Maximiano da Fonseca

MAXIMIANO EDUARDO DA SILVA FONSECA
(78 anos)
Militar

☼ São José das Taboas, RJ (06/11/1919)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/04/1998)

Maximiano Eduardo da Silva Fonseca (Ordem Militar de Avis e Ordem do Infante D. Henrique) foi um militar da Marinha do Brasil, nascido em São José das Taboas, Estado do Rio de Janeiro, em 06/11/1919.

Atingiu o posto de almirante-de-esquadra e é o patrono do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha, criado por ele.

Tendo cursado a Escola Naval entre 1937 e 1941, durante o curso mostrou especial entusiasmo pelas matérias ligadas à navegação, instrumentos náuticos e hidrografia. Foi ,assim, natural a escolha da sua especialidade: a Hidrografia.

Foi promovido a segundo-tenente em 16/10/1942, a primeiro-tenente em 30/06/1944 e a capitão-tenente em 09/05/1946.

Fez o curso de Hidrografia e Navegação Para Oficiais em 1949.

Em 1952, na Amazônia, ainda sem dispor de equipamentos eletrônicos de posicionamento, o então capitão-tenente Maximiano da Fonseca realizou admiráveis trabalhos como Comandante do NHi Rio Branco, chefiando a comissão que executou o levantamento hidrográfico e produziu as cartas náuticas que permitiram a abertura do Canal Norte do Amazonas a navios de grande porte. Posteriormente, teve decisiva participação na escolha do equipamento de posicionamento Raydist, o qual, a partir de 1955, acelerou substancialmente a execução do Plano Cartográfico Brasileiro.

Por merecimento obteve as promoções a capitão-de-corveta em 15/03/1953, capitão-de-fragata em 11/07/1958 e a capitão-de-mar-e-guerra em 18/08/1965. Posteriormente, em 31/12/1969, ascendeu a contra-almirante, vice-almirante em 31/03/1974 e a almirante-de-esquadra em 25/11/1976.

Recebeu, em janeiro de 1958, como imediato, o NHi Sírius, construído no Japão. Em setembro do mesmo ano, assumiu o comando do navio, no qual voltou a realizar levantamento na Barra Norte do Rio Amazonas. No comando do NHi Canopus, em 1963, completou o levantamento da costa sul do Brasil e iniciou o dos Abrolhos.

Como Comandante do CAMR elaborou o planejamento para recuperação e melhoramento da sinalização náutica no Brasil que consubstanciou-se como o primeiro plano de longo prazo para a atividade, servindo de base para a elaboração da parte do Plano Diretor da Marinha pertinente à sinalização náutica.

Em 1979, o já então almirante-de-esquadra Maximiano da Fonseca assumiu a pasta da Marinha. Na área da Hidrografia, além da incorporação de novos meios flutuantes, foram adquiridos novos equipamentos, notadamente o Sistema de Automação Cartográfica, que veio colocar a Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) no mesmo nível dos melhores serviços hidrográficos. Sua ação culminou com a transferência da DHN para a Ponta da Armação, o que vem permitindo, hoje, a contínua expansão da Diretoria e de suas organizações militares subordinadas.

A Sinalização Náutica foi outro setor para o qual o ministro deu permanente atenção. Ao deixar a pasta contávamos com 414 faróis e faroletes, destes, nada menos de 116 haviam sido acrescentados na sua gestão.

Dentre os exemplares serviços que o almirante Maximiano da Fonseca prestou à Marinha, à Hidrografia Brasileira e suas pesquisas, cabe ainda lembrar seu entusiasmo e apoio as Operações Antárticas, desde a aquisição do Navio Polar Thala Dan (Barão de Teffé 1982), seguida pela Primeira Expedição à Antártica e da instalação de nossa base na Ilha Rei George, por ocasião da Segunda Expedição.

A 22/09/1981 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis e a 18/05/1983 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal.

Após ser transferido para a Reserva da Marinha, exerceu o cargo de diretor da Petrobrás, de 30/04/1985 a 10/06/1991.

Em sua homenagem, em junho de 1998, o terminal da Ilha Grande da Petrobrás teve o seu nome alterado para Terminal Marítimo Almirante Maximiano da Fonseca.

Maximiano da Fonseca foi Ministro da Marinha no governo João Baptista Figueiredo, de 15/03/1979 a 21/03/1984. Nesse período, a Marinha adquiriu 40 dos 272 apartamentos do Hotel St. Paul, construído pelo seu genro Paulo Octávio e Sérgio Naya.

Na Escola de Guerra Naval fez os seguintes cursos:
  • 1956 - Preliminar de Comando
  • 1959 - Comando
  • 1962 - Superior de Comando.

Entre as suas realizações destacam-se:
  • Implementação do Programa Nuclear da Marinha;
  • Implementação do Programa Antártico Brasileiro;
  • Criação do Corpo Auxiliar Feminino da Marinha;
  • Transferência do 5° Distrito Naval para a cidade de Rio Grande;
  • Dinamização da Sociedade de Amigos da Marinha (SOAMAR);
  • Construção de diversas embarcações da Armada em estaleiros nacionais;
  • Criação do Quadro de Artífices para Praças.


Publicações
  • Plano de Recuperação e Ampliação da Sinalização Náutica
  • O Problema do Pessoal Para Sinalização Náutica - Sua Solução
  • Plano Para o Estabelecimento de Serviços Regionais de Hidrografia do Norte e Nordeste
  • O Que Segura Este País


Mário Pinotti

MÁRIO PINOTTI
(78 anos)
Médico e Político

☼ Brotas, SP (21/01/1894)
┼ Rio de Janeiro, RJ (03/03/1972)

Mario Pinotti foi um médico sanitarista brasileiro e o primeiro prefeito do município de Nova Iguaçu, RJ.

Mário Pinotti nasceu em Brotas, SP no dia 21/01/1894, era filho de Rafael Vitório Pinotti e de Precilda Bossel Pinotti. Formou-se em 1914 pela Escola de Farmácia de Ouro Preto, MG, e em 1918 pela Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro.

Iniciou sua carreira em 1919, como inspetor sanitário rural do Departamento Nacional de Saúde Pública. Em 1922 assumiu a prefeitura municipal de Nova Iguaçu, RJ. De volta ao Departamento Nacional de Saúde, trabalhou na campanha contra a Febre Amarela de 1928 a 1931.

Em 1936, durante a gestão de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde, foi nomeado diretor-assistente do Serviço Nacional de Febre Amarela, e em 1937 passou a inspetor dos Serviços Especiais do Departamento Nacional de Saúde.

Entre 1938 e 1941, durante o Estado Novo, foi diretor-geral do Departamento de Saúde do estado do Rio de Janeiro. Nomeado em 1941 diretor do Serviço Nacional de Peste, assumiu no ano seguinte a direção do Serviço Nacional de Malária, onde permaneceu até 1954. Em 1945 tornou-se também diretor do Departamento Nacional de Saúde.

Durante o segundo governo de Getúlio Vargas, foi nomeado pelo presidente Ministro da Saúde. Com o suicídio de Getúlio Vargas, tomou posse o vice-presidente João Augusto Fernandes Campos Café Filho e, em meio às alterações ministeriais que se sucederam, Mário Pinotti permaneceu no cargo somente até 05/09/1954.


Em 1956 foi nomeado diretor do Departamento Nacional de Endemias Rurais, organismo que estruturou na gestão de Maurício Campos de Medeiros, Ministro da Saúde no governo de Juscelino Kubitschek.

De 1957 a 1959, foi presidente da Legião Brasileira de Assistência (LBA).

Ao longo do governo de Juscelino Kubitschek, as mudanças na composição do ministério foram constantes, refletindo a necessidade de conciliar os interesses partidários e saldar os compromissos assumidos na campanha eleitoral.

Como em junho de 1958 esgotava-se o prazo previsto pela Lei Eleitoral para a desincompatibilização dos candidatos que iriam concorrer às eleições legislativas de outubro, houve substituições em várias pastas. Mário Pinotti foi assim convidado para substituir Maurício Medeiros em 03/07/1958. Ambos representavam no governo o Partido Social Progressista (PSP), liderado nacionalmente por Ademar de Barros.

Em 03/10/1958, entretanto, Mário Pinotti candidatou-se a suplente de senador pelo Pará na legenda do Partido Social Progressista (PSP). Além de sua chapa ter sido derrotada, o registro de sua candidatura foi posteriormente impugnado, já que ele não se desincompatibilizara, permanecendo no Ministério da Saúde.

Em 1959, a Câmara dos Deputados redigiu uma moção, assinada por 274 parlamentares e encaminhada por Paulo Freire de Araújo, deputado do Partido Republicano (PR) de Minas Gerais, indicando Mário Pinotti para o Prêmio Nobel de Medicina como médico sanitarista que fora durante 40 anos e como criador de um novo método de combate à malária, o "Método Pinotti", aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS).


Devido às suas ligações com Ademar de BarrosMário Pinotti, à frente do Ministério da Saúde, criou dificuldades a solicitações feitas por Jânio Quadros, então governador de São Paulo, mas o presidente Juscelino Kubitschek interveio, favorecendo assinaturas de vários contratos do Departamento Nacional de Endemias Rurais com o governador paulista. Mário Pinotti acabou por incompatibilizar-se com essa política e foi afastado da pasta da Saúde em 10/08/1960, substituído por Pedro Paulo Penido, ligado ao Partido Social Democrático (PSD).

Logo após a saída de Mário Pinotti do ministério, Maurício Medeiros escreveu um artigo em que apontava Ademar de Barros como o grande causador do afastamento de Mário Pinotti e da perda de representação do Partido Social Progressista (PSP) no governo, já que o líder do partido vinha lançando seguidos ataques a Juscelino Kubitschek e ao candidato da situação, o general Henrique Teixeira Lott, à sucessão presidencial. Ao mesmo tempo, Juscelino Kubitschek instaurou inquéritos para apurar irregularidades na gestão de Mário Pinotti no Ministério da Saúde.

No período presidencial de Jânio Quadros, iniciado em janeiro de 1961, os resultados desses inquéritos se tornaram públicos. Em agosto, Mário Pinotti foi um dos indiciados no inquérito realizado no Departamento Nacional de Endemias Rurais, que constatou a prática de irregularidades, e retirou-se da vida pública. Alguns anos depois, esse inquérito foi arquivado por falta de provas.

Mário Pinotti foi membro da Academia Nacional de Medicina, da Royal Society Of Tropical Medicine And Hygiene, da Academia Militar de Medicina Militar e da New York Academy Of Sciences.

Casou-se com Margarida Pinotti, com quem teve dois filhos.

Mário Pinotti faleceu no Rio de Janeiro, no dia 03/03/1972, aos 78 anos.

Seu nome batiza o Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, em Belém. Há também a Rua Professor Mário Pinotti, localizada em Nova Cruz, cidade do interior do Rio Grande do Norte e a Avenida Mário Pinotti em Brotas, São Paulo.

Obras
  • O Problema da Malária Transmitida Por Kerteszia no Sul do Brasil
  • 1951 - Grande Programa de Erradicação da Malária no Brasil
  • 1956 - Campanha Contra a Doença de Chagas
  • 1959 - Vida e Morte do Brasileiro


Aírton Pavilhão

AÍRTON FERREIRA DA SILVA
(77 anos)
Jogador de Futebol

☼ Porto Alegre, RS (31/10/1934)
┼ Porto Alegre, RS (03/04/2012)

Aírton Ferreira da Silva foi um jogador de futebol brasileiro. O zagueiro Aírton iniciou sua carreira profissional no Grêmio Força e Luz em 1949 e atuou pelo clube até 1954.

Ocorrida em 23/06/1954, sua transferência para o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foi no mínimo bem curiosa: Aírton foi vendido pelo Grêmio Força e Luz por 50 mil cruzeiros e mais um Pavilhão de arquibancadas. E foi assim que nasceu o apelido Aírton Pavilhão.

Aírton Pavilhão estreou pelo Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense em 01/08/1954, num empate de 1 x 1 com o Cruzeiro de Porto Alegre. Defensor de técnica apurada, que jogava com a cabeça erguida e jamais usava o recurso das faltas violentas, certa vez em um confronto do Grêmio Foot-Ball Porto-Alegrense com o Santos no Estádio Olímpico Monumental, entrou para a história do futebol ao dar um "balãozinho" - como se chamava no Rio Grande do Sul o que é conhecido em alguns Estados brasileiros por "chapéu" - em Pelé.


Foi convocado para a Seleção Brasileira em sete oportunidades. Atuou também pelo Santos em 1960. Seu último jogo pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense foi em 05/11/1967, num empate com o Perdigão de 2 x 2, em Videira.

Aírton Pavilhão encerrou sua carreira em 1971 atuando pelo Cruz Alta do Rio Grande do Sul.

Em 2007 foi homenageado pelo Grêmio com a inauguração no Centro de Treinamentos do Clube do Pavilhão "Airton Ferreira da Silva". Foi conselheiro titular do Grêmio com mandato de 2007 a 2013.

Se você tem dúvidas sobre as qualidades de Aírton Pavilhão, pergunte a Pelé que o considerava o melhor zagueiro do mundo, capaz de jogar contra ele, roubar-lhe a bola e sem jamais ter necessidade de fazer uma só falta.

Em 30/03/2016, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre aprovou por unanimidade o projeto encaminhado pelos Sócios Livres - Grêmio de Todos em 2012, que cria a Rua Aírton Ferreira da Silva - "O Pavilhão" no Bairro Humaitá em Porto Alegre, nas proximidades da Arena do Grêmio.

Morte

Aírton Pavilhão faleceu aos 77 anos, por volta das 15h00, de terça-feira, 03/04/2012, vítima de uma infecção generalizada dos órgãos, no Hospital Ernesto Dornelles em Porto Alegre, RS.

A diretoria do Grêmio decretou luto oficial por três dias devido à morte do ex-zagueiro Aírton Ferreira da Silva, o "Pavilhão". A bandeira do clube no estádio Olímpico ficou a meio mastro durante o período.

O velório ocorreu na terça-feira, 03/04/2012, a partir das 23h00, no Salão Nobre do Conselho Deliberativo do Grêmio, e foi até às 17h00 de quarta-feira, 04/04/2012.

Títulos

Seleção Brasileira
  • 1956 - Campeonato Pan-americano

Grêmio
  • 1956 - Campeonato Gaúcho
  • 1957 - Campeonato Gaúcho
  • 1958 - Campeonato Gaúcho
  • 1959 - Campeonato Gaúcho
  • 1960 - Campeonato Gaúcho
  • 1962 - Campeonato Gaúcho
  • 1963 - Campeonato Gaúcho
  • 1964 - Campeonato Gaúcho
  • 1965 - Campeonato Gaúcho
  • 1966 - Campeonato Gaúcho
  • 1967 - Campeonato Gaúcho

Fonte: Wikipédia