Luiz Fabiano

JAYR CAMPOS RODRIGUES
(67 anos)
Cantor e Compositor

* Tupã, SP (06/05/1942)
+ São Paulo, SP (18/12/2009)

Luiz Fabiano, nome artístico de Jayr Campos Rodrigues, foi um cantor e compositor brasileiro.

Aos 14 anos, um menino chamado Jayr Rodrigues começou como crooner de uma orquestra em Tupã, cidade a 514 km de São Paulo.

Luiz Fabiano começou a ser conhecido depois do II Festival da Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1966. Ele descobriu que havia na praça um cantor com o mesmo nome e que também havia começado como crooner no interior. O outro, um tal de Jair Rodrigues de Oliveira, consagrou-se naquele 1966 ao cantar "Disparada", de Geraldo Vandré e Théo de Barros.

No começo de sua carreira foi crooner da orquestra de Silvio Mazzuca. Em 1967, Tony Campello lhe deu a chance de fazer um Compacto Simples na gravadora Odeon com as músicas "Não Adianta Brigar" e "25 Horas Por Dia"

Jayr Rodrigues, então, trocou o Rodrigues pelo Campos, mas foi só com o nome artístico de Luiz Fabiano que ficou conhecido nas décadas de 60 e 70.

Em 1969, lançou o primeiro LP, que continha o hit "Meu Bem, Ao Menos Telefone". Uma de suas composições, "Você Me Pediu", acabou sendo gravada por Roberto Carlos para o disco "San Remo 1968" (1976).

Erasmo Carlos também gravou uma obra sua, "Meu Disquinho", em 1968. O cantor participou de um programa do Sílvio Santos e, nos anos 80, de duas novelas da TV Globo. Como empresário, foi dono da Real Vídeo, rede que chegou a ter 24 locadoras de filmes, mas que faliu com a chegada da Blockbuster, como conta o sobrinho Roberto.

Luiz Fabiano continuou compondo e produzindo discos de outros artistas. Ultimamente, era assessor do vereador Agnaldo Timóteo (PR), seu grande amigo.

Morte

Luiz Fabiano morreu na sexta-feira, 18/12/2009, às 16:40 hs, áos 67 anos, no Hospital Heliópolis, em São Paulo, vítima de um câncer no intestino. O sepultamento aconteceu no sábado, 19/12/2009, às 14:00 hs, no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo. Ele deixou três filhos.

Discografia


  • 1967 - Luiz Fabiano (Compacto Odeon 7B-232)
  • 1968 - Luiz Fabiano (Compacto Odeon 7B-293)
  • 1969 - Luiz Fabiano (Compacto Beverly)
  • 1969 - Luiz Fabiano (LP Beverly BLP-9009)
  • 1972 - Luiz Fabiano (Compacto Continental CS-50.400)

Teotônio Vilela

TEOTÔNIO BRANDÃO VILELA
(66 anos)
Empresário e Político

☼ Viçosa, AL (28/05/1917)
┼ Maceió, AL (27/11/1983)

Teotônio Brandão Vilela foi um empresário e político brasileiro. Dentro de duas décadas foi deputado estadual, vice-governador e senador, reeleito para este último no pleito seguinte. É pai do político e atual governador de Alagoas, Teotônio Brandão Vilela Filho.

Filho de Elias Brandão Vilela e Isabel Brandão Vilela, Teotônio Vilela nasceu na cidade de Viçosa, Alagoas, na data do dia 28/05/1917.

Cedo fez o curso primário na sua cidade natal e o secundário no Ginásio de Maceió e no Colégio Nóbrega em Recife. Apesar de ter frequentado duas faculdades, a de Engenharia e de Direito, no Recife e no Rio de Janeiro, à época no então Distrito Federal. Não chegou a concluir nenhum curso superior, tornando-se autodidata.

No ano de 1937, abandonou os estudos e voltou para Alagoas, onde passou a trabalhar com seu pai, que era proprietário rural. Como o pai, virou agropecuarista e, em seguida usineiro, em sociedade o engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Geraldo Gomes de Barros, em 12/04/1973 fundou uma usina de açúcar situada no município de Teotônio Vilela, antigo povoado de Feira Nova, localizado a cerca de 100 km da capital Maceió, chamada Usinas Reunidas Seresta.

Teotônio Vilela casou-se com Helena Quintela Brandão Vilela, com quem teve sete filhos, um dos quais, Teotônio Vilela Filho, eleito senador por três vezes consecutivas e governador de Alagoas, para o período de 2007 a 2010, e posteriormente reeleito para um novo mandato de 2010 e 2014.

