Isaías de Noronha

JOSÉ ISAÍAS DE NORONHA
(89 anos)
Militar da Marinha

* Rio de Janeiro, RJ (06/07/1873)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/01/1963)

José Isaías de Noronha foi um militar da Marinha do Brasil, nascido na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de julho de 1873. Ingressou no curso preparatório da Escola Naval em 1887, chegando a aspirante de primeira-classe em 1889 e guarda-marinha em 1892. Filho do general-de-divisão Manuel Muniz de Noronha e de Zulmira Augusta Aguiar, era sobrinho de Júlio César de Noronha, ministro da Marinha de 1902 e 1906, e primo de Sílvio de Noronha, ministro da Marinha de 1946 a 1951.

Tendo alcançado a patente de almirante, José Isaías de Noronha foi um dos integrantes da junta governativa que governou o país quando da eclosão da Revolução de 1930, constituída assim que Washington Luís foi deposto e Júlio Prestes impedido de assumir.

Seu período de governo foi de 24 de outubro de 1930 a 3 de novembro de 1930, junto com Mena Barreto e Augusto Fragoso, compondo a Junta Governativa Provisória de 1930.

Junta Governativa Provisória assumiu o governo no dia 24 de outubro de 1930. Ainda naquele dia, a junta organizou um novo ministério, do qual faziam parte, entre outros, o general José Fernandes Leite de Castro (Ministério da Guerra), Isaías de Noronha (Ministério da Marinha) e Afrânio de Melo Franco (Ministério das Relações Exteriores). Com a situação na capital sob controle, a junta enviou o primeiro de uma série de telegramas a Getúlio Vargas, propondo a suspensão total das hostilidades em todo o país, mas nada adiantando sobre a transferência do poder aos chefes da revolução.

Eleito presidente do Clube Naval em 1931, renunciou em 1932, alegando que seria transferido para a reserva, porém, foi reeleito diversas vezes até 1937. Foi reformado em 1941.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1963.


Carreira Militar

Durante sua carreira militar, exerceu diversas funções, tais como: ajudante da Diretoria de Hidrografia, na Repartição da Carta Marítima (1897 - 1898). Ajudante-de-ordens dos comandantes da 3ª e da 1ª divisões navais, entre 1899 e 1902, sucessivamente. Passou depois a ocupar o mesmo cargo, junto ao ministro da Marinha, que era seu tio. Instrutor da artilharia no encouraçado "Riachuelo" (1906 - 1907). Assistente da Inspetoria de Portos e Costas (1907 - 1909). Comandante interino do contratorpedeiro "Piauí" (1910). Chefe da Diretoria de Faróis da Superintendência de Navegação (1910 - 1911). Comandante interino do contratorpedeiro "Sergipe", que se deslocou para Assunção para ajudar na defesa desta cidade, ameaçada por rebeldes (1911 - 1912).

Incorporou-se a 3ª Seção (operações) do Estado-Maior da Armada (EMA), integrando a Defesa Móvel do Rio de Janeiro (1912 - 1913), assumindo, em seguida, a vice-diretoria das escolas profissionais e o comando do quartel da Defesa Móvel (1913 - 1914). Comandante do cruzador "República" (1914 - 1915). Chefe da 2ª Seção (informações) do EMA (1915 - 1916). Comandante do vapor "Carlos Gomes" (Jan-Jul 1916). Chefe da 3ª Seção do EMA (Jul-Nov 1916). Comandante do cruzador "Barroso" (Nov 1916 - Mar 1917). Chefe da 2ª Seção do EMA (Mar-Nov 1917). Diretor da Escola de Grumetes (1917 - 1919). Comandante do encouraçado "Minas Gerais" (1919 - 1920). Capitão do Porto do Pará (1920-1921).

Completou o curso da Escola de Guerra Naval (1922), passando a vice-diretor desta escola no mesmo ano. Diretor do Depósito Naval do Rio de Janeiro (1922 - 1923). Diretor da Escola Naval (1923 - 1925 / 1926 - 1927), Diretor-geral de Pessoal (1926). Comandante-em-chefe da Esquadra (1927 - 1928).