Márcio Moreira Alves

MÁRCIO MOREIRA ALVES
(72 anos)
Jornalista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (14/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/04/2009)

Foi um jornalista e político brasileiro, filho do ex-prefeito de Petrópolis Márcio Honorato Moreira Alves. Sua família era proprietária do celebrado Hotel Ambassador, no Rio de Janeiro, onde funcionou o Juca's Bar, ponto de encontro de intelectuais e políticos na década de 1960.

Marcito, como era conhecido, participou em 1965 de uma manifestação promovida por intelectuais e estudantes no Rio de Janeiro em frente ao Hotel Glória, onde se reunia o Conselho da Organização dos Estados Americanos, a OEA. Esta entidade vinha servindo praticamente para facilitar o controle dos governos latino-americanos pelo governo norte-americano. Neste dia, estaria presente para a abertura da reunião o marechal Humberto Castello Branco, presidente imposto pelo golpe militar. Houve a manifestação e a polícia política prendeu várias personalidades. Márcio Moreira Alves não havia sido preso, mas logo correu atrás da kombi da polícia e exigiu seguir junto de seus companheiros de protesto e idéias.

É lembrado como o provocador do AI-5, ao proferir no início de setembro de 1968, como deputado, um discurso no Congresso Nacional em que convocava um boicote às paradas militares de celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército. Em função deste discurso, o Ministro da Justiça à época enviou à Câmara de Deputados pedido de autorização para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado. Assim dizia a Constituição, mesmo com todas as limitações: era preciso obter o consentimento da Câmara de Deputados para processar um membro seu. A crise foi se aguçando e por fim em 11 de dezembro de 1968 os deputados votaram o pedido, recusando-o. Foi um momento emocionante, em que todo o plenário da Câmara, após a conclusão da votação, levantou-se e cantaram todos o hino nacional. Em represália, o governo determinou o fechamento (recesso) da Câmara e os deputados tiveram que se retirar atravessando uma ameaçadora e humilhante fileira de soldados. Márcio Moreira Alves estava obviamente "jurado de morte" e teve que rapidamente exilar-se.

Márcio Moreira Alves aderiu ao MDB e foi eleito deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara. Inicialmente apoiou o movimento militar de 1964, porém, quando foi proclamado AI-1, ele tornou-se opositor do regime.

Márcio teve seu primeiro emprego aos 17 anos, no Correio da Manhã. Por esse jornal foi correspondente de guerra durante a Guerra de Suez, entre Inglaterra e Egito, que resultou na nacionalização do Canal de Suez. Também foi comentarista da Rede Manchete. Ultimamente, era colunista no jornal O Globo, todavia, devido a um acidente vascular cerebral, afastou-se e acabou falecendo.

Fonte: Wikipédia

Isolda Cresta

ISOLDA DA COSTA PINTO
(79 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (18/06/1929)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/04/2009)

Isolda Cresta, algumas vezes creditada como Isolda Creste, teve participação importante na vida teatral carioca, tendo trabalhado com nomes como Paulo Autran e Procópio Ferreira.

Era formada pela Fundação Brasileira de Teatro (FBT), Escola de Artes Cênicas fundada em 1955 pela atriz Dulcina de Moraes, responsável pela profissionalização de várias gerações de artistas.

Em 1965, Isolda Cresta participava do espetáculo "Electra", com o Grupo Decisão. Em certa tarde, o teatro foi invadido pela polícia que prendeu o autor por incitação contra o regime, cumprindo ordens dos militares. Semanas mais tarde, Isolda Cresta foi detida pela polícia após uma apresentação. Ela foi presa por ter lido, na véspera, um manifesto contra a intervenção na República Dominicana.

Ela participou de importantes trabalhos no teatro, como as peças "Gota D'Água", "Bocage", "Electra", "Romanceiro da Inconfidência", "O Burguês Fidalgo".

No cinema, Isolda Cresta participou dos filmes "Viagem Aos Seios de Duilia" (1964), "A Rainha Diaba" (1974), "O Segredo da Rosa" (1974), "A Noiva da Cidade" (1979) e "O Homem da Capa Preta" (1986).

Na TV, Isolda Cresta participou de "O Bem Amado" (1973), "Escalada" (1975), "Pecado Capital" (1975), "O Feijão e o Sonho" (1976), "Duas Vidas" (1976) e "Bandidos da Falange" (1983) na TV Globo e da minissérie "Capitães da Areia" (1989) na TV Bandeirantes.

Em 2005, participou do vídeo "Chá! Ou Capota Mas Não Breca", ao lado de suas amigas Maria Lúcia Dahl, Maria Regina e Thaís Portinho. O vídeo foi uma produção de Carolina Teresa Zampar, José Marques Neto e Ayrton Luiz Baptista Junior.


Morte

Isolda Cresta faleceu no Hospital Ordem Terceira do Carmo, no centro do Rio de Janeiro, em 04/04/2009, vítima de infarto. Ela tinha 79 anos e deixou uma filha, quatro netos e três bisnetos.


Televisão

  • 1989 - Capitães da Areia
  • 1986 - Tudo ou Nada ... Adalgisa
  • 1984 - A Máfia no Brasil
  • 1983 - Bandidos da Falange ... Mãe de Rita
  • 1979 - Marron Glacê
  • 1976 - Duas Vidas ... Vera
  • 1976 - O Feijão e o Sonho ... Dona Aparecida
  • 1975 - Pecado Capital ... Mafalda
  • 1975 - Escalada ... Serafina
  • 1973 - O Bem-Amado ... Nancy

Cinema

  • 1964 - Viagens Aos Seios de Duília
  • 1965 - Um Ramo Para Luiza
  • 1974 - A Rainha Diaba
  • 1974 - O Segredo da Rosa
  • 1975 - O Monstro de Santa Teresa
  • 1977 - O Desconhecido
  • 1978 - O Namorador
  • 1979 - A Noiva da Cidade ... Dona Chiquinha
  • 1982 - Dôra Doralina
  • 1984 - Amor Maldito
  • 1986 - O Homem da Capa Preta

Fonte: Wikipédia e SP Escola de Teatro

Crodowaldo Pavan

CRODOWALDO PAVAN
(89 anos)
Biólogo e Geneticista

* Campinas, SP (01/12/1919)
+ São Paulo, SP (03/04/2009)

Foi um biólogo e geneticista brasileiro. Foi presidente do CNPq de 1986 a 1990. Foi professor-emérito da Universidade de São Paulo. Em 1978 foi indicado para a Pontifícia Academia das Ciências.