Carreira Política

Filiou-se à União Democrática Nacional (UDN), em 1948, sendo um dos fundadores do partido em Alagoas, criado em 1952. Elegeu-se deputado estadual pela legenda nas eleições de 1954, exercendo mandato até 1958. Pertencente à "Bancada do Açúcar" neste mandato foi o relator da comissão que pedia o impeachment do populista Muniz Falcão, então governador, acusado pela oposição ferrenha de 22 deputados a Assembleia Legislativa de crime de responsabilidade e de ameça e violência contra deputados.

"O relator da comissão, deputado Teotônio Vilela, concluía o veredicto para informar o que todos já esperavam:
Em face do exposto, não há como fugir à evidência da responsabilidade do senhor governador do estado nos crimes compendiados na denúncia oferecida pelo senhor deputado Oséas Cardoso Paes.
Pelo que, somos de parecer seja a denúncia considerada pela Assembléia do estado objeto de deliberação, prosseguindo nos termos ulteriores, na forma da lei."
("Curral da Morte" - Livro do jornalista alagoano Jorge Oliveira)

Em 1960, foi eleito vice-governador, na chapa do general udenista Luiz de Souza Cavalcante, para o período de 1961-1966, quando ambos sucederam ao governador Muniz Falcão.

Em outubro de 1965, com a edição do AI-2 pelo governo militar, foi reaberto o processo de cassações e suspensões de direitos políticos, a extinção dos partidos políticos existentes, a manutenção das eleições indiretas para a Presidência da República e o estabelecimento das eleições indiretas para os governos estaduais, além de limitadas as imunidades parlamentar e individual dos cidadãos.

Em dezembro do mesmo ano, foram criados dois novos partidos - um de apoio ao governo, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e outro de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Veio a filiar-se na primeira agremiação, sendo eleito para o primeiro mandato de senador em 1966.

No Senado, atuou como membro titular das comissões de Economia, de Agricultura, de Redação, de Ajustes Internacionais, de Legislação sobre Energia Atômica e de Indústria e Comércio. Ao final do mandato foi quarto suplente da mesa e vice-presidente da Comissão de Assuntos Regionais.

Nas eleições parlamentares de 1974, foi reeleito para o Senado, sendo um dos poucos arenistas a ter sucesso eleitoral pelo partido do governo, em todo o país, para a legislatura de 1975 a 1982. Luís Viana Filho, Henrique de La Rocque Almeida, Antônio Mendes Canale, Jarbas Gonçalves Passarinho e Petrônio Portella Nunes foram os outros arenistas.

Com a posse de Ernesto Geisel, em março de 1974, e o início de um projeto de "abertura" política "lenta, gradual e segura", proposta por Petrônio Portella, o senador alagoano após uma conversa reservada com o presidente, desfraldou a bandeira da redemocratização, colocando-se como porta-voz do processo de distensão e assumindo a posição de "oposicionista da ARENA".

Fazia pronunciamentos no Senado pró-democratização e buscou contatos com personalidades e instituições para elaborar um projeto de institucionalização política para o Brasil. Em abril 1978, o apresentou no Senado o que ficou conhecido como o Projeto Brasil, que incluía diversas propostas liberalizantes.

No mês seguinte, aderiu à Frente Nacional Pela Redemocratização, um movimento cujo programa, segundo Teotônio Vilela, era semelhante ao seu Projeto Brasil, além de oferecer uma possibilidade de mobilização. A Frente queria a candidatura do general Euler Bentes Monteiro à presidência e do senador emedebista Paulo Brossard para a vice-presidência da República, buscando agrupar, além do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), militares descontentes e políticos dissidentes da Aliança Renovadora Nacional (ARENA).

Filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), no dia 25/04/1979, e em meados de junho, durante o seu primeiro discurso como oposicionista, fez duras críticas ao governo provocando a retirada geral dos parlamentares da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) do plenário do Senado.

Batalhador incansável pela anistia geral exerceu a presidência da comissão mista que estudava o projeto sobre o tema, encaminhado ao Congresso pelo Governo.

Ao receber, em setembro de 1979, o título de Cidadão Paulistano reconhecido pela Câmara Municipal de São Paulo, explicou a sua devoção pela liberdade:

"Cidadão de Viçosa de Alagoas, dos arredores da Serra dos Dois Irmãos, um dos últimos redutos da Guerra dos Palmares, vivo contemplando a imagem do Zumbi, sinto-lhe o rumos dos sonhos e o calor do sangue libertário."

