Ana Maria Nacinovic Corrêa

ANA MARIA NACINOVIC CORRÊA
(25 anos)
Guerrilheira e Militante da Ação Libertadora Nacional (ALN)

* Rio de Janeiro, RJ (25/03/1947)
+ São Paulo, SP (14/06/1972)

Ana Maria Nacinovic Corrêa foi uma guerrilheira e militante comunista, nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/03/1947. Participou da luta armada durante os Anos de Chumbo da Ditadura Militar Brasileira.

Era filha de Mário Henrique Nacinovic e Anadyr de Carvalho Nacinovic.

Depoimento da mãe de Ana Maria:

"Teve uma infância feliz, apesar da separação de seus pais quando tinha apenas 7 anos de idade, vivendo a partir desta época na companhia da mãe, tia e avós, que procuraram suprir, com muito carinho, a ausência do pai.
Fez o primário, ginásio e científico no Colégio São Paulo, de freiras, em Ipanema. Destacou-se sempre durante o seu curso pelo companheirismo e cumprimento de suas obrigações escolares. Simultaneamente, estudava piano com o professor Guilherme Mignone. Possuindo um ouvido privilegiado, era estimulada pelo seu mestre a dedicar-se mais à arte.
Terminou o científico com 17 anos e sua grande inclinação para a matemática levou-a a freqüentar um curso pré-vestibular, com o objetivo de futuramente tornar-se uma engenheira. Um casamento mal sucedido interrompeu seus estudos. Aos 21 anos, ingressou, como 2ª colocada, na Faculdade de Belas Artes.
Para a idealista que era, o que sempre demonstrou no seu dia-a-dia, em atitudes de solidariedade em relação ao próximo, caíram em campo fértil as sementes de rebelião contra o regime autoritário que dominava o país. Era a época aterrorizante do ditador Emílio Garrastazu Médici. Aquela mocinha inexperiente, mal saída dos bancos escolares e de um casamento frustrado, aos poucos se converteria na guerrilheira cujos retratos nos aeroportos, rodoviárias e outros lugares públicos, apontavam como uma subversiva perigosa.
Seguiu-se uma época de aflição e angústia para sua mãe e demais familiares, até que chegasse o momento fatal. Momento em que toda a ternura daquele coraçãozinho que só aspirava à igualdade entre os homens, daqueles imensos olhos azuis que só queriam contemplar o lado bom da vida, converteu-se em escuridão e trevas.
Ana Maria foi metralhada e morta na Mooca, em 14 de junho de 1972. Estava com 25 anos de idade. Com ela morreram Marcos Nonato da Fonseca e Iúri Xavier Pereira."

Foto de Ana Maria morta.
Enquanto Ana Maria, Iúri, Marcos Nonato e Antônio Carlos Bicalho Lana almoçavam no Restaurante Varella, o proprietário do estabelecimento, Manoel Henrique de Oliveira, que era alcagüete da polícia, telefonou para o DOI/CODI-SP, avisando da presença de algumas pessoas que tinham suas fotos afixadas em cartazes de Procurados, feitos na época pelos órgãos de segurança.

Os agentes do DOI/CODI, assim que se certificaram da presença dos quatro companheiros, montaram uma emboscada em torno do restaurante, mobilizando um grande contingente de policiais.

De imediato, foram fuzilados Iúri e Marcos Nonato. Ana Maria, ainda vivia, quando um policial, ouvindo seus gritos de protesto e de dor, impotente perante a morte iminente, aproximou-se desferindo-lhe uma rajada de Fuzil FAL, à queima-roupa, estraçalhando-lhe o corpo.

Ato contínuo, os policiais fizeram uma demonstração de selvageria para a população que se aglomerou em volta daquela já horrenda cena. Dois ou três policiais agarravam o corpo de Ana Maria e o jogavam de um lado para o outro, às vezes lançando-o para o alto e deixando-o cair abruptamente no chão. Descobriram-lhe também o corpo ensagüentado, lançando impropérios e demonstrando o júbilo na covardia de tê-la abatido. Não satisfeitos, desfechavam-lhe ainda coronhadas com seus fuzis, como se mesmo morta Ana Maria representasse ainda algum perigo.


Tal cena repetiu-se com o corpo de Iúri e Marcos Nonato, sendo entretanto Ana Maria o alvo preferido.

A população, revoltada com tamanha violência e selvageria, esboçou, dias depois, uma reação de protesto, tentando elaborar um abaixo-assinado que seria encaminhado ao Governador do Estado. Mas, devido ao clima de terror existente no país naquela época, somado ao pânico de que aquelas cenas de verdadeiro horror pudessem se repetir com eles, a iniciativa foi posta de lado. Também as ameaças feitas pelos policiais, na hora do crime, intimidaram os populares.

Anos depois, em 1992, populares da Mooca que ainda lembravam do trágico episódio, sugeriram seu nome para uma creche municipal. A então prefeita Luiza Erundina aceitou a sugestão popular.


Da emboscada, conseguiu escapar, ferido, Antônio Carlos Bicalho Lana (morto em 30 de novembro de 1973), testemunha, dos três assassinatos .

Assinam o laudo de necrópsia os médicos legistas Isaac Abramovitch e Abeylard de Queiroz Orsini.

Em 16 de outubro de 1973, apesar de morta oficialmente, é condenada à revelia a 12 anos de prisão com base no artigo 28 do Decreto lei n° 898/69.

O Relatório do Ministério da Aeronáutica contém a falsa versão de que Ana Maria foi ferida após assalto em que resistiu à voz de prisão, "ocasião em que a nominada saiu gravemente ferida, vindo a falecer posteriormente".


Elvira Pagã

ELVIRA OLIVIERI COZZOLINO
(82 anos)
Atriz, Cantora, Compositora e Vedete

* Itararé, SP (06/09/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/05/2003)

Mudou-se ainda pequena, com a família, para o Rio de Janeiro, onde estudou em colégio de freiras - Imaculada Conceição. Ainda estudante organiza, junto com a irmã Rosina, diversas festas onde travam relações com o meio artístico carioca, sobretudo com os integrantes do Bando da Lua.