Seu bisavô era um especialista em tintura têxtil e militante anarquista, que foi muitas vezes perseguido e preso na Itália, assim como no Brasil. Quando menino, influenciado pela fábrica de porcelana de seu pai em Mogi das Cruzes, ele pretendia seguir a carreira de engenheiro, mas mudou de idéia quando teve a oportunidade na escola secundária de assistir a uma palestra do médico e professor francês, André Dreyfus.

Após aconselhamento de Dreyfus em 1938, ele se matriculou no curso de história natural da Universidade de São Paulo, e trabalhou na investigação biológica sob a tutela de Dreyfus. Sua tese de doutorado sobre o bagre-cego Typhlobagrus kronci foi concluída na mesma instituição. Em 1942, ele aceitou a posição de professor assistente na Universidade de São Paulo, e rapidamente se tornou professor titular, uma posição que ocupou até sua aposentadoria em 1978.

Em 1942, Pavan se envolveu no projeto pioneiro pesquisa sobre a genética, taxonomia e ecologia de Drosophila, a mosca das frutas, financiado pela Fundação Rockefeller sob a direção do biólogo russo-americano Theodosius Dobzhansky. Este assunto se tornou o interesse de sua vida e da fonte do seu reconhecimento internacional. Em particular o Dr. Pavan introduziu na biologia o estudo da citogenética de Rhynchosciara americana, uma mosca conhecida por seus cromossomos gigantes, facilitando assim a determinação de locus gênicos. Ele e seus colaboradores estavam entre os primeiros a provar que a estrutura dos genes e dos cromossomos não era fixa e podia ser alterado por infecções.

Em 1966, o Dr. Pavan aceitou um convite do Laboratório Nacional de Oak Ridge, EUA, para criar um laboratório de genética celular. Em 1968, ele aceitou um convite para se tornar professor na Universidade do Texas em Austin, EUA. Retornou ao Brasil em 1975, e, depois de se aposentar oficialmente de seu cargo na Universidade de São Paulo, ele aceitou a posição de professor titular na recém fundada Universidade Estadual de Campinas, trabalhando como diretor do Instituto de Biologia, até sua segunda aposentadoria. Ele foi professor emérito em ambas as universidades.

Como líder científico, o Dr. Pavan foi muito influente e se tornou um dos principais envolvidos no desenvolvimento da ciência e tecnologia no Brasil, na segunda metade do século 20. Ele foi presidente do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) de 1986 a 1990, e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência de 1980 a 1986.

Dr. Pavan foi membro de várias sociedades científicas internacionais, tais como a Academia de Ciências do Terceiro Mundo, a Academia das Ciências de Lisboa, a Sociedade Real de Fisiografia de Lund e a Academia de Ciências do Chile. Recebeu condecorações, medalhas e prêmios de vários países. Ele foi um dos poucos brasileiros a se tornar membro da Pontifícia Academia das Ciências. Ele também era membro da Academia Brasileira de Ciências, um dos fundadores da Academia das Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP), da Academia de Medicina de São Paulo, da Academia de Educação de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Genética, bem como um dos seus presidentes.

Durante a parte final da sua vida Dr. Pavan vivia em São Paulo, e esteve envolvido em várias atividades relacionadas com a compreensão pública da ciência. Ele foi um dos fundadores e diretores da Associação Brasileira de Divulgação Científica, e ainda era ativo na investigação sobre controle biológico de pragas agrícolas.

Seu último livro publicado é História Viva, organizado em parceria com Glória Kreinz, estando entre as 11 obras da Coleção Divulgação Científica do Núcleo José Reis.

Crodowaldo Pavan morreu de Falência Múltipla dos Órgãos, no hospital Universitário (HU), da USP.

Fonte: Wikipédia

Buza Ferraz

ALBERTO PAULO FERRAZ
(59 anos)
Ator e Diretor

* Rio de Janeiro, RJ (01/05/1950)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/04/2010)

Alberto Paulo Ferraz, o Buza Ferraz, se formou em Jornalismo e em 1969, estava interessado em trazer o musical "Hair" para o Rio de Janeiro. Conseguiu a autorização do pai, Paulo Ferraz, para usar um teatro da família que estava fechado. Para arrecadar dinheiro, a idéia foi reviver os bailes de Carnaval no local. Assim, Buza Ferraz estreou como ator em 1969, no musical "Hair", dirigido por Ademar Guerra. Com o mesmo diretor, atuou em "Missa Leiga", de Chico de Assis, 1972. No Teatro Opinião, participou de "Bordel da Salvação", de Brendan Behan.

Seu primeiro trabalho de expressão como intérprete aconteceu em 1975, na elogiada montagem de "Pano de Boca", de Fauzi Arap. Foi dirigido por Antônio Pedro em "Síndica, Qual é a Tua?", de Luiz Carlos Góes em 1976.

Em 1978, Buza Ferraz organizou o grupo Jaz-o-Coração, integrado por jovens atores, que estreou com "O Triste Fim de Policarpo Quaresma", de Lima Barreto.

Buza estreou em televisão na histórica primeira versão da novela "Selva de Pedra", em 1972, ao lado de Dina Sfat, Regina Duarte e Francisco Cuoco. Ele ficou famoso devido ao papel de Cauê na novela "O Rebu", de 1974, sendo o primeiro ator a ter um caso homossexual em uma novela da emissora

Ator, diretor e produtor, Buza Ferraz, quando desapareceu da televisão, estava produzindo teatro e, principalmente, cinema. Como produtor, tem no currículo filmes como "Xica da Silva", "Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Estorvo".

