Severiano Ribeiro

LUIZ SEVERIANO RIBEIRO FILHO
(88 anos)
Empresário

☼ Baturité, CE (03/06/1886)
┼ Rio de Janeiro, RJ (01/12/1974)

Luiz Severiano Ribeiro Filho, mais conhecido por Severiano Ribeiro, foi um empresário nascido em Baturité, CE, no dia 03/06/1886. Foi o fundador do Grupo Severiano Ribeiro, uma empresa brasileira que atua no ramo de exibição cinematográfica, com sede na cidade do Rio de Janeiro. É a maior rede de cinema de capital exclusivamente nacional, por número de salas e complexos e uma das mais antigas em atividade ininterrupta, tendo completado um século de existência em 2017.

Filho do médico Luiz Severiano Ribeiro e Maria Felícia Caracas, teve duas irmãs: Alice e Maria.

Aos 10 anos foi estudar no Seminário Episcopal de Fortaleza (Seminário da Prainha) na Praia Formosa. Apesar de ser religioso, não tinha vocação para o sacerdócio e fugiu do Seminário.

Aos 18 anos foi embarcado para o Rio de Janeiro e matriculado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Decepcionado com a medicina diante da morte da mãe, Severiano Ribeiro abandonou os estudos e logo voltou e estabeleceu-se no Ceará.

Com a morte do pai em 1916, ele excluiu "Filho" de seu nome.

Com uma vocação comercial incontestável, Luiz Severiano Ribeiro antes de entrar no mercado de cinema, teve uma livraria, um empório em Fortaleza e outro em Recife, além de hotéis, cafés e outros empreendimentos.

À frente de seu tempo, em 1914, Severiano Ribeiro decidiu criar uma nova empresa nos moldes de uma holding, a fim de centralizar a administração de todos os seus negócios.

Seu primeiro contato com a projeção de imagens aconteceu no Circo Pery, quando ainda era jovem.

A partir de 1908, quando foi inaugurado o primeiro cinema fixo de Fortaleza, o Cinematographo Art-Nouveau, do italiano Victor Di Maio, passou a acompanhar o ramo de exibição de filmes.

Um ano após promover grande reforma no Cinematographo Art-Nouveau, sufocado pela forte concorrência, Victor Di Maio deixou o Ceará. Severiano Ribeiro arrendou o local, realizando projeções diárias em horários sincronizados com o Café Riche. Logo em seguida, decidiu fechar o café e abrir no local um cinema com o mesmo nome. O Cine Riche, uma sociedade com o também empresário Alfredo Salgado, foi inaugurado em dezembro de 1915.

Luiz Severiano Ribeiro não considerou o Cine Riche como seu primeiro cinema. A terrível seca daquele ano, aliado à concorrência acirrada e à oferta precária de filmes deixou o mercado em uma situação difícil. O empresário foi em busca de uma solução e apresentou uma estratégia que considerava a melhor para aquecer o capital de giro das empresas: Arrendar os cinemas pelo período mínimo de cinco anos, pagando uma renda fixa aos proprietários, mas com a condição dos demais exibidores não abrirem outro cinema em Fortaleza ou imediações.

Década de 20

Luiz Severiano Ribeiro se estabeleceu no Rio de Janeiro alugando um palacete de três andares para a sua família. À frente de seu tempo, associou-se à americana Metro-Goldwyn-Mayer, fechando a primeira Joint Venture da história do grupo. No acordo, a companhia ficou responsável pelas reformas das casas e pelo fornecimento de filmes, enquanto a empresa brasileira ficava a cargo do arrendamento e administração dos cinemas. A parceria durou quatro anos e foi desfeita em comum acordo.

Na década de 20 é inaugurado o Cine Odeon, no Centro do Rio de Janeiro e o Cine Palácio, na Cinelândia, Rio de Janeiro, torna-se o primeiro cinema carioca a exibir um filme sonoro.

Severiano Ribeiro, junto a outros exibidores cariocas, funda o Sindicato Cinematográfico dos Exibidores e é eleito presidente.

Foi inaugurado na Praça Duque de Caxias, hoje Largo do Machado, o Cinema São Luiz. Com capacidade para 1.794 espectadores, a sua abertura marcou a história da cidade. A sala foi a primeira a exibir lançamentos fora do centro do Rio de Janeiro, desenhando um novo cenário na geografia do mercado de exibição. Localizado próximo ao Palácio do Catete, residência oficial do então presidente Getúlio Vargas, o cinema foi decorado com todos os requintes a que se tinha direito, misturando a imponência do mármore aos cristais e espelhos tão em voga na época. Já a sala de projeção foi inspirada na do Radio City, de New York. O empreendimento consumiu todas as economias de Luiz Severiano Ribeiro, que investiu pesado para erguer um dos mais bonitos palácios cinematográficos do Rio de Janeiro.

Em 03/09/1938, "Bloqueio" (1938), com Henry Fonda, mostra pela primeira vez aos cariocas o que o Cine Roxy oferecia. A sala permitia, além da exibição de filmes, a apresentação de espetáculos de variedades. O palco do Cine Roxy possuía duas escadas laterais e um fosso destinado às orquestras.

Na década de 40, o Cine Rex, em Fortaleza, é reaberto como uma empresa de Luiz Severiano. O filme "O Sabotador" (1942), de Alfred Hitchcock, leva o público ao delírio. Os frequentadores do local eram chamados de Geração Rex.

Três gerações da família Severiano Ribeiro.
O ator José Lewgoy passou por um momento inesquecível no Cine São Luiz, Rio de Janeiro, no lançamento de "Carnaval de Fogo". Desconhecido até então, o ator entrou tranquilamente para assistir ao filme, mas na saída, teve que ser escoltado pela polícia. Os fãs alvoroçados, mais de mil pessoas, queriam um autógrafo a todo custo.

Na década de 50, o Cine Palácio foi cenário de mais uma evolução da indústria cinematográfica. Nesta década, lançava com exclusividade no Brasil o Cinemascope, com o filme "O Manto Sagrado" (1953).

Na década de 50 são inaugurados o Cine São Luiz de Recife, Cine São Luiz de Fortaleza - a obra demorou 20 anos para ser finalizada - e Leblon, Rio de Janeiro. O cine Cine São Luiz de Fortaleza foi uma homenagem pessoal de Severiano Ribeiro para a cidade. No de Recife, o destaque foi um mural do renomado artista Lula Cardoso Ayres no saguão do local.

Ainda na década de 50 acontece a segunda Joint Venture na trajetória da empresa. A parceria com a 20th Century Fox era para operar dois cinemas: Cine Palácio, no Rio de Janeiro, e Cine Marrocos, em São Paulo, em sociedade com Lucídio Seravolo.

Em 04/04/1955, o famoso Cine Majestic sofreu um incêndio que destruiu parcialmente sua estrutura.

O roqueiro Bill Halley levou a platéia do Cinema Rian, no Rio de Janeiro, ao delírio na apresentação do filme "No Balanço das Horas (Rock Around The Clock)". O público assistiu a produção, dançando o rock'n roll e transformando o cinema em uma pista de dança.

JK e Severiano Ribeiro
Na década de 60, o Cine Roxy mostrou para seus frequentadores a tela em curva do Cinerama. No Cine São Luiz, do Rio de Janeiro, na avant premiére do "O Pagador de Promessas" (1962), vencedor do Festival de Cannes, a platéia ficou emocionada com a chegada do diretor Anselmo Duarte, o elenco do filme, juntos com o produtor Osvaldo Massaini, que carregava a Palma de Ouro. Eles foram recebidos ao som de mais de mil vozes cantando o hino nacional.

O Cine Majestic, no Ceará, primeiro do grupo, é destruído por um incêndio. Nas primeiras horas de 01/01/1968, uma ponta de cigarro aceso ocasionou um grande sinistro.  O incêndio iniciou às 2h00 da manhã, com suas chamas apagadas totalmente 5h30, ruindo o teto e perda total.

