Emil Rached

EMIL ASSAD RACHED
(66 anos)
Jogador de Basquete

* Vera Cruz, SP (20/06/1943)
+ Campinas, SP (15/10/2009)

Emil Rached foi o mais alto jogador do basquete brasileiro, com 2,20 m. Ficou conhecido do grande público após a sua aposentadoria das quadras, interpretando o "gigante" do grupo Os Trapalhões.

Nasceu em Vera Cruz, SP, mas morava em Campinas quando foi descoberto para o basquete. Começou no Palmeiras e jogou entre 1964 e 1980. Com a seleção brasileira, ganhou duas medalhas: bronze no Mundial do Uruguai (1967), e ouro no Pan de Cali (1971).

Sua formação é em Educação Física. Em 2003 vivia como representante de vendas.


No basquete, ficou conhecido pelo papel de "boi de piranha": atraía os marcadores e os companheiros arremessavam livres. Tinha fama de lento, embora chegasse a marcar 15 pontos por partida, e recebesse diversas faltas, forçando a saída de diversos jogadores de equipes adversárias. Pela Seleção Brasileira, Emil Rached marcou 114 pontos em 18 jogos.

Na televisão, seu papel de gigante mal-humorado e desajeitado entusiasmava o público. Ficou conhecido pelo bordão "Pega no termômetro e verifica!", com o qual respondia à insistente pergunta "Está frio aí cima?".

No cinema, participou dos seguintes filmes: "O Trapalhão Nas Minas do Rei Salomão" (1977), "Os Trapalhões na Guerra dos Planetas" (1978) e "As Aventuras de Mário Fofoca" (1982).

Segundo o Guinness de 1974, Emil Rached era, provavelmente, o homem mais alto do Brasil, com 2,23 m, sendo também considerado o jogador de basquete mas alto do mundo.

Morte

Emil Rached sofria de uma embolia pulmonar e, estava internado havia 10 dias. Faleceu em 15/10/2009 no Centro Médico de Campinas, em Barão Geraldo, após sofrer uma Embolia Pulmonar e quatro paradas cardíacas.

Fonte: Wikipédia

Francarlos Reis

FRANCARLOS REIS
(67 anos)
Ator e Diretor Teatral

* Piracicaba, SP (27/12/1941)
+ São Paulo, SP (08/04/2009)

Ator e diretor, Francarlos Reis formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) em 1965 e, em seguida, foi estudar no Rio de Janeiro, sonhando em seguir a carreira de diplomata. Mas uma viagem a Londres, em 1969, onde viu o musical "Hair", provocou uma transformação radical em sua vida.

Abandonou os estudos e, como tinha formação também em música, passou a tocar piano numa boate em Copacabana. "Depois de ver 'Hair' eu não sabia mais o que queria fazer da vida, mas tinha certeza de que não seria advogado", contou Francarlos Reis em entrevista concedida em 2008.

Foi tocando piano na noite que recebeu, do ator Armando Bógus, o convite para fazer teste para um musical. Por uma dessas coincidências da vida, era justamente para a montagem de "Hair" no Rio de Janeiro. Francarlos fez o teste numa segunda-feira, na terça já ensaiava como integrante do coro do espetáculo. Nunca mais abandonou o teatro.

Com mais de 60 espetáculos teatrais no currículo, Francarlos Reis iniciou sua carreira em 1970. Quem viu, jamais esquece, por exemplo, da forma como expressava, em atuação a um só tempo contida e intensa, a dor e a indignação de um honesto e apagado funcionário público na peça "Em Moeda Corrente do País", que tinha texto de Abílio Pereira de Almeida, direção de Silnei Siqueira, e lhe valeu uma indicação para o Prêmio Shell.

Cinco anos depois, mais uma interpretação marcante prova a versatilidade de seu talento. No musical "My Fair Lady" ele cantou, dançou e, mais que tudo, brilhou ao dar vida ao '"picareta" Alfred, um divertido bon vivant que é em tudo oposto ao citado funcionário e lhe valia aplausos calorosos do público ao fim de cada apresentação.


Atuou sob a batuta de grandes diretores brasileiros, entre eles José Renato, fundador do Teatro Arena, Jorge Takla, Flávio Rangel, Gianni Ratto, Antônio Abujamra, Fauzi Arap e Silnei Siqueira. Deu vida a personagens criados por Molière, Chekhov, Vianinha, Millôr Fernandes, José Vicente, Gogol, Gorki, Alcides Nogueira, Mário Viana e muitos outros.

Todo ator tem seus trabalhos prediletos, não necessariamente os de maior sucesso de público e crítica. Francarlos Reis tinha o seu, era "Pasolini, Morte e Vida", texto do francês Michel Azama, encenado no Brasil pelo norte-americano Stephan Yarian. Destacava também entre os espetáculos que mais prazer lhe proporcionaram como ator, "O Doente Imaginário", de Molière, dirigido por Silnei Siqueira.

Francarlos Reis atuou, também, em "A Capital Federal" (1972), "Os Órfãos de Jânio" (1981), "O País dos Elefantes" (1989), "O Inspetor Geral" (1994), "Abzoluta!" ( 2002), "Memórias do Mar Aberto: Medéia Conta Sua História" (2004), "Operação Abafa" (2006), dentre outros espetáculos.

Atuou pouco em televisão, fez a novela, "Venha Ver o Sol na Estrada" (1973), sob direção de Antunes Filho, na TV Record. Fez ainda algumas participações em teleteatros na TV Cultura, entre eles "Vestido de Noiva", mais uma vez sob direção de Antunes Filho e participou da série "As Cinco Panelas de Ouro" e do "Senta Que Lá Vem Comédia", ambos também na TV Cultura.


Ainda na televisão, Francarlos Reis chegou a participar da novela do SBT, "Chiquititas" (1997) e da série da TV Globo "Carandiru, Outras Histórias" (2006).

Em 2007, o ator também atuou no filme "Onde Andará Dulce Veiga?", longa dirigido por Guilherme de Almeida Prado, uma adaptação do livro de Caio Fernando Abreu.

Homem de hábitos muito simples e muito querido na classe teatral paulista, ele gostava de encontrar amigos para uma caipirinha no Restaurante Planeta’s. "Não quero chegar ao topo. Sou uma criança com um ideal inatingível: ser gente com todas as letras maiúsculas", declarou ele em uma entrevista.

Entre 2007 e 2008, Francarlos Reis esteve no musical "West Side Story" e anteriormente brilhou no elenco de "My Fair Lady". Participou da peça "A Cabra ou Quem é Sylvia?", dirigido por Jô Soares e ao lado de José Wilker e Denise Del Vecchio.

Aos 67 anos, Francarlos Reis foi encontrado morto por um amigo, em seu apartamento em São Paulo. Ele foi vítima de um infarto fulminante.

Ele estava no elenco do musical "A Noviça Rebelde", encenado no Teatro Alfa, em São Paulo, no papel de Max Detweiler. O espetáculo não interrompeu a temporada e o ator foi substituído por Dudu Sandroni. Francarlos foi homenageado por todo o elenco na sessão do espetáculo que aconteceu um dia após a sua repentina morte.

Em 2010, Francarlos Reis apareceu no longa metragem "A Guerra de Vizinhos" filmado em 2009, sob a direção de Rubens Xavier. No elenco estão também, dentre outros, Eva Wilma, Karin Rodrigues e Vera Mancini.

Vera Sílvia Magalhães

VERA SÍLVIA ARAÚJO DE MAGALHÃES
(59 anos)
Economista, Socióloga e Guerrilheira

* Rio de Janeiro, RJ (05/02/1948)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/12/2007)

Foi uma economista, socióloga e guerrilheira brasileira, militante da Dissidência Comunista da Guanabara e do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).