No teatro trabalhou como autor, diretor e tradutor nas seguintes peças: "Policarpo Quaresma", "Mistério Bufo", "Cabaré Valentin", "Poleiro dos Anjos", "Musical dos Musicais", "Serafim Ponte Grande" e "Beijo no Asfalto".

Era dono da produtora Bigdeni que fez o longa-metragem "For All, o Trampolim da Vitória".

Na TV Globo, além de "Selva de Pedra", participou das novelas "O Rebu" ; "Brilhante"; "Final Feliz" e das minisséries "Quem Ama Não Mata" e "Labirinto".

Na Rede Manchete, atuou nas novelas "Helena" e "Kananga do Japão".

Em 2000, participou do seriado "Brava Gente Brasileira".

Voltou à TV em 2006 com uma participação na novela "Páginas da Vida" e, em 2008, participou dos seriados "Malhação" e "Casos e Acasos", ambos da Rede Globo.

Buza fez seu último trabalho em 2008, na Rede Globo, no seriado "Casos e Acasos".

De acordo com a família, à época de sua morte, Buza não tinha contrato com nenhuma emissora, mas estava produzindo uma peça escrita pelo filho caçula, o ator Antônio Bento. A montagem tinha previsão de estrear no segundo semestre de 2010.

Recentemente, foi sócio-fundador e diretor do centro cultural Espaço Telezoom, cuja proposta é oferecer ao público uma programação diversificada e de qualidade.

Buza Ferraz faleceu no sábado, dia 03/04/2010, às 3h15, após sofrer três paradas respiratórias no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Buza Ferraz foi encaminhado ao hospital devido a um mal-estar e teve uma parada cardíaca fatal enquanto era atendido. O ator sofria de leucemia. Foi enterrado na tarde do mesmo dia no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam



Geórgia Gomide

ELFRIEDE HELENE GOMIDE WITECY
(73 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (17/08/1937)
+ São Paulo, SP (29/01/2011)

Geórgia Gomide se chama Elfriede Helene Gomide Witecy. Nasceu nos Jardins, em São Paulo, em 17/08/1937. Na família havia artistas, entre os quais o pintor Gomide, de fama internacional. Seu avô, por parte de mãe, era Desembargador e Ministro de Estado, na Suíça. E por parte do pai a família era da Alemanha e Rússia. Eram também matemáticos, cultos. Elfriede, porém, não se interessava por nada disso. O que queria, em pequena, era brincar, praticar esportes, nadar.

Bastante jovem e já freqüentava diariamente o importante Clube Pinheiros, de São Paulo, e ganhou o título de "A Mais Bela Esportista". Ganhou, como prêmio, um apartamento que, segundo ela, nunca lhe foi entregue.

Por ser muito linda, chamou logo a atenção de Fernando Severino, Diretor Comercial da Televisão Tupi. E ela foi contratada como atriz. A primeira peça que fez foi "Os Filhos de Eduardo" no qual dizia apenas: "Bom dia, como vai?". E foi aquele nervosismo.

Mas aí começou a fazer um Grande Teatro atrás do outro. Era tudo ao vivo e tudo em preto e branco. Mas foi uma beleza, para a jovem esportista. Sua ascensão foi rápida. Logo outros teatros: "Gimba", "Srta. Julia" , "Moral e Concordata" , "Calúnia", onde fazia uma professora homosexual. Eram tele-teatros grandes, importantes.

Na verdade, porém, o que foi sua grande sorte foi a participação na novela "Tereza", onde fazia uma figura tão má, que chegou a apanhar na rua. Daí para o sucesso foi um passo. E isso chegou quando fez o papel título em "Ana Terra", novela adaptada do livro de Érico Veríssimo. Esse foi o ápice de sua carreira, onde esquecendo sua vaidade e elegância, fazia uma "bugra", uma mulher que se vestia de farrapos, e tinha sempre um rifle às costas. Isso aconteceu na TV Excelsior.

Na TV Record fez "As Pupilas do Senhor Reitor". E, de volta à Tupi fez "Éramos Seis". Já na Globo fez sucesso com a novela "Vereda Tropical", onde fazia uma mulher extrovertida, alegre, bonita. Geórgia Gomide também fez muito teatro e muito cinema.

Em teatro fez: "O Estranho Casal", "O Vison Voador", "Sete Mulheres em Mim", com o psicólogo e médium Gasparetto, e onde, de certa forma, vivenciava situações de sua própria vida. E fez outras peças. Aliás, na vida de Geórgia houve de tudo: esporte, arte, beleza, amor, fama. Só não houve casamento. Geórgia teve um filho, mas não se casou. Teve Daniel, hoje um rapaz, que era seu grande amigo, sua razão de viver.

Geórgia Gomide tem também um irmão, que hoje vive nos Estados Unidos, e que ela ama demais. Freqüentadora da Igreja Católica Carismática, Geórgia Gomide continuava bonita e elegante.

Morreu no início da madrugada do dia 29/01/2011 (sábado). Aos 73 anos, ela estava internada desde 25/01/2011 no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, e teve uma Infecção Generalizada.

O corpo de Geórgia foi velado no Hospital Beneficência Portuguesa. O enterro está previsto para as 16h30, no Cemitério da Consolação, na capital paulista.