Na década de 70, dois cinemas de rua no Rio de Janeiro passam por reformas e são divididos em duas salas de projeção: Cine Leblon e Cine Palácio.

Na década de 80, com as obras de construção do metrô no Rio de Janeiro, o Cine São Luiz acabou sendo fechado e demolido. Logo no ano seguinte, começou a ser construído o Edifício São Luiz e o cinema foi reaberto.

Ainda na década de 80 começou a migração dos cinemas de rua para dentro dos shoppings centers. Nesta década é criada a terceira Joint Venture: a Paris-Severiano Ribeiro, com o lançamento do primeiro multiplex brasileiro, com oito salas no Park Shopping, de Brasília.

Na década de 90, o Cine Roxy, no Rio de Janeiro, passa por uma reforma e reabre com três salas de exibição. O Grupo Severiano Ribeiro e a United Cinemas International fecham uma parceria e inauguram os cinemas Recife Shopping (10 salas) e o Shoppping Tacaruna (8 salas), formando a quarta Joint Venture.

Anos 2000

O Cine São Luiz, no Rio de Janeiro, passa por uma reforma e reabre em janeiro do ano seguinte completamente remodelado: Com mais duas salas, totalizando quatro, o Café São Luiz, novas bilheterias e bomboniéres.

O grupo estreou em São Paulo com uma nova marca, que passou a dar nome aos seus cinemas equipados com tecnologia de última geração. Lançamento da marca Kinoplex no Shopping Parque Dom Pedro, em Campinas, em um complexo com 15 salas de projeção. Em seguida, o Grupo Severiano Ribeiro abriu seu primeiro empreendimento na capital, o Kinoplex Itaim. Inaugurou também o Kinoplex Praia da Costa, em Vila Velha, Espírito Santo, e o cinema no Shopping Iguatemi, de Fortaleza, em parceria com a United Cinemas International.

Em 2006, a marca Kinoplex estreou no Rio de Janeiro: Em julho abriu o Kinoplex Nova América, na Zona Norte, e em dezembro, o Kinoplex Leblon, na Zona Sul da cidade. No início deste ano, o Grupo Severiano Ribeiro abriu UCI Kinoplex, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O cinema é equipado com a tecnologia 3D.

Morte

Luiz Severiano Ribeiro faleceu no domingo, 01/12/1974, aos 88 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Ademilde Fonseca

ADEMILDE FONSECA DELFINO
(91 anos)
Cantora

* Macaíba, RN (04/03/1921)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/03/2012)

Mais conhecida como Ademilde Fonseca, foi uma cantora brasileira. Suas interpretações a consagraram como a maior intérprete do choro cantado, sendo considerada a "Rainha do Choro".

Nasceu na localidade de Pirituba, no município de Macaíba, no estado do Rio Grande do Norte.

Aos quatro anos de idade, foi viver com a família em Natal, RN, onde morou até o início da década de 40. Desde criança gostava de cantar e ainda na adolescência, começou a se interessar pelas serestas, onde travou conhecimento com músicos locais.

Pouco mais tarde se casou com um desses seresteiros, Naldimar Gedeão Delfino. Com ele se mudou para o Rio de Janeiro em 1941. Seu nome oficial sofreu duas alterações ao longo da vida. Foi registrada como Ademilde Ferreira da Fonseca. Ao se casar com o violonista Naldimar Gideão Delfino mudou o nome para Ademilde Fonseca Delfino. Ao separar-se de Naldimar, adotou o nome artístico de Ademilde Fonseca como seu nome documental.

Recebeu do instrumentista Benedito Lacerda o título de "Rainha do Chorinho".

Em 1942, se apresentou no programa "Papel Carbono", de Renato Murce. No mesmo ano, acompanhada pelo regional de Benedito Lacerda interpretou durante uma festa o choro "Tico-Tico No Fubá" (Zequinha de Abreu), com letra de Eurico Barreiros. O flautista gostou tanto de sua interpretação que tomou a iniciativa de levá-la aos estúdios da gravadora Columbia, na época dirigida pelo compositor João de Barro (Braguinha).

Sua estréia em disco aconteceu em agosto de 1942, num 78 rpm que trazia o choro "Tico-Tico No Fubá" e o samba "Voltei Pro Morro" (Benedito Lacerda e Darci de Oliveira). Foi a primeira vez que o choro de Zequinha de Abreu, composto em 1917, era gravado com a letra escrita por Eurico Barreiros após a morte do compositor. No mesmo ano, gravou os sambas "Racionamento" (Caio Lemos e Humberto Teixeira) e, com Lauro Borges"Altiva América" (Esdras FalcãoHumberto Teixeira).

Abel Ferreira e Ademilde Fonseca
Em 1943 gravou os choros  "Apanhei-te, Cavaquinho" (Ernesto Nazareth), com letra de Darci de OliveiraBenedito Lacerda, e "Urubu Malandro", de motivo popular, com arranjos de Lourival de Carvalho e versos de João de Barro, com acompanhamento de Benedito Lacerda e seu conjunto regional. Desde então, passou a ser conhecida como cantora identificada com o gênero que a consagraria: o choro. Passou a ser reconhecida como "Rainha do Choro". Ainda em 1943, assinou contrato com a Continental, que relançou seus primeiros discos.

Em 1944, gravou o samba "Brinque A Vontade!..." (Osvaldo dos Santos, Odaurico Mota e Antônio Ferreira da Silva) e a marcha "Os Narigudos" (Benedito Lacerda e Haroldo Lobo). No mesmo ano, lançou os choros "Dinorá" e "É De Amargar", ambos da dupla Darci de OliveiraBenedito Lacerda. Ainda em 1944, foi contratada pela Rádio Tupi, apresentando-se com os regionais de Claudionor Cruz e Rogério Guimarães.

Em 1945, gravou os choros "O Que Vier Eu Traço" (Osvaldo dos Santos e Zé Maria) e "Xem-Em-Ém" (Geraldo Medeiros e Nestor de Holanda). No mesmo ano, gravou em ritmo de choro a polca "Rato" (Claudino da Costa e Casimiro Rocha). Da gravação fez parte o violonista Garoto com o conjunto Bossa Clube.

Em 1946, gravou o samba "Estava Quase Adormecendo" (João de Deus e Sebastião Figueiredo) e o choro "Sonoroso" (Del Loro e K-Ximbinho), que foi um de seus sucessos.

Voltou a gravar apenas dois anos depois, em 1948, quando registrou os choros "Vou Me Acabar" (Altamiro Carrilho e Pereira Costa) e "Sonhando" (K-Ximbinho e Del Loro).

Voltou a ficar mais dois anos sem gravar e em 1950, lançou a marcha "João Paulino" e o samba "Adeus, Vou-me Embora", ambas as composições de autoria de Alberto Ribeiro e José Maria de Abreu. No mesmo ano, suas gravações para "Brasileirinho" (Waldir Azevedo e Pereira da Costa) e "Teco-Teco" (Pereira da Costa e Milton Vilela) resultaram em enorme sucesso, sendo acompanhada nas duas composições pelo regional de Waldir Azevedo. Ainda no mesmo ano, assinou com a gravadora Todamérica, onde estreou com os choros "Molengo" (Severino Araújo e Aldo Cabral) e "Derrubando Violões" (Carioca).

Abel Ferreira e Ademilde Fonseca
Em 1951, gravou os baiões "Delicado" (Waldir Azevedo e Ari Vieira), uma de suas gravações mais marcantes, e "Arrasta-pé" (Rafael de Carvalho). No mesmo ano, gravou dois clássicos do repertório do choro: "Galo Garnizé" (Antônio Almeida, Luiz Gonzaga e Miguel Lima) e "Pedacinhos Do Céu" (Waldir Azevedo), com letra de Miguel Lima.

Em 1952, gravou o samba "Só Você" (Bruno Gomes e Ivo Santos) e "Baião em Cuba" (Pedroca e Miguel Lima). No mesmo ano, seguiu para a França com a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, participando de um espetáculo em Paris produzido pelo jornalista Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados.