Vera, filha de uma família da classe média alta carioca, de ideologia socialista - ganhou do tio, aos onze anos, o livro "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels - começou a militar na política com apenas 15 anos de idade, na Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas (Ames).

Aos vinte, em 1968 e já na universidade, ingressou no MR-8, grupo comunista clandestino que participou da luta armada contra a ditadura militar.

Luta Armada

Atuando na Frente de Trabalho Armado (FTA), a tropa de choque da DI-GB, um dos muitos grupos dissidentes do Partido Comunista Brasileiro, e que viria a se intitular de Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), após a prisão de quase todos os integrantes do MR-8 original, no intuito de confundir a repressão, depois de sua primeira ação num roubo de armas no gasômetro do bairro do Leblon, junto aos companheiros Cláudio Torres e Cid Benjamin, Vera participou de diversos assaltos a banco, supermercados, postos de gasolina e carros-forte, além de um assalto cinematográfico ao apartamento de um deputado em Copacabana, com os membros do grupo disfarçados de jornalistas. Nessas ações, ela usava sempre uma peruca loira, o que lhe deu a alcunha de "Loira 90" (porque nos assaltos a banco estava sempre armada com duas pistolas calibre .45) na imprensa e entre os agentes da repressão.

Mas ela passaria para a história como uma das mais famosas guerrilheiras do Brasil da ditadura militar, quando foi a única mulher a participar do seqüestro do embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick, em setembro de 1969.

Vera, codinome "Dadá" na militância, ficou encarregada de conseguir informações sobre a rotina do embaixador Elbrick e para isso chegou a flertar com o chefe da segurança da embaixada dos Estados Unidos, em Botafogo, vestida com uniforme de babá. Depois de conseguir as informações que permitiram o mapeamento da rotina do diplomata, ela atuou como vigia no dia do sequestro, 4 de setembro, posicionada dentro de uma padaria na rua Marques, no bairro do Humaitá, onde se deu a ação.

Após o sequestro, o primeiro do genêro no mundo e que libertou quinze presos políticos em troca da vida de Elbrick, Vera desapareceu na clandestinidade, caçada, como os outros sequestradores, pela polícia e pelos agentes dos serviços de inteligência das três forças armadas. Escondida na Penha com o então companheiro José Roberto Spigner, também guerrilheiro, continuou esporadicamente a participar de ações armadas e distribuição de propaganda política, até o começo do ano seguinte, quando escapou atirando de um cerco feito pela repressão a uma casa onde se escondia com companheiros, entre eles Spigner, morto no tiroteio.

Presa em março de 1970, numa casa do bairro do Jacarezinho, junto com outros companheiros denunciados por uma vizinha e levando um tiro que lhe trespassou a cabeça. Vera Sílvia foi torturada nas dependências do DOI-CODI do Rio de Janeiro, baseado num quartel da Polícia do Exército na Rua Barão de Mesquita, bairro da Tijuca, zona norte da cidade. Pendurada no pau-de-arara, respondeu aos torturadores quando lhe perguntaram sua profissão: "Minha profissão é ser guerrilheira". Vera acabou sendo libertada junto com outros 39 presos politicos em 15 de junho do mesmo ano, em troca do embaixador alemão no Brasil, Ehrenfried von Holleben, sequestrado por outro grupo guerrilheiro.

Cinema

Única mulher participante do sequestro do embaixador Elbrick, Vera foi retratada no filme "O Que É Isso, Companheiro?" de 1997 baseado na obra homônima de Gabeira por Fernanda Torres.

Exílio, Retorno e Morte

Banida do país, Vera morou na Argélia e no Chile com Fernando Gabeira, seu companheiro de sequestro e de banimento, com quem se casou, na Alemanha, na Suécia e na França. A maior parte do tempo em que foi obrigada a morar fora do Brasil, foi ocupada com estudos na Sorbonne, em Paris, onde foi aluna do sociólogo e futuro Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, também exilado na Europa. Retornando ao Brasil em 1979 após a aprovação da Lei da Anistia, trabalhou no governo do Rio de Janeiro como planejadora urbana, até se aposentar por invalidez.

Vera, musa dos integrantes da guerrilha no Rio de Janeiro, foi presa após levar um tiro na cabeça e torturada por três meses mesmo ferida e após dias em estado de coma, e, entre outras sequelas, sofreu o resto da vida de surtos psicóticos, sangramento da gengiva e crises renais, combateu um linfoma nos últimos anos de vida e morreu de infarto em 2007.

Por causa de seus problemas permanentes de saúde causados pela tortura, em 2002 ela foi a primeira mulher a receber reparação financeira do Estado, com uma pensão mensal vitalícia garantida por lei. Além de viver com Spigner e casar com Gabeira, Vera Sílvia foi casada mais duas vezes, uma delas com o cientista político Emir Sader.

Fonte: Wikipédia

Douglas Barcellos

DOUGLAS DE SOUZA
(33 anos)
Modelo e Ator

* Rio de Janeiro, RJ (05/03/1975)
+ Cascais, Portugal (24/12/2008)

Ele morava com a mulher em Los Angeles, Estados Unidos, e procurou fazer carreira no país a partir de trabalhos na TV. Antes, foi modelo, tendo desfilado em Milão, New York e Paris.

Em dezembro de 2008, foi enviado a Portugal pelo empresário, junto com outros atores brasileiros, como Felipe Camargo e Camila Alves, casada com Diogo Boni, filho do ex-vice-presidente da TV Globo, para rodar o filme "The Passionist". Douglas Barcellos também atuou no filme "Cinturão Vermelho", ao lado de Rodrigo Santoro e Alice Braga.

O ator, que também trabalhava como modelo, trabalhou na série "Criminal Minds" e foi Adonis na produção "Tres" (2007). Participou ainda do reality show "America's Next Top Model". Também fez uma ponta no filme "Ele Não Está Tão a Fim de Você", estrelado por Jennifer Connelly e Jennifer Aniston. "The Passionist" foi o primeiro filme em que fez papel de protagonista.

Douglas Barcellos foi encontrado morto no dia dia 24/12/2008, em uma área rochosa próximo ao Farol de Santa Maria, em Cascais, região situada a 30 minutos de Lisboa, Portugal. O corpo dele apresentava marcas no pescoço.

A morte do ator ficou envolvida em mistério. O taxista que levou Douglas Barcellos de Lisboa ao hotel onde estava hospedado em Carcavelos, Cascais, teria brigado com o brasileiro por causa do valor cobrado pela corrida.


Apesar de discordar do valor, ele teria chegado a um consenso com o motorista. Deixou a identidade como garantia e solicitou ao gerente do hotel que descontasse a quantia de seu cartão de crédito, pois não possuía o valor em dinheiro naquele momento. O gerente não concordou e o taxista, irritado, prestou queixa na polícia munido da documentação do ator.

A Polícia Judiciária de Cascais quis identificar, também, o amigo que, segundo o taxista, Douglas Barcellos procurava na noite em que morreu, antes de ir para o hotel.

O ator teria enviado um e-mail para um amigo dias antes de morrer, em que ressalta:

"Se algo acontecer comigo, isso é coisa do Enzo!"

Enzo era seu empresário. Ao jornal português Correio da Manhã, o agente negou qualquer ameaça e disse ter ficado triste com a morte de Douglas Barcellos.

Um laudo divulgado pela polícia de Portugal concluiu que o ator morreu vítima de afogamento e que foram detectados sinais traumáticos de violência.

Fonte: Wikipédia

Andréa Maltarolli

ANDRÉA MALTAROLLI
(46 anos)
Autora de Telenovelas

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1962)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/09/2009)

Escreveu novelas como Malhação e foi colaboradora do autor Sílvio de Abreu. Escreveu, em 2008, Beleza Pura, sua primeira e única novela como autora principal. Ela também colaborou com outros programas da TV Globo, como Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total.

