Heloísa Tapajós

HELOÍSA MARIA DE CARVALHO TAPAJÓS GOMES
(66 anos)
Pesquisadora de MPB e Produtora Cultural

* Rio de Janeiro, RJ (29/04/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/06/2014)

Heloísa Tapajós foi uma pesquisadora de Música Popular Brasileira e produtora cultural.

Socióloga formada, em 1970, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com especialização, em nível de pós-graduação, em Demografia, pela mesma instituição acadêmica, em convênio com o Centro Latino-Americano de Demografia da Organização das Nações Unidas (ONU). Ainda na PUC-Rio, em 1990 foi aprovada em 4º lugar no exame de seleção ao Programa de Mestrado do Departamento de Sociologia, com área de concentração em Pensamento Social e Político Brasileiro, do qual se desligou após a conclusão dos créditos obrigatórios.

Irmã de Sérgio de Carvalho (produtor musical), Dadi Carvalho (baixista, compositor e cantor) e Mú Carvalho (pianista, compositor e produtor musical). Tia de Daniel Carvalho (músico e produtor musical) e André Carvalho (cantor e compositor). Prima, pelo lado paterno, de Beto Carvalho (radialista e produtor musical) e Guti Carvalho (produtor musical). Prima, pelo lado materno, do pianista Homero Magalhães e de seus filhos músicos Homero Magalhães Filho, Alain Pierre, Alexandre Caldi e Marcelo Caldi.

Teve como ocupação principal, desde 1999, a função de pesquisadora do Instituto Cultural Cravo Albin, sendo responsável pela pesquisa e redação dos verbetes do segmento Bossa Nova e MPB, de 1958 aos dias atuais, do Dicionário Cravo Albin da MPB, contabilizando, até 2013, a produção de mais de 1.700 verbetes de sua autoria.

Heloísa Tapagós e Paulinho Tapajós
Foi ainda, desde 2007, pesquisadora titular do Núcleo de Estudos em Literatura e Música (NELIM / PUC-Rio), no qual constam entrevistas e textos de sua autoria.

Também desde 2007, assinava a produção artística do projeto cultural "Sarau Repsol", realizado inicialmente em parceria com o Instituto Cultural Cravo Albin e, desde 2009, em parceria com o Núcleo de Estudos em Literatura e Música.

Paralelamente a essas funções, vinha atuando em vários outros projetos na área cultural.

Participou, entre 1998 e 2000, das entrevistas realizadas com Carlos Lyra, João Donato, Chico Buarque, Edu Lobo e Wanda Sá, publicadas no livro "A MPB Em Discussão - Entrevistas" (Editora UFMG, 2006), organizado por Santuza Cambraia Naves, Frederico Oliveira Coelho e Tatiana Bacal.

Atuou, em 2003, como editora do website "Alô Música", cujo conteúdo contém entrevistas e textos de sua autoria.

Em 2004, fez parte da equipe de pesquisa projeto acadêmico "Representações da Violência na Música Popular Brasileira", desenvolvido pelo Instituto Cultural Cravo Albin em parceria com a PUC-Rio e a Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), sob a coordenação de Júlio Diniz, para o qual escreveu o ensaio "Chico Buarque e a Censura nas Décadas de 1960 e 1970", publicado no site do Núcleo de Estudos em Literatura e Música.

Heloísa Tapajós e Antônio Adolfo
Heloísa Tapajós foi responsável pela pesquisa e pelos textos do espetáculo "Bossa Nova In Concert", realizado no Canecão, Rio de Janeiro, em 2004, e no Parque dos Patins, em 2005, com a participação de João Donato, Os Cariocas, Johnny Alf, Leny Andrade, Pery Ribeiro, Roberto Menescal, Carlos Lyra, Durval Ferreira, Marcos Valle, Wanda Sá e Bossacucanova, tendo como convidados especiais Eliane Elias (Canecão) e Oscar Castro Neves (Parque dos Patins). O show do Parque dos Patins foi gravado ao vivo e gerou o CD e o DVD "Bossa Nova In Concert" (EMI Music, 2005).

Trabalhou, em 2005, em parceria com Memeca Moschcovich, na pesquisa e produção das gravações realizadas no Rio de Janeiro para o documentário "Luiz Henrique - No Balanço do Mar", de Ieda Beck, sobre o compositor, cantor e violonista catarinense ligado à bossa nova.