Em 1953, gravou o choro "Vaidoso" (Poly e Juraci Rago), os baiões "Turista" (Poly e Geraldo Blota) e "Meu Cariri" (Dilu Melo e Rosil Cavalcânti), e a marcha "Uma Casa Brasileira" (Wilson Batista e Everardo de Barros).

A partir de 1954, na Rádio Nacional, passou a apresentar-se com os regionais de Canhoto, Jacob do Bandolim, Pixinguinha e também com as orquestras de Radamés Gnattali e do maestro Chiquinho. Também em 1954, gravou a polca "Pinicadinho" (Jararaca e Ratinho) e o baião "Tem 20 Centavos Aí?" (Zé Tinoco).

Em 1955 gravou o maxixe "Rio Antigo" (Altamiro Carrilho e Augusto Mesquita) e o choro "Saliente" (Altamiro Carrilho e Armando Nunes). No mesmo ano, transferiu-se para a Odeon e lançou os choros "Polichinelo" (Gadé e Almanir Grego) e "Na Vara Do Trombone" (Gomes Filho).

Em 1956 gravou o samba "Império Serrano" (Lobo, Hinha e Amorim Roxo) e a marcha "Me Leva" (Arsênio de Carvalho). Ainda em 1956 gravou, entre outros, "Xote Do Totó" (Arsênio de Carvalho e Nelson Sampaio), o choro "Acariciando" (Abel Ferreira e Lourival Faissal), o baião "A Situação" (Miguel Lima e Gil Lima), e a toada "Procurando Você" (Catulo de Paula e Fernando Lopes).


Em 1957 gravou o samba "Telhado De Vidro" (Marino Pinto e Mário Rossi). No mesmo ano, ficou em terceiro lugar no concurso para a escolha da "Rainha e Rei do Rádio" com 100.445 votos.

Em 1958 gravou o LP "À La Miranda", no qual interpretou músicas que foram sucessos na voz de Carmen Miranda, como "Camisa Listrada", "Uva De Caminhão" e "Recenseamento", todas de Assis Valente.

Em 1959, gravou o samba "Na Baixa Do Sapateiro" (Ary Barroso). No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora Philips e lançou o LP "Voz + Ritmo = Ademilde Fonseca" com destaque para "Tá Vendo" (Antônio Almeida), "Se Eu Te Perdesse" (Marino Pinto e Vadico), "Boato" (João Roberto Kelly), e "13 De Maio" (René Bittencourt).

Em 1960 gravou o LP "Choros Famosos", cantando uma série de choros clássicos como "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Pedacinhos Do Céu" (Waldir Azevedo e Miguel Lima), "Apanhei-te Cavaquinho" (Benedito Lacerda, Darci, Oliveira e Ernesto Nazareth), e "Comigo É Assim" (José Menezes e Luiz Bittencourt).

Em 1961, gravou o samba "De Apito Na Boca" (Bidu Reis e Murilo Latini) e a marcha "É O Que Ela Quer" (J. Cascata e Luiz Bittencourt).

Em 1962 gravou as marchas "Pé De Meia" (Luiz de França e Nahum Luiz) e "Quem Resolve É A Mulher" (Luiz Bittencourt e Bidu Reis).

Excursionou pela Espanha e por Portugal em 1964, juntamente com o cantor Francisco Egydio. Em Lisboa, permaneceu em cartaz durante cerca de seis meses.

Em 1967, interpretou o choro de Pixinguinha e Hermínio Bello de Carvalho "Fala Baixinho" no II Festival Internacional da Canção (FIC), da TV Globo.


Na década de 1970, apresentou-se em shows no Teatro Opinião no Rio de Janeiro e lançou um LP pela gravadora Top Tape, em 1975. Neste disco destaca-se a faixa "Títulos De Nobreza", que tem também o nome de "Ademilde no Choro". Trata-se de um presente para a cantora da dupla de compositores João Bosco e Aldir Blanc.  A letra se refere a diversos títulos de choros, muitos deles gravados anteriormente por ela própria. Este disco, que marcou o retorno da cantora às gravações, e tinha ainda as faixas "Choro Chorão" (Martinho da Vila), "Meu Sonho" (Paulinho da Viola) e "Amor Sem Preconceito" (Paulinho da Viola e Candeia).

Em 1997, integrou-se ao conjunto As Eternas Cantoras do Rádio ao lado de Carmélia Alves, Violeta Cavalcanti e Ellen de Lima.

Em 1999, recebeu a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, a mais alta comenda concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Em 2001, participou do CD "Café Brasil", produzido por Rildo Hora, ao lado de Marisa Monte, Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Henrique Cazes, Leila Pinheiro, o conjunto Época de Ouro, entre outros.

Admirada no Brasil e no exterior, uma prova disso pode ser dada pela admiração da cantora japonesa Yoshimi Nakayama que tendo obtido, no Japão, um CD de Ademilde Fonseca, decorou as letras, sem saber o significado das palavras, veio ao Brasil e passou a cantá-las em seus shows. Posteriormente, Yoshimi Nakayama veio ao Brasil para conhecer Ademilde Fonseca que a recebeu em sua casa e lhe ensinou, além do significado das palavras das músicas do seu repertório, diversos segredos da sua interpretação. Yoshimi Nakayama fez uma gravação no Rio de Janeiro, cantando junto com Ademilde Fonseca e acompanhada pelo violonista Walter Silva, o Waltinho, e fez algumas apresentações, junta com Ademilde Fonseca, no Restaurante Panorama no Leblon.


A partir de 2004, passou a se apresentar sempre em companhia da sua filha Eymar Fonseca. Entre as apresentações mais marcantes das duas juntas, destacam-se os festivais do choro "Na Cadência do Choro", no Circo Voador, em 2005, no qual se apresentou em duas noites, na primeira acompanhada pelo flautista Altamiro Carrilho, e na segunda, pelo grupo Noites Cariocas, onde foi a grande homenageada. "A Noite do Chorinho", em Conservatória, em 2007, e o show "De Mãe Para Filha", realizado na Sala Baden Powell, em maio de 2008.

Foi homenageada pela Escola de Samba Imperatriz Alecrinense, em Natal, RN, que desfilou, no Carnaval de 2007, tendo como tema a sua história: "Saudação da Imperatriz a uma Rainha (Ademilde Fonseca)".

Em 2008 recebeu convite da cantora Carmélia Alves para voltar a integrar o grupo "Cantoras do Rádio", o que aceitou.

Ademilde Fonseca foi uma cantora de importância fundamental na música popular brasileira, e particularmente para o desenvolvimento do choro. Até o seu surgimento, o choro não era para ser cantado e era considerado como um gênero exclusivo dos instrumentistas.

Em 2011, foi lançado pelo selo Discobertas em convênio com o Instituto Cultural Cravo Albin (ICCA), a caixa "100 Anos De Música Popular Brasileira" com a reedição em quatro CDs duplos dos oito LPs lançados com as gravações dos programas realizados pelo radialista e produtor Ricardo Cravo Albin na Rádio MEC em 1974 e 1975. No volume 4 estão incluídas as suas interpretações acompanhada por Abel Ferreira e seu conjunto para os choros "Brasileirinho" e "Delicado", ambos de Waldir Azevedo.

Em 2012, sua interpretação para o samba "Recenseamento", de Assis Valente, foi incluída no CD duplo "Assis Valente Não Fez Bobagem - 100 Anos De Alegria" lançado pela EMI em homenagem ao centenário de nascimento do compositor.

Morte

A cantora Ademilde Fonseca morreu no final da noite de terça-feira, 27/03/2012, no Rio de Janeiro. Ela tinha 91 anos e sofria problemas cardíacos.

Segundo a neta, Ana Cristina, Ademilde sofreu um mal súbito e morreu em casa, por volta das 23:00 hs.