Formada em História e em Comunicação Social, Andréa Maltarolli fez sua estreia na televisão um ano após chegar à Rede Globo, em 1995, na primeira fase do seriado Malhação, sendo uma das criadoras deste que tornou-se o maior seriado da televisão brasileira. Permaneceu na equipe de roteiristas até 2002. A partir daí passou a desenvolver outros projetos, entre eles sinopses de novelas.

Em 2005, teve a sinopse da novela Operação Vaca Louca aprovada. A trama, uma comédia rural,que acabou não sendo realizada. Em 2008, Andréa estreou sua primeira novela solo, Beleza Pura, no horário das sete da noite da Rede Globo.

Em setembro de 2009, Andrea Maltarolli faleceu em decorrência de um câncer, no Rio de Janeiro, aos 46 anos de idade.

Na época, Andrea estava preparando uma nova trama, com título provisório de "As Quatro Estações". Com a morte da autora, o projeto foi assumido por Maria Adelaide Amaral.

Fonte: Wikipédia

Neguinho do Samba

ANTÔNIO LUÍS ALVES DE SOUZA
(54 anos)
Músico e Percussionista

* Salvador, BA (1955)
+ Salvador, BA (31/10/2009)

Nasceu no bairro Dique do Tororó. O pai, Jacinto de Souza, trabalhava como ferreiro e tocava bongô como músico amador. A mãe, Nilza Souza, trabalhava como lavadeira.

Trabalhou como eletricista, ferreiro e camelô.

Fundador da escola de percussão do Olodum. Considerado o inventor da batida do samba-reggae.

Começou a tocar percussão nas bacias de roupa da mãe. Logo depois aos 11 anos, formou com outros meninos da mesma idade um bloco de percussionistas que tocavam em latas de leite e sacolas de plático.

Aos 13 anos, começou a tocar em blocos de carnaval, como Coruja, Internacionais e blocos de percussão como Filhos da Liberdade, Ritmistas do Samba, entre outros.

Em 1974 foi um dos fundadores do Bloco Afro Ilê Aiyê, onde confeccionava instrumentos.

Em 1982, após deixar o Ilê Aiyê, ingressou no Olodum, onde permaneceu até o ano de 1998.

Como percussionista esteve a frente do bloco Olodum por 16 anos, o que lhe possibilitou trabalhar como diversos artistas nacionais e estrangeiros, entre os quais David Byrne, Herbie Hancock, Wayne Short, Paul Simon e Michael Jackson.

Em 1990, a frente do Olodum gravou o CD "The Rhythm Of The Saints", de Paul Simon, que o presenteou com uma casa no Pelourinho, onde fundou Associação Educativa e Cultural Didá no ano de 1993.

Em 1996 atuou no clipe "They Don't Care About Us", de Michael Jackson, dirigido pleo cineasta Spike Lee, regendo os percussionistas do Olodum no Pelourinho.

Faleceu em decorrência de uma Parada Cardíaca em sua residência, um casarão no Pelourinho, sede da Associação Educativa e Cultural Didá, da qual foi o fundador e da qual faz parte a Banda Didá, integrada só por mulheres.

Sua personalidade era de tal importância para a cultura baiana que a Secretaria da Cultura suspendeu toda a programação cultural do Pelourinho por alguns dias e hasteou uma faixa preta no Largo do Terreiro de Jesus para simbolizar o luto.

Seu falecimento chegou a ser comentadono jornal New York Times em um vasto e completo obtuário com dados obtidos através de uma entrevista com a filha do percussionista.

Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB


Breno Mello

BRENO HIGINO DE MELLO
(76 anos)
Ator e Jogador de Futebol

* Porto Alegre, RS (07/09/1931)
+ Porto Alegre, RS (11/07/2008)

No início, Breno Mello atuou como jogador de futebol. Foi revelado no Renner de Porto Alegre, clube pelo qual se tornou campeão gaúcho de 1954 e ídolo nos anos 1950. Após transferir - se para o futebol carioca, jogou pelo Fluminense, onde conheceu Pelé. Antes de seguir para o Rio, e enquanto jogava pelo extinto Grêmio Esportivo Renner, de Porto Alegre, Breno Mello morou no bairro Niterói, na cidade de Canoas (vizinha de Porto Alegre), onde outros craques como Paulo Roberto Falcão e João Batista da Silva (Batista), ambos iniciaram jogando futebol nos campos da várzea de Canoas e só depois é que foram para o S. C. Internacional, onde tornaram-se profissionais e jogaram inclusive na Seleção Brasileira (Batista em 1974 e 1978) e Falcão (1978 e 1982), e só então foram contratados por clubes da Itália: Falcão pelo Roma e Batista pela Lazio.

Em 1958, recebeu um convite para estrelar Orfeu Negro (Orphée Noir em francês), dirigido pelo cineasta francês Marcel Camus, filme vencedor da Palm d'Or no Festival de Cannes. Breno Mello protagonizou Orfeu, e contracenou com a estrela de cinema estadunidense Marpessa Dawn, fato que o associou à figura de galã.

No filme, Mello cantava as canções A Felicidade e Manhã de Carnaval. O filme também contribuiu para o grande sucesso da bossa nova no exterior.

Breno Mello também viveu em Florianópolis, no estado de Santa Catarina, ao lado de Amelina Santos Corrêa, conhecida como Mana, com quem teve sua filha mais nova, Letícia Mello.

Até 2004 Mello esteve distante das telas e, desde então, foi procurado para aparecer no documentário para televisão À La Recherche d'Orfeu Negro, para falar do impacto causado pelo filme Orfeu Negro na música brasileira.

Breno Mello faleceu aos 76 anos, vítima de um infarto.

Fonte: Wikipédia

Anilza Leoni

ANILZA PINHO DE CARVALHO
(75 anos)
Atriz, Cantora, Bailarina, Vedete e Pintora

* Laguna, SC (10/10/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/08/2009)

Nascida em Santa Catarina, mudou-se com a mãe e os irmãos para o Rio de Janeiro, após a morte do pai, no fim dos anos 1940. Estudou no Colégio Ruy Barbosa, como aluna interna, até que a mãe adoece, e Anilza deixa os estudos para trabalhar, aos 15 anos, como datilógrafa e secretária. Aos 18 anos, é convidada para trabalhar num espetáculo de variedades, produzido por Renata Fronzi. Adota então o nome artístico de Anilza Leoni, em homenagem ao jogador de futebol Leônidas da Silva.

Nos anos 1950, será uma das maiores vedetes do teatro de revista - o chamado Teatro Rebolado -, participando de espetáculos produzidos por Carlos Machado e Walter Pinto.

Anilza figurou por três vezes na lista das Certinhas do Lalau - uma lista das mulheres mais bonitas do Brasil, elaborada anualmente pelo jornalista Sérgio Porto, nas décadas de 1950 e 1960.

Atuou também no cinema, participando de chanchadas produzidas por Herbert Richers, ao lado de Ankito, Grande Otelo e Wilson Grey.

Em 1961, estreou na extinta TV Tupi do Rio de Janeiro, participando da primeira adaptação televisiva do romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado. Também trabalhou em programas humorísticos e musicais - Noites Cariocas e Espetáculos Tonelux (1964). Na TV Globo, participou de várias novelas, com destaque para A Gata Comeu, na qual interpretou Ester, madrasta da personagem Jô (Christiane Torloni).

Nos últimos anos, Anilza Leoni morava sozinha, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro e continuava trabalhando na televisão e no teatro. Em 1990, recebeu o Prêmio Mambembe.

Nos seus últimos dias de vida, a atriz se preparava para estrear o espetáculo Mário Quintana - O Poeta das Coisas Simples, em São Paulo, ao lado de Tamara Taxman, Monique Lafond, Selma Lopes e Sérgio Miguel Braga.

Faleceu aos 75 anos, em razão de um Enfisema Pulmonar, depois de ficar hospitalizada durante uma semana. Deixou uma filha, Angélica Virgínia (seu outro filho, Claubel, faleceu nos anos 1990), e uma neta, que vivem nos Estados Unidos.

Fonte: Wikipédia

Pedro Luís de Orléans e Bragança

PEDRO LUÍS MARIA JOSÉ MIGUEL GABRIEL RAFAEL GONZAGA DE ORLÉANS E BRAGANÇA E LIGNE
(26 anos)
Administrador de Empresas e Consultor Financeiro,
Príncipe do Brasil e Príncipe de Orléans e Bragança

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/01/1983)
┼ Oceano Atlântico, (01/06/2009)

Dom Pedro era o filho mais velho de Dom Antônio João de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil, e de Dona Christine de Ligne, princesa de Ligne, e descendente direto de Dona Isabel I, e do Conde d'Eu. Era o quarto na linha de sucessão ao trono do Brasil.

Juventude

Nasceu em 12/01/1983 no Rio de Janeiro, sendo seus tios mais velhos, Dom Luís e Dom Bertrand, celibatários, e após seus próprio pai, era esperado que Dom Pedro viesse a se tornar em seu devido momento o Chefe da Casa Imperial do Brasil e herdeiro da extinta coroa brasileira. Era descendente não apenas dos imperadores brasileiros, mas também dos demais monarcas europeus e colateralmente de Maurício de Nassau, famoso governante holandês do Nordeste brasileiro durante o período colonial.

Com apenas dez anos de idade, era visto ao lado do pai na campanha pela restauração da monarquia durante o Plebiscito de 1993. Os próprios Dom Luís e Dom Bertrand reconheciam que Dom Pedro seria uma melhor opção como futuro imperador caso a opção pela monarquia fosse a mais votada pelos brasileiros, o que acabou não ocorrendo. 6.840.551 brasileiros, ou 13% dos votos válidos, votaram a favor da Monarquia Parlamentarista.

Sendo membro do "Ramo de Vassouras", não tinha direito aos proveitos do Laudêmio de Petrópolis, ao contrário de outro ramo de descendentes da Princesa Isabel que não fazem parte da Família Imperial, e vivia confortavelmente, mas "sem grandes luxos". Não possuía carro e andava de ônibus para se locomover pelo Rio de Janeiro. A respeito de sua condição como príncipe de um trono há muito extinto e da responsabilidade inerente afirmou:

"A gente carrega esse fardo e precisa dar exemplo."

A partir de 1999 tornou-se presidente de honra da Juventude Monárquica e detinha para si os títulos de Grã-Cruz das Imperiais Ordens de Pedro Primeiro e da Rosa.

Pedro Luiz com sua tia Dona Maria Thereza
Vida Adulta

Pedro formou-se em administração de empresas pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) no Rio de Janeiro e realizou uma pós-graduação em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Desde 2005, vivia no Luxemburgo, onde trabalhava no Banco Paribas, um dos maiores bancos da Europa, e realizava consultoria financeira em algumas empresas. Também buscava encontrar uma potencial noiva que fizesse parte da realeza, visto que era obrigado a tanto por ser príncipe brasileiro e futuro Chefe da Casa Imperial do Brasil. A respeito de sua vida, declarou em entrevista:

"É normal. Somos cidadãos como os outros, temos que trabalhar para viver."

Era considerado pela maior parte dos monarquistas brasileiros como depositante de "todas as suas esperanças e aspirações" graças ao "vigor da juventude e a seriedade de seu caráter". A seu respeito, Dom Duarte, Duque de Bragança e herdeiro da extinta coroa portuguesa, afirmou:

"É uma pessoa muito inteligente. Tenho as melhores referências dele."

Acidente Aéreo

O príncipe estava retornando para Luxemburgo, onde morava, após visitar a família no Rio de Janeiro, quando desapareceu no acidente aéreo do voo Air France 447, no dia 31/05/2009. Dias mais tarde, seu corpo foi recolhido do mar pela Marinha do Brasil e sua identidade confirmada pelo IML de Recife.

Foi sepultado em 06/07/2009, no jazigo da família, no município de Vassouras, onde também está sepultado seu avô, Dom Pedro Henrique de Orléans e Bragança, ex-chefe da casa imperial do Brasil.

Devido a sua morte, seu irmão Rafael Antônio Maria de Orléans e Bragança o sucede na linhagem dinástica brasileira, visto este ser o quinto membro da linhagem imperial.

Fonte: Wikipédia

João Herrmann Neto

JOÃO HERRMANN NETO
(63 anos)
Político

* Campinas, SP (07/03/1946)
+ Presidente Alves, SP (12/04/2009)

Herrmann estava no seu quinto mandato como deputado federal. Ele assumiu o último mandato em 06/01/2009 após a renúncia do deputado Reinaldo Nogueira (PDT). Antes de se filiar do PDT, Herrmann foi do PMDB, PSB e PPS.

Ele também foi prefeito de Piracicaba no período de 1977-1982. Engenheiro agrônomo, Herrmann nasceu em Campinas. Ele era casado com Jussara Herrmann e deixa cinco filhos.

Aos 63 anos, o deputado federal João Herrmann Neto (PDT-SP) morreu na madrugada de domingo (12/04/2009) em Presidente Alves (397 km a noroeste de SP). Ele passava o final de semana prolongado de Páscoa com a família em sua fazenda, localizada no distrito de Guaricanga.

Os assessores de Herrmann informaram que ele sofreu um choque térmico e edema pulmonar após sair da sauna e mergulhar na piscina. Eles acreditam que Herrmann tenha se sentido mal e batido a cabeça na piscina. No entanto, segundo eles, o IML (Instituto Médico Legal) informou que a causa da morte foi natural.

O corpo de Herrmann foi velado a partir das 18h de 12/04/2009 na Prefeitura de Campinas. O enterro foi marcado para as 9h de amanhã, no Cemitério da Saudade, também em Campinas.

Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u549495.shtml

Otto Stupakoff

OTTO STUPAKOFF
(73 anos)
Fotógrafo de Moda

* São Paulo, SP (28/06/1935)
+ São Paulo, SP (22/04/2009)

Otto Stupakoff estudou no Art Center College of Design de Los Angeles (1953-1955), época em que trabalhou como correspondente fotográfico da Revista Manchete.

De volta ao Brasil, em 1957 estabeleceu seu estúdio em São Paulo, atuando no campo da fotografia de moda e da publicidade. Fotografou a construção de Brasília a pedido do arquiteto Oscar Niemeyer.

Foi o percursor da fotografia de moda no Brasil, em 1958, ao fotografar a atriz Duda Cavalcanti, "a pioneira garota de Ipanema", com uma roupa do estilista Dener Pamplona.

"Jamais havia visto uma foto de moda publicada no Brasil, antes de eu fazer a primeira. É incrível, porque já éramos uns 100 milhões de habitantes. Pedi ao Dener um vestido emprestado. Coloquei na mala, peguei um ônibus para o Rio de Janeiro, combinei com minha namorada, Duda Cavalcanti, e fomos para a casa do Heitor dos Prazeres, amigo pintor e sambista, que morava numa casa art noveau. Nesse terraço, coloquei a Duda com o vestido do Dener, que ele havia feito, em 1955. Era um vestido branco e azul-marinho. Nesse dia, no terraço da casa de Heitor, a Duda vestindo Dener, foi feita a primeira foto de moda no Brasil. Essa foto, que fiz para mim, nunca foi publicada."

Em 1965, aos 30 anos e no auge de seu sucesso no Brasil, mudou-se para Nova York e colaborou com diversas publicações, como Life e Look . Além dos editoriais de moda, destacou-se pelos retratos de celebridades, mas também de pessoas anônimas. Seu trabalho foi marcado pela influência de Richard Avedon, seu mestre declarado, de Helmut Newton e da pintura de Balthus.

Stupakoff foi também responsável por centenas de ensaios para grandes revistas, como Vogue, Harper's Bazaar, Cosmopolitan, Elle e Esquire. Instalou-se em Paris, entre 1973 e 1976, onde fotografou para Vogue, Elle e Stern, entre outras publicações. Voltou ao Brasil em 1976, onde permaneceu até 1980. Em 1981, estabeleceu -se em Nova Iorque, tornando-se cidadão americano em 1984.

Recebeu o prêmio especial do júri do Art Directors Club (Paris, 1981) e o DuPont Award (Paris, 1986).

Fotografou várias personalidades como Truman Capote, o ex-presidente norte-americano Richard Nixon, a atriz Bette Davis, Grace Kelly, Jack Nicholson, Sharon Tate, Tom Stoppard, Leonard Cohen, Paul Newman, Sophia Loren, Jorge Amado, Antonio Carlos Jobim, Pelé, Kate Moss, entre outras. Foi um dos primeiros brasileiros a integrar o acervo do Museu de Arte Moderna (Nova Iorque).

Também realizou trabalhos importantes de fotojornalismo. Chegou a ser preso, interrogado e quase morto por soldados do Khmer Rouge, em 1994, ao fotografar as ruínas de Angkor Wat e os killing fields, nas selvas de Battambang. Suas fotos do Camboja foram exibidos na Academia de Ciências de Nova York e leiloadas para arrecadar fundos para as vítimas de minas terrestres.

Foi ao Ártico quatro vezes, e aprendeu com os inuítes a caçar focas com arpão e a construir um iglu.

Otto também foi professor de fotografia na Parsons The New School for Design, em Nova York .

Vivia em São Paulo desde 2005, ano em que, comemorando seus 50 anos de carreira, realizou-se uma exposição retrospectiva de sua obra, no prédio da Bienal, durante a São Paulo Fashion Week. A mostra, denominada Moda sem fronteiras, foi organizada pelos fotógrafos Bob Wolfenson e Fernando Laszlo. Um ano depois, foi lançado o livro Otto Stupakoff, pela editora Cosac & Naify.

Em 2008, sua obra fotográfica - um acervo de aproximadamente 16 mil fotos - foi incorporada pelo Instituto Moreira Salles.

Otto Stupakoff sofria de Alzheimer. Faleceu na madrugada do dia 22/04/2009, em um apart-hotel de São Paulo, dias após o encerramento de uma grande exposição dos seus trabalhos, no Centro Cultural do Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro. Tinha seis filhos, de três casamentos (um deles, com a Miss Universo 1966, Margareta Arvidsson) e onze netos.

Fonte: Wikipédia

Dante Ruy

DANTE RUY
(81 anos)
Ator

* São Paulo, SP (11/06/1926)
+ São Paulo, SP (21/02/2008)

O ator Dante Ruy Atuou no e cinema na TV.

Entre seus papéis mais marcantes estão o Agenor na primeira versão da novela "A Viagem", na TV Tupi, e Caetano, de "Meu Pé de Laranja Lima", nos anos 80, na Bandeirantes. Seu último trabalho na TV foi na minissérie "Rabo de Saia", na Globo, em 1984.

Dante Ruy Atuou em novelas como "Meus Filhos, Minha Vida", "O Direito de Nascer", "Acorrentada" e "Os Imigrantes" e no seriado "O Conde Zebra" ao lado de Otelo Zeloni.

No cinema, esteve em diversas produções. Entre elas, "As Aventuras de Mário Fofoca" e "Mulher... Sexo... Veneno".

Dante Ruy faleceu aos 82 anos, de infecção pulmonar. O ator deixou três filhos.

Principais Trabalhos na TV:

1984 - Rabo-de-Saia (Minissérie)
1984 - Meus Filhos, Minha Vida
1983 - Acorrentada (série de TV)
1982 - Paiol Velho (Série de TV)
1982 - As Cinco Panelas de Ouro
1981 - Partidas Dobradas
1981 - Vento do Mar Aberto
1981 - Os Imigrantes
1980 - O Meu Pé de Laranja Lima
1978 - O Direito de Nascer
1976 - O Julgamento
1976 - Xeque-Mate
1975 - Ovelha Negra
1975 - O Conde Zebra
1969 - A Grande Mentira
1964 - Marcados Pelo Amor

Principais Trabalhos no Cinema:

1985 - Made In Brasil
1984 - Mulher... Sexo... Veneno
1983 - O Escândalo na Sociedade
1982 - Pecado Horizontal
1982 - As Aventuras de Mário Fofoca
1980 - Os Rapazes da Difícil Vida Fácil
1978 - A Noite dos Duros
1977 - Jecão... Um Fofoqueiro no Céu


Lélia Coelho Frota

LÉLIA COELHO FROTA
(71 anos)
Crítica de Arte, Curadora de Arte, Poetisa, Tradutora e Antropóloga

* Rio de Janeiro, RJ (11/07/1938)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/05/2010)

Escritora, antropóloga, historiadora de arte, membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), da União Brasileira dos Escritores (UBE) e do PEN Clube do Brasil. Foi diretora do Instituto Nacional do Folclore da Fundação Nacional de Artes (FUNARTE) e ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Lélia Coelho Frota é autora de inúmeros livros sobre arte e cultura brasileiras, pesquisando principalmente as manifestações da arte popular.

Foi responsável pelas representações brasileiras nas Bienais de Veneza de 1978 e 1988 e curadora da exposição Brésil, Art Populaire Contemporain, no Grand Palais, Paris, 1987, e fundadora do Museu de Arte Popular Edson Carneiro.

Prêmiações

Foi agraciada com o Prêmio Jabuti, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) em 1979, na categoria poesia e o Prêmio Olavo Bilac pelo livro "Menino Deitado Em Alfa" (Editora Quíron, 1978).


Livros Publicados


  • 1978 - Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros
  • 1982 - Ataíde
  • 1986 - Mestre Vitalino
  • 1994 - Burle Marx: Paisagismo no Brasil
  • 2005 - Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro


Fonte: Wikipédia

Zé Carlos

JOSÉ CARLOS DA COSTA ARAÚJO
(47 anos)
Goleiro

* Rio de Janeiro, RJ (07/02/1962)
+ Rio de Janeiro, RJ (24/07/2009)

Foi um futebolista brasileiro, goleiro do Flamengo nas décadas de 80 e 90. Era membro da Ordem DeMolay, tendo iniciado no capítulo Rio de Janeiro 001 do Brasil e Mater da América Latina.

Carreira

No início de sua carreira, Zé Carlos atuou pelo Americano-RJ e Rio Branco-ES. Entretanto, sua carreira acabou sofrendo uma guinada em 1984, quando o goleiro foi contratado pelo Flamengo.

Entre 1986 e 1991, Zé Carlos foi o goleiro titular do Flamengo e, apesar de nunca ter sido uma unanimidade entre os torcedores, sempre se destacou por realizar defesas impossíveis, de puro reflexo e elasticidade.

Durante as eliminatórias da Copa do Mundo de 1990 atuou em duas partidas e, em seguida, foi convocado para disputar aquela Copa, na reserva de Taffarel e Acácio.

Em 1991, com a chegada de Gilmar, Zé Carlos perde espaço no time do Flamengo e deixa o clube.