Fonte: NetSaber Biografias e eBand

Michelle Splitter

MICHELLE SPLITTER BEIMS
(19 anos)
Jogadora de Basquete

* Blumenal, SC (29/09/1989)
+ Campinas, SP (02/02/2009)

Um artigo publicado pelo colunista Ken Rodriguez na capa do site oficial do San Antonio Spurs diz que a irmã falecida do pivô brasileiro Tiago Splitter, a jovem jogadora que chegou a fazer parte da Seleção Brasileira Michelle Splitter, é uma grande inspiração para o jogador antes de sua estreia na NBA. Veja a tradução da coluna:

Ela era a forte, a corajosa, a irmã mais jovem e atlética que lutou contra a leucemia com fé e determinação inabaláveis. No poste baixo, a pivô Michelle Splitter tinha 1,98m de altura. No coração do Brasil, ela ficou mais alta, tão alta que seu irmão grande – o pivô de 2,11m Tiago Splitter – vai sempre olhar para ela.

Como poderia alguém, acometida pela doença aos 15 anos, rir e brincar e sair com os amigos? Como alguém poderia elevar-se acima da doença e dominar um jogo? Michelle fez isso. Sua adolescência foi de partir o coração e dizer Aleluia. Quimioterapia e náuseas no hospital, cestas e aplausos no ginásio.

Como ela fez isso?

A maravilha de uma vida vivida de modo tão notável – talvez milagrosamente – deixa Tiago maravilhado. Ele perdeu Michelle em fevereiro de 2009, e uma pontada de dor permanece. Você pode ver isso em seus olhos, ouvir em sua voz.

"Nós éramos próximos", diz Tiago. "Ela lutou todos os dias para ficar saudável. Quando estou cansado e penso nela e no que ela passou, o que eu estou passando não é nada."

A vida na família Splitter girava em torno de uma bola e um aro. Cássio, o pai, era um jogador na sua época. Ele ensinou o jogo para os seus filhos – Tiago, Marcelo e Michelle – em Blumenau, uma cidade de 300.000 habitantes no Sul do Brasil, população que mais que dobra de tamanho quando os visitantes descem para a Oktoberfest, um festival anual de cerveja.

Os irmãos, cada um deles alto e atlético, jogavam duro uns contra os outros em casa. A mãe de Tiago, Elisabeth, lembra que os jogos eram animados e refletem a paixão da família. "Nossa casa estava sempre cheio de bolas e fotos de jogadores – da NBA, é claro", Elisabeth disse em um e-mail escrito em português.

Quando Tiago saiu de casa aos 15 anos para seguir uma carreira profissional na Europa, tornou-se um modelo para Michelle. Ela trabalhou duro em seu jogo, e com o passar dos anos, desabrochou tornando-se uma força imparável. Depois, veio o diagnóstico e a família caiu de joelhos. Em uma hora marcada a cada dia, os Splitters oravam. Elisabeth e Marcelo em um hospital em São Paulo. Cássio, em Blumenau. Tiago, na Espanha.

Michelle tirava mais força da oração e de passagens da Bíblia. Ela também tirou suas forças das pessoas. "Michelle se divertiu com os amigos dela", diz Elisabeth. "Ela riu com eles e fingiu que não tinha problemas. Mas como eu estava sempre com ela, posso dizer que eu não poderia lidar com tudo isso."

Depois que começou a quimioterapia, mais notícias ruins. Michelle precisava de um transplante de medula óssea. Cássio e Tiago lançaram uma campanha em Blumenau para encontrar um doador. Ninguém compatível apareceu lá. Mas um doador apareceu no Rio de Janeiro. A recuperação foi dolorosa. Do outro lado do Atlântico, Tiago sofreu em silêncio, desejando poder estar próximo.

"Para mim", diz Tiago, "a melhor coisa a fazer era estar na quadra de basquete e jogar."

De volta para casa, Michelle lutou contra a dor com rigorosos exercícios e terapia diária, querendo com muita vontade uma recuperação acelerada. "Todo dia era como um campeonato, um jogo ganho, uma dura batalha", diz Elisabeth. "Mas ela não queria que ninguém soubesse sobre isso, principalmente Tiago, porque ele estava tão longe."

A distância desgastou Tiago até que, de repente, mudou o prognóstico. Os médicos liberaram Michelle para jogar bola. Michelle se pronunciou curada. Tiago se alegrou. A irmãzinha dele retornou à quadra e entrou na Seleção Brasileira júnior. Uma história internacional descreveu como Michelle como tendo "vencido uma batalha de três anos contra a leucemia."

Derrotar a doença era uma coisa. Mas voltando ao basquete em um cenário mundial? "Eu não poderia imaginar que isto ia acontecer", Michelle disse a um repórter internacional.

Tiago não podia imaginar o próximo relatório. A leucemia voltou. Michelle entrou em cuidados intensivos com um sangramento no pulmão. No mesmo dia, Tiago sofreu uma lesão e foi liberado para voar para o Brasil. A viagem para casa terminou com um funeral. "Deus quis que a nossa Michelle ficasse mais perto d´Ele", diz Elisabeth.

Como Michelle uma vez recebeu a força de seu irmão, Tiago agora puxa a força dela. Semanas depois de sua morte, Tiago liderou o Tau Cerámica para o título da Copa do Rei da Espanha. Ele seguiu em frente com uma sucessão de jogos fortes e, em setembro, impulsionado pela memória de Michelle, levou o Brasil à medalha de ouro na Copa América Fiba 2009.

Ele disse ao site Euroleague.net: "Dediquei esta medalha de ouro para ela, assim como eu fiz com a nossa vitória na Copa do Rei da Espanha na temporada passada. Tudo o que eu ganhar a partir de agora será para ela."

Um ano depois, Tiago continua a ser devotado à memória da irmã, como sempre. Ele está sentado na instalação de treinos do Spurs, olhos fechados, a cabeça nas mãos, lembrando um brilho radiante que não dava nenhuma sugestão de que aproximava a morte.

Ela tinha uma capacidade de olhar além da dor, além da doença, passando por cima de tudo que ficava entre ela e eternidade. Em sua Bíblia, Michelle sublinhou Romanos 8:18: "Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada".

Cássio e Elisabeth colocaram este versículo no túmulo de Michelle e disseram adeus.