Assinou releases para alguns trabalhos artísticos, entre os quais os CDs "Óleo Sobre Tela" (Kuarup, 2005), de Mú Carvalho, "Par ou Ímpar" (Kuarup, 2006), de Paulinho Tapajós e Marcello Lessa, e "Dadi" (Som Livre, 2007), e o DVD "A Cor do Som Acústico" (Performance Be Records/Sony & BMG, 2005).

Em 2006, Heloisa Tapajós produziu o conteúdo do website do compositor, violonista e produtor musical Roberto Menescal. Ainda nesse ano, foi lançado o "Dicionário Houaiss Ilustrado de Música Popular Brasileira", contendo uma condensação do conteúdo produzido até 2005 para o site "Dicionário Cravo Albin da MPB", adaptado pelo Instituto Antonio Houaiss para a publicação impressa.

Alejandro Roig, Heloísa Tapajós e Paulinho Tapajós
Em 2007, produziu, em parceria com Andréa Noronha, a série de eventos mensais "Sarau Repsol / Sarau da Pedra", projeto realizado pelo Instituto Cultural Cravo Albin em parceria com a Repsol, inicialmente com apoio da Livraria Dantes (em março, abril e maio) e, a partir de junho, com apoio da gravadora Biscoito Fino. O projeto homenageou os compositores João Bosco (março), Carlos Lyra (abril), Roberto Menescal (maio), Marcos Valle (junho), Sueli Costa (julho), Paulinho Tapajós (agosto), Ivan Lins (setembro), Guinga (outubro), Francis Hime (novembro) e Edu Lobo (dezembro).

Em 2008, assinou a pesquisa e os textos do espetáculo "Bossa Nova 50 Anos", realizado na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. No elenco, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Oscar Castro Neves, Wanda Sá, Leila Pinheiro, Emílio Santiago, Zimbo Trio, Leny Andrade, Maria Rita, Fernanda Takai, João Donato, Marcos Valle e Patrícia Alvi, Bossacucanova e Cris Delanno. O show, em comemoração aos 50 anos da bossa nova, e também celebrando o aniversário da cidade do Rio de Janeiro, teve concepção e direção de Solange Kafuri, direção musical de Roberto MenescalOscar Castro Neves, e apresentação de Miele e Thalma de Freitas.

Heloísa Tapajós trabalhou, ao lado de Frederico Coelho, e sob a coordenação de Júlio Diniz, na pequisa para o documentário "Palavra (En)cantada", dirigido por Helena Solberg. O filme teve pré-estréia em 2008, no Cinema Odeon, no Rio de Janeiro, na programação do Festival do Rio.

Também em 2008, foi publicado o livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download" (Nova Fronteira), de André Midani, no qual foi responsável pela pesquisa de conteúdo e pela revisão do texto original. Ainda em 2008, assinou a produção artística da segunda edição do projeto "Sarau Repsol / Sarau da Pedra", realizado pela Repsol no Instituto Cultural Cravo Albin, apresentando shows de BR6 (julho), Olívia Byington (agosto), Nós Quatro (setembro), Zé Renato (outubro), Raul de Souza, João Donato, Luiz Alves e Robertinho Silva (novembro) e Casuarina (dezembro).


Como pesquisadora titular do Núcleo de Estudos em Literatura e Música (NELIM / PUC-Rio), participou da pesquisa de conteúdo para o livro "Bossa Nova - Um Retrato em Branco e Preto" (Editora PUC Rio, 2008) e trabalhou na produção do seminário "Música Popular, Literatura e Memória", que teve lugar na PUC-Rio, em 2009.

Escreveu os textos da exposição "Imagens da Música na Lente de Mario Luis", com fotos de Mario Luis Thompson, apresentada no SESC Teresópolis, em 2009.

Também em 2009, assinou a produção artística da terceira edição do projeto "Sarau Repsol", realizado pela Repsol na Fundação Eva Klabin, apresentando shows de Boca Livre (abril), Claudio Nucci (maio), Dadi (junho), MPB4 (julho), Celso Fonseca (agosto), Marianna Leporace (setembro), Wanda Sá & Dôdo Ferreira Trio (outubro) e Arranco de Varsóvia (novembro). Ainda em 2009, produziu, em parceria com Claudia Chigres e sob a coordenação acadêmica de Júlio Diniz, o conteúdo didático para o DVD "Palavra (En)cantada", de Helena Solberg.