Ademilde Fonseca deixou uma filha, a também cantora Eimar Fonseca, três netas e quatro bisnetos. O enterro da cantora foi realizado no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Millôr Fernandes

MILTON VIOLA FERNANDES
(88 anos)
Cartunista, Humorista, Dramaturgo, Escritor e Tradutor

* Rio de Janeiro, RJ (16/08/1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/03/2012)

Com passagem marcante pelos veículos impressos mais importantes do Brasil, como O Cruzeiro, O Pasquim, Veja e Jornal do Brasil, entre vários outros, Millôr é considerado uma das principais figuras da imprensa brasileira no século XX.

Multifacetado, obteve sucesso de crítica e de público em todas os gêneros em que se aventurou, como em seus trabalhos de ilustração, tradução e dramaturgia, sendo várias vezes premiado. Além das realizações nas áreas literária e artística, ficou conhecido também por ter sido um dos idealizadores do frescobol.

Juventude

Filho do engenheiro espanhol Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes, Millôr nasceu no do Méier em 16 de agosto de 1923, mas só foi registrado como Milton Viola Fernandes, no ano seguinte, em 27 de maio de 1924. De Milton se tornou Millôr graças à caligrafia duvidosa na certidão de nascimento, cujo traço não completou o "t" e deixou o "n" incompleto. Aos dois anos perde o pai, e sua mãe passa a trabalhar como costureira para sustentar os quatro filhos.

Millôr Fernandes (Fonte: AE)
De 1931 a 1935 estudou na Escola Ennes de Souza. Nesse meio tempo se torna leitor voraz de histórias em quadrinhos, especialmente Flash Gordon. A forte influência, e o estímulo de seu tio Antônio Viola, o leva a submeter um desenho ao períodico carioca O Jornal que, aceito e publicado, lhe rende um pagamento de 10 mil réis.

Aos doze anos perde a mãe, passando a morar com o tio materno Francisco, sua esposa Maria e quatro filhos no subúrbio de Terra Nova, próximo ao Méier. Dois anos depois, em 1938, passa a trabalhar para o médico Luiz Gonzaga da Cruz Magalhães Pinto, entregando seu remédio para os rins Urokava em farmácias. Pouco depois é empregado pela revista O Cruzeiro, assumindo as funções de contínuo, repaginador e factótum.

Na mesmo época, assinando sob o pseudônimo Notlim, ganha um concurso de contos na revista A Cigarra. É promovido a arquivista da publicação, e com o cancelamento de quatro páginas de publicidade desta, é convidado a preencher o espaço vago. Cria então a seção Poste Escrito, que assina como Vão Gogo.

Carreira Literária

O sucesso de sua coluna em A Cigarra faz com que ela passe a ser fixa, e Millôr assume a direção do periódico, cargo que ocuparia por três anos. Ainda sob o pseudônimo Vão Gogo, começa a escrever uma coluna no Diário da Noite. Passa a dirigir também as revistas O Guri, com histórias em quadrinhos, e Detetive, que publicava contos policiais.

Em 1941 volta a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como Vão Gogo na coluna Pif-Paf, o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro.

Já em 1956 divide a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em 1957, ganha uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Dispensa o pseudônimo Vão Gogo em 1962, passando a assinar apenas como Millôr em seus textos na revista O Cruzeiro. Deixa a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.

Em 1964, passa a colaborar com o jornal português Diário Popular e obtém o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968, começa a trabalhar na revista Veja, e em 1969 torna-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.

Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Traduziu, do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, William Shakespeare, Molière, Bertolt Brecht e Tennessee Williams.

Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem sua autorização no acervo on-line da publicação.

Problemas de Saúde

No princípio de fevereiro de 2011, Millôr sofreu um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Permaneceu em torno de duas semanas inconsciente na UTI, e após cinco meses de internação em uma clínica no Rio de Janeiro, recebeu alta no dia 28 de junho. Dois dias depois voltou a se sentir mal, passando outros cinco meses internado.

Após o segundo internamento a família de Millôr manteve em privado os detalhes a respeito de sua saúde, até que em 28 de março de 2012 é divulgado à imprensa que o escritor morrera no dia anterior, em decorrência de Falência Múltipla dos Órgãos e Parada Cardiorrespiratória.

Fonte: Wikipédia

Yedda Rego Alves

YEDDA DO REGO ALVES
(83 anos)
Atriz

☼ (1929)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/01/2012)

Yedda Rego Alves foi uma atriz e manipuladora de bonecos. Yedda fazia parte do elenco de apoio da novela "Aquele Beijo" (2011), da TV Globo, como uma das costureiras da Confecção Shunel.

A atriz interpretou a Dona Madalena durante dois anos no "Sítio do Pica-Pau Amarelo" e na novela "O Amor Está no Ar" (1997). Além disso, fez participações na novela "Duas Caras" (2007), na série "Guerra e Paz" (2008) e no humorístico "Zorra Total".

Yedda faleceu na manhã do dia 19/01/2012, aos 83 anos. Ela estava internada há uma semana com câncer no Hospital Barra D´Or, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O velório aconteceu no dia 19/01/2012, na Capela 02 da Ordem 3ª da Penitência, no Caju, na Zona Norte do Rio. O sepultamento foi no Cemitério do Caju, às 16h00.

Televisão

  • 1997 - O Amor Está no Ar
  • 2005 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Dona Madalena
  • 2008 - Duas Caras
  • 2008 - Guerra e Paz (Episódio Ricos e Pobres)
  • 2011 - Aquele Beijo ... Dona Yeda

Fonte: Wikipédia e R7

Castro Barbosa

JOAQUIM SILVÉRIO DE CASTRO BARBOSA
(69 anos)
Cantor, Compositor e Humorista

* Sabará, MG (07/05/1905)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/04/1975)

Mais conhecido como Castro Barbosa, foi um cantor, compositor e humorista brasileiro.

Irmão do cantor Luiz Barbosa e do humorista e cantor Barbosa Júnior, Castro Barbosa nasceu no interior de Minas Gerais. Filho de um engenheiro que participara da construção da antiga estrada Rio-São Paulo. Ainda durante a infância de Castro Barbosa, a família veio morar no Rio de Janeiro, então Capital Federal.

Em 1924, Castro Barbosa passou a cursar uma escola comercial, onde se formaria guarda-livros (contabilidade). De 1926 a 1928 trabalhou na Livraria Braga e Cia., mas após sofrer um acidente ferroviário em Teresópolis, passou alguns meses inativo e depois ingressou na companhia de navegação Lloyd Brasileiro.

Joaquim Silvério de Castro Barbosa
Em 1930, trabalhando no Lloyd Brasileiro, conheceu João Athos, um cantor, que escutando-o cantarolar, interessou-se pela sua voz e o indicou para um teste na Rádio Educadora (PRB-7), onde foi apresentado ao também cantor Almirante, que o convidou a participar de seu programa.

Na emissora, foi travando conhecimento com os grandes artistas da época, dentre os quais Noel Rosa, Custódio Mesquita, Nonô e Francisco Alves.

Teve sua grande oportunidade no famoso Programa Casé, apresentado por Ademar Casé. Convidado pelo compositor André Filho, gravou seu primeiro disco em fevereiro de 1931, com a marcha Uvinha (André Filho), e o samba Tu Hás de Sentir (Heitor dos Prazeres). Gravou também o samba Tá de Mona (Maércio e Mazinho), com o Bando da Lua.

Em dezembro de 1931 voltaria ao estúdio, desta vez para realizar uma das gravações mais importantes da história da música brasileira: O Teu Cabelo Não Nega, de Lamartine Babo e Irmãos Valença. A marcha se tornaria em 1932 o maior sucesso de carnaval de todos os tempos e a gravação venderia 15 mil cópias.

Pouco depois, foi incentivado pelo cantor e compositor Paulo Neto de Freitas a tentar contatos com a gravadora RCA Victor. Paulo Neto apresentou o cantor ao violonista Rogério Guimarães, então diretor-artístico dessa gravadora que o aprovou. Nessa época, conheceu João de Freitas Ferreira, que atuava com o pseudônimo de Jonjoca. Em uma festa na casa do cantor Jorge Fernandes, os dois fizeram duetos de brincadeira, com Castro Barbosa imitando a voz de Francisco Alves, então o cantor de maior sucesso no Brasil. A partir de então formaram uma dupla, Jonjoca e Castro Barbosa, para concorrer com Mário Reis e Francisco Alves, que gravou muitas músicas de sucesso.