Irmão e irmã, nascidos com cinco anos de diferença, permanecem conectados no espírito. Ele joga em um mundo, ela mora em outro. "Quando eu passo por tempos difíceis", diz Tiago, "ela me inspira", concluiu o artigo de Ken Rodriguez.

Michelle Splitter, morreu por volta das 21h30min do dia 02/02/2009 na clínica onde estava internada em Campinas (SP), vítima de leucemia.

Durante o primeiro tratamento contra a leucemia, a jogadora teve de abandonar a seleção brasileira sub-17 e chegou a perder 17 quilos. Mas recuperou-se e voltou a ser convocada para amistosos da seleção em Cuba, antes de a doença se manifestar novamente.

Michelle estava internada na Clinica Boldrini, em Campinas, e a família chegou a organizar um mutirão de doações para conseguir um doador compatível de medula. Só em Blumenau foram centenas de doadores.

No fim do ano de 2008 veio a notícia de que um doador compatível havia sido encontrado, e o transplante de medula que poderia salvar a vida da atleta foi feito no dia 14/01/2009.

Michelle reagiu bem ao transplante, mas na última semana configurou-se um quadro de rejeição. No sábado o estado de saúde da jogadora tornou-se muito grave, tanto que o irmão Tiago, que mora e joga na Espanha, chegou no domingo à clínica no interior paulista.

Fonte: www.basketbrasil.com.br e Zero Hora


Adilson Nascimento

ADILSON DE FREITAS NASCIMENTO
(57 anos)
Jogador de Basquete

* São Paulo, SP (03/12/1951)
+ Campinas, SP (04/02/2009)

Na seleção, Adílson disputou três edições do Campeonato Mundial (1974, 1978 e 1982) e três da Olimpíada (Munique - 1972, Moscou - 1980 e Los Angeles - 1984). Suas maiores conquistas foram o bronze no Mundial de 78, nas Filipinas, e o ouro no Jogos Pan-Americanos de 1971, na Colômbia.

Adilson também conquistou os títulos dos campeonatos sul-americanos de 1971, 1973 e 1977 - todos pela seleção brasileira -, além da medalha de bronze no Mundial de Clubes de 1974, na Cidade do México, atuando pelo Vila Nova, de Goiás. Sua carreira acabou em 1992, quando defendia o Pinheiros.

Ala/pivô de 1,95 metro, Adílson defendeu diversos clubes do Brasil, como Corinthians, Palmeiras e Francana. Sua melhor característica, segundo o astro Oscar Schmidt, com quem jogou muito tempo na seleção brasileira, era o poder de marcação.

Em abril de 2005, Adílson já tinha passado por um grande susto. Ele sofreu um ataque cardíaco durante um jogo de veteranos no clube Paulistano, em São Paulo, mas foi salvo pelos médicos, após a utilização de um desfibrilador automático para reanimá-lo.

E em outubro de 2008, amigos, fãs e ex-jogadores organizaram uma partida em homenagem a Adílson, que também serviu para arrecadar fundos para o seu tratamento contra o câncer. Oscar Schmidt, Marquinhos e Pipoka, entre outros ídolos do basquete nacional, estiveram presentes.

O ex-jogador de basquete Adílson Nascimento morreu na noite de 04/02/2009, em Campinas (SP), vítima de câncer. Sempre presente na seleção brasileira nas décadas de 70 e 80, ele tinha 57 anos e já lutava contra a doença há alguns anos.

Fonte: www.jornaldelondrina.com.br

Piero Gancia

PIERO VALLARINO GANCIA
(88 anos)
Piloto Automobilístico

* Torino, Itália (30/08/1922)
+ São Paulo, SP (01/11/2010)

Nascido em 30 de agosto de 1922 na cidade de Torino (Itália), Piero Gancia se apaixonou pelo Brasil quando veio visitar o país a negócios, e para cá se mudou em junho de 1952, já casado com Lulla Gancia e com o primeiro de seus três filhos.

Piero era o representante para a América Latina dos famosos vinhos e espumantes "Asti", criado por seu bisavô, e um dos herdeiros do Vermouth Gancia.

Piero conta que sua paixão pela velocidade começou cedo, aos dez anos, quando seu pai o levou em 1932 a assistir uma corrida pela primeira vez, e tornou-se uma realidade no Brasil, mas na Itália já havia feito um curso de automobilismo em Monza com Piero Taruffi. Seu pai, que por sinal guiava muito mal, tinha medo, e da Itália pedia para ele não correr. Ao que respondia:

"Não, não corro, só participo de umas provas de regularidade, tipo rallye"

Muito se orgulha de ter vencido o lendário Chico Landi, um de seus ídolos. Foi o primeiro campeão brasileiro de automobilismo, quando esse Campeonato foi instituído em 1966 e composto de 3 provas: 1000 Km de Brasília, 500 Km de Interlagos e 1000 Km da Guanabara.

Elegante, um porte de nobreza, educado, fino, inteligente, ganhou aqui, uma companheira nas pistas: sua própria esposa Lulla Gancia, pois ela também começou a correr.

No Brasil, e já dono de uma Alfa Giulietta, em 1961 conheceu um mecânico italiano que já havia trabalhado com Fangio, Giuseppe Perego, e através dele ficou conhecendo Emilio Zambello, também italiano e que já corria, aí começou a freqüentar a pista de Interlagos. E fazendo parceria com ninguém menos que Celso Lara Barbéris, um dos maiores "feras" da época, estreou na "12 Horas de Interlagos" com sua Alfa Giulietta preparada pelo Perego, 5° Lugar na classificação geral.

A amizade com Zambello cresceu e ainda em 1962 formaram, contando com a colaboração de Perego e Ruggero Peruzzo, uma "scuderia": a "Jolly-Gancia".

Esse nome foi escolhido em homenagem à grande "scuderia/clube" italiano, e que se tornou uma das melhores equipes da década de sessenta e que contou, além dos dois "italian gentlemans", com José Carlos Pace, Marivaldo Fernandes, Wilsinho Fittipaldi, Abílio Diniz e muitos outros.

