Pra Você ... Paciência
1982 - Sol de Verão
1982 - Lampião e Maria Bonita (Minissérie)
1979 - Marrom-Glacê ... Bizuca
1979 - Plantão de Polícia ... Odete
1970 - Irmãos Coragem

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Mário Schoemberger

MÁRIO SCHOEMBERGER
(56 anos)
Ator

* Curitiba, PR (05/02/1952)
+ Curitiba, PR (14/05/2008)

O ator e diretor teatral Mario Schoemberger, em uma carreira de 37 anos, passou pelos palcos do teatro, pela televisão e o cinema.

Alguns destaques dentro do seu vasto currículo no teatro foram: "Memórias Póstumas de Brás Cubas", com direção de Nauttíulio Portela; "Pinha, Pinhão, Pinheiro", sob direção de Fátima Ortiz; "As Bruxas de Salém", de Marcelo Marchioro; "A Casa do Terror", de João Luiz Fiani e as mais recentes "Jantar Entre Amigos (Pequenos Terremotos)", de Felipe Hirsch e "Três Versões da Vida", com direção de Elias Andreatto.

Foi sócio-produtor da Drop's Dell's Dell'Arte e na edição 1990-1991, recebeu o Troféu Gralha Azul na categoria Melhor Ator por "Mistérios de Curitiba"; em 1996 recebeu o prêmio na categoria Texto Infantil, por "Peter Pan e a Terra do Nunca", e em 1998, por seu trabalho em "O Ventre do Minotauro", novamente como Melhor Ator.

Mario Schoemberger trabalhou, também, como diretor teatral em várias montagens como "O Processo", com texto de Fátima Ortiz, "A Ceia dos Cardeais", de Júlio Dantas e "Trancentina II", de Enéas Lour.

No cinema, ele pode ser visto no curta "A Loura Fantasma" e no média-metragem "Vítimas da Vitória", com direção de Berenice Mendes. Schoemberger também participou dos filmes "Trair e Coçar É Só Começar", "O Cheiro do Ralo", e "Os Normais – O Filme", no qual faz um oficial do navio.

Na televisão, Mario Schoemberger atuou nos seriados "Os Aspones", "A Diarista" e "A Grande Família", todos da TV Globo, e na novela "Vidas Opostas", da Rede Record.

Ele planejava estrear, em 2008, uma peça com o ator Enéas Lour, "Os Psicólogos Não Choram". Schoemberger chegou a ter seus primeiros ensaios, mas a produção não pode contar com sua participação em razão dos seus problemas com a saúde.

O ator estava internado desde dezembro de 2007 e passou por uma cirurgia complicada para retirar um tumor no intestino. Schoemberger viu sua saúde melhorar, mas ela se fragilizou pouco tempo depois.

Artistas tanto de Curitiba quanto do Rio de Janeiro se mobilizaram em um espetáculo que tinha a intenção de obter recursos para o tratamento do ator. O evento beneficente foi liderado pelos atores João Luiz Fiani e Marco Ricca. A idealização do projeto veio por parte de outros artistas próximos, como Hélio Barbosa, Diogo Portugal e Fábio Silvestre, e arrecadou 16,8 mil reais.

Ele morreu em Curitiba, aos 56 anos de idade, e o corpo foi velado na Sala de Exposições do Teatro Guaíra e cremado no dia seguinte.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam



Jardel Mello

JARDEL MELLO
(70 anos)
Ator e Diretor

* São Paulo, SP (18/07/1937)
+ Santos, SP (07/02/2008)

Foi ator e diretor dos mais atuantes na televisão brasileira a partir da década de 70, tendo passado por todas as emissoras que produziram tele-dramaturgia. Foi casado na década de 70 com a atriz Célia Coutinho.

Como ator, esteve em "Chocolate com Pimenta", "Malhação", "Kubanacan", "Uga-Uga", "Dancin' Days" e "Cabocla", todas na Rede Globo. Em "Esmeralda" e "Cristal", no SBT e em "Chapadão do Bugre" na TV Bandeirantes. Seu último papel na teve foi em 2007 na novela "O Profeta", da TV Globo.