Após deixar o Flamengo, teve rápida passagem pelo Cruzeiro e, em seguida, transferiu-se para o futebol português, onde defendeu o Vitória de Guimarães, o Farense, o Felgueiras e o FC Pedras Rubras.

No retorno ao Brasil, em maio de 1996, voltou a atuar pelo Flamengo. No entanto, pouco mais de um ano depois e a falha na final do torneio Rio-São Paulo de 1997, deixou a Gávea pela última vez e foi defender o Vitória.

Antes de sair do Flamengo, Zé Carlos foi o segundo goleiro da história do clube a marcar um gol, em cobrança de pênalti.

Antes de encerrar a carreira, Zé Carlos ainda jogou pelo XV de Piracicaba, América-RJ e Tubarão-SC. tilha 3 ilhos Davi de Abreu Fraga Araújo

Jogos Marcantes

No Campeonato Brasileiro de 1988, logo após retornar de seu compromisso com a Seleção Brasileira depois do término das Olimpíadas de Seul, Zé Carlos reestreou na equipe do Flamengo em uma partida contra o Grêmio e foi aplaudido e chamado de rei pela torcida do Flamengo, pois após sua equipe empatar em 0 a 0 com a equipe gaúcha e a partida ser decidida nos pênaltis (leia o regulamento do Campeonato Brasileiro de 88 para mais detalhes), o goleiro defendeu dois pênaltis e garantiu a vitória do Flamengo por 4 x 2.

Pós-Carreira

Em 2006, Zé Carlos ocupou o cargo de gerente de futebol no América-RJ.

Zé Carlos participou, em 27 de dezembro de 2007, do jogo comemorativo de 20 anos da conquista da Copa União de 1987. Zé Carlos e todos os titulares que venceram a equipe do Internacional no jogo final da Copa União de 87 (com exceção de Jorginho e Bebeto) atuaram contra o Time dos Amigos de Zico.

Morte

No dia 24/07/2009, Zé Carlos morreu devido a um Câncer no Abdômen. Foi sepultado no Cemitério São João Batista no dia seguinte.

Dentre várias homenagens, dois dias depois da morte de Zé Carlos, o amigo e companheiro de equipe no Flamengo e na Seleção Brasileira Andrade, estando interinamente no comando do Flamengo, dedicou ainda em campo e emocionado a primeira vitória do clube sobre o Santos em jogos oficiais dentro da Vila Belmiro ao falecido companheiro. Também foi homenageado pelo goleiro Bruno, que usou uma camisa com seu nome no dia do título de hexacampeão brasileiro do Flamengo(06/12/2009).

Fonte: Wikipédia


Yolanda Cardoso

YOLANDA CARDOSO
(78 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (28/09/1928)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/07/2007)

Yolanda morava no Retiro dos Artistas desde 2001 e sofria de pneumonia. Tinha 35 anos de carreira, e interpretou mais de 40 personagens na TV e no teatro. Entre os destaques, estão suas atuações na primeira edição do "Sítio do Pica-Pau Amarelo", no seriado "Os Bandidos da Falange" e na novela "O Direito de Amar".

O último trabalho na televisão foi o episódio "Filho Porque Qui-lo", interpretando a personagem Carolina Koifner no humorístico Sai de Baixo, em 1998.

Desde 2001 vivia no Retiro dos Artistas, que conheceu junto com a grande amiga Beatriz Veiga:

"Eu queria conhecer o retiro e ela me trouxe. Fiquei encantada! Lembro que tomamos um chá aqui enquanto eu ficava admirada com o local. Hoje, já há anos aqui, me sinto muito feliz", disse em uma entrevista.

Yolanda morreu de pneumonia e infecção generalizada, no Hospital Municipal Álvaro Ramos no Rio de Janeiro, e foi sepultada no Cemitério Jardim da Saudade em Sulacap, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia e Dramaturgia Brasileira - In Memoriam

Haydil Linhares

HAYDIL LINHARES
(75 anos)
Atriz e Dramaturga

* Itapicuru, BA (1935)
* Salvador, BA (03/10/2010)

Haydil nasceu no interior da Bahia, no munício de Itapicuru. Ao longo de sua trajetória fez curso de interpretação da Escola de Teatro e o de direção, concluído em 1979. Aos 75 anos, 46 de palco, a atriz fez parte da geração de atores que conviveu com a discriminação da profissão, resistindo aos preconceitos e ganhando destaque nos palcos.

"Sou de uma época em que fazer teatro significava estar se prostituindo", disse certa vez, em declaração à imprensa.

Como atriz, trabalhou com grandes diretores baianos. Em seu primeiro espetáculo, "Stopen Stopen!", foi dirigida por João Augusto. Haydil também fez trabalhos orientados por Deolindo Checcucci, Márcio Meirelles, Edwald Hackler, entre outros.

Na montagem "O Terceiro Sinal" (Deolindo Checcucci), a atriz de destacou ao lado do também falecido Wilson Mello. Com Harildo Déda e Jussilene Santana, fez "A Mulher sem Pecado", direção de Ewald Hackler .

Haydil também teve experiências importantes no mundo do cinema. Ela interpretou Norminha, em "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e participou dos longas "Caveira My Friend", "Meteorango Kid", e "Jardim das Folhas Sagradas". Na TV, atuou nas novelas "Renascer" e "Porto dos Milagres", da Globo.

Como dramaturga, escreveu, peças como "Função de um Casamento","Ida e Volta", "O Pique dos Índios ou a Espingarda de Caramuru" e "As Feministas de Muzenza", comédia criada em parceria com Cleise Mendes.

Entre suas atividades, Haydil trabalhou na Fundação Cultural por 15 anos e dirigiu o Teatro Miguel Santana.

A atriz e dramaturga Haydil Linhares faleceu na manhã do dia 03/10/2010 (domingo) por volta das 11h, deixando a classe artística baiana de luto. A veterana intérprete estava internada no Hospital Espanhol desde o último dia 18, e morreu vítima de Falência Múltipla dos Órgãos.

Sua única filha, Poliana Linhares, informou que Haydil sofreu um quadro de infecção respiratória grave, com complicações. O velório foi realizado às 15h do dia 03/10/2010, no Cemitério Jardim da Saudade. O enterro ocorreu às 10h de segunda-feira, dia 04.

Fonte: www.atarde.com.br/cultura/noticia.jsf?id=5630061

Nancy Wanderley

NANCY WANDERLEY
(81 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (25/02/1927)
+ Florianópolis, SC (19/12/2008)

Nancy Wanderley foi uma atriz, a primeira esposa do humorista Chico Anysio, com quem teve o filho ator, também, Lug de Paula, o Seu Boneco da "Escolinha do Professor Raimundo".

Estreou no cinema, em 1954, no filme "O Petróleo é Nosso". Depois participou de comédias como "O Primo do Cangaceiro", "No Mundo da Lua", "Massagista de Madame", "O Batedor de Carteiras", "O Camelô da Rua Larga", "Quem Roubou Meu Samba?", "O Palhaço o Que É?" e "Samba em Brasília".

Nancy Wanderley trabalhou na Rádio Mayrink Veiga e em vários programas de humor na década de 60, na TV Excelsior e TV Tupi. Participou de apenas uma telenovela, "Rosa Baiana", na TV Bandeirantes, em 1981, onde viveu o personagem central da trama escrita por Lauro César Muniz.

Nancy Wanderley faleceu aos 81 anos, vítima de insuficiência respiratória, após uma semana de internação no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, SC.

Cinema

  • 1954 - O Petróleo é Nosso ... Nancy
  • 1955 - O Primo do Cangaceiro
  • 1958 - O Batedor de Carteiras ... Ernestina
  • 1958 - Massagista de Madame ... Juju
  • 1958 - O Camelô da Rua Larga ... Aurora
  • 1959 - O Mundo da Lua
  • 1959 - Quem Roubou Meu Samba? ... Iolanda
  • 1959 - Eu Sou o Tal
  • 1960 - Pequeno Por Fora
  • 1961 - O Palhaço o Que É? ... Custódia
  • 1961 - Samba em Brasília ... Albertina

Dublagem

  • 1959 - A Bela Adormecida ... Flora

Televisão

  • 1981 - Rosa Baiana ... Rosa


Fonte: Wikipédia

Jefferson Peres

JOSÉ JEFFERSON CARPINTEIRO PERES
(76 anos)
Professor e Político

* Manaus, AM (18/03/1932)
+ Manaus, AM (23/05/2008)

Professor e político brasileiro, formado em Direito pela Universidade Federal do Amazonas, e em Administração pela Fundação Getúlio Vargas. Antes de se tornar político, lecionava na área de Economia, na Universidade Federal do Amazonas. Jornalista, escritor, professor, advogado, com pós-graduação em política pelo Iseb e em administração pública pela Fundação Getulio Vargas.

Participou, na década de 1950, da campanha O petróleo é nosso e, em 1988, foi eleito para seu primeiro cargo público: o de vereador em Manaus, cargo para o qual foi reeleito para segundo mandato, cumprido até 1995, quando assumiu sua cadeira no Senado.

Foi candidato à vice-presidência do Brasil nas eleições de 2006, na chapa do também senador pedetista Cristovam Buarque, do Distrito Federal.

Jefferson Peres já havia anunciado que após cumprir seu atual mandato abandonaria a vida política, mas acabou falecendo antes, vítima de uma parada cardíaca.

Por iniciativa do Senador Epitácio Cafeteira foi apresentado uma resolução, aprovada por unanimidade, dando o no me de Senador Jefferson Peres ao plenário da sala de reuniões da Comissão de Ética do Senado Federal.

Fonte: www.biografia.inf.br

Athos Bulcão

ATHOS BULCÃO
(90 anos)
Pintor, Escultor, Arquiteto, Desenhista e Mosaicista

* Rio de Janeiro, RJ (02/07/1918)
+ Brasília, DF (31/07/2008)

Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.

Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.

Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.

Na função de escultor e mosaiista, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955, integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se defininivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Filgueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.

Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.

Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações do mal de Parkinson.

Fonte: Wikipédia


Nilda Spencer

NILDA OLIVA CÉSAR
(85 anos)
Atriz, Professora, Tradutora e Colunista

* Salvador, BA (18/06/1923)
+ Salvador, BA (10/10/2008)

Filha de filha de D. Zizi Oliva César e de Elizeu César.

"Nilda Spencer é uma das personalidades mais marcantes da vida artística da Bahia. Sua presença é criativa, apresenta de forma eficiente e profunda nossa trajetória cultural".

A opinião é do escritor Jorge Amado por ocasião do lançamento do CD "Boca do Inferno", na qual a atriz recitou alguns dos mais célebres poemas de Gregório de Mattos.

Nilda começou a se envolver com o teatro na década de 50, quando conheceu o dramaturgo Eros Martim Gonçalves, fundador da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Desde então, ligou para sempre sua vida ao teatro. Foram dezenas de peças e interpretações marcantes, que se estenderam também ao cinema - Nilda participou de oito longas-metragens, entre eles "Dona Flor e seus Dois Maridos", de Bruno Barreto, maior sucesso de público do cinema brasileiro.

Atriz, professora, tradutora, colunista. Nilda César Spencer nasceu em Salvador, no bairro do Canela no dia 18/06/1923, em Salvador. Estudou na Escola Jesus Maria José, Colégio Nossa Senhora Auxiliadora e Colégio da Soledade. Era uma aluna aplicada, gostava do ensino de Português, mas o que preferia fazer nos intervalos das aulas era imitar os artistas. Todos os colegas em volta admiravam suas performances.

Ela enfrentou a família, nos anos 50, e abandonou a promissora carreira de pianista - com concertos nos Estados Unidos e Venezuela - para virar atriz, uma profissão que, naquela época, não era vista com bons olhos. O conhecimento musical a ajudou no teatro, arte na qual se dedicou, principalmente, à área de dicção e expressão vocal, chegando a ser professora e diretora da Escola de Teatro. Foi a primeira mulher que assumiu a direção de uma Escola de Teatro na Universidade num tempo em que Salvador era uma província e o papel feminino estava reservado nos bastidores da lei, da família. Fazer teatro no Brasil ainda era considerado opção menor para rapazes e moças de boas famílias.

Diplomada na primeira turma da Escola de Teatro da Universidade da Bahia, em 1956, logo após, foi a substituta de Martim Gonçalves, por indicação deste, que só nela confiara o fundador da casa que modificou a cena baiana, com ecos por todo o Brasil. Ao assumir, Nilda quebrava a rotina dos homens em postos de comando e de destaque e impunha um desempenho de mulher – capaz, competente.

Determinada, fez pós-graduação em Londres, foi tradutora oficial da escola, ensinou durante 25 anos e nunca deixou os palcos e os sets de gravações e filmagens. Fez centenas de peças, filmes e minisséries para a tevê.

O primeiro trabalho foi em 1956 com a peça Auto da Cananéia, de Gil Vicente, com o grupo dramático da Escola de Teatro, A Barca na Igreja de Santa Teresa. Dois anos depois fez a comédia de Arthur Azevedo, Almanjarra. Em seguida o drama realista de August Strindberg, Senhorita Julia, peça da inauguração do Teatro Santo Antônio; As Três Irmãs, drama de Anton Tchecov; A Sapateira Prodigiosa, de Federico Garcia Lorca; Calígula, de Albert Camus, em que Nilda trabalhou ao lado de Sérgio Cardoso; Companhia das Índias, de Nelson de Araújo; Medo, de Robert Frost; A Falecida, de Nelson Rodrigues; Seis Personagens à Procura de um Autor, de Luigi Pirandello, entre muitas outras.

Depois que pisou no palco ela não parou mais, viveu e deu vida a muitos personagens. Aprendeu e ensinou muito. No Festival de Poesia no Teatro Santo Antonio, Nilda fez parte daquele clube muito seleto dos atores realmente grandes.

No cinema atuou em Dona Flor e seus Dois Maridos; de Bruno Barreto, Tenda dos Milagres, de Nélson Pereira dos Santos; Meteorango Kid, de André Luís Oliveira; Caveira My Friend, de Álvaro Guimarães; O Super-Outro, de André Navarro, Eu Tu Eles, entre outros. Fez ainda as minisséries da Globo Tenda dos Milagres e O Pagador de Promessas, além da novela Rosa Baiana, da TV Bandeirantes.

Quem na Bahia não conhece Nilda? Ela inspirou vários personagens nos livros de Jorge Amado. Basta abrir o livro para conhecer esse personagem, essa figura alegre, solidária e com muita vontade de viver. E na vida, na noite baiana, num acontecimento cultural que movimenta a cidade, lá está Nilda com o bom humor de sempre.

Myriam Fraga, num artigo dedicada a grande dama (no sentido mais amplo) dos palcos baianos afirmou que ela "é um exemplo permanente de honestidade profissional e ilimitado amor à sua profissão". Ela "soube vencer tantas barreiras para construir seu ideal com talento e altivez".

O constante sucesso de Nilda Spencer nos palcos tem uma explicação: "Amo o teatro, nunca deixei de encenar. Mesmo quando não estou nos palcos, faço algo ligado ao teatro". Além de teatro, produziu show musical como Coração de Tambor, com Wilson Café, Quincas Berro D’Água, com Nilda e Mário Gadelha e, para marcar os 40 anos de carreira, lançou em 1996 o CD Boca do Inferno, homenagem explícita ao poeta baiano do século XVII Gregório de Mattos. O velho sonho de gravar CD interpretando os picantes versos de Gregório de Mattos foi realizado.

