Hélio Bicudo

HÉLIO PEREIRA BICUDO
(96 anos)
Jurista, Político e Militante dos Direitos Humanos

☼ Mogi das Cruzes, SP (05/07/1922)
┼ São Paulo, SP (31/07/2018)

Hélio Pereira Bicudo foi um jurista e político brasileiro, militante de direitos humanos, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1947, nascido em Mogi das Cruzes, SP, no dia 05/07/1922.

Durante o governo Carvalho Pinto, em São Paulo, foi o primeiro presidente das Centrais Elétricas de Urubupungá (Celusa), construtora das usinas de Jupiá e de Ilha Solteira.

Foi ministro interino da Fazenda no governo João Goulart, substituindo Carvalho Pinto de 27 de setembro a 4 de outubro de 1963.

Como procurador de Justiça no Estado de São Paulo, destacou-se, juntamente com o então promotor de Justiça Dirceu de Mello, no combate ao Esquadrão da Morte. Em razão do combate ao Esquadrão da Morte e de todas as outras investigações de violações dos Direitos Humanos que conduziu neste período, teve o seu nome incluído no Serviço Nacional de Informações.

Em 1981, integrou a primeira diretoria executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidário instituída pelo Partido dos Trabalhadores (PT), antecessora da Fundação Perseu Abramo.


Em 1986 foi candidato ao senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ficando em terceiro lugar, atrás dos eleitos Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, ambos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Foi secretário dos Negócios Jurídicos do município de São Paulo na gestão de Luíza Erundina de 1989 a 1990, ano em que se elegeu Deputado Federal.

Em fevereiro de 2000, foi empossado como presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em Washington, Estados Unidos. Foi o terceiro brasileiro a ocupar a presidência da entidade.

Hélio Bicudo foi vice-prefeito de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy.

Um dos aproximadamente 100 professores que fundaram o chamado inicialmente Partido dos Trabalhadores em Educação e depois Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, sendo filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde a sua fundação, da primeira ata.

Desfiliou-se do partido em 2005, passando a criticá-lo depois do envolvimento do partido no Escândalo do Mensalão, afirmando que o partido havia "se afastado dos ideais éticos e morais!".

Em 2010, declarou apoio a Marina Silva no primeiro turno, e a José Serra no segundo turno. Em 25 de outubro daquele ano, recebeu a grã-cruz da Ordem do Ipiranga do Governo do Estado de São Paulo.


Em 2012, apoiou novamente José Serra na disputa municipal paulista.

Hélio Bicudo criou e presidiu de 2003 a 2013, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH), entidade que atuou junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando e acompanhado casos de desrespeito aos direitos humanos no Brasil.

Os processos denunciados e demais sob sua responsabilidade foram transferidos aos cuidados de diversas entidades de mesma finalidade. O encerramento das atividades da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH) se deu por falta de recursos financeiros. Seu acervo bibliotecário foi doado à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no mesmo ano de encerramento de suas atividades, em ato solene.

Em 2015, protocolou na Câmara dos Deputados, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O jurista, Miguel Reale Júnior e os movimentos sociais pró-impeachment decidiram aderir ao requerimento de Hélio Bicudo, que contou também como apoio de parlamentares e boa parte da sociedade civil que organizou um abaixo-assinado em apoio ao impeachment da Presidente da República, enquanto outros parlamentares e militantes petistas, se posicionaram em defesa do mandato da presidente ré.

O pedido de Hélio Bicudo foi, no mesmo ano, acatado por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, depois de várias reuniões para instruir os reclamantes. Tal pedido culminou com a deposição da petista no dia 31/08/2016, pelo Senado Federal, por 61 votos a favor da deposição, e 20 votos contra.

Morte

Hélio Bicudo faleceu na terça-feira, 31/07/2018, aos 96 anos, em sua casa na região dos Jardins, em São Paulo. Ele vinha passando por problemas cardíacos havia vários meses. A saúde de Hélio Bicudo era frágil desde 2010, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Debilitou-se ainda mais em março de 2018, quando morreu sua esposa, Déa Pereira Wilken Bicudo, após 71 anos de casamento. Hélio Bicudo deixou sete filhos, netos e bisnetos.

Fonte: Wikipédia
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Hélio Eichbauer

HÉLIO EICHBAUER
(76 anos)
Cenógrafo

☼ Rio de Janeiro, RJ (21/10/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/07/2018)

Hélio Eichbauer foi um cenógrafo brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 21/10/1941. Foi um dos principais renovadores da cenografia brasileira moderna. Transitou por várias gerações de artistas, colaborando com idéias arrojadas para muitas encenações importantes da produção nacional. Em lugar dos recursos ilustrativos ou descritivos, propunha a metáfora, a livre-interpretação, o papel autoral do cenário na concepção artística do espetáculo.

Entre 1962 e 1966 estudou com o cenógrafo Josef Svoboda, em Praga, na Tchecoslováquia, atual República Tcheca. Em 1965, acumulou alguns estágios por países da Europa, como Alemanha, França e Itália. Durante este período fez cursos sobre os diversos segmentos da cenografia como iluminação, marcenaria, figurino, entre outros.

No ano de 1967 trabalhou em Cuba, no Teatro Studio de Havana. De volta ao Brasil, realizou trabalhos em diversas áreas da arte brasileira, como óperas, teatro e shows de música popular.

Também em 1967 é premiado com o Molière pelo cenário de "Verão", de Romam Weingarten, sob a direção de Martim Gonçalves, com quem trabalhou novamente em "Álbum de Família", de Nelson Rodrigues, na Venezuela, em 1969. Nessa produção, o palco se tornou uma grande tela fracionada, superfície de projeção de imagens em fragmentos, que servia de contraponto ao diálogo, apresentando o mundo interior das personagens.

Hélio Eichbauer ganhou diversos prêmios, como a medalha de ouro pelo conjunto da obra em teatro, na cidade de São Paulo, no ano de 1969 e a Triga de Ouro em arquitetura teatral e cenografia, na 2ª Quadrienal de Praga, realizada em 1971


Hélio Eichbauer assinou a cenografia da antológica peça "O Rei da Vela", escrita em 1933 por Oswald de Andrade e encenada pelo Teatro Oficina em 1967, com a direção de José Celso Martinez Corrêa. Nessa montagem, Hélio Eichbauer fez da cenografia um grande marco na história do teatro. O cenário se renovava a cada ato. No primeiro, para compor o escritório de Abelardo I, o cenógrafo uniu o realismo ao expressionismo, que nesse caso não obedece as características do estilo, mas sim uma justaposição da obra ao ambiente intelectual na qual foi feita. No segundo ato fez uma alusão ao Teatro de Revista e mostrou em um telão pintado por ele mesmo a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. No terceiro e último ato, volta ao escritório de Abelardo I, mas com uma diferença: Há a presença de uma cortina vermelha em todo o cenário, simbolizando a morte de Abelardo I.

No cenário de "O Rei da Vela", Hélio Eichbauer inovou, trazendo para o palco elementos que se aproximavam muito da charge, da caricatura.

Encontrou as soluções mais inteligentes, usando o deslocamento de elementos no cenário, palco giratório, conseguindo passar para o público a complexa mensagem sem ser direto. Com a criação do cenário de "O Rei da Vela"Hélio Eichbauer ganhou os seguintes prêmios: Governador do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT).


Quando completou 30 anos de profissão, na década de 1990, Hélio Eichbauer já tinha acumulado uma extensa lista de trabalhos, totalizando 130 em teatro, 13 exposições, além disso, reunia 28 prêmios.

Seu trabalho serve como exemplo para vários cenógrafos, pois renovou a cenografia brasileira com suas idéias arrojadas. Hélio Eichbauer modificou os recursos usados, propondo a metáfora, a livre interpretação e o papel autoral na concepção artística do espetáculo. Levou também suas criações a outras áreas artísticas, como vídeo e cinema. Ensinou cenografia em diversas universidades e escolas de teatro, como a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Artes Visuais, Universidade do Rio de Janeiro, Ateneo de Caracas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Escola de Teatro Martins Pena.

Quando completou 40 anos de carreira, em 2006, Hélio Eichbauer foi homenageado com uma bela exposição no Centro Cultural dos Correios.

Seus últimos trabalhos foram em 2017 como cenógrafo dos shows de Chico Buarque e Caetano Veloso.

Hélio Eichbauer foi casado com Dedé Gadelha Veloso, ex-esposa de Caetano Veloso.

Morte

Hélio Eichbauer faleceu na sexta-feira, 20/07/2018, aos 76 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto fulminante. O velório aconteceu no domingo, 22/07/2018, na Capela 8 do Memorial do Carmo, das 10h00 às 16h00.

Fonte: Wikipédia
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