Pardinho

ANTÔNIO HENRIQUE DE LIMA
(68 anos)
Cantor

* São Carlos, SP (14/08/1932)
+ Sorocaba, SP (02/06/2001)

Pardinho foi um cantor brasileiro, famoso por ter formado com Tião Carreiro, a dupla Tião Carreiro & Pardinho.

Antonio Henrique nasceu em São Carlos, SP, na Fazenda São Joaquim. Logo depois, se mudou para a Fazenda Figueira Branca. "Na época da colheita do café havia muita festa e na fazenda Figueira Branca meu pai ganhou um cavaquinho, com 12 anos mais ou menos", contou Carlos Henrique seu filho.

Antonio Henrique começou cantando com o nome de Miranda e formou uma dupla com Zé Carreiro, da dupla Zé Carreiro & Carreirinho, em 1956, para concorrer a um concurso para violeiros lançado pela Rádio Tupi.

A dupla ganhou o prêmio com o cururu "Canoeiro". A partir daí, Antonio Henrique adotou o pseudônimo de Pardinho e começou a criar seus próprios sucessos.

Pardinho fez sucesso com o companheiro Tião Carreiro com a dupla Tião Carreiro & Pardinho. A discografia da dupla soma mais de 45 discos, encontrados facilmente em qualquer loja de discos do Brasil. Pardinho também cantou com outros parceiros, como João Mulato (Wilson Leôncio de Melo) e Pardal (Gonçalo Gonçalves), com o qual gravou 7 discos, incluindo o disco "4 Azes", no qual também participam a dupla Tião Carreiro & Paraíso.

Se destacam entre as suas músicas a trilogia do "Menino da Tábua", que conta a história de um menino que só bebia leite e água em cima de uma tábua onde vivia, e suas continuações, que fala de seus milagres depois da morte.

A dupla Pardinho & Pardal também gravou a música "O Poder da Viola", que conta a história de uma menina que recebeu várias picadas de aranha enquanto dormia e se salvou depois de ser benzida à toque de viola. A dupla gravou também a música "Sertão do Virador", de Zé Fortuna & Pitangueira, com o nome de "O Poder da Fé", no disco "O Poder da Viola" (1980).

Embora tenha se mudado muito jovem de São Carlos, entre 13 e 14 anos, Pardinho sempre visitava a cidade no dia 15 de agosto, pois era devoto de Nossa Senhora Aparecida da Babilônia.

Em janeiro de 1963, casou-se com Lucília Pires de Lima, e o casal passou a lua-de-mel no município. Tiveram dois filhos, Carlos Henrique e Rosângela Aparecida de Lima, que lhes deram duas netas, Lívia e Daniele de Lima.

Morte

Pardinho morreu na madrugada do dia 02/06/2001, aos 68 anos. Ele estava internado num hospital de Sorocaba, interior de São Paulo, desde o dia 23/05/20001, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral em seu sítio.

Homenagem

Na noite de 14/08/2007, dia em que completaria 75 anos, Antonio Henrique de Lima, o músico Pardinho, foi homenageado com a inauguração de um parque que leva seu nome. Um show com apresentações de 15 duplas de viola e do músico Mazinho Quevedo ao lado de Carlos Henrique, filho de Pardinho, com apoio da EPTV Central, marcou o evento. São-Carlense, Pardinho é reconhecido como um dos maiores músicos do país.

No parque, localizado no início da serra da Cidade Aracy, no bairro Monte Carlo, possuindo 15 mil m², foi erguido um monumento em homenagem ao músico, projetado e confeccionado pela cenógrafa Sueli Russo Paes de Barros, chefe da Divisão de Teatro da Prefeitura do município.


César de Alencar

ERMELINDO CÉSAR DE ALENCAR MATTOS
(72 anos)
Radialista, Ator e Apresentador de Televisão

* Fortaleza, CE (06/06/1917)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/01/1990)

Ermelindo Cesar de Alencar, sem sobra de dúvida, foi o maior animador de programas de auditório que existiu no rádio brasileiro, no qual, através das ondas da Rádio Nacional, ajudou a popularizar todos os seus ídolos. Durante anos César apresentou seu programa aos sábados, de 15h às 19h. A produção era de Hélio do Soveral, que mantinha o Brasil atento durante esse período para culminar com a atração maior, chamada por César de Alencar ao palco:

- A minha, a sua, a nossa favorita... Emiiilhiiiinha... Borrrrrba!

Nascido em Fortaleza, veio para o Rio de Janeiro ainda menino, para depois se matricular no Colégio Pedro II. Em 1939, ingressou na Rádio Clube do Brasil como locutor e contra- regra, trabalhando com Renato Murce participando de locuções comerciais. Mais tarde, César de Alencar foi para a Rádio Nacional, onde criou o programa que levava seu nome.

Culto e inteligente, não demorou a alcançar o mais absoluto sucesso na emissora situada na Praça Mauá numero 7. Todas as atrações internacionais que vinham ao Brasil participavam de seu programa, como: Charles Trenet, Édith Piaf, Ninón Sevilla, Bing Crosby entre muitos que souberam divulgar suas gravações em nosso país.

César Alencar mostrou sua popularidade de ótimo apresentador na mesma proporção da Rainha dos Auditórios, Emilinha Borba, cantando em seu programa. Atrás dele surgiram outros querendo imitá-lo, mas sem sucesso.

Participou de gravações carnavalescas, canções de meio de ano, em duo com Emilinha, Marlene, Heleninha Costa entre outras, devido a sua bela dicção como também aos sucessos que alcançava com os filmes da Atlântida.

Uma dúvida nos resta, depois da leitura do livro escrito por Jonas Vieira, sobre a sua participação direta na política que modificou a estrutura da emissora inaugurada em 12 de setembro do ano de 1936.

César de Alencar faleceu vítima de um Enfisema Pulmonar em 14 de janeiro de 1990 aos 72 anos de idade.

Wilson Miranda

WILSON ANTÔNIO CHAVES DE MIRANDA
(46 anos)
Cantor

* Itápolis, SP (27/03/1940)
+ São Paulo, SP (20/06/1986)

Começou sua carreira no final dos anos 50, como crooner de um conjunto de Jazz.

Em 1960 assinou contrato com a Rádio Tupi e passou a cantar rock-balada. Apesar de não ter sido bem recebido pela crítica, Wilson conseguiu sucesso comercial com músicas como "Alguém É Sempre Bobo de Alguém" e "Bata Baby" (versão de Long Tall Sally de Little Richard).

Em 1965 gravou "Tempo Novo", disco que lhe rendeu muitos prêmios. Mesmo assim, nos anos seguintes deixou a carreira de cantor em segundo plano, atuando como produtor em discos de Nelson Gonçalves, Bendegó, Banda de Pífanos de Caruaru, Originais do Samba, Célia, Vanusa, Marília Medalha, entre outros.

Em 1978 voltou a gravar, dessa vez com um repertório mais voltado para a Música Popular Brasileira, afastando-se definitivamente da imagem de roqueiro do início de sua carreira.

Wilson faleceu em 20 de junho de 1986, vítima de uma Parada Cardíaca, quando dirigia seu carro, e estava parado em um sinal de trânsito em São Paulo.

Fonte: Wikipédia