A versátil Nilda se preparou para mais uma etapa da vida, encenar a peça de Colin Higgins, Ensina-me a Viver, sob a direção de Fernando Guerreiro. A personagem principal procura ensinar as outras a descobrir a felicidade de viver. Uma personagem muita aplaudida foi Zulmira, a suburbana da peça A Falecida de Nélson Rodrigues. Nilda guardou momentos marcantes nesta peça e diz que o sucesso foi devido ao realismo que Nélson passava em seus trabalhos, além de ser muito bem escrita, dando margem a criação do ator. E criar é o que ela mais sabe fazer na vida. Criar momentos mágicos no trabalho que faz, criar felicidade em torno dos amigos.

Nilda ministrou aulas de dicção e expressão vocal para muitos artistas, políticos e empresários. Tudo o que ela aprendeu na vida ela repassa para seus alunos, mas o que ela jamais esquece é a força do bem querer que todos os amigos lhe devota.

"Poucas pessoas têm a felicidade de realizar um sonho como tive, de fazer o que mais gosto, teatro. Na época enfrentei muitos preconceitos, mas tive a coragem de seguir em frente e meus amigos torceram muito por mim. Só na estréia foi uma aceitação geral onde fui recebida com flores. Conseguir romper a barreira e o domínio total para dizer que teatro é uma coisa boa para toda a comunidade”.

Foi junto com os amigos Geová de Carvalho, Fred Souza Castro, Afonso Coentro e tantos outros intelectuais da vida baiana que descobriram muitos pontos culturais e roteiros curiosos e interessantes da misteriosa noite da Bahia. Os tempos passaram, alguns amigos se foram, outros estão na ativa e Nilda continua a mostrar felicidade para todos.

Nilda Spencer faleceu no início da madrugada do dia 10/10/2008 aos 85 anos. Nilda estava internada desde o dia 01/10 no Hospital Jorge Valente, em Salvador, para ser submetida a uma cirurgia no braço direito, fraturado em uma queda. Durante a internação, teve uma infecção pulmonar onde sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu.

Fonte: Wikipédia

Mestre Salustiano

MANUEL SALUSTIANO SOARES
(62 anos)
Ator, Músico, Compositor e Artesão

* Aliança, PE (12/11/1945)
+ Recife, PE (31/08/2008)

Manoel Salustiano Soares, o Mestre Salú, nasceu no Engenho Oiteiro Alto, na cidade da Aliança (90Km de Recife), zona da Mata Norte de Pernambuco. Desde pequeno, aprendeu com o pai, João Salustiano, a confeccionar e tocar rabeca. Era motorista profissional e freqüentou apenas o curso primário. Mas fez da cultura da zona da Mata, com a qual conviveu de perto desde criança, o seu principal conhecimento em vida.

Estabeleceu-se em Olinda e lá iniciou sua trajetória artística. Foi fundador do Maracatu Rural Piaba de Ouro e do Cavalo-Marinho Boi Matuto. Mestre Salustiano era reconhecido nacionalmente como um dos grandes representantes da cultura popular, além de ter influenciado artistas como Chico Science, Antonio Carlos Nóbrega, Siba, entre outros. Ele levou a tradição do maracatu, cavalo-marinho, ciranda e forró para todos os cantos do Brasil e do mundo, tendo se apresentado em países como Alemanha, Cuba, Estados Unidos, França, entre outros.

Como reconhecimento ao seu trajeto dentro do campo da cultura, em 1965, ganhou o título Doutor Honoris Causa da UFPE. Recebeu ainda, em 1990, o título de "reconhecido saber" concedido pelo Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco. Em 2001, ganhou a comenda da Ordem do Mérito Cultural, do então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Além disso, foi escolhido pelo Governo do Estado como Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Em 55 anos de carreira, lançou 4 CDs: "O Sonho da Rabeca", "As Três Gerações", "Cavalo-Marinho" e "Mestre Salú e a Sua Rabeca Encantada". Fundou na Cidade Tabajara, em Olinda, a Casa da Rabeca do Brasil, um espaço para danças, oficinas, encontros de maracatus rurais e cavalos-marinhos, além de shows de música regional, durante todo o ano.

Na época do carnaval, a Casa recebe caboclinhos, bois, burras, troças, ursos, além do seu maracatu Piaba de Ouro. No Natal, apresentações de pastoril, ciranda, cavalo-marinho, entre os quais o Boi Matuto, com a participação de 76 figurantes e 18 pessoas brincando.

Salú era portador do Mal de Chagas há 20 anos. Há 18, utilizava um marcapasso pra controlar o aumento do coração, provocado pela doença. Na manhã de domingo (31/08), por volta das 6h30, Salú sofreu uma parada cardíaca, vindo a falecer uma hora depois. Deixou 15 filhos, quase todos “brincantes” como ele.

Fonte: www.recife.pe.gov.br

Márcio Moreira Alves

MÁRCIO MOREIRA ALVES
(72 anos)
Jornalista e Político

* Rio de Janeiro, RJ (14/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (03/04/2009)

Foi um jornalista e político brasileiro, filho do ex-prefeito de Petrópolis Márcio Honorato Moreira Alves. Sua família era proprietária do celebrado Hotel Ambassador, no Rio de Janeiro, onde funcionou o Juca's Bar, ponto de encontro de intelectuais e políticos na década de 1960.

Marcito, como era conhecido, participou em 1965 de uma manifestação promovida por intelectuais e estudantes no Rio de Janeiro em frente ao Hotel Glória, onde se reunia o Conselho da Organização dos Estados Americanos, a OEA. Esta entidade vinha servindo praticamente para facilitar o controle dos governos latino-americanos pelo governo norte-americano. Neste dia, estaria presente para a abertura da reunião o marechal Humberto Castello Branco, presidente imposto pelo golpe militar. Houve a manifestação e a polícia política prendeu várias personalidades. Márcio Moreira Alves não havia sido preso, mas logo correu atrás da kombi da polícia e exigiu seguir junto de seus companheiros de protesto e idéias.

É lembrado como o provocador do AI-5, ao proferir no início de setembro de 1968, como deputado, um discurso no Congresso Nacional em que convocava um boicote às paradas militares de celebração à Semana da Pátria e solicitava às jovens brasileiras que não namorassem oficiais do Exército. Em função deste discurso, o Ministro da Justiça à época enviou à Câmara de Deputados pedido de autorização para que o deputado Márcio Moreira Alves fosse processado. Assim dizia a Constituição, mesmo com todas as limitações: era preciso obter o consentimento da Câmara de Deputados para processar um membro seu. A crise foi se aguçando e por fim em 11 de dezembro de 1968 os deputados votaram o pedido, recusando-o. Foi um momento emocionante, em que todo o plenário da Câmara, após a conclusão da votação, levantou-se e cantaram todos o hino nacional. Em represália, o governo determinou o fechamento (recesso) da Câmara e os deputados tiveram que se retirar atravessando uma ameaçadora e humilhante fileira de soldados. Márcio Moreira Alves estava obviamente "jurado de morte" e teve que rapidamente exilar-se.

Márcio Moreira Alves aderiu ao MDB e foi eleito deputado federal pelo antigo Estado da Guanabara. Inicialmente apoiou o movimento militar de 1964, porém, quando foi proclamado AI-1, ele tornou-se opositor do regime.

Márcio teve seu primeiro emprego aos 17 anos, no Correio da Manhã. Por esse jornal foi correspondente de guerra durante a Guerra de Suez, entre Inglaterra e Egito, que resