Cida

APARECIDA MARTINS BATISTA
(71 anos)
Cantora

* Franca, SP (22/05/1940)
+ São Paulo, SP (17/07/2011)

Aparecida Martins Batista e Irene Lopes, ambas nascidas em Franca, SP, em 1940 e 1941, respectivamente eram cantoras e faziam a dupla Duo Ciriema.

A dupla iniciou carreira em 1959. Em 1960, passou a cantar na Rádio Nacional, no programa "Alvorada Cabocla". Em setembro do mesmo ano, gravou seu primeiro disco, contendo a canção rancheira "Não Beba Mais Não" (Jeca Mineiro e Orlandinho) e o bolero "Mais uma Lição" (Nonô Basílio).


Acompanhada do sanfoneiro Orlandinho, a dupla passou a cantar em diversas rádios paulistas, tendo participado de programas na Rádio Nacional, na Rádio América, na Rádio Bandeirantes e na Rádio Piratininga.

Em maio de 1961, lançou o segundo disco contendo a huapango "Pecado de Amor" (Nízio e Piraci) e o bolero "Sonhando Contigo" (Junquinha, Junqueira e Paulo Jorge). No mesmo ano, gravou seu maior sucesso, a guarânia "Colcha de Retalhos" (Raul Torres). Pela mesma época, iniciou uma excursão ao Nordeste do Brasil levando a música sertaneja, onde, até então, somente predominavam o frevo e o forró.

Apresentou-se na Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Ceará.

Em janeiro de 1962, lançou o bolero "Beijos Proibidos" (Raimundo Teles e Antônio Mendes), e o rasqueado "Indiazinha" (Paulo Borges e Doralice Ferreira).

Ainda em 1962, lançou o rasqueado "Não Bebas Mais" (Nízio e Piraci). Em 1963, gravou dois de seus maiores sucessos, o rasqueado "Oh! Ciriema" (Mário Zan e Nhô Pai) e "Bebida Não Mata Saudades", canção rancheira de Benedito Seviero e Luiz de Castro. Lançou, também, com grande sucesso, inclusive em Assunção, Paraguai, "Lencinho de Nhanduti" (Piraci e Nhô Fio). Em 1964, a dupla fez temporada no país vizinho. De lá trouxe a composição "Saudade", uma guarânia do escritor e embaixador Mário Palmeiro.

A dupla se afastou da vida artística um pouco depois. Em 1972, gravou "Chitãozinho e Xororó" (Serrinha e Athos Campos), retornando à vida artística. Gravou também "Como Era Bom Aquele Tempo" (César e Cirus), "Rogo ao Senhor" (J.K. Filho e Miguel da Portela) e "Hei de Vencer" (Capitão Furtado e Juvenal Fernandes).

Em 1973, lançou novo LP, onde gravou a guarânia "Saudade" (Mário Palmeiro), até então inédita. Gravou também "Mensagem de Esperança" (Capitão Furtado e João Pacífico), que se tornou tema de uma novela do "Capitão Furtado" com o mesmo nome.

Regravou também "Não Beba Mais Não" (Jeca Mineiro e Orlandinho), a primeira gravação e sucesso do Duo Ciriema. Em 1975, gravou LP pela Copacabana em que se destacaram entre outras, "Onde Tu Irás Sem Mim" (J.K. Filho e Zito Berdinato) e "Vivo Chorando" (Everaldo Ferraz e Silvia Boanato). Em 1978 gravou "Mensagem de Esperança" (Capitão Furtado e João Pacífico).


Cida faleceu no dia 17 de julho de 2011, às 18:30 hs, em São Paulo, aos 71 anos. Cida completaria 52 anos de carreira no dia 18/07/2011. Ela sofria de Câncer, segundo informações de Irene Lopes, sua parceira de dupla.


José Maria Monteiro

JOSÉ MARIA MONTEIRO
(86 anos)
Ator e Diretor

* Campos dos Goytacazes, RJ (15/05/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (02/01/2010)

Diretor teatral e ator que encenou os espetáculos de estréia do Teatro Duse e da Companhia Dramática Nacional.