Em 2010, assinou a produção artística da quarta edição do projeto "Sarau Repsol", realizada pela Repsol na Fundação Eva Klabin, apresentando shows de Alberto Rosenblit (abril), Joyce (maio), Danilo Caymmi (junho), Os Cariocas (julho), Tunai (agosto), BossaCucaNova (setembro), Sá & Guanabyra (outubro) e Paula Morelenbaum (novembro).

Também em 2010, foi contratada pela Empresa Municipal de Multimeios (MULTIRIO) para assumir a pesquisa musical da série "No Compasso da História", série de 15 programas mensais que teve como objetivo contar a História do Brasil a partir do nosso cancioneiro. A série, com apresentação de Joyce Moreno e roteiro de Fátima Valença, foi veiculada pelo canal 14 da Net, em 2011 e 2012.

Ivan Lins, Heloísa Tapajós, Alejandro Roig e Lenine
Em 2011, foi responsável pela pesquisa e produção de textos para a Mesa Redonda "A Bossa do Samba - A Interação Harmônica, Melódica e Rítmica da Bossa Com o Samba", realizada na Casa de Rui Barbosa.

Ainda em 2011, assinou a pesquisa do projeto "A Bossa do Samba", apresentado no espaço Oi Futuro, no Rio de Janeiro, com shows que reuniram, nas quatro semanas de agosto, as seguintes duplas: João Donato & Maíra Freitas; Roberto Menescal & Teresa Cristina; Carlos Lyra & Nilze Carvalho; e Marcos Valle & Casuarina. Concebido e dirigido por Solange Kafuri, o projeto contou com curadoria de Rildo Hora e Marco Antonio Bompet, arranjos e direção musical de Itamar Assiere, apresentação em vídeo de Tárik de Souza, coordenação geral e direção de produção de Giselle Kafuri, e produção executiva de Humberto Braga.

Também em 2011, assinou a produção artística quinta edição do projeto "Sarau Repsol", realizado na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com shows de Mario Adnet (abril), Tatiana Parra & Andres Beewsaert (maio), Clara Moreno (junho), Mú Carvalho (julho), Nana Caymmi & Cristóvão Bastos (agosto), Pery Ribeiro (setembro) e Cris Delanno (outubro).

Em 2012, dividiu com Paulo da Costa e Silva e Adriana Maciel a produção do documentário "Imbatível ao Extremo: Assim é Jorge Ben Jor!", especial em 10 capítulos sobre Jorge Benjor dirigido e roteirizado por Paulo da Costa e Silva para a Rádio Batuta do Instituto Moreira Salles.

Paulinho Tapajós recebendo placa das mãos de Heloísa Tapajós
Também em 2012, assinou a produção artística da sexta edição do projeto "Sarau Repsol", realizado na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com shows de Chico Adnet (abril), Jackie Hecker (maio), Carol Saboya & Antonio Adolfo (junho), Bebossa & Wanda Sá (julho), Ilana Volcov (agosto), Soraya Ravenle (setembro), Muiza Adnet (outubro) e Conexão Rio, Andrea Veiga e José Carlos Bigorna (novembro).

Em parceria com Chris Nicklas, assinou o roteiro dos seis documentários da série "Audio Retrato" (Canal Bis, 2013), com direção de Ricardo Nauenberg. No elenco, Fernanda Abreu, Evandro Mesquita, Lenine, Gabriel o Pensador, Dinho Ouro Preto e Gilberto Gil.

Ainda em 2013, assinou a produção artística da sétima edição do projeto "Sarau Repsol", realizado na Fundação Eva Klabin, no Rio de Janeiro, com shows de Cello Samba Trio (março), Carlos Lyra (abril), Liz Rosa (maio), Marcos Sacramento & Zé Paulo Becker (junho), Vinicius Cantuária (julho), Luiz Melodia (agosto), Ivan Lins (setembro) e Carlos Malta (outubro).

Assinou a curadoria da exposição "A Magia do Disco - André Midani", realizada no Instituto Cultural Cravo Albin, também em 2013.

Ao longo de sua trajetória realizou entrevistas com vários compositores e intérpretes da música popular brasileira, e assinou matérias sobre shows e lançamentos fonográficos.

Morte

Heloísa Tapajós estava internada há aproximadamente 2 meses num hospital da Zona Sul do Rio de Janeiro. Somente a família e seus companheiros do Dicionário Cravo Albin da MPB sabiam e não divulgaram a informação.

Ela faleceu na sexta-feira, 06/06/2014, às 18:00 hs vítima de problemas cardíacos e o sepultamento ocorreu no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Indicação: Miguel Sampaio

Antônio de Lacerda Franco

ANTÔNIO DE LACERDA FRANCO
(82 anos)
Político

* Itatiba, SP (13/06/1853)
+ São Paulo, SP (19/05/1936)

Antônio de Lacerda Franco foi um político brasileiro. Filho do Barão de Araras e de sua prima Manuela Assis de Cássia Franco.

Antonio de Lacerda Franco foi vulto de influência na vida política, social e cívica de Santos. Bateu-se com altivez pelo reconhecimento do sistema republicano, podendo-se dizer que foi um dos seus principais prosélitos em Santos.

Também foi abolicionista. Aliás, Quintino de Lacerda fora seu escravo, que o libertara espontaneamente e de quem o administrador do Quilombo do Jabaquara se tornara amigo dileto e incondicional.

Logo após a proclamação da República, o povo aclamou uma junta governativa para administrar o Município e o primeiro nome escolhido foi o de Antônio de Lacerda Franco que, ao lado de Antônio Carlos da Silva Teles, José Azurém Costa Júnior, Ernesto Cândido Gomes, Walter Wright, Guilherme José Alves Souto e Manuel Franco de Aguiar Viana, passou a dirigir Santos desde os primeiros instantes da proclamação do novo regime. Mais tarde, foi ele eleito senador, em cujo posto deu alentados exemplos de altivez e independência de ação.

Transferindo-se muito jovem para Araras, SP, aí se dedicou à agricultura e à política local. Ardoroso defensor das idéias republicanas fundou nessa cidade, o Partido Republicano, sendo eleito vereador e presidente da câmara em várias legislaturas. Logo após proclamada a República foi para a capital paulista e fez parte da Comissão Permanente do Partido a que se filiara definitivamente.


Eleito senador estadual em 1892, conservou-se nesse posto por longos anos, só o deixando quando eleito para a senadoria federal. Fora da política agiu sempre com grande eficiência, fundando e presidindo o Banco União, a Companhia Telefônica Brasileira e cooperando para a fundação da Escola de Comércio Alvares Penteado e do Conservatório Dramático e Musical.

Presidiu ainda várias companhias industriais e dirigiu o "Correio Paulistano". À Santa Casa de Misericórdia prestou notáveis serviços como mesário, escrivão e provedor, cargos que desempenhou sucessivamente desde 1894 até os últimos dias de sua vida.

Fundou em Sorocaba, SP, a fábrica têxtil Votorantim, que, em 1917, após a falência do Banco União, foi adquirida em leilão pelo português António Pereira Inácio e pelo italiano Nicola Scarpa. Naquele mesmo ano, Nicola Scarpa vendeu sua quota-parte a Pereira Inácio, que seria em 1925 substituído pelo seu genro, José Ermírio de Morais.

Antônio de Lacerda Franco foi senador da República de 1924 a 1930 e também prestou importantes serviços à Associação Comercial de Santos, de que foi presidente no biênio de 1887-1888.

Fonte: Wikipédia e Veja Santos! (2ª edição, 1975, Santos,SP)

Hélcio Milito

HÉLCIO PASCOAL MILITO
(83 anos)
Percussionista, Baterista e Produtor Musical

* São Paulo, SP (09/02/1931)
+ Rio de Janeiro, RJ (07/06/2014)

Hélcio Pascoal Milito foi um percussionista, baterista e produtor musical brasileiro. É irmão do também músico Osmar Milito.

Começou a carreira profissional em São Paulo, no ano de 1950, tocando percussão no Conjunto Robledo. Tempos depois, em 1952, fez parte da Orquestra do Maestro Peruzzi, do Sexteto Mario Casali entre os anos de 1953 e 1954, da Grande Orquestra de Luís César em 1954 e do Trio de Izio Gross em 1956.

Em 1957, se mudou para o Rio de Janeiro e atuou como percussionista do Conjunto de Djalma Ferreira, com o qual gravou a série de discos "Drink".

Em 1958 viajou com a orquestra de Ary Barroso para a Venezuela e estudou com o percussionista norte-americano Henry Miller

No final da década de 1950, se apresentou em shows no começo da Bossa Nova e formou o Conjunto Bossa Nova ao lado dos músicos Roberto Menescal, Luiz Carlos Vinhas, Bebeto Castilho, Luiz Paulo e Bill Horn, com os quais gravou o compacto "Bossa é Bossa", lançado pela Odeon em 1959. Ainda nesse ano, participou do disco "Garotos da Bossa Nova" e ingressou como percussionista da Orquestra da Rádio Nacional.


Em 1960, acompanhou Luiz Bonfá em turnê nos Estados Unidos e executou pela primeira vez a Tamba, instrumento de percussão, durante um show do cantor Sammy Davis Jr., no Teatro Record em São Paulo.

Em 1962, fundou o Tamba Trio, com o pianista Luiz Eça e o contrabaixista Otávio Bailly, substituído mais tarde por Bebeto Castilho. Com esse grupo, inaugurou os pockets shows no Bottle's Bar e Beco das Garrafas no Rio de Janeiro, e excursionou pelos Estados Unidos e Argentina. Desligou-se do trio em 1964 e viajou para New York para tocar ao lado de João GilbertoAstrud GilbertoStan GetzLuiz BonfáGil EvansDon CostaTony BennettWes Montgomery, entre outros.

Em 1966, veio ao Brasil, apresentando, com Clementina de Jesus e Coral, o concerto "Missa de São Benedito", para tamba e vozes, de José Maria das Neves, realizado na Aldeia de Arcozelo e na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, esteve novamente em New York, onde gravou com o guitarrista Wes Montgomery.

De volta ao Brasil, atuou, de 1966 a 1971, como produtor musical nas gravadoras CBS, TapecarRCA Victor.


Voltou a se reunir com Luiz EçaBebeto Castilho em 1971, retomando o Tamba Trio, apresentando-se no Teatro Teresa Raquel o Rio de Janeiro. Ficou até 1975 e retornou em 1982, lançando o disco "Tamba Trio - 20 Anos de Sucesso" pela RCA Victor. Continuou como membro do Tamba Trio, por sete anos.

Estudou música com Henry MillerMoacir Santos e Ester Scliar, e participou, como percussionista, das trilhas sonoras dos filmes "A Pedreira de São Diogo", de Leon Hirszman, episódio de "Cinco Vezes Favela", "Os Cafajestes", de Ruy Guerra, e "Garrincha, Alegria do Povo" de Joaquim Pedro de Andrade.

Em 1973, viajou pela Europa com o Tamba Trio. Ainda nesse ano, participou de conferências e debates patrocinados pelo Ministério da Educação e Cultura, realizados no Norte e Nordeste do Brasil.

Em 1974 e 1975, voltou aos Estados Unidos com o Tamba Trio.

Ao longo da carreira, acompanhou artistas como Maysa, Carlos Lyra, Nara Leão, Clementina de Jesus, Quarteto em Cy, Nelson Angelo, Joyce, João Bosco, Simone, César Costa Filho, Eumir Deodato, Tom e Dito, Milton Nascimento, Nana Caymmi, entre outros.


Morte

Hélcio Milito morreu na manhã de sábado, 07/06/2014, no Rio de Janeiro, aos 83 anos. Ele estava internado em um hospital do Rio de Janeiro há dois meses por conta de um infarto que sofreu.


Discografia

Com o Conjunto Bossa Nova
  • 1959 - Bossa é Bossa (Odeon, Compacto)


Com o Tamba Trio
  • 1962 - Tamba Trio (Philips, LP)
  • 1963 - Avanço (Philips, LP)
  • 1964 - Tempo (Philips, LP)
  • 1974 - Tamba (RCA Victor, LP)
  • 1975 - Tamba Trio (RCA Victor, LP)
  • 1982 - Tamba Trio - 20 Anos de Sucesso (RCA Victor, LP)

Indicação: Miguel Sampaio