Principais trabalhos como ator no cinema:

A Estrela Nua (1984)
O Gosto do Pecado (1980)
Os Vencidos (1963)

Principais trabalhos como diretor:

Chapadão do Bugre (1988) (minissérie) - TV Bandeirantes
Novo Amor (1986) - TV Manchete
Meus Filhos, Minha Vida (1984) - SBT
Chico Anysio Show (1982) (1983-1984) - TV Globo
Bandidos da Falange (1983) (minissérie) - TV Globo
Avenida Paulista (1982) (minissérie) - TV Globo
Chico City (1973) (1980) - TV Globo
Plumas & Paetês (1980) - TV Globo
Os Gigantes (1979) - TV Globo
Plantão de Polícia (1979) - TV Globo
Cara um Cara (1979) - TV Bandeirantes
O Pulo do Gato (1978) - TV Globo
Sinal de Alerta (1978) - TV Globo
Duas Vidas (1976) - TV Globo
O Casarão (1976) - TV Globo
Pecado Capital (1975) - TV Globo
O Rebu (1974) - TV Globo

Jardel Mello faleceu aos 70 anos, em Santos, no litoral de São Paulo, onde residia na Ponta da Praia, e estava internado desde o dia 30 de janeiro de 2008, com problemas de coração. Sofreu um infarto durante uma cirurgia para desobstrução coronária.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Dona Militana

MILITANA SALUSTINO DO NASCIMENTO
(85 anos)
Cantora de Versos

* São Gonçalo do Amarante, RN (19/03/1925)
+ São Gonçalo do Amarante, RN (19/06/2010)

Militana nasceu no sítio Oiteiros, na comunidade de Santo Antônio dos Barreiros, em 19 de março de 1925. O dom do canto ela herdou do pai, Atanásio Salustino do Nascimento, uma figura folclórica de São Gonçalo, mestre dos Fandangos. Dona Militana gravou na memória os cantos executados pelo pai. São romances originários de uma cultura medieval e ibérica, que narram os feitos de bravos guerreiros e contam histórias de reis, princesas, duques e duquesas. Além de romances, Militana canta modinhas, coco, xácaras, moirão, toadas de boi, aboios e fandangos.

Ao descobrir a preciosidade dos cantos de Dona Militana, na década de 90, o folclorista Deífilo Gurgel deu uma grande contribuição à cultura brasileira e permitiu que o país inteiro conhecesse o talento da filha da cidade de São Gonçalo do Amarante. A romanceira chegou a gravar um CD triplo intitulado "Cantares", lançado em São Paulo e Rio de Janeiro. Críticos e jornalistas de grandes jornais brasileiros se renderam aos encantos e a peculiaridade da voz de Dona Militana.

Em setembro de 2005 aconteceu o momento mágico quando ela recebeu das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Comenda Máxima da Cultura Popular, em Brasília.

Dona Militana Salustino do Nascimento, considerada a maior Romanceira do Brasil, morreu aos 85 anos de idade. O falecimento aconteceu por volta das 17h30. Dona Militana estava em sua residência, no bairro Santa Terezinha, localizado em São Gonçalo do Amarante.

No último dia sete deste mês Dona Militana foi internada após passar mal. Dois dias depois teve alta médica, mas desde então estava se alimentando através de uma sonda e sem falar. Apesar de debilitada a morte da romanceira pegou a família de surpresa.

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, que ao assumir o mandato concedeu uma pensão vitalícia a Dona Militana, decretou luto oficial de três dias.

"Estamos todos consternados com a morte dessa sãogonçalense que elevou o nome do município e hoje está entre as 50 personalidades culturais do país. Dona Militana vai deixar um grande vazio na cultura de São Gonçalo, mas também vai deixar uma grande obra"

Atendendo a um pedido da família o corpo da romanceira foi velado em casa, durante a madrugada e parte da manhã do domingo (20), e a partir das 9h foi transportado para o Teatro Municipal onde aconteceu o velório público. Seu corpo foi sepultado no Cemitério Público Municipal de São Gonçalo.