Ainda na década de 1930 realizam um espetáculo de inauguração do Cine Ipanema, junto com os Anjos do Inferno, ocasião em que recebem de Heitor Beltrão o apelido de Irmãs Pagãs - que então adotam para o resto da vida, tanto para a parceria, que dura até 1940, ano em que Elvira se casa e termina a dupla, como nas respectivas carreiras solo.

As irmãs realizam um total de treze discos, juntas, além de filmes como "Alô, Alô, Carnaval" (1935), e o argentino "Tres Anclados En París" (1938).

Elvira torna-se uma das maiores estrelas do Teatro de Revista, disputando com Luz del Fuego o papel de destaque dentre as mais ousadas mulheres brasileiras de seu tempo: foi a primeira a usar biquini em Copacabana. Nos anos 50 posou nua para uma foto, que distribuiu, como cartão natalino.

A beleza e sensualidade fizeram-lhe a fama, sendo uma das sexy symbols mais cobiçadas da época. Foi a primeira Rainha do Carnaval carioca - inovação nos festejos momescos, mantida até o presente.

Foi responsável direta por uma das tentativas de suicídio do compositor Assis Valente, ao lhe cobrar, de forma escandalosa, uma dívida.

A partir da década de 1970 torna-se pintora, adotando um estilo esotérico, sem grande destaque nesta nova iniciativa.

Com a maturidade foi se tornando misantropa e temperamental, evitando qualquer contato com as pessoas, sobretudo a imprensa e pesquisadores. A morte somente foi divulgada após três meses da ocorrência, pela irmã, que morava nos Estados Unidos.

Música

A carreira musical pode ser dividida em duas partes: a primeira, onde fazia parceria com a irmã, na dupla Irmãs Pagãs e a segunda, em carreira solo, onde também aventurou pela composição de Marchinhas e Sambas.

Fez, com a irmã, turnê pela Argentina, Peru e Chile, durante quatro meses. Apresentavam-se nas rádios, como a Mayrink Veiga e com a irmã gravou ao todo treze discos.

Seu primeiro disco sozinha data de 1944 e no ano seguinte gravou um novo trabalho que constitui-se numa novidade, para a época, uma vez que possuía apenas quatro músicas. Gravou em diversos estúdios, como o Continental, Todamérica e outros, além de diversas parcerias, como com Herivelto Martins, Orlando Silva e outros.

Composições

A primeira composição é de 1950, o Samba "Batuca Daqui, Batuca de Lá", em parceria com Antônio Valentim. Do mesmo ano é o seu Baião "Vamos Pescar". Do ano seguinte, com o mesmo parceiro anterior, são o Baião "Saudade Que Vive em Mim", a Marcha "A Rainha da Mata" e o Samba "Cacetete, Não!". Compôs ainda:  Reticências, Sou Feliz, Vela Acesa, Viva Los Toros, Marreta o Bombo e Condenada.

Discografia

Desde o início da carreira solo, em 44, com as músicas "Arrastando o Pé" e "Samburá", pela Continental. Participou ainda de alguns discos, por este selo. Transfere-se para a Star em 1949 e em 1951 no selo Carnaval. A partir de 53 grava pela Todamérica, Marajoara e Ritmos - última a gravar as participações.

Filmografia

Elvira Pagã teve pequenas aparições em "Vegas Nights" (1948) e "Écharpe de Seda" (1950). A filmografia inclui, ainda:

1975 - Assim Era a Atlântida
1950 - Aviso aos Navegantes
1949 - Carnaval no Fogo
1949 - Dominó Negro
1940 - Laranja-da-China
1939 - Favela
1938 - Três Anclados En París
1936 - Alô, Alô Carnaval
1936 - O Bobo do Rei
1936 - Cidade-Mulher

Morte

Elvira Pagã, morreu na Clínica Santa Cristina, em Santa Teresa, zona sul do Rio, vítima de Falência Múltipla dos Órgãos.

A morte não foi divulgada por decisão da família. O corpo teria sido enterrado no sul de Minas Gerais, em uma estância hidromineral.

Fonte: Wikipédia

Zezé Gonzaga

MARIA JOSÉ GONZAGA
(81 anos)
Cantora

* Manhuaçu, MG (03/09/1926)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/07/2008)

Iniciou a carreira aos 12 anos de idade, participando do programa de calouros de Ary Barroso. Apadrinhada por Victor Costa, foi contratada pela Rádio Nacional, passando a integrar em seguida diversos conjuntos vocais, como "As Moreninhas" e os "Cantores do Céu". Zezé chegou a ser a cantora mais tocada da Nacional e tornou-se uma das mais famosas intérpretes da Era do Rádio.

Estrelato e Abandono da Carreira

Estreou em LP no elogiado "Zezé Gonzaga", lançado pela Columbia, em 1956. Dona de uma bela voz soprano, Zezé sempre flertou com a música clássica. Chegou a estudar canto lírico, mas não seguiu carreira porque "o mercado é muito pequeno".

Mas ela deu suas escapadinhas de vez em quando. Na Rádio Nacional, era a preferida do maestro Radamés Gnatalli, de quem vez ou outra cantava temas eruditos, juntamente com obras de Villa-Lobos. Muitas vezes, para cantar sambas, ela baixava o tom da voz, para dar às músicas um caráter mais popular.

Aos 45 anos de idade, desanimada com os rumos que tomava sua carreira, atrelada ao comercialismo da gravadora Columbia (atual Sony Music), Zezé decidiu se aposentar. Passou 3 anos trabalhando numa creche em Curitiba, Paraná.

Recomeço

Um dia, Hermínio Bello de Carvalho - velho fã da época do rádio - reapareceu em sua vida com uma proposta irrecusável: voltar ao Rio para gravar um LP. Mas não um LP qualquer e sim um de canções do velho amigo Valzinho, acompanhadas pelo sexteto de Radamés.