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em homenagem ao grande menestrel, batizou seu Plenário com o nome de "Teotônio Vilela".

Partido do Movimento Democrático Brasileiro

Em 1980, com o fim do bipartidarismo e o surgimento de diversos partidos de oposição no Brasil, Teotônio Vilela preferiu filiar-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), considerado o continuador do extinto Movimento Democrático Brasileiro (MDB), tornando-se um dos mais importantes nomes da legenda.

No seu discurso de despedida, em 30/11/1982, fez questão de deixar clara a sua disposição em continuar atuando politicamente:

"Estou saindo desta Casa esta semana, isto não é despedida, mesmo porque não é do meu hábito despedir de nada. A vida política continua comigo, continuarei lutando lá fora, só não terei o privilégio de usar esta ou aquela tribuna. Quanto ao mais, prosseguirei na minha vida de velho menestrel, cantando aqui, cantando ali, cantando acolá, as minhas pequeninas toadas políticas."
(Diário do Congresso Nacional, Brasília, DF, 02/12/1982)

Menestrel das Alagoas

Em setembro de 1983, os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram em homenagem a Teotônio Vilela, "O Menestrel das Alagoas", cantada por Fafá de Belém, música que se transformaria, assim como "Coração de Estudante", em hinos da campanha das Diretas Já!, movimento que tomou conta do Brasil, nos primeiros meses de 1984, exigindo que o Congresso aprovasse a emenda constitucional que instituía a eleição direta para o sucessor do presidente João Figueiredo.

Partido da Social Democracia Brasileira

O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), em 19/09/1995, criou o Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política do partido e, em 25/04/2005, foi inaugurado, em Maceió, o Memorial Teotônio Vilela, uma obra de Oscar Niemeyer em homenagem ao Menestrel das Alagoas, como ficou conhecido nacionalmente, devido a sua luta pela liberdade política e a redemocratização do Brasil.

Obras Publicadas

Publicou alguns trabalhos entre os quais podem ser destacados:

  • Mobilização Contra o Subdesenvolvimento (Rio de Janeiro: Dasp, 1958)
  • Andanças Pela Crônica (Maceió: Departamento Estadual de Cultura, 1963)
  • A Civilização do Zebu e a Civilização do Basset (Brasília, DF: Senado Federal, 1974)
  • A Pregação da Liberdade: Andanças de um Liberal (Porto Alegre: L&PM, 1977)

Morte

Teotônio Vilela encerrou sua carreira parlamentar, em novembro de 1982, em decorrência de um câncer. Morreu no dia 27/11/1983, vítima de câncer generalizado.

Em 1983, a deputada pernambucana Cristina Tavares fundou o Centro de Estudos Políticos e Sociais Teotônio Vilela, um palco importante onde seriam discutidos vários problemas da população brasileira.



Em 1986, Teotônio Vilela recebeu o título de Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional (In Memoriam).

Fonte: Wikipédia

Dom Avelar Brandão Vilela

AVELAR BRANDÃO VILELA
(74 anos)
Cardeal

* Viçosa, AL (13/06/1912)
+ Salvador, BA (19/12/1986)

Dom Avelar Brandão foi um cardeal brasileiro. Iniciou seus estudos no Seminário de Maceió e no Seminário de Olinda. Foi ordenado em 27/10/1935. Membro do corpo docente e orientador espiritual do Seminário de Aracajú, foi secretário da diocese de Aracajú. Foi capelão diocesano da Ação Católica.

Episcopado

Com apenas 33 anos foi sagrado bispo de Petrolina, sendo consagrado em 27/10/1946, pelo bispo Dom José Thomas Gomes da Silva, bispo de Aracaju, tendo como co-consagrantes Dom Adalberto Accioli Sobral, bispo de Pesqueira e Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, arcebispo de Belém, PA.

Em 05/11/1955, foi elevado a arcebispo de Teresina. Frequentou o Concílio Vaticano II, entre 1962 e 1965. Foi eleito presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), mandato que exerceu entre 1966 e 1972. Frequentou a I Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, na cidade do Vaticano, entre 29/09 e 29/10/1967, a primeira Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, entre 11/10 a 28/101969 e a II Assembléia Ordinária do Sínodo dos Bispos, entre 30/09 e 06/11/1971. Em 25/03/1971 foi transferido para a Arquidiocese de São Salvador, BA.

Cardinalato

Em 05/03/1973, foi criado cardeal no Consistório Ordinário Público de 1973, recebendo o barrete cardinalício das mãos do Papa Paulo VI e o título cardinalício de São Bonifácio e Santo Aleixo.

Em 1975 requereu da Santa Sé o título já consagrado da primazia de sua arquidiocese, o Santo Padre enviou seu representante o núncio apostólico para conferir o título numa cerimônia na Catedral-Basílica Primacial de São Salvador, em 25/10/1980.

Morte

Dom Avelar Brandão faleceu em 19/12/1986, vítima de câncer de estômago e encontra-se sepultado na Catedral-Basílica Primacial de São Salvador.

Era irmão do ex-senador Teotônio Vilela e tio do político Teotônio Vilela Filho.

Conclaves

  • Conclave de agosto de 1978 - Participou da eleição do Papa João Paulo I
  • Conclave de outubro de 1978 - Participou da eleição do Papa João Paulo II

Fonte: Wikipédia

Celso Vieira

CELSO VIEIRA DE MATOS MELO PEREIRA
(76 anos)
Escritor, Historiador, Biógrafo e Ensaísta

☼ Recife, PE (12/01/1878)
┼ (19/12/1954)

Celso Vieira de Matos Melo Pereira, mais conhecido como Celso Vieira, foi um historiador, escritor, biógrafo e ensaísta brasileiro. Nasceu na cidade do Recife, PE, em 12/01/1878 e era filho de Rafael Francisco Pereira e de Marcionila Vieira de Melo Pereira.

Mudou-se para Belém, PA, onde ali estudou no Colégio Paes Leme, iniciando o curso de direito, que concluiu no Rio de Janeiro, em 1899. Já formado, voltou ao Recife, participando no ano de 1901 da fundação da Academia Pernambucana de Letras, ali assentando na Cadeira 20. Foi, ainda, presidente desta entidade.

Retornou, mais tarde, para o Rio de Janeiro, onde ocupou alguns cargos públicos, como o de auxiliar do Chefe de Polícia do Rio de Janeiro, a secretaria do Tribunal de Justiça deste estado e ainda a direção do Gabinete do Ministro da Justiça, dentre outros.

Academia Brasileira de Letras

Terceiro ocupante da cadeira que tem por patrono Tobias Barreto, sucedendo a Santos Dumont que, havendo cometido suicídio, não chegou a tomar posse. Foi eleito a 20/07/1933, sendo empossado em 05/05/1934, recebido por Aloysio de Castro. No Silogeu ocupou a secretaria e a presidência, esta última em 1940. Foi o imortal encarregado de recepcionar o acadêmico  Vítor Viana, em 30/08/1935.

Celso Vieira foi sucedido na Academia Brasileira de Letras, pelo médico e professor Maurício de Medeiros.

Celso Vieira faleceu em 19/12/1954.

Excertos

"No oratório-berço donde veio Rui - berço e altar de Vera Cruz - era ainda criança e colegial, quando a voz de um poeta anunciou que ele seria um tribuno-gigante. Com efeito, à velha tribuna religiosa de Antônio Vieira, prodígio do século XVII e enlevo do templo católico, erigida no solo baiano, sucedeu a tribuna jurídica, freqüentada pela nova eloqüência e pelo novo sacerdócio, em que se multiplicaram as suas orações, flamejantes cóleras ou esplendentes milagres do Verbo nas alturas."
(Homenagem a Ruy Barbosa)

"Senhores Acadêmicos. Quando fui recebido nesta casa, em 1935, por Aloysio de Castro, sentenciou esse amável confrade, resumindo-me o longo tirocínio administrativo, que o secretariado era a minha vocação e o meu fadário. Houve sorrisos discretos no auditório ilustre. Daí por diante, confirmando o vaticínio ao colega, que exultava à hora das eleições, infalivelmente, a Academia elegeu-me 2o secretário, 1o secretário e secretário geral, posto já ofuscante, no qual supunha eu ter vencido o ápice do meu destino (...)"
(Do Discurso Inaugural da Sessão de 28/12/1939)

Publicações

Autor pouco conhecido, tanto da crítica quanto do público, Celso Vieira publicou os seguintes trabalhos, a maioria no campo biográfico:

  • 1919 - Endymião
  • 1919 - O Semeador
  • 1920 - Defesa Social
  • 1923 - Varnhagen
  • 1929 - Anchieta
  • 1932 - Para as Lindas Mãos
  • 1936 - Aspectos do Brasil
  • 1939 - Tobias Barreto
  • 1941 - Estudos e Orações (Ensaios)
  • 1945 - Manuel Bernardes, Clássico e Místico
  • 1946 - Scepticisme et Beauté
  • 1949 - Joaquim Nabuco
  • 1951 - O Gênio e a Graça