Fonte: http://www.tribunadonorte.com.br

Ary Fernandes

ARY FERNANDES
(79 anos)
Ator, Dramaturgo, Produtor e Cineasta

* São Paulo, SP (31/03/1931)
+ São Paulo, SP (29/08/2010)

O cineasta, ator, diretor e produtor Ary Fernandes era filho de imigrantes espanhóis e portugueses.

Ele dirigiu e produziu quase 130 filmes, tanto em âmbito nacional como internacional.

Na história da cinematografia brasileira, foi o criador, produtor e diretor da obra que se tornou um marco da televisão e do cinema nacional, o seriado "Vigilante Rodoviário".

Através do "Vigilante Rodoviário", Ary Fernandes abriu as portas para novos talentos que, pelos anos seguintes, tornaram-se grandes nomes da dramaturgia brasileira, dentre eles, Stênio Garcia, Fúlvio Stefanini, Ary Fontoura e Rosamaria Murtinho, dentre outros.

Em 1962, fundou a PROCITEL – Produções Cine Televisão Ltda, empresa detentora da marca e dos direitos autorais do “Vigilante Rodoviário”.

Com os resultados positivos obtidos naquela linha de filmes de ação, Ary Fernandes partiu para a realização do segundo projeto, voltado para Força Aérea Brasileira, denominado "Águias de Fogo".

Produzido no final dos anos 60 e, exibido naquela mesma época pela televisão, novamente contou com a boa aceitação do publico. Devido a esse incentivo, foi exibido em salas de cinemas, obtendo grande sucesso de bilheteria.

São também de sua autoria os temas musicais das séries: "Vigilante Rodoviário" e "Águias de Fogo".

Começou sua carreira em 1949 na Rádio América de São Paulo, como locutor, radioator e humorista. Em seguida, estreou como ator no Canal 5 (Televisão Paulista).

Em 1952, começou a trabalhar no cinema como assistente de produção no filme "O Canto do Mar", dirigido por Alberto Cavalcante. Também como assistente de produção, trabalhous no filme "Mulher de Verdade" (1953).

Como assistente de direção fez "Mãos Sangrentas" (1953) e "Leonora dos Sete Mares".

Em 1962, dirigiu e produziu uma versão do "Vigilante Rodoviário" para cinema, e no ano seguinte a segunda versão que foi "O Vigilante Contra o Crime".

Em 1967, criou a série para televisão intitulada "Águias de Fogo". Dirigiu e produziu 10 episódios de um total de 26 desta mesma série, atuando, também como ator.

Em 1969, dirigiu e produziu o filme "Águias em Patrulha" e "Uma Pistola Para D’Jeca" para Mazzaropi.

Na década de 70, dirigiu e produziu os filmes "Mágoas de Caboclo"; "Sentinelas do Espaço", ambos com argumento e roteiro próprio e produziu o longa-metragem "O Jeca e o Bode", além de produzir e coordenar os filmes "A Noite do Desejo"; "Sinal Vermelho A Fêmeas"; "O Leito da Mulher Amada"; "O Anjo Loiro"'; "Sedução"; "Trindade é Meu Nome", dentre outros.

O diretor e ator desde 2005 enfrentava problemas de saúde em decorrência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Casado com Ignez Peixoto Fernandes desde 1958, o diretor deixa também dois filhos, Fernando e Vânia Fernandes.

Seus principais trabalhos como ator são nos filmes:

Tortura Cruel (1980)
O Leito da Mulher Amada (1975)
Quando Elas Querem... e Eles Não (1975)
O Supermanso (1974)
Sedução (1974)
Águias em Patrulha (1969)
Sentinelas do Espaço (1969)
"Águias de Fogo"
Vou Te Contá (1958)
Quem Matou Anabela? (1956)

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam