Italia Fausta

FAUSTA POLLONI
(72 anos)
Atriz

* São Paulo (1879)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/04/1951)

Foi uma atriz brasileira, um dos mais importantes nomes do teatro brasileiro da primeira metade do século XX.

Fausta Polloni nasceu na cidade de São Paulo, em 1879, e tornou-se um dos maiores nomes do teatro brasileiro com o nome artístico de Itália Fausta, participando de grandes mudanças ocorridas nos palcos nacionais nas décadas de 40 e 50.

Sua estreia como atriz ocorreu quando ainda era criança, substituindo uma atriz num grupo de teatro amador, em São Paulo.

Em 1906, já com 27 anos, é convidada a fazer parte da companhia de teatro dos portugueses Lucinda Simões e Cristiano de Souza, excursionando pelo Brasil.

Em 1913, atua em Lisboa com sucesso e conhece os grandes nomes do teatro português. Ao retornar ao Brasil, integra sua primeira experiência teatral mais ousada, o Teatro da Natureza, com Alexandre Azevedo e Cristiano de Souza. Tratava-se de um enorme anfiteatro ao ar livre no Campo de Santana, no Rio de Janeiro, com capacidade para 13.000 pessoas. Nesta companhia, assume todos os papéis de protagonista em espetáculos como Bodas de Lia de Pedroso Rodrigues, A Cavalaria Rusticana de Giovanni Verga, Antígone e Édipo de Sófocles, e O Mártir do Calvário de Eduardo Garrido.

Em 1917, a convite de Gomes Cardim, diretor do Conservatório Dramático de São Paulo, estrela a montagem de A Labareda de Henry Kistemaeckers e, a seguir, A Ré Misteriosa de Alexandre Bisson, que passa a ser o espetáculo que encena durante muitos anos.

De volta ao Rio de Janeiro, sua companhia teatral passa a se chamar Companhia Dramática Nacional, mudando em seguida para Companhia Dramática Itália Fausta e, finalmente, Companhia Itália Fausta.

Durante cerca de 20 anos, vários autores escrevem especialmente para ela, como Menotti Del Picchia (Suprema Conquista) e Veiga Miranda (A Prancha). No final dos anos 20, colabora com Álvaro Moreyra e Eugênia Álvaro Moreyra para escolher o repertório do Teatro de Brinquedo, considerado uma inovação na época.

A partir de 1932, com a morte de Gomes Cardim, seu trabalho de atriz passa a ser esporádico em sua companhia e sobre ao palco, algumas vezes, como atriz convidada em outros grupos, como o de Jaime Costa.

Em 1938, volta a dirigir, a convite de Paschoal Carlos Magno, para o lançamento do Teatro do Estudante do Brasil (TEB). A peça escolhida é Romeu e Julieta de William Shakespeare, que é considerada um dos marcos do movimento da modernização teatral brasileira.

Tia do produtor Sandro Polloni, participa também do Teatro Popular de Arte (TPA), organizado por ele, que passa a se chamar Cia. Sandro Polônio e Maria Della Costa.

Em 1948 e 1949, ela atua, com direção de Ruggero Jacobbi, da montagem de Estrada do Tabaco de Erskine Caldwell, e Teresa Raquin de Émile Zola. E, com direção Ziembinski, participa de Anjo Negro de Nelson Rodrigues. No mesmo período, dirige algumas montagens da companhia, como Sonata a Quatro Mãos de Guido Cantini, A Prostituta Respeitosa de Jean-Paul Sartre, e O Morro dos Ventos Uivantes, de Emile Brontë.

Depois de uma grande turnê pela Região Norte do Brasil, com a Cia. Sandro e Maria Della Costa, ela morre em sua casa, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, no dia 26 de abril de 1951.