JOÃO BATISTA MASCARENHAS DE MORAES
(84 anos)
Militar
* São Gabriel, RS (13/11/1883)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/09/1968)
Foi um dos comandantes da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, tendo combatido na Itália em 1944 e 1945.
Carreira Militar
Aos 14 anos, já morando sozinho em Porto Alegre, trabalhando e estudando, conseguiu ingressar na Escola Preparatória e Tática de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul. Ao sair de lá, após a conclusão do curso, foi ingressar na Escola Militar do Brasil, conhecida por Escola da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro.
![]() |
General Mascarenhas de Moraes ao centro (Foto: FGV-CPDOC) |
Em 1935, enquanto comandava a Escola Militar do Realengo, Mascarenhas de Moraes tomou parte na luta contra um levante comunista no Rio de Janeiro. Desta vez sua lealdade era com o governo constitucional de Getúlio Vargas.
Em 1937, tornou-se general-de-brigada e foi transferido para comandar a 9ª Região Militar em Campo Grande, hoje no Mato Grosso do Sul. No ano seguinte, foi nomeado comandante da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Infantaria, no Rio de Janeiro.
![]() |
Zenóbio da Costa, Mascarenhas de Moraes e Cordeiro de Farias |
Nesse momento, a questão do saliente nordestino começa a circular nos meios militares. E é ai que o general Mascarenhas de Moraes resolve pleitear, junto ao Ministro da Guerra, um comando fora do Rio de Janeiro, de preferência no Nordeste, no que foi atendido.
No ano de 1941 é designado comandante da 7ª Região Militar, em Recife. A partir desse momento começa a se engajar definitivamente nos misteres relativos à eventual preparação militar do Brasil para a Segunda Guerra Mundial. Comandando a 7ª Região Militar, passava a comandar a área estratégica mais importante do território brasileiro nessa hora de conflito.
Em 1943 ele foi nomeado comandante da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária da Força Expedicionária Brasileira.

Após o fim da guerra, ele retornou ao Brasil e, em 1946, foi promovido a marechal, por ato do Congresso Nacional, e recebeu o comando da 1ª Região Militar na então capital brasileira, Rio de Janeiro.
Em 1953 foi nomeado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), oportunidade em que acompanhou a crise política que levaria ao suicídio de Getúlio Vargas no ano seguinte. Depois do suicídio do presidente, em agosto de 1954, ele retornou para a reserva e publicou as suas memórias, como comandante da Força Expedicionária Brasileira.
Em 1955, apoiou o golpe militar liderado pelo general Teixeira Lott, que garantiu a posse de Juscelino Kubitschek na Presidência da República.
Homenagens
Em São Gabriel, cidade de seu nascimento, encontra-se, na Praça Fernando Abbott, um nobre monumento em sua homenagem. Nele estão escritas as batalhas que o marechal comandou na Segunda Guerra Mundial.
A Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (ANVFEB), instituiu em sessão do dia 14 de agosto de 1969 a Medalha Marechal Mascarenhas de Morais, cuja finalidade é homenagear de forma permanente, objetiva e condigna, pessoas físicas ou jurídicas que tenham prestado significativos serviços à FEB, ou que venham a prestar relevantes serviços à Associação ou a classe por ela assistida.
O Grêmio do Colégio Militar de Curitiba recebeu o nome de Sociedade Recreativa Marechal Mascarenhas de Moraes em sua homenagem.
Fonte: Wikipédia