O primeiro disco da dupla trazia os sambas Sinto Falta de Você e A Cana Está Dura, de autoria de Jonjoca. Levado por Paulo Neto para a gravadora RCA Victor, foi apresentado ao diretor artístico Rogério Guimarães. A dupla realizou mais de 20 gravações até 1933.

Castro Barbosa gravaria inúmeras canções de sucesso até 1954 (83 discos de 78 RPM e 150 músicas), mas em 1937 foi convidado por Renato Murce para substituir o ator Artur de Oliveira no Programa Palmolive, da Rádio Nacional, atuando como cantor e humorista ao lado de Dircinha Batista e Jorge Murad. Foi a partir dali que a sua atuação como "speaker" e humorista passaria a sobrepujar a carreira de cantor.

Lauro Borges e Castro Barbosa

Foi convidado por Lauro Borges em 1939 para fazer juntamente com ele um programa humorístico, PRV-8 Rádio X, com poucas edições. Seria o embrião de uma nova atração, PRK-20 Zoio d'Água - 200 Velocipe na Antônia e 500 Kilovate na Onda, quadro do programa Sorriso Colgate, que durou de outubro de 1942 a setembro de 1944 na Rádio Club.

Castro Barbosa adotou então o pseudônimo de Vasco Ferreira e dividia o microfone com Lauro Borges e também Renato Murce, Jorge Murad e Del Mundo. As participações dos demais atores logo cessou e restou apenas a dupla Lauro Borges e Castro Barbosa.

Às 21:00 hs do dia 19 de outubro de 1944 estreou pela Rádio Mayrink Veiga PRK-30. No entanto, Castro Barbosa não participou das primeiras irradiações, com o ator Pinto Filho em seu lugar. Foi somente a partir da 25ª apresentação, em 16 de abril de 1945, que Castro Barbosa, sem mais usar o pseudônimo de Vasco Ferreira, passou a interpretar Megatério Nababo de Alicerce. Em 27 de setembro de 1946, PRK-30 passou a ser transmitido pela Rádio Nacional. A partir de então, o humorístico seria uma das maiores e mais populares atrações da emissora.

Seriam muitos anos de absoluto sucesso, com PRK-30 sendo irradiado também de São Paulo (1951). O programa também passou para a televisão, com igual sucesso, pela TV Paulista e TV Rio.

Castro Barbosa aposentou-se em 1968, após a morte de Lauro Borges, e morreu em 1975, vítima de um Aneurisma no Estômago. Deixou a viúva, Guilhermina Mendes, três filhos e cinco netos. Em sua homenagem, foi batizada com seu nome uma rua no bairro de Vila Isabel. Sua neta Renata Castro Barbosa também é atriz.

Fonte: Wikipédia

Moacyr Deriquém

MOACYR DERIQUÉM
(75 anos)
Ator

☼ Rio de Janeiro, RJ (1927)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/04/2002)

Moacyr Deriquém foi um ator brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, em 1927. Começou na carreira artística em 1949, com 23 anos, no teatro do Estudante, de Paschoal Carlos Magno, contra a vontade de seus pais que sonhavam vê-lo empregado como funcionário no Banco do Brasil.

Foi o galã de Neide Aparecida no programa "Neide no País das Maravilhas" e um dos príncipes do Teatrinho Trol, dois programas de sucesso na extinta TV Tupi, na década de 60. Nessa época ele ficou famoso interpretando sempre tipos nobres como príncipes, reis, sheiks e milionários.

Moacyr Deriquém atuou, também, em chanchadas da Atlântida Cinematográfica, como "Vamos Com Calma" e "Colégio de Brotos", lançadas em 1956, onde trabalhou ao lado de Oscarito. O filme foi recorde de bilheteria.

Na década de 70, Moacyr Deriquém participou de várias novelas, já na TV Globo. Entre as principais telenovelas que participou estão "O Cafona" (1971), "O Casarão" (1976), "Pecado Capital" (1975), "Duas Vidas" (1976), "Espelho Mágico" (1977) e "Cambalacho" (1986).

Moacyr Deriquém orgulhava-se de ter aberto espaço para atores como Sandra Bréa, Mário Gomes, Christiane Torloni e Denise Dumont, quando ocupou o cargo de supervisor de elenco da TV Globo. No final da década de 80, assumiu a direção do Teatro Villa-Lobos, em Copacabana.

Em 13/04/2001, Moacyr Deriquém foi encontrado morto em seu apartamento em Copacabana, Rio de Janeiro, pelos vizinhos. Quinze dias antes o ator havia sido internado com problemas cardíacos.

Moacyr Deriquém era solteiro e não tinha filhos.

Cinema
  • 1987 - Eu ... Giovanni
  • 1984 - Espelho de Carne
  • 1982 - Os campeões
  • 1981 - A Mulher Sensual
  • 1981 - A Gostosa da Gafieira
  • 1981 - O Torturador
  • 1979 - O Caso Cláudia ... Di Carlo
  • 1979 - Terror e Êxtase
  • 1979 - Sábado Alucinante ... Silvio
  • 1976 - As Massagistas Profissionais ... Artur
  • 1975 - O Casal
  • 1975 - Ipanema, Adeus
  • 1975 - As Aventuras de um Detetive Português
  • 1975 - As Desquitadas
  • 1975 - Os Maniacos Eróticos
  • 1975 - Deixa, Amorzinho... Deixa
  • 1973 - Divórcio à Brasileira
  • 1973 - As Moças Daquela Hora
  • 1972 - Eu Transo, Ela Transa ... Sousa
  • 1971 - Como Ganhar na Loteria sem Perder a Esportiva
  • 1970 - Em Família ... Doctor
  • 1970 - Em Busca do Su$exo
  • 1966 - Em Ritmo Jovem
  • 1965 - Samba ... Paquerador
  • 1965 - Um Ramo Para Luíza
  • 1964 - Crônica da Cidade Amada ... João
  • 1964 - Sangue na Madrugada
  • 1963 - Sonhando com Milhões ... Augusto
  • 1960 - Favela
  • 1960 - Cala a Boca, Etelvina
  • 1959 - Dona Xepa
  • 1959 - Eu Sou o Tal
  • 1958 - Na Corda Bamba ... Walter
  • 1956 - Fuzileiro do Amor
  • 1956 - Chico Fumaça
  • 1956 - De Pernas Pro Ar ... Johnny
  • 1956 - Vamos Com Calma
  • 1955 - Colégio de Brotos
  • 1955 - Leonora dos Sete Mares
  • 1955 - Chico Viola Não Morreu
  • 1953 - A Carne é o Diabo

Televisão
  • 1995 - Você Decide (O Corno Convicto)
  • 1993 - Mulheres de Areia ... Deputado Giacomini
  • 1992 - Anos Rebeldes ... Diretor de Teatro
  • 1986 - Cambalacho
  • 1980 - As Três Marias
  • 1978 - Pecado Rasgado ... Comandante
  • 1978 - Ciranda, Cirandinha ... Gerente da Loja
  • 1977 - Espelho Mágico
  • 1976 - Duas Vidas ... Heitor
  • 1976 - O Casarão ... Sérgio
  • 1975 - Pecado Capital ... Ricardo
  • 1971 - O Cafona ... Eugênio
  • 1970 - Irmãos Coragem
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Napoleão Bonaparte

Goiá

GERSON COUTINHO DA SILVA
(46 anos)
Cantor e Compositor

☼ Coromandel, MG (11/01/1935)
┼ Uberaba, MG (20/01/1981)

Gerson Coutinho da Silva, mais conhecido como Goiá, foi um cantor e compositor brasileiro.

Logo abaixo está a transcrição fiel da biografia do poeta, datilografada por ele mesmo de forma resumida, quase como um currículum:

GERSON COUTINHO DA SILVA (GOIÁ)
Filiação: Celso Coutinho da Silva e Margarida Rosa de Jesus

Nasci em 11 de janeiro de 1935, em Coromandel, na Rua Raul Soares, numa casa que muitos anos depois ficou conhecida por Casa do Períque (o nosso Péricles, de saudosa memória);

Desde pequenino, sempre gostei de "falar versos" (recitar trovas), e como sempre recebia em troca um "cachê" (doce, queijo, requeijão, etc.), meu entusiasmo cresceu sobremaneira, até que um dia, no auge da interpretação, quis dar um colorido especial à uma frase, expressando-a com bastante força, mas, o que todos ouviram foi um longo e grave ruído, considerado impróprio e vergonhoso, na presença "dos mais velhos", e foi assim que Coromandel perdeu seu declamador, de quatro anos de idade...

Ganhei de meu pai uma gaita de boca, que foi minha companheira por muitos anos, até que a troquei por um cavaquinho, mas, a minha alegria maior foi quando ganhei um violão "de tarrachas", que era o meu grande sonho...

Comecei a cantar em dupla com vários parceiros, dentre eles, Anterino Coutinho, meu irmão Nelson, Geraldo Telles (Geraldinho do Vigilato), seu irmão José (Zé do Vigilato), e quando chegávamos naquelas festas animadas, o pessoal sempre dizia:

- "Chegou o fio do Cerso cum seus cumpanhêro!"

E a coisa "fervia" até o nascer do sol!

Essa época marcou muito para mim e é responsável, em grande parte, pela saudade impossível que sinto da infância!

Comecei a estudar música com o mestre José Ferreira e enquanto não terminava o curso, passei a ser o tocador de bumbo ou bombo, e como por essa ocasião eu formava dupla com o Miguelinho (filho do "Miguel Batalhão"), arranjei para ele um lugar na banda de música, como tocador de tarol. E depois das retretas (Chapadão, Alegre, Mateiro, Santa Rosa, etc), a gente cantava nas "barracas" e o incentivo era imenso.

Após passarmos uma temporada em Lagamar, em casa de minha irmã Maria e de meu cunhado Fulô, fomos (eu e Miguelinho) para Patos de Minas, onde cantamos, por alguns meses, no programa do Compadre Formiga, meu querido amigo Padre Tomaz Olivieri.

Mas eu não suportava passar mais que dois meses fora de Coromandel! Saia e voltava, voltava e saia...


Foi em 1953 que parti para Goiânia, (então com dezoito anos de idade, juntamente com o meu pai) onde fiquei conhecendo gente maravilhosa, e onde permaneci por dois anos, aprendendo muito, em todos os sentidos!

Formei o Trio da Amizade, (o primeiro nome artístico foi Rouxinol), com programas diários na inesquecível Rádio Brasil Central, e fomos os primeiros do Estado a gravar discos em São Paulo (dois discos com 78 RPM na antiga Columbia, atual CBS).

Tenho um carinho especial pelo Estado de Goiás, notadamente por Goiânia, onde deixei grandes amigos, que jamais esquecerei!

De lá parti, no último dia do ano de 1955, e confesso, parti com lágrimas nos olhos, mas a grande meta era São Paulo, o grande eixo, também no mundo artístico.

Aqui, gravei alguns discos com o Trio Mineiro e após uma temporada na Rádio Nacional, nos programas do amigo Nhô Zé, transferí-me para a Rádio Bandeirantes, onde fui contratado como apresentador de programas, inicialmente no "Maiador da Fazenda", do amigo e parceiro Zacarias Mourão, e posteriormente lancei o "Choupana do Goiá", além de ser substituto eventual dos saudosos Capitão Balduino e Comendador Biguá, em seus tradicionais programas "Brasil Caboclo" e "Serra da Mantiqueira".

Esqueci-me de dizer que durante toda minha trajetória, de Coromandel a Patos, Goiânia e São Paulo, jamais deixei de compor minhas músicas, e através delas, chorava a grande saudade de minha terra, mas, eu tinha em mente um ideal, e todo ideal exige sacrifícios, e de todos, o maior era a ausência prolongada de minha cidade, de minha gente, "meus amores...".

Permaneci na Rádio Bandeirantes até meados de 61, quando então a quase totalidade do cast sertanejo daquela emissora havia gravado músicas minhas: Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léo, as Irmãs Galvão, Zilo e Zalo, Caçula e Marinheiro, Tibagi e Miltinho, Souza e Monteiro, Primas Miranda e outros tantos.

Fui para a Rádio 9 de Julho (ainda como apresentador) a convite do Geraldo Meirelles e Zé Claudino, lá ficando por dois anos, quando me despedi, e depois de uma curta temporada com Zacarias Mourão na Rádio Excelsior, decidi dedicar-me inteiramente às composições.

Com exceção de alguns meses como free-lancer na Rádio Nacional, no programa "Biá e Seus Batutas", nunca mais voltei a apresentar programas, tendo me dedicado, de corpo e alma, aos meus "versos"...
 
Um dia, para a alegria do povo de Coromandel, a dupla, Goiá e Biá, gravou o seu primeiro LP, com as composições de Goiá, e muitas falando de Coromandel e do Estado de Goiás, sendo que nesta época o seu parceiro e cunhado era bem conhecido na música sertaneja, através da dupla Palmeira e Biá, assim concretizando de vez os seus sonhos no âmago de sua alma.

Sentindo certas dificuldades ao cantar em dupla, não com relação a Biá, que sempre foi o seu Parceiro-Amigo-Irmão, como ele mesmo dizia, separou-se de Biá para gravar individualmente o seu primeiro LP em duas vozes, sendo um dos primeiros no Brasil a gravar neste estilo.


Assim, Goiá mostrou a sua familiaridade com o violão, pois tinha uma impressionante capacidade de musicar, não somente suas letras como também de muitos parceiros seus, vestindo a cada dia uma roupagem nova na Música-Política-Sertaneja.

E, sempre acompanhado de grandes personalidades da época, Goiá viveu dias intensos de viagens e shows por todo esse Brasil.

Mas nem tudo foi um mar de rosas. Além das dificuldades que todos enfrentam neste país, ele tinha também o seu lado de esposo e pai, sempre mostrando um carinho muito grande pela sua família, já composta de três filhos: Róbson, Myre e Hilger. Aí passou a ver o lado financeiro de suas músicas, pois até então, de direitos autorais, pouco recebia, devido a não regulamentação desse direito no Brasil.

Como exemplo, Goiá compôs a trilha sonora do filme "A Vingança de Chico Mineiro", onde quase nada recebeu por um grande trabalho de uma qualidade indiscutível.

Por volta de 1971, começou um tempo negro em sua vida. Goiá passou a ser portador de diabetes, e como ele mesmo dizia, abusava muito de sua saúde, não se alimentando corretamente, passando longos períodos de viagens e cantorias, ficando até três anos sem fazer um exame de sangue sequer.

E foi em dezembro de 1979, nos exames realizados em Uberlândia que ficou comprovado: Além do açúcar no sangue, Goiá era portador de cirrose hepática, já bem acentuada, ascite, água no peritônio.

De volta a São Paulo, começou a corrida aos hospitais na tentativa de estacionar a cirrose, e com isso ele perdia peso assustadoramente.

Foi quando em novembro de 1980, já vivendo praticamente só de cama, transferiu-se para Uberaba, ficando mais perto de Coromandel, podendo ser visitado freqüentemente pelos seus conterrâneos, trazendo para si, forças para continuar, mesmo acamado, a escrever suas canções.

Nos últimos anos de sua vida, Goiá já escrevia para o estilo sertanejo moderno e já era gravado por Chitãozinho & Xororó, João Mineiro & Marciano, Cezar & Paulinho, Milionário & José Rico, Duduca e Dalvan, Chico Rey e Paraná e muitos outros.