Estreou como ator protagonizando o espetáculo "O Filho Pródigo" (1947) com o Teatro Experimental do Negro (TEN), contracenando com Ruth de Souza e Abdias do Nascimento.

Em seguida trabalhou na Companhia de Maria Della Costa e no Teatro Popular de Arte (TPA), sob a direção de Italia Fausta. Em 1949 fez "O Pai" de August Strindberg no Teatro Universitário.

José Maria Monteiro foi um dos principais artistas brasileiros da década de 50 dos palcos nacionais. Em 1952 escreveu a peça "Prima Dona", que estreou no lendário Teatro Duse do Rio de Janeiro. Também dirigiu "Abertura de um Testamento", "As Desencantadas", "Antes do Grande Momento" e "João Sem Terra".


Em 1953, José Maria Monteiro dirigiu o espetáculo de estréia da Companhia Dramática Nacional (CDN) que foi "A Falecida" de Nelson Rodrigues, estrelada por Sônia Oiticica e Sérgio Cardoso, e pelo trabalho é aclamado pela crítica como o Melhor Diretor de Teatro do ano.

Fundou depois o Teatro dos Novos e ainda na década de 50 dirigiu e atuou em espetáculos como "Antes da Missa", "As Casadas Solteiras", "O Guarani", "A Mulher do Diabo", "Os Brasileiros de Nova York", "Valsa de Aniversário", "Um Francês em Nossas Vidas" e "A Vida Não é Nossa".

Nos anos 60 atuou na TV Tupi em clássicos do teleteatro e em espetáculos como "O Círculo de Giz Caucasiano" de Bertold Brecht e "Toda Nudez Será Castigada" de Nelson Rodrigues, dirigido por Ziembinski.

Na TV participou das novelas "Escrava Isaura" (1976) na Rede Globo e ainda na mesma emissora fez "O Feijão e o Sonho" (1976), "Sinhazinha Flô" (1977), "O Astro" (1977), "Cabocla" (1979) e "Sétimo Sentido" (1982). Seu último trabalho na TV foi em "Olho Por Olho" na TV Manchete em 1988.

José Maria Monteiro morreu de causas naturais aos 86 anos em 02/01/2010.

Fonte: Wikipédia

Henriette Morineau

HENRIETTE FERNANDE ZOÉ MORINEAU
(82 anos)
Atriz

* Noirot, França (29/11/1908)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/12/1990)

Nascida na França, ela se apaixonou por literatura no colégio em que estudava e interpretava os textos que tinha que ler nas aulas. Convenceu seu padrasto a permitir que estudasse com um professor de arte dramática em Paris. Saiu-se tão bem que foi indicada para um conservatório, e foi aprovada para o mesmo, em 1926, em primeiro lugar.

Atuou por três anos na Commédie Française e em uma de suas excursões, conheceu na Bélgica seu futuro marido, George Morineau. O marido foi aconselhado pelos médicos a se mudar para um país tropical e eles resolveram se mudar para o Brasil. Henriette chegou ao Rio de Janeiro em 1931.

Em 1946 ela fundou a Companhia dos Artistas Unidos, na qual por 14 anos dirigiu e interpretou peças adultas e infantis. Em pouco tempo virou uma lenda para o teatro e o cinema brasileiros e era chamada de a Madame do Teatro Brasileiro. Foi condecorada duas vezes pelo governo brasileiro com o Cavaleiro da Ordem do Cruzeiro do Sul e também recebeu as honras de se transformar em Carioca Honorária e em Cidadã Honorária do Rio de Janeiro.

Teve uma carreira de 60 anos e um de seus últimos espetáculos de teatro foi como a Maude de Ensina-me a Viver (1982), que inclusive fez com que a estrela caísse no palco e tivesse que ser substituída por Maria Clara Machado.

Foi casada com o ator e diretor teatral Delorges Caminha.

Morte

Ela começou a ter problemas de saúde em 1982, quando teve que deixar a peça Ensina-me a Viver para fazer três Pontes Safena. Em 1987, teve uma Isquemia Cerebral, ficou paralítica e passou a viver em uma clínica geriátrica. Henriette Morineau faleceu após uma Parada Cardiorrespiratória.

Fonte: Wikipédia e G1