Em 1964, com a concessão de venda das Alfas importadas no Brasil, ele abriu uma loja/oficina, com Zambello e Perego, também batizada de Jolly e que durou até 1974 quando foi fechada, mas em 1971 Piero já havia parado de correr, após mais de 50 brilhantes participações em provas pelo Brasil inteiro.

Foi presidente da APVC (Associação Paulista de Volantes de Competição) de 1965 a 1966 e também da C.B.A. (Confederação Brasileira de Automobilismo) de 1987 a 1991. Sua administração foi sempre voltada à organização do esporte e não à política.

No final da década de oitenta, Piero ajudou a prefeitura de São Paulo a trazer o G.P. de F1 e na reforma do autódromo de Interlagos. Era também membro da Comissão de F1 da F.I.A. na França, e foi decisivo para a vinda da Fórmula 1 para São Paulo: foi à Paris, convenceu Jean Marie Ballestre (então presidente da F.I.A.) que seria melhor a competição em São Paulo, pois o Rio de Janeiro não oferecia mais segurança para os pilotos e conforto para o público, e não tinha intenções de investir na melhoria das condições do autódromo. De madrugada (no Brasil), ligou da França avisando à então Prefeita de São Paulo, Luiza Erundina, emocionado, que estava tudo certo.

"Foi uma deselegância de minha parte para com a prefeita, mas eu estava tão entusiasmado que não me dei conta do fuso horário"

Nessa empreitada contou com a colaboração de Thamas Rohonyl, representante de Bernie Eclestone no Brasil. Com isso, em dezembro de 1989, deu-se início a uma grande reforma no autódromo. Foram construídos 23 novos boxes, sala de imprensa, torre de cronometragem, um centro médico e a pista foi reduzida para 4.325 m. Graças a Piero Gancia o Brasil e São Paulo fazem parte do atual calendário da Formula 1.

Piero foi o primeiro representante do grupo Ferrari no Brasil, conseguiu a autorização com o comendador Enzo Ferrari em pessoa. Entre os anos 1960 e 1970, muito embora a importação fosse proibitiva devido à elevada alíquota de importação, ele trazia os esportivos para o país.

Por volta de 1970, em função da fusão da Martini com a Gancia na Itália, Piero passou a presidente da Martini-Rossi no Brasil, cargo que exerceu por 25 anos.

Hoje, além de vice-presidente do Automóvel Clube Paulista, é presidente do Fã Clube Ferrari do Brasil. Ainda dirige, e muito bem!

Seu filho, Carlo Gancia, participou ativamente da ida de José Carlos Pace, Nelson Piquet, Paulo Carcasci, Pedro Paulo Diniz à Europa, do Vitor Meira, Affonso Giaffone e do Hélio Castro Neves aos EUA. Foi sócio da Forti Corse e da Forti F-1, Membro do Conselho Mundial da FIA e representante da IRL e da Indianápolis Motor Speedway para o Brasil e para a Europa.

Como se vê, o nome Gancia está estreitamente ligado ao automobilismo brasileiro.

Acometido do Mal de Alzeimer, Piero sofreu com a doença por pouco mais de dois anos vindo a falecer no dia 01/11/2010.

Fonte: www.bandeiraquadriculada.com.br

Dener Pacheco

DENER PACHECO
(27 anos)
Ator

* Tubarão, SC (1983)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/03/2010)

O ator Dener Pacheco nasceu e morou na cidade de Tubarão até os 14 anos e estudou na Escola Técnica de Comércio de Tubarão e Escola Técnica Diomício Freitas.

Depois, partiu para São Paulo para tentar a carreira de modelo, mas antes de realizar o grande sonho trabalhou cinco anos como garçom, vendedor de material de limpeza e de loja de shopping center, em São Paulo, até surgir um trabalho para fotografar como modelo.

Depois, ele chegou a fazer um editorial da grife Louis Vuitton, em Punta Del Este, Uruguai. Em agosto de 2009, Dener mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro.

Entre 2009 e 2010, interpretou o personagem Renan, na novela "Caras e Bocas", da Rede Globo. Esse foi o primeiro trabalho do ator na televisão.

Vivia em um apartamento no Leblon, no Rio de Janeiro, junto com a atriz Sophie Charlotte, que foi seu par romântico em "Caras e Bocas". O ator estava se dedicando aos ensaios da peça "Vem Comigo" que seria apresentada em março de 2010 em São Paulo e Minas Gerais.

Dener Pacheco morreu, aos 27 anos de idade, vítima de câncer no pulmão e estômago.

De acordo com Josiane de Souza, uma das irmãs de Dener Pacheco, o câncer descoberto pelo ator foi tratado com o máximo de discrição e apenas três pessoas tinham conhecimento da doença.

O corpo do ator foi enterrado em Tubarão, sua cidade natal.

Fonte: Dramaturgia Brasileira - In Memoriam


Xavantinho

RANULFO RAMIRO DA SILVA
(56 anos)
Cantor

* Uberlândia, MG (1942)
+ São Paulo, SP (08/10/1999)

Desde pequenos trabalhou na roça com os pais e mais cinco irmãos. José Ramiro (Pena Branca) tocava viola.

Xavantinho, foi internado por problemas respiratórios no Hospital Nipo-Brasileiro em São Paulo-SP e faleceu no início da tarde do dia 8 de Outubro de 1999, aos 56 anos, de Insuficiência Respiratória e Falência Múltipla dos Órgãos. Sua morte deixará uma lacuna enorme e insubstituível na música brasileira.

Segundo as palavras do crítico Mauro Dias, em matéria de O Estado de São Paulo (09/10/1999):

"A obra da dupla representa o que há de melhor, mais digno e mais refinado na música sertaneja, sem concessão a modismos ou injunções de mercado".