No dia 20/01/1981, às 8h00, morre Goiá em Uberaba, Minas Gerais, aos 46 anos. Seu corpo foi levado para Coromandel e esperado por uma multidão de pessoas, exatamente na Placa de 5 Km, onde outrora foi sempre esperado pelo seu povo.

Seu corpo foi velado na Igreja de Sant'ana e sepultado no Cemitério Municipal de Coromandel, no dia 21/01/1981, passando a viver conosco somente de forma espiritual.

No seu túmulo, ficou escrito o que humildemente pediu numa de suas canções, mostrando mais uma vez a sua natureza humana: "A humildade, que era o seu gesto maior".

Algumas Composições de Goiá

  • A Árvore que Plantei (Goiá e Julião Saturno)
  • A Cama (Goiá)
  • Adeus Filhinha (Goiá e José Neto)
  • Adeus Jusmare (Goiá e José Neto)
  • Adeus Mãezinha (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Adeus Maria (Goiá e Sebastião Víctor)
  • Adeus Menina (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Adeus Menina Amada (Goiá e Plínio Alves)
  • Adeus Meu Bem (Goiá e Marciano)
  • Adeus Meu Rincão (Goiá e D. Thomaz)
  • Adeus Paraná Querido (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Adeus Para Sempre (Goiá e J. Víctor)
  • Aeronave do Amor (Goiá e Marciano)
  • A Grande Esperança (Goiá e Francisco Lázaro)
  • Ainda uma Vez, Adeus (Goiá e Sebastião Víctor)
  • Aí Vareia (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Além da Vida (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Alma Cabocla (Goiá e José Neto)
  • Alma Irmã (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Alma Triste (Goiá e Chico Vieira)
  • A Lua é Testemunha (S. Lozano Versão: Goiá e Inhana)
  • Amada Ausente (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Amarga Saudade (Goiá e Comendador Biguá)
  • Amargurada (Goiá e Paiozinho)
  • Amigo Cachorro (Goiá)
  • Amor de Minha Vida (Goiá e Soberano)
  • Amor e Felicidade (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Amor Graúdo (Goiá e Augusto Alves Pinto)
  • Apenas um Pecado (Zé Claudino e Goiá)
  • As Cordilheiras (Meu Pranto em Teus Olhos) (Goiá)
  • Aurora do Mundo (Goiá)
  • A Vida Não Vale Nada (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Badalar do Adeus (Goiá e Almir)
  • Baile do Adeus (Goiá)
  • Bambuzinho Suburbano (Goiá)
  • Barquinho da Esperança (Goiá)
  • Bondoso Guia (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Boneca de Rua (Benedito Seviero e Goiá)
  • Boneca Loira (Goiá e Taubaté)
  • Brasília (Goiá e Zé Micuim)
  • Cai Sereno, Cai (Belguinha e Goiá)
  • Caminhando Pela Vida (Goiá e Marciano)
  • Caminhão de Uai (Goiá e Jacozinho)
  • Caminheiro da Saudade (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Caminhos de Minha Infância (Goiá)
  • Caminhos da Vida (Zalo e Goiá)
  • Campos Amados de Coromandel (Goiá e Waldemar de Freitas Assunção)
  • Canarinho da Manhã (Goiá e José Neto)
  • Canção da Minha Terra (Luiz de Castro e Goiá)
  • Canção do Meu Adeus (Goiá e Zé Claudino)
  • Canção do Meu Regresso (Goiá)
  • Capotamento de Amor (Goiá)
  • Capricho (Goiá e Arlindo Pinto)
  • Capricho da Vida (Goiá e Biguá)
  • Caprichosa (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Carrossel da Vida (Tela Branca do Meu Coração) (Goiá e Geraldo Meirelles)
  • Carta de Filho (Goiá e Plínio Alves)
  • Casa do Chapéu (Goiá e Plínio Alves)
  • Casinha de Praia (Goiá)
  • Casinha dos Meus Amores (Goiá e Praense)
  • Centelha Divina (Goiá e Almir)
  • Chapadão (Goiá e Sebastião Rocha)
  • Chora Coração (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Chorarei ao Amanhecer (Goiá e Amir)
  • Chuvisco da Madrugadan (Goiá)
  • Cidade de Assis (Goiá)
  • Cidade de Santo André (Goiá e Julião Saturno)
  • Cinqüenta Mil Amores (Goiá e Almir)
  • Coisas da Vida (Mineirinho e Goiá)
  • Coisas do Destino (Goiá e Clóvis Pontes)
  • Copo na Mesa (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Coração Dividido (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Coração Sofredor (Milano e Goiá)
  • Coromandel (Goiá e Zalo)
  • Criança Crescida (Goiá e José Neto)
  • Cuiabá (Goiá)
  • Declina o Sol no Poente (Evangelista e Goiá)
  • Derradeiro Adeus (Goiá e Belmonte)
  • Desabafo da Alma (Goiá e Taguaí)
  • Desespero de Amor (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Desilusão (Goiá e Pirajá)
  • Despedida (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Despedida de um Poeta (Goiá e Almir)
  • Desprezo de Amor (Goiá)
  • Deus te Proteja (Goiá)
  • Dia Mais Lindo da Vida (Goiá)
  • Dia Mais Tristes da Vida (Goiá)
  • Direito de Amar (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Dois Artistas (Goiá e Nenete)
  • Dois Goianos (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Dois Lares (Goiá e José Víctor)
  • Duas Vidas (Goiá e José Russo)
  • Duelo de Amor (Goiá e Benedito Seviero)
  • É Chato Gostar (Brasão e Goiá)
  • Em Busca da Sorte (Goiá e Dionilde Thomas)
  • Em Busca de Deus (Chico Vieira e Goiá)
  • Emocionante (Goiá e Tertuliano Amarilha)
  • Enquanto Trindade Louvava o Divino (Goiá)
  • Entardecer da Vida (Goiá e José Neto)
  • Erga Teus Olhos Meu Anjo (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Esperança (Goiá)
  • Espinhos no Coração (Goiá e Plínio Alves)
  • Esquina do Adeus (Goiá)
  • Estrada das Flores (Goiá e José Neto)
  • Estrela Dourada (Goiá e Mizael)
  • Estrela-Guia (Goiá e Sebastião Victor)
  • Estrela Matutina (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Estrela Sem Luz (Zé Dionísio e Goiá)
  • Estupidez (Goiá e Almir)
  • Eu Vivia Sozinho e Você Também (Goiá)
  • Fala Coxim (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Feitiço Espanhol (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Festa do Divino (Goiá)
  • Festinha Boa (Clóvis Pontes e Goiá)
  • Filosofia de Poeta (Augusto Alves Pinto e Goiá)
  • Fim de um Sonho (Goiá e José Neto)
  • Flor do Lodo (Goiá e Biá)
  • Flor Mineira (Goiá e Chico Vieira)
  • Folhas Amarelas (Mensagem de Amor) (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Fronteira do Adeus (Goiá e Almir)
  • Gamação (Mulher de Malandro) (Goiá e José Neto)
  • Garça Maguary (Goiá e Tertuliano Amarilha)
  • Garimpeiro Theodoro (Goiá)
  • Gatinha de Praia (Goiá)
  • Gente de Minha Terra (Goiá, Amir e Pereirinha)
  • Gente Deste Planeta (Almir e Goiá)
  • Gotas de Esperança (Goiá e Almir)
  • Gotas de Lembranças (Entardecer) (Goiá e Plínio Alves)
  • Grande Erro (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Grão de Areia (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • História Triste de Um Índio Civilizado (Goiá e Mizael)
  • Homem Triste (Goiá e Valdery)
  • Homenagem ao Presidente (Goiá e Kambuquira)
  • Imagem do Sertão (Goiá)
  • Índia Misteriosa (Goiá e Chico Vieira)
  • Índia Soberana (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Itacolomi (Goiá e Cambuquira)
  • Jardineira do Adeus (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • José e Maria (Goiá e Evangelista)
  • Juriti Mineira (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Lamento (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Lamento de uma Saudade (Goiá e Zilo)
  • Lei Agrária (Goiá e Francisco Lázaro)
  • Lembrando Vila Pequena (Goiá e Edimilson Corrêa)
  • Lição de Caboclo (Goiá e Julião Saturno)
  • Liguei o Rádio Nesta Triste Madrugada (Goiá)
  • Linda Mentirosa (Almir e Goiá)
  • Lindos Campos do Amambaí (Goiá e Negrão da Costa)
  • Língua Grande (Goiá e José Neto)
  • Luz de Minh'Alma (Goiá e Osvaldo Alves da Silva)
  • Magoado Coração (Goiá e Emídio Rama)
  • Mais uma Noite Vou Dormir Sem Meu Bem (Goiá e Waldemar de Freitas Assunção)
  • Mamãe Mafalda (Goiá e Sebastião Rocha)
  • Mares da Ilusão (Goiá e Zalo)
  • Marreca Selvagem (Goiá e Tertuliano Amarilha)
  • Menina de Praia (Nízio e Goiá)
  • Mensagem à Mamãe (O Adeus de Mamãe) (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Mensagem de Amor (Goiá e Zalo)
  • Mensagem de Natal (Julião Saturno, César Martins e Goiá)
  • Mesmo Caminho (Zalo e Goiá)
  • Messalina (Goiá e Marciano)
  • Meu Coró (Goiá e Plínio Alves)
  • Meu Natal Sem Mamãe (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Meu Último Amor (Goiá e Waldemar de Freitas Assunção)
  • Meus Amigos do Sul de Minas (Goiá e Almir)
  • Minha Gratidão (Goiá e Sebastião Víctor)
  • Minha Infância (Goiá e Hélio Alves)
  • Minha Mulher Amada (Goiá e Zalo)
  • Minha Viola Caipira (Goia e Zacarias Mourão)
  • Minuano do Sudoeste (Goiá e Marciano)
  • Moça de Abadia (Goiá)
  • Moças do Interior (Goiá)
  • Mulher Volúvel (Melrinho e Goiá)
  • Mutirão de Goiânia (Goiá)
  • Não Sei Porque (Goiá e Cristalino)
  • Não te Quero Não (Goiá e Melrinho)
  • Nas Curvas do Seu Corpo Capotei Meu Coração (Goiá e Amir)
  • Natal em Goiás (Goiá e Chicão Pereira)
  • Noites Estreladas (Luiz Manoel, Goiá e Hilda)
  • Nossa Mensagem (Goiá)
  • O Adeus do Meu Bem (Goiá e Tomaz)
  • O Amor Não tem Vergonha (Goiá e Marciano)
  • O Astronauta (Goiá e Nenete)
  • O Colono (Biá e Goiá)
  • O Direito de Amar (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • O Grande Segredo (Goiá e Plínio Alves)
  • Olhos Verdes (Goiá e José Neto)
  • O Mártir do Calvário (Goiá e Biá)
  • Onde a Saudade Mora (Goiá e Oswaldo Caixeta)
  • Orgulho e Ciúme (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • O Seu Bem Sou Eu (Goiá e Zalo)
  • Os Olhos Azuis de Cristo (Goiá e Praense)
  • Outra Noite Sem Meu Bem (Goiá e Waldemar de Freitas Assunção)
  • Parabéns aos Noivos (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Parabéns Meu Amor (Aniversário do Meu Amor) (Goiá e Ivan Caires)
  • Paraguaia da Fronteira (Goiá)
  • Paraná Querido (Paulinho Gama e Goiá)
  • Pássaro Preto (Moreninha de Guata) (Almir e Goiá)
  • Pau de Sebo (Goiá)
  • Pecado Loiro (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Pecado Mortal (Goiá e Benedito Seviero)
  • Pé de Cedro (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Pedro Paissandu (Goiá)
  • Pescando Saudade (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Piadas da Minha Terra (Goiá e Osvaldo Gomes)
  • Poço Verde (Goiá e Taubaté)
  • Poente da Vida (Goiá e D. Thomaz)
  • Poluição (Goiá e zacarias Mourão)
  • Pranto da Meia-Noite (Goiá e Plínio Alves)
  • Preciso te Esquecer (Goiá e Waldemar de Freitas Assunção)
  • Qualquer Dia Destes Pego um Avião (Goiá)
  • Quando meu Bem me Disse Adeus (Goiá)
  • Quem Ama em Dueto e Ama a Pátria (Goiá)
  • Recordação (Nenete e Goiá)
  • Retalhos de Saudade (Goiá e Francisco do Carmo)
  • Retrato do Sertão (Goiá e Sebastião Rocha)
  • Reze por Mim ao Pôr-do-Sol (Goiá e Praense)
  • Rosas e Orquídeas Para Você (Goiá e Tertuliano Amarilha)
  • Rosa Ternura (Goiá)
  • Sabe Deus (Sebastião Víctor e Goiá)
  • Sanfona Pé de Bode (Goiá)
  • Santa Helena de Goiás (Goiá e Amaraí)
  • Saudade Cruel (Goiá e Zalo)
  • Saudade da Minha Terra (Goiá e Belmonte)
  • Saudade de Alguém (Goiá e Zalo)
  • Saudade de Coromandel (Goiá e Biazinho)
  • Saudade de Goiás (Goiá e Amaraí)
  • Saudade do Poeta (Goiá)
  • Saudade em Excursão (Goiá e Nelsinho)
  • Segredo de um Artista (Goiá e Almir)
  • Sem Ela Não Sei Viver (Goiá e Zilo)
  • Sem Teu Amor (Goiá e Biguá)
  • Sereno da Solidão (Goiá e José Neto)
  • Séria Questão (Goiá e Belmar)
  • Seriema (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Sertanejo Meu Irmão (Maria Morena) (Goiá e Ermiro Vieira da Cunha)
  • Sinfonia da Dor (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Solidão da Noite (Goiá)
  • Solidão na Praia (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Só me Resta Gargalhar (Goiá e Almir)
  • Sonhar de Novo (Goiá e Leonardo Amâncio)
  • Sonho de Criança (Goiá)
  • Só Pelo Amor Vale a Vida (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Sorriso de Maria (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Tardes Morenas de Mato Grosso (Goiá e Valderi)
  • Te Amo Jatobá (Goiá e Sebastião Aurélio)
  • Terra Santa de Padre Víctor (Goiá e João Mineiro)
  • Tipos Populares de Minha Terra (Goiá e Selma A. Lopes)
  • Travessa da Amizade (Goiá Sebastião Víctor)
  • Três Amores (Goiá e Tony Gomide)
  • Tribunal do Mundo (Goiá e Tony Gomide)
  • Trilha da Saudade (Goiá)
  • Triste Abandono (Goiá e Zacarias Mourão)
  • Triste Arrependimento (Goiá e Gauchito)
  • Triste Viola (Goiá)
  • Trovas do Goiá (Goiá)
  • Tua Carta (Zé Micuim, Goiá e Loló)
  • Uai (Goiá)
  • Última Esperança (Goiá e Natinho)
  • Última Melodia (Zilo, Goiá e Braz Hernandes)
  • Última Saudade (Goiá)
  • Último a Saber (Rubens Avelino e Goiá)
  • Último adeus (Flor Menina) (Goiá e Bernardes Vieira)
  • Um Abraço, Um Adeus (Goiá e Amir)
  • Uma Saudade Amarga e Cruel de Coromandel em Minas Gerais (Goiá)
  • Um Novo Amanhã (Goiá)
  • Um Pouco de Paz (Goiá e Taguaí)
  • Vida Enganosa (Goiá e Soberano)
  • Vinte Anos de Silêncio (Zacarias Mourão e Goiá)
  • Visita à Goiás (Goiá e Sidon Barbosa)
  • Volta ao Passado (Goiá e Antônio Marani)
  • Vovó Rita (Valdery e Goiá)
  • Zé da Carolina (Goiá e Leonardo Amâncio)