Foi um dos melhores discos do ano (1979), com as honras de ter revelado ao grande público a arte de Valzinho, que morreria meses depois, e de ter provado que Zezé Gonzaga ainda era a mesma. Desde então, não parou mais: fez shows, recitais, viagens. Discos, mesmo, só em participações especiais.

Até que Hermínio voltou a ser seu anjo da guarda. Produziu o excelente CD "Clássicos", em que Zezé canta em dupla com Jane Duboc. A oportunidade de gravar o primeiro CD solo surgiu no início de 2002, quando a cantora mineira fez uma série de apresentações no Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

Em uma delas estava a cantora Olivia Hime, dona da gravadora Biscoito Fino. O convite para gravar foi imediato. Assim, nasceu "Sou Apenas Uma Senhora Que Ainda Canta", unindo canções do passado a novas composições, num repertório magnífico, esplendorosamente interpretado.

Zezé também se orgulha de ter muitos fãs entre jovens que conhecem boa música. "Ter uma cantora como Zezé é algo que o Brasil devia aproveitar bem mais. É uma grande referência, nos faz entender melhor quem somos", exalta Roberta Sá, uma das melhores intérpretes da nova geração.

Desde que sua filha de criação morreu, em 1999, Zezé vivia só num apartamento perto da praça da Bandeira, área simples da zona norte do Rio.

A cantora passou seus últimos anos de vida sem gravar ou fazer apresentações. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de julho de 2008.

Fonte: Wikipédia

José Alencar

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
(79 anos)
Empresário, Político e Vice Presidente do Brasil

* Muriaé, MG (17/10/1931)
+ São Paulo, SP (29/03/2011)

Foi senador pelo estado de Minas Gerais e vice-presidente do Brasil de 1 de janeiro de 2003 a 1 de janeiro de 2011.

Foi um dos maiores empresários do estado de Minas Gerais, construiu um império no ramo têxtil, sendo a Coteminas sua principal empresa.

Elegeu-se vice-presidente da República do Brasil na chapa do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, conseguindo a reeleição em 2006, assegurando, portanto, a permanência no cargo até o final de 2010.

Filho de Antônio Gomes da Silva e Dolores Peres Gomes da Silva, começou a trabalhar com sete anos de idade, ajudando o pai em sua loja. Tinha 14 irmãos. Quando fez quinze anos, em 1946, foi trabalhar como balconista numa loja de tecidos conhecida por "A Sedutora".

Em maio de 1948, mudou-se para Caratinga, MG, para trabalhar na "Casa Bonfim". Notabilizou-se como grande vendedor, tanto neste último emprego, quanto no anterior. Ainda durante sua infância, entrou para o movimento escotista.

Carreira Profissional e Empresarial

Aos dezoito anos, iniciou seu próprio negócio. Para isto contou com a ajuda do irmão Geraldo Gomes da Silva, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros. Em 31 de março de 1950, abriu a sua primeira empresa, denominada "A Queimadeira", localizada na cidade de Caratinga, MG. Vendia diversos artigos: chapéus, calçados, tecidos, guarda-chuvas, sombrinhas, etc. Manteve sua loja até 1953, quando decidiu vendê-la e mudar de ramo.

Iniciou seu segundo negócio na área de cereais por atacado, ainda em Caratinga, MG. Logo em seguida participou - em sociedade com José Carlos de Oliveira, Wantuil Teixeira de Paula e seu irmão Antônio Gomes da Silva Filho - de uma fábrica de macarrão, a "Fábrica de Macarrão Santa Cruz".

No final de 1959 seu irmão Geraldo faleceu. Assumiu então os negócios deixados por ele na empresa "União dos Cometas". Em homenagem ao irmão, a razão social foi alterada para "Geraldo Gomes da Silva, Tecidos S.A.".

Em 1963, constituiu a "Companhia Industrial de Roupas União dos Cometas", que mais tarde passaria a se chamar "Wembley Roupas S.A.". Em 1967, em parceria com o empresário e deputado Luiz de Paula Ferreira, fundou, em Montes Claros, MG, a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas. Em 1975, inaugurava a mais moderna fábrica de fiação e tecidos que o país já conheceu.

A Coteminas cresceu e hoje são onze unidades que fabricam e distribuem os produtos: fios, tecidos, malhas, camisetas, meias, toalhas de banho e de rosto, roupões e lençóis para o mercado interno, para os Estados Unidos, Europa e Mercosul.

Carreira Política

Na vida política, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, presidente da FIEMG (SESI, SENAI, IEL, CASFAM) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria.

Candidatou-se às eleições para o governo de Minas Gerais em 1994 e, em 1998, disputou uma vaga no Senado Federal, elegendo-se com quase três milhões de votos. No Senado, foi presidente da Comissão Permanente de Serviço de Infra-Estrutura - CI, membro da Comissão Permanente de Assuntos Econômicos e membro da Comissão Permanente de Assuntos Sociais.

Foi, ao início, um vice-presidente polêmico, ao assumir o cargo em 2003, tendo sido uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, que mantém os juros altos na tentativa de conter a inflação e manter a economia sob controle.

Já a partir de 2004, passou a acumular a vice-presidência com o cargo de Ministro da Defesa. Por diversas oportunidades, demonstrou-se reticente quanto à sua permanência em um cargo tão distinto de seus conhecimentos empresariais, mas a pedidos do presidente Lula, exerceu a função até março de 2006. Nesta ocasião, renunciou para cumprir as determinações legais com o intuito de poder participar das eleições de 2006. Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009.

Em 25 de janeiro de 2011, recebeu a "Medalha 25 de Janeiro" da prefeitura de São Paulo. Ao entregar a medalha ao ex-vice-presidente, a presidente Dilma Rousseff ressaltou:

"Eu tenho certeza de que cada brasileira e brasileiro deste imenso país gostaria de estar agora em São Paulo – esta cidade-síntese do espírito empreendedor do país que completa hoje 457 anos de existência – para entregar junto conosco a Medalha 25 de Janeiro ao nosso eterno vice-presidente da República, José Alencar"

Já, Alencar disse:

"Não posso me queixar. A situação está tão boa que não tem como melhorar, todo mundo está rezando por mim"

Apesar de estar em uma cadeira de rodas, ele ainda até brincou com o público dizendo:

"Aprendi com Lula que os discursos devem ser como um vestido de mulher: nem tão curtos que possam escandalizar, nem tão longos que possam entristecer"

Problemas de Saúde e Morte

José Alencar possuia um delicado histórico médico. A partir do ano 2000, enfrentou um câncer na região abdominal, tendo passado por mais de 15 cirurgias - uma delas com duração superior a 20 horas. Em sua longa batalha contra o Câncer, submeteu-se a um tratamento experimental nos Estados Unidos, com resultado inconclusivo. Em 2010, após repetidas internações e intervenções médicas, decidiu desistir de se candidatar ao Senado, por considerar uma injustiça com os eleitores.

No final de seu mandato como vice-presidente da república, em 2010, apresentou o complexo estado de saúde, passando por um momento difícil, sendo até mesmo necessário o interrompimento do tratamento contra o câncer.

No dia 22 de dezembro de 2010, foi submetido a uma cirurgia para tentar conter uma hemorragia no abdômen. No dia seguinte Lula e a então presidente eleita Dilma Rousseff visitaram-o no hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

O ex-vice-presidente foi internado na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês na tarde de segunda-feira (28/03/2011) com fortes dores abdominais. Foi detectada então uma obstrução no intestino e uma inflamação do Peritônio, a membrana que recobre as paredes do abdome e a superfície dos órgãos digestivos.

A doença o acompanhou por 14 anos. Neste período, ele precisou passar por 17 cirurgias e realizou tratamento de quimioterapia. Desde a manhã de terça-feira (29/03/2011), a equipe médica havia deixado claro que não havia novo tratamento para o quadro de Alencar. Por isso, ele foi sedado com analgésicos para não sofrer.

Aracy Côrtes

ZILDA DE CARVALHO ESPÍNDOLA
(80 anos)
Atriz e Cantora

* Rio de Janeiro, RJ (31/03/1904)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/01/1985)

Uma das atrizes de maior destaque no Teatro de Revista, Aracy Cortes se caracteriza pela interpretação e pelo tipo físico brasileiros.

Inicia sua carreira aos 16 anos, no Circo Democrático, cantando e dançando Maxixe. Sua veia cômica lhe vale o convite para atuar em seu primeiro espetáculo teatral, Nós Pelas Costas (1922), de J. Praxedes.

No teatro, os primeiros trabalhos de sua carreira são na companhia do empresário Pascoal Segreto e entre os mais destacados revisteiros.

Atua em Secos e Molhados (1924), de Luiz Peixoto e Marques Porto; O Baliza (1925) de Luiz Peixoto. De Bastos Tigre interpreta Dito e Feito (1924) e Zig-Zag e Bric-à-Brac, ambos 1926.

Torna-se rapidamente popular entre o público da Praça Tiradentes - onde se concentra os espetáculos musicais da época - e passa a ser o destaque dos espetáculos em que atua.

Protagoniza, em 1928, Miss Brasil, de Marques Porto e Luiz Peixoto, em que canta Ai, Ioiô, Eu Nasci Pra Sofrê, música feita para ela e que se torna um grande sucesso da Música Popular Brasileira.

Na segunda metade da década, trabalha alternadamente nas companhias Tro-lo-ló e Ra-ta-plan. Entre 1929 e 1934, faz vários espetáculos com direção de João de Deus, a maioria textos de Teatro de Revista, como Compra um Bonde, de Carlos Bittencourt, Cardoso de Meneses e Alfredo de Carvalho; Laranja da China, de Olegário Mariano e Às Urnas! de Luís Iglesias e Freire Jr., todos de 1929.

Na década de 30, funda sua própria companhia, que encena principalmente textos de Luís Iglesias e Freire Jr. - entre eles, Co-co-ro-có, Paz e Amor e É Batatal, só em 1936. É eleita Rainha do Rádio (1935) e Rainha das Atrizes (1939).

Nos primeiros anos da década de 40, trabalha exclusivamente na companhia do empresário Walter Pinto, atuando, entre outros, em É Disso que Eu Gosto, de Miguel Orrico, Oscarito Brennier e Vicente Marchelli; e Acredite Se Quiser (1940) de Paulo Guanabara, Assim... Até Eu, de Olavo de Barros e Saint-Clair Senna, Os Quindins de Yayá, de J. Maia e Walter Pinto; A Cabrocha Não É Sopa, de Freire Júnior (1941). Em seguida se associa aos autores Luís Iglesias e Freire Júnior em uma companhia de curta duração.

O Teatro de Revista, alvo da censura do Estado Novo, muda de feição: em lugar da comédia, o luxo, em lugar dos autores, os produtores.

Na década de 50, quando o gênero revista entra em declínio, Aracy trabalha junto aos autores J. Maia e Max Nunes em espetáculos dirigidos por Rosa Mateus e Geysa Bôscoli.

A partir dos anos 60, atua eventualmente em musicais. Seu último sucesso acontece em 1965, num show realizado pelo Teatro Jovem e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho, Rosa de Ouro, em que atua ao lado de Geysa Bôscoli e Paulinho da Viola.

Em 1978, estrela o espetáculo A Eterna Aracy, com direção de J. Maia, contando sua carreira e cantando seus maiores sucessos, como Jura, de Sinhô e Tem Francesa no Samba, de Assis Valente.

Quando morre, em 1985, os jornais associam a ela o próprio gênero teatral:

"A quase totalidade das artistas de teatro de revistas em atividade no Brasil guiava-se pelo modelo francês, tinha uma malícia de boulevard, parecia importada de um music hall parisiense. A morena Aracy Cortes, de cabelos crespos, olhos vivos, corpo bonito que não procurava esconder com suas roupas ousadas para os palcos da época, era brasileira em tudo, na malícia dos gestos, nas insinuações do olhar, no gosto pelo duplo sentido das frases. Foi a primeira grande desbocada do teatro brasileiro".

Alda Garrido

ALDA PALM GARRIDO
(74 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (19/08/1896)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/12/1970)

Uma das grandes atrizes do Teatro de Revista, Alda Garrido cria um estilo próprio e se torna conhecida pela brasilidade de sua interpretação, que identifica tipos populares femininos. Marca os anos 50 com a criação da personagem Dona Xepa.

Aos 19 anos forma com o marido, o ator Américo Garrido, a dupla Os Garridos, fazendo duetos até 1920, em São Paulo. Mudam-se para o Rio de Janeiro e organizam uma companhia para o Teatro América, estreando com Luar de Paquetá (1924), de Freire Jr., que permanece seis meses em cartaz com sucesso.

A dupla recebe convite para trabalhar com o empresário Pascoal Segreto, e na sua companhia atuam, entre outras, em Ilha dos Amores, Quem Paga é o Coronel, ambas de Freire Jr., Francesinha do Bataclan, de Gastão Tojeiro, todas em 1926.

A temporada projeta Alda Garrido, que é contratada pelo empresário de teatro de revista Manoel Pinto, pai de Walter Pinto, para atuar na Companhia Nacional de Revistas, no Teatro Recreio. O sucesso que a atriz obtém no gênero a faz manter desde então uma dupla atuação profissional - de um lado as comédias de costume que monta em sua própria companhia com produção do marido. De outro, os contratos com os empresários do Teatro de Revista. Mas aos poucos os espetáculos de sua companhia acabam se rendendo ao sucesso do teatro musicado, como em Brasil Pandeiro (1941), com texto de seu autor favorito, Freire Jr., em parceria com Luiz Peixoto, uma dupla das mais requisitadas no gênero revisteiro.

Em 1939, o empresário Walter Pinto faz com que, no espetáculo Tem Marmelada, de Carlos Bittencourt e Cardoso de Meneses. Garrido e Aracy Cortes dividam o palco pela primeira e última vez, no Teatro Recreio.

Entre as revistas de maior sucesso de sua carreira estão Maria Gasogênio - sátira à falta de gasolina nos anos da Segunda Guerra - e Da Favela ao Catete (1935) de Freire Jr. e Joubert de Carvalho. A atriz cria um estilo próprio de interpretar e de transformar o texto por meio de improvisos que, segundo Pedro Bloch, são na verdade criações premeditadas e cuidadosamente estudadas.

Os anos 50 consagram Alda Garrido com Dona Xepa, de Pedro Bloch (1953). A atriz se torna o símbolo da brasilidade, como mostra o seguinte trecho do jornalista Jota Efegê:

"A feirante Dona Xepa, bem na fatura artística de Alda Garrido (o rústico, o matuto), enseja-lhe um desempenho espontâneo onde prevalece a sua intuição na composição da figura. Ultrapassando o script, Alda entra com sua preciosa colaboração e enxerta-lhe 'cacos' perspicazes."

E, apontando aquilo que lhe é próprio, revela o crítico Décio de Almeida Prado:

"(...) nem atriz propriamente ela é. Atriz é alguém que se especializa em não ser nunca duas vezes a mesma pessoa. Alda Garrido não tem nada disso: os seus recursos de técnica teatral, de caracterização psicológica são dos mais precários. Em compensação, possui qualquer coisa de muito mais raro: uma personalidade genuinamente cômica. Quando representa, a graça não está nunca na personagem: está na intérprete, no que esta possui de inconfundível, de inimitável. O que admiramos não é a peça, mas a própria Alda Garrido, com o seu grão de irreverência e de loucura, que lhe permite comportar-se sempre de maneira menos convencional possível, e também com o seu grão de inesperado bom senso, que a faz sempre achar a resposta mais desconcertantemente terra a terra, mais prosaicamente adequada. Alda Garrido, muito mais que atriz, é uma grande excêntrica, a exemplo desses cômicos de cinema e de teatro musicado norte-americano - um Groucho Marx, um Danny Kaye."

Alda Garrido abandonou a carreira em 1965, e faleceu aos 74 anos no Rio de Janeiro, no dia 08 de dezembro de 1970.

Fonte: Wikipédia e Enciclopédia Itaú Cultural

Dulcina de Moraes

DULCINA DE MORAES
(88 anos)
Atriz, Diretora e Empresária

* Valença, RJ (04/02/1908)
+ Brasília, DF (28/08/1996)

Foi uma das maiores atrizes do teatro brasileiro. Fundadora da Fundação Brasileira de Teatro, FBT, depois transformada na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, que funciona em Brasília.

Quando nasceu, Dulcina não deixou dúvidas de que seu destino era mesmo ser atriz. Em 1908, seus pais, dois grandes atores da época, excursionavam com uma companhia pelo interior do Rio de Janeiro, quando chegaram à cidade de Valença. Átila e Conchita de Moraes – ela grávida de Dulcina, prestes a dar à luz – iam apresentar uma peça naquela mesma noite. No hotel onde o elenco se hospedaria, seu proprietário, ao perceber que alguém iria nascer a qualquer momento dentro de seu estabelecimento, proibiu que o casal ali permanecesse. Houve um início de tumulto, o elenco revoltou-se e recusou-se a ficar hospedado naquele local. O incidente chegou aos ouvidos da Condessa de Valença que, imediatamente, liberou um casarão desabitado para receber os artistas. Providenciou-se um colchão, toda a população solidarizou-se trazendo mantimentos e, com ampla audiência e aplausos de todos, no dia 04 de fevereiro, vinha ao mundo Dulcina de Moraes.

Estreou como protagonista aos 15 anos na peça "Lua Cheia", a convite de Leopoldo Fróes, um dos maiores mitos teatrais do século XX, sendo apontada como uma verdadeira revelação.

Em Buenos Aires também agradou em cheio e era saudada como "La Chica de Fróes". Daí em diante, integrou as mais importantes companhias teatrais até criar a sua própria, junto com o marido, Odilon Azevedo, com quem casou-se em 1931.

A Cia. Dulcina-Odilon foi responsável por êxitos memoráveis nos palcos nacionais. Em 1933, alcançou estrondoso sucesso com a peça "Amor", de Oduvaldo Viana, que estreou em São Paulo e, no ano seguinte, no Rio de Janeiro, inaugurou o "Teatro Rival", percorrendo depois todo o país e tornando-se um de nossos maiores clássicos.

A Cia. Dulcina-Odilon, uma das mais profícuas de que se tem notícia, foi fundada em 1935, encenando importantes dramaturgos brasileiros e internacionais. Foi a Cia. Dulcina-Odilon quem, pela primeira vez, apresentou ao público brasileiro autores como García Lorca (Bodas de Sangue), D’Annunzio (A Filha de Iório), Bernard Shaw (César e Cleópatra, Santa Joana, Pigmaleão) e Giraudoux (Anfitrião 38).

Os autores nacionais também brilharam no repertório de Dulcina, como Viriato Correia (A Marquesa de Santos), Raimundo Magalhães Júnior (O Imperador Galante) e Maria Jacintha (Convite à Vida, Conflito, Já é Manhã no Mar), entre muitos outros.

Mas 1945 reservava para Dulcina a maior consagração de sua vida, maior ainda do que "Amor": o espetáculo "Chuva", adaptação de uma novela de Somerset Maugham, estreava no Theatro Municipal, dirigida e protagonizada por ela, vivendo a personagem "Sadie Thompson". Foi encenada por anos seguidos em todo o país, na América Latina e em Portugal, deixando uma legião de admiradores, entre eles, muitas queridas estrelas como Marília Pêra, Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro e Nicete Bruno (esta, inclusive, lançada por Dulcina).

Fundação Brasileira de Teatro

As décadas foram significativas para Dulcina de Moraes: 20 anos depois da criação da Cia. Dulcina-Odilon e dez anos depois do estrondo de "Chuva", em 1955, iniciava suas atividades a Fundação Brasileira de Teatro, por quem ela viveu e morreu, deixando até um pouco de lado sua gloriosa trajetória como atriz, diretora e empresária, para dedicar-se integralmente a este sonho, primeiro no prédio onde hoje está o teatro que leva seu nome, no centro do Rio de Janeiro, e a partir de 1972, em Brasília, formando centenas de atores, dando dignidade à profissão.

Teve apenas uma e mal-sucedida experiência em cinema com o filme "24 Horas de Sonho", um dos poucos equívocos em sua carreira de incontáveis sucessos, pontuando com qualidade os seus trabalhos (ficaram famosos os figurinos e os cenários dos espetáculos da Cia. Dulcina-Odilon). Ainda voltaria ao palco algumas vezes entre a mudança definitiva para Brasília e a dedicação exclusiva à Fundação Brasileira de Teatro: "Mulheres", uma nova montagem de Tia Mame, "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, direção de Bibi Ferreira. E um Prêmio Molière Especial em 1982. Antes e depois e sempre a luta pela sua amada Fundação, que só abandonou quando não tinha mais forças.

Embora algumas fontes digam que foi um ano antes, Dulcina realmente faleceu em 28 de agosto de 1996, em Brasília. Foi uma mulher admirável, que deixou um legado para atores e público: respeito, humor, profissionalismo, perseverança, cultura, delicadeza e amor pelo teatro.

Madame Avelar

MARIA JOSÉ VELHO DE AVELAR
(80 anos)
Baronesa e Dama do Paço

* Rio de Janeiro, RJ (07/08/1851)
+ Petrópolis, RJ (13/07/1932)

Maria José Velho de Avelar, Baronesa de Muritiba, com grandeza, nasceu em 07/08/1851 no Rio de Janeiro e batizada por sua tia Galvina Ribeiro de Avelar.

Filha de Joaquim Ribeiro de Avelar, Primeiro Visconde de Ubá, e Mariana Velho da Silva. Casou-se em 17/11/1869 em Petrópolis, RJ, com Manuel Vieira Tosta FilhoSegundo Barão de Muritiba.

Foi agraciada pela Princesa Isabel com o título de Dama do Paço e conhecida como Madame Avelar.

Sônia Mamede

SÔNIA MAMEDE
(53 anos)
Atriz, Humorista e Vedete

* Rio de Janeiro, RJ (04/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/04/1990)

Depois de completar os estudos regulamentares, dedicou-se aos esportes, porém sempre com a convicção de ser atriz. Um dia recebe um convite para trabalhar no Teatro de Revista, logo se destacando.

Sua entrada para o cinema acabou sendo acidental, substituindo Consuelo Leandro no filme "Garotas e Samba" (1957), e depois fez mais 15 filmes.

Comediante de grande talento, alternou sua participação no teatro, na televisão e no cinema. Em 1956 casou-se com Augusto César Vanucci.

Nas décadas de 70 e 80, participou de programas humorísticos na TV Globo. Seu principal personagem nessa época foi a burra Ofélia, mulher do milionário Fernandinho, interpretado por Lúcio Mauro, no programa Balança Mas Não Cai. Ainda na televisão, atuou na telenovela Jogo da Vida.

Faleceu, aos 53 anos de idade vítima de Câncer.

Fonte: Wikipédia

Liana Duval

MARIA DE LOURDES VASCONCELOS ANTUNES
(83 anos)
Atriz e Vedete

* Paraguaçu Paulista, SP (06/06/1927)
+ Carmo da Cachoeira, MG (23/03/2011)

Começou sua carreira no teatro, nos grupos Arena e Oficina. Formou-se na Escola de Arte Dramática (EAD), em São Paulo, e atuou em montagens como "O Rei da Vela", "Gota D'água" e "Galileu, Galilei".

Liana Duval passou grande parte de sua carreira dedicada ao cinema, onde realmente ela começou.

No ano de 1952, Liana entrou para o cinema, de onde nunca mais saiu. Desse ano, até 1995, participou de mais de 52 filmes, não sabendo, nem ela mesma, exatamente o número. Um recorde, mesmo para os padrões da época. Devemos lembrar, que à época, as companhias em geral eram pequenas, tanto as de cinema, como as de teatro. Daí não haver exatamente o registro.

Liana Duval, era uma atriz muitíssimo procurada para fazer filmes, o que se percebe pela quantidade de películas em que atuou e por conhecer sua versatilidade como atriz. É de se ficar admirado ao estudar sua história e ver que ela fez sete filmes somente no ano de 1982. Apesar disso, porém, Liana Duval fez muitas coisas em televisão.

Ao longo de sua trajetória, a atriz participou em mais de 50 filmes, alguns ao lado de Mazzaropi. Na TV, Liana fez parte do elenco de novelas da TV Tupi, TV Manchete, TV Cultura e TV Globo. Nesta última, em produções como O Rei do Gado, Torre de Babel, A Próxima Vítima, entre outras.

Morte

A atriz morreu na noite do dia 23/03/2011 em Carmo da Cachoeira, MG. A atriz paulista tinha 83 anos e, de acordo com familiares, lutava contra um câncer há oito anos.

A atriz morava há 10 anos em Minas Gerais e vivia com familiares. O sepultamento aconteceu na manhã do dia 24/03/2011.

Cinema

1995 - Coentro e Quiabo na Carne de Sol
1987 - Vera
1987 - A Dama do Cine Shanghai
1986 - Filme Demência
1983 - De Todas as Maneiras
1983 - Nasce uma Mulher
1983 - Tudo na Cama
1982 - Sete Dias de Agonia
1982 - Amor, Palavra Prostituta
1982 - O Vale dos Amantes
1982 - A Noite das Taras II
1982 - Tchau Amor
1982 - Um Casal de 3
1982 - Aluga-se Moças
1981 - Pornô!
1980 - Ato de Violência
1980 - Ariella
1980 - Império das Taras
1979 - Os Amantes da Chuva
1979 - Joelma 23º Andar
1979 - Mulher, Mulher
1979 - Por um Corpo de Mulher
1979 - Milagre - O Poder da Fé
1979 - Dani, um Cachorro Muito Vivo
1978 - O Outro Lado do Crime
1978 - A Santa Donzela
1977 - Mágoa de Boiadeiro
1977 - O Seminarista
1976 - Excitação
1975 - A Casa das Tentações
1975 - Amantes, Amanhã Se Houver Sol
1974 - Pensionato de Mulheres
1974 - As Delícias da Vida
1974 - Macho e Fêmea
1973 - Mestiça, a Escrava Indomável
1973 - Anjo Loiro
1972 - A Infidelidade ao Alcance de Todos
1971 - Fora das Grades
1970 - Em Cada Coração um Punhal
1970 - O Pornógrafo
1965 - O Beijo
1964 - Crônica da Cidade Amada
1960 - Só Naquela Base
1958 - Hoje o Galo Sou Eu
1957 - O Pão Que o Diabo Amassou
1956 - A Pensão de D. Estela
1954 - Floradas na Serra
1953 - O Craque
1953 - Uma Vida Para Dois
1952 - João Gangorra
1952 - Nadando em Dinheiro
1952 - Sai da Frente

Televisão

1998 - Torre de Babel ... Luísa
1996 - O Rei do Gado ... Quitéria
1996 - Antônio dos Milagres ... Dona Floriana
1995 - A Próxima Vítima ... Ivete
1991 - Mundo da Lua ... Dona Ivone
1991 - Meu Marido
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Amália
1990 - Fronteiras do Desconhecido
1989 - Tieta ... Rafa
1987 - Carmem ... Izaltina
1982 - O Coronel e o Lobisomem ... Francisquinha
1982 - Maria Stuart
1978 - Roda de Fogo ... Rosa
1975 - Vila do Arco ... Dona Evarista
1975 - O Sheik de Ipanema
1974 - O Machão - Um Exagero de Homem ... Lulu Abrantes
1969 - Nino, o Italianinho
1968 - Beto Rockfeller
1967 - O Pequeno Lord
1964 - Marcados Pelo Amor

Lílian Lemmertz

LILIAN LEMMERTZ
(48 anos)
Atriz

* Porto Alegre, RS (15/06/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/06/1986)

Descendente de alemães, Lilian formou-se como professora de Literatura em Porto Alegre. O teatro aconteceu-lhe por um acaso, e foi Antônio Abujamra, seu colega de um curso de inglês e amigo de família, que a convenceu a trabalhar na peça "À Margem da Vida", que estava sendo montada pelo Teatro Universitário da capital gaúcha.

Em 1963, após trabalhar por cinco anos em teatro amador na capital gaúcha, ela se transferiu para São Paulo, onde, a convite de Walmor Chagas e Cacilda Becker, se tornou profissional ao participar da montagem do musical "Onde Canta o Sabiá".

Foi casada com o também ator Lineu Dias com quem teve uma filha, a também atriz Júlia Lemmertz.

Em 1965, ganhou o Prêmio SACI como melhor atriz coadjuvante na peça "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?".

Estreou no cinema em 1966, no filme "Corpo Ardente". Suas interpretações no cinema sempre foram muito elogiadas pela crítica. Foi musa do cineasta Walter Hugo Khouri, com quem fez oito filmes, entre eles "As Amorosas" (1968) e "Eros, O Deus do Amor" (1981).

Na televisão, ficou conhecida por suas personagens delicadas e angustiadas, em novelas como "Baila Comigo", "Final Feliz" e "Partido Alto". Foi em "Baila Comigo" que Lilian viveu a primeira "Helena" das novelas de Manoel Carlos numa interpretação primorosa ao lado do ator Fernando Torres.

A atriz recebeu vários prêmios de melhor atriz tanto no cinema como no teatro.

Televisão

1986 - Negro Léo (Caso Especial)
1985 - O Tempo e o Vento ... Bibiana
1985 - Roque Santeiro ... Margarida
1984 - Partido Alto ... Nanci
1983 - Guerra dos Sexos ... Valquíria
1982 - Final Feliz ... Maria Luiza
1982 - O Homem Proibido ... Flávia
1981 - Baila Comigo ... Helena
1980 - O Todo-Poderoso ... Matilde
1976 - Xeque-Mate ... Nancy
1969 - Nenhum Homem é Deus ... Helena
1968 - O Terceiro Pecado

Cinema

1985 - Patriamada
1984 - Tensão no Rio
1983 - Janete
1981 - Eros, o Deus do Amor
1979 - Os Amantes da Chuva
1977 - Paixão e Sombras
1976 - Aleluia Gretchen
1975 - Lição de Amor
1975 - O Desejo
1974 - O Anjo da Noite
1974 - Aquelas Mulheres (Inacabado)
1973 - O Último Êxtase
1973 - Um Intruso no Paraíso
1972 - As Deusas
1972 - Elas
1971 - Cordélia, Cordélia
1970 - Barão Olavo, o Horrível
1970 - Copacabana Mon Amour
1969 - Matou a Família e Foi ao Cinema
1968 - As Amorosas
1966 - As Cariocas
1966 - O Corpo Ardente

Teatro

1980 - Patética
1979 - Caixa das Sombra
1978 - Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?
1977 - Esperando Godot
1975 - Roda Cor de Roda
1974 - Entre Quatro Paredes
1972 - Quanto Mais Louco Melhor
1970 - O Balcão
1969 - Hamlet
1968 - Dois na Gangorra
1965 - Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?
1964 - Toda Donzela Tem um Pai que É uma Fera
1964 - A Noite do Iguana

Quando faleceu, prematuramente, aos 48 anos, vítima de um Infarto do Miocárdio, sozinha em seu apartamento no Rio de Janeiro, Lilian estava ensaiando o espetáculo "Ação Entre Amigos", com direção de Paulo Betti.

Fonte: Wikipédia

Estelita Bell

ESTER DANIOTTI BELL
(93 anos)
Atriz e Dubladora

* Rio de Janeiro, RJ (23/09/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/04/2005)

Filha da também atriz Renée Bell.

Adotou o nome artístico de Estelita Bell bem cedo. Na Televisão começou em 1957 na TV Rio e de lá não parou mais. Em 1970 entrou para a Rede Globo, aonde fez a novela "Irmãos Coragem" e "Assim na Terra Como no Céu", depois fez "Chega Mais" (1980), "Quatro Por Quatro" (1994), "O Fim do Mundo" e "Salsa e Merengue" (1996).

Em séries fez "Caso Verdade" (1982) na Rede Globo, e a partir de 1998 até 2000 participou de alguns episódios de "Você Decide", entre outros.

Em minisséries fez "Memórias de Um Gigolô" (1970) na Rede Globo
.

Estelita também tinha uma veia cômica, e participou de vários programas do gênero em sua carreira, o mais conhecido foi "Chico City" (1973), no qual ela fez uma participação.

No Cinema fez "Massagista de Madame" (1958), "Mulheres Cheguei" e "Mulheres à Vista" (1959), "Bom Mesmo é Carnaval" (1962), "O Doce Esporte do Sexo" (1971), "O Mau Caráter" (1974), "O Caçador de Fantasma" e "As Aventuras de Um Detetive Português" (1975), "Tem Folga na Direção" (1976), "Quem Matou Pacífico?" e "Ódio" (1977), "J.J.J., o Amigo do Super Homem" (1978), "O Beijo No Asfalto" (1981) e "Tropclip" (1985).

Na dublagem começou no início dos anos 60 dublando para a Disney, ela foi a Tia Sarah na primeira dublagem do longa-metragem "A Dama e o Vagabundo", foi a Mendiga na segunda dublagem, que foi realizada nos anos 60 do longa-metragem "Branca de Neve e Os Sete Anões", a primeira dublagem foi feita no anos 30 e foi perdida, foi a Godofreda no longa-metragem "Mogli - O Menino Lobo", Matriarca dos Elefantes na segunda dublagem, realizada nos anos 60 de "Dumbo", a primeira como "Branca de Neve" foi dublada nos anos 30 e também foi perdida, foi a Carlotta no longa-metragem "A Pequena Sereia", Cigana no episódio "Os Fantasmas Galopantes" em Scooby-Doo, Cadê Você?, entre outros.

Em filmes fez Elizabeth Stroud interpretada por Thelma Ritter em "O Homem de Alcatraz", Terri interpretada por Carey More em "Sexta-Feira 13 - Parte 4 - O Capítulo Final", Sacerdotisa Vulcana interpretada por Judith Anderson em "Jornada nas Estrelas 3 - Á Procura de Spock", Tia Agatha interpretada por Ethel Griffies em "Bucha Para Canhão", Frau Schmidt interpretada por Norma Varden em "A Noviça Rebelde", entre outros.

Estelita não era uma constante dubladora, dublava de vez em quando porque dedicava-se mais a TV e ao cinema.

Faleceu em 12 de Abril de 2005 de Parada Cardíaca.

Ema D'Ávila

EMA D'ÁVILA
(68 anos)
Atriz e Humorista

* Porto Alegre, RS (10/04/1916)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/03/1985)

Talentosa comediante no teatro, no cinema atuou em filmes do período da chanchada. Na televisão, participou de programas humorísticos e telenovelas.

Irmã do comediante Walter D'Ávila, ela também logo mostrou interesse pela arte de representar e pela comédia. Começou em rádio, embora tenha trabalhado com o irmão em teatro, cinema e televisão. Seu gênero de comédia não era histriônico, era contido, humano, próxima da realidade. Ganhou por isso várias vezes prêmios de Melhor Comediante Feminina. Interpretava ricaças neuróticas e roceiras cheias de maneirismos.

Em palco estreou em 1938, em rádio em 1946 e em cinema e televisão, um pouco depois.

Em cinema sua atuação foi marcante nas comédias: "Na Corda Bamba", "Pintando o Sete" e "Os Dois Ladrões". Participou em filmes ao lado dos famosos Oscarito e Grande Otelo.

Na televisão atuou em diversos programas humorísticos como "Balança Mas Não Cai" e "Noites Cariocas". Sempre seus tipos marcavam e ela era elogiada. Também participou da novela "Marrom Glacê", onde viveu uma simpáticas velhinha, Dona Bá.

Ema D'Ávila faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 25 de março de 1985, vítima de um Acidente Vascular Cerebral.