Fonte: http://www.jangadabrasil.com.br

Pena Branca

JOSÉ RAMIRO SOBRINHO
(70 anos)
Cantor

* Igarapava, SP (04/09/1939)
+ São Paulo, SP (08/02/2010)

Foi um cantor de música sertaneja e formou a dupla sertaneja "Pena Branca & Xavantinho" junto com seu irmão Ranulfo Ramiro da Silva, o Xavantinho. A dupla foi encerrada em outubro de 1999 com a morte de Xavantinho. Pena Branca continuou seguindo carreira solo, ganhando o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja: "Semente Caipira".

Faleceu em 8 de fevereiro de 2010, aos 70 anos, vítima de infarto.

Fonte: Wikipédia

João Gurgel

JOÃO AUGUSTO CONRADO DO AMARAL GURGEL
(82 anos)
Engenheiro e Empresário

* Franca, SP (26/03/1926)
+ Rio Claro, SP (30/01/2009)

Foi um engenheiro e industrial brasileiro do ramo automobilístico. Ele montou em 1969 a fábrica Gurgel, com a proposta de produzir veículos 100% nacionais.

Sonhando Com o Carro Nacional

Desde sua juventude, sonhava em fazer um carro brasileiro, tanto que em sua formatura da Escola Politécnica de São Paulo, apresentou um pequeno veículo de dois cilindros, batizado Tião. Como projeto pedido foi um guindaste, quase é reprovado. Ouviu então de seu professor: "Carro não se fabrica, Gurgel, se compra".

Pós-graduado nos Estados Unidos, trabalhou na Buick Motor Corporation e na General Motors Truck and Coach Corporation.

O Empresário

Em 1958, criou a Moplast Moldagem de Plásticos e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.

Com o sonho em mente, fundou em 1969 na cidade de Rio Claro a Gurgel Motores S/A: a indústria mais brasileira de todos os tempos.

Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional. Característica marcante nos veículos fabricados por sua empresa eram as suas carrocerias de fibra de vidro.

A partir de 1972 passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após 1975 começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários tipo fora de estrada da marca Gurgel, marca que em 1981 lançou o primeiro veículo elétrico da América Latina, o Itaipu E-500. Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o BR-800.

Polêmicas e o Fim do Sonho

Era contrário ao uso do álcool de cana-de-açúcar como combustível. Ainda assim, produziu alguns (poucos) carros com motor a álcool. Na grande maioria os veículos da sua marca eram movidos a gasolina. Segundo ele a terra deve produzir alimentos e não combustíveis.

A Gurgel acabou fechando as portas no final de 1994, por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.

Em abril de 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos adquiriu a marca Gurgel. O registro desta encontrava-se expirado no INPI desde 2003. Para tornar-se seu proprietário desembolsou o valor de R$ 850,00. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário. A Atual Gurgel nada tem a ver com a antiga fabrica de automoveis e trata-se de uma importadora que hoje tem em linha um triciclo rural e uma empilhadeira.

Morte

Sofrendo do mal de Alzheimer havia oito anos, João Gurgel morreu no dia 30 de janeiro de 2009, aos 82 anos, na sua casa, na cidade de Rio Claro (São Paulo).

Fonte: Wikipédia

Renato Consorte

RENATO CONSORTE
(84 anos)
Ator

* São Paulo, SP (27/10/1924)
+ São Paulo, SP (26/01/2009)

Foi um ator e grande cômico brasileiro que marcou seu nome no teatro, no cinema e na televisão. Trabalhou por longo tempo no Teatro de Arena e na TV Cultura de São Paulo.

Descendente de italianos, nascidos na região de Abuzzos, Renato Consorte nasceu no centro da capital paulistana, mais precisamente na Rua Aurora, naquela época, década de 1920, um local aristocrático.

Estudou na famosa Caetano de Campos e, já moço, queria fazer medicina, mas foi influenciado por Ibrahin Nobre para fazer Direito. Entrou na Faculdade do Largo de São Francisco. Não terminou jamais a faculdade, pois ele gostava mesmo era de música, de fazer graça, de se apresentar num palco.

Fez parte da "Caravana Artística XI de Agosto", da Faculdade e viajou por todo o interior, cantando e representando. Suas gaiatices ficaram famosas, e ele inventou uma fala "de araque", isto é, que ele falava sem nada dizer . Era o maior brincalhão. Mas tinha realmente jeito para o palco. E foi assistido por Alda Garrido, quando fazia dublagem do famoso cantor americano Bing Crosby. Ele não aceitou o convite que ela lhe fez, pois ainda estava convicto de que queria ser advogado.

Em seguida conheceu Inezita Barroso, a grande cantora, e o ator Paulo Autran. Não resistiu. Era tentação demais. Acabou sendo "jubilado" da Faculdade, quando já estava no 4º ano, e sendo contratado pelo TBC (Teatro Brasileiro de Comédia).

De lá foi para a Companhia Vera Cruz, grande empresa cinematográfica brasileira, onde fez 18 filmes. Consorte foi um dos primeiros funcionários contratados pela Vera Cruz e participou da primeira produção, o filme "Caiçara" ao lado de Mário Sérgio e Eliane Lage.

Continuava, porém no teatro, e já na televisão. A TV Record tinha sido inaugurada, e ele cantava, dançava, representava, e era ainda apresentador de programas. Participou do elenco da famosa série "Família Trapo".

Transferiu-se para o Rio de Janeiro e para o TBC carioca. Passou para a TV Rio e participou do quadro humorístico "Seu Obturado" junto com Walter D’Ávila. Na TV Tupi do Rio fez "Gabriela, Cravo e Canela", por volta de 1960.

Mas era irriquieto o jovem paulistano. Voltou para São Paulo e trabalhou na TV Bandeirantes e depois na TV Paulista. A seguir, na Rádio Mayrink Veiga do Rio de Janeiro. Na TV Paulista ficou famosa uma apresentação sua, em que dançava e regia a Orquestra Sinfônica . Como não sabia ler música, teve que decorar toda a partitura, o que conseguiu em poucos dias. Era "bom de orelha", como ele mesmo dizia.

Esteve ainda na TV Cultura, nos anos 70, onde apresentou vários programas infantis, entre eles o "Jardim Zoológico" e fez a novela "Meu Pedacinho de Chão", de Benedito Ruy Barbosa. Como já tinha casado e constituído família, mantinha apartamento alugado no Rio de Janeiro, para levar para lá a esposa e os filhos.

A estréia em novelas aconteceu em 1964, na TV Record em "Prisioneiro de um Sonho" ao lado de John Herbert e Eva Wilma. Na TV Excelsior foi o Padre Lara da versão da emissora paulista para "O Tempo e o Vento" da obra de Érico Veríssimo.

Na TV Tupi fez as novelas "Meu Pé de Laranja Lima"; "A Volta de Beto Rockefeller"; "O Conde Zebra"; "Papai Coração" e "Dinheiro Vivo". Na Manchete, anos depois, fez a novela "A História de Ana Raio e Zé Trovão".

Fez muita coisa também na TV Globo, como as minisséries "O Tempo e o Vento" e "Primo Basílio" e a novela "Tieta" onde viveu o personagem Chalita. Mas ele também foi produtor e diretor de programas na emissora carioca.

Mas o teatro continuava a ser sua paixão maior. Fez: "Assim é se lhe parece", "Bonito como um Deus", "Música, divina música", "Peguei um ita no Norte" e inúmeras outras peças, sendo que seu maior sucesso foi em "Porca Miséria", de Marcos Caruso e Jandira Martini, que ficou sete anos e meio em cartaz e que viajou o Brasil inteiro. No teatro o último trabalho foi em "Sábado, Domingo, Segunda" ao lado de Paulo Goulart e Nicette Bruno.

Também da Vera Cruz ele nunca se afastou, tanto que há quinze anos cuidava de seu acervo para a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Seu material cenográfico, com todos os filmes que ali foram feitos, estão no Museu da Imagem e do Som, de São Paulo.

Na década de 90 trabalhou em filmes como "Sua Excelência, o Candidato"; "Sábado"; "Boleiros 2"; "O Casamento de Romeu e Julieta" e em 2007 fez sua derradeira participação no filme "O Homem Que Desafiou o Diabo".

Na TV nos últimos anos participou do programa infantil "Qual é Bicho?" da TV Cultura e da novela "Bang Bang" na TV Globo.

O Sobrenome Consorte e o Desastre de Avião

Renato Consorte participou inesperadamente de um fato inusitado, mas que foi acompanhado por toda população brasileira da época, via televisão e rádio. Em 1963 um avião cai na Avenida Indianópolis, perto do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo matando todos os tripulantes e passageiros. Renato Consorte foi o único sobrevivente, estando por vários dias com a vida por um fio. Felizmente, depois de dias de tratamento, recebe-se a notícia de seu pleno restabelecimento, após ter o corpo quase todo queimado. Conta-se que o Consorte de seu sobrenome se deve a este fato.

Renato Consorte faleceu aos 84 anos, vítima de um Câncer de Próstata. O ator faria 50 anos de casado no dia seguinte à sua morte.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam


Friaça

ALBINO FRIAÇA CARDOSO
(84 anos)
Jogador de Futebol

* Porciúncula, RJ (20/10/1924)
+ Itaperuna, RJ (12/01/2009)

Centroavante dotado da versatilidade de atuar em todas as posições do ataque, Friaça se caracterizava pela rapidez, pontaria e potência do chute. Graças a essas qualidades, tornou-se um dos maiores artilheiros do Vasco, onde atuou a maior parte de sua carreira em três períodos distintos durante onze anos, tendo marcado mais de cem gols em quase duzentos jogos vestindo a camisa cruzmaltina.

Na Seleção Brasileira atuou entre 1947 e 1952, escalado geralmente como ponta. Foi vice-campeão mundial em 1950 e campeão pan-americano de 1952. Seu único gol foi justamente na final da Copa do Mundo de 1950, no Maracanã. Foi o primeiro gol brasileiro em uma final de Copa do Mundo. O gol de Friaça no início do segundo tempo colocou a Copa nas mãos do Brasil, mas depois aconteceu a tragédia da virada do Uruguai.

Friaça foi para o Vasco com 19 anos após se destacar pelo Ipiranga, de Carangola, MG, num amistoso contra o Vasco. Nos seus primeiros anos em São Januário, Friaça atuava mais pelo Expressinho, como era conhecido o time misto do Vasco, que fazia muitos amistosos pelo Brasil, além de disputar e vencer competições como o Torneio Relâmpago e Torneio Municipal.


Afinal, em 1947, Friaça foi guindado a titular do Expresso da Vitória, em revezamento com Dimas, outro jovem promissor que despontava em São Januário. Assim, participou com destaque das conquistas do Torneio Municipal de 1946 e 1947, do Torneio Relâmpago de 1946, do Campeonato Carioca de 1947, invicto, e do Campeonato Sul-Americano de Clubes de 1948, também invicto.

Em 1949, Friaça foi para o São Paulo e naquele mesmo ano se sagrou campeão paulista e artilheiro do campeonato. Depois de passar pela Ponte Preta, de Campinas, voltou ao Vasco em 1951 e foi campeão carioca no ano seguinte. Após um breve empréstimo ao Guarani, de Campinas, em 1953, voltou novamente para o Vasco, onde permaneceu até o encerramento de sua carreira em 1954.

Friaça sempre foi um homem alegre, mas ficou debilitado principalmente por causa da morte de um dos filhos em acidente de asa delta, na metade dos anos 90. Depois da tragédia, nunca se privou do cigarro e da bebida, que prejudicaram sua saúde.

Friaça morreu em 12/01/2009 de vítima de falência múltipla dos órgãos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna, RJ, onde ficou internado durante 45 dias. Deixou mulher e três filhos. O município de Itaperuna decretou luto de três dias.

Fonte: Wikipédia e Net Vasco