Luiz Gushiken

LUIZ GUSHIKEN
(63 anos)
Político

* Osvaldo Cruz, SP (08/05/1950)
+ São Paulo, SP (13/09/2013)

Luiz Gushiken foi um político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Nascido na pequena cidade de Osvaldo Cruz, mesorregião de Presidente Prudente, era o primogênito dos sete filhos do fotógrafo e violinista Shoei e Setsu Gushiken, imigrantes japoneses de Okinawa.

Luiz Gushiken, ainda jovem, mudou-se para a capital paulista. Morava no Brás e, em 1970, começou a trabalhar como escriturário, no Banco do Estado de São Paulo (Banespa), onde permaneceu até 1999.

Formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luiz Gushiken foi militante da tendência Liberdade e Luta, conhecida como "Libelu", braço estudantil da trotskista Organização Socialista Internacionalista (OSI).

Começou sua vida política como sindicalista e durante a ditadura teve intensa participação nas greves dos anos 80. Presidiu o Sindicato dos Bancários de São Paulo, de 1984 a 1986. Por quatro vezes esteve preso no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Foi também um dos fundadores e dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) - presidente nacional do partido, de 1988 a 1990 - e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Foi deputado federal por três legislaturas (inclusive na Assembleia Constituinte de 1987) de 1987 a 1999, e coordenador das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva em 1989 e 1998. Foi ainda chefe da Secretaria de Comunicação da presidência da República.

Em 2005, Luiz Gushiken foi acusado em processos em curso no Tribunal de Contas da União e no Supremo Tribunal Federal. Deixou a Secretaria de Comunicação e perdeu o status de ministro, assumindo a função de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE). Deixou o governo definitivamente em 2006, pouco tempo após a reeleição de Lula.

Como dirigente sindical, defendeu os fundos de pensão contra os acordos com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Luiz Gushiken notabilizou-se pela defesa da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, que durante as privatizações promovidas pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, foi acusado de ter sido usado para encorpar consórcios de corporações estrangeiras em leilões do setor siderúrgico, elétrico e de telefonia.

Nos últimos anos esteve envolvidos em denúncias frequentes sobre o uso das verbas da Secretaria de Comunicação Social (SECOM). Fora do poder, sua casa sofreu ataques suspeitos e chegou a ser incluído na Ação Penal 470 (Escândalo do Mensalão) pelo procurador geral Antonio Fernando de Souza - que, posteriormente, já aposentado, venceria um contrato da Brasil Telecom, controlada por Daniel Dantas e que entrou na criação da Oi - Telemar.

Em 2012, foi absolvido do crime de peculato na Ação Penal 470, em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A absolvição de Luiz Gushiken foi pedida aos ministros do Supremo Tribunal Federal pelo então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nas alegações finais apresentadas no início do julgamento, já que não havia provas contra ele.


Morte

Ele morreu às 19h20 de 13/09/2013, aos 63 anos, vítima de insuficiência de múltiplos órgãos provocada por sangramento e obstrução intestinal. Luiz Gushiken estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um câncer no aparelho digestivo, contra o qual lutava desde 2002.

Durante o tratamento da doença, Luiz Gushiken passou a maior parte do tempo em sua chácara, em Indaiatuba, no interior de São Paulo. De lá, saía apenas para a quimioterapia, realizada quinzenalmente.

Ex-budista, ex rosa-cruz e ex-umbandista, também transitou pela cabala e pelo zen-budismo, até aderir à fé baha'i. Era casado com Elisabeth e pai de três filhos, Guilherme, Artur e Helena.

O corpo de Luiz Gushiken foi enterrado no Cemitério do Redentor, na zona oeste da capital paulista.

Fonte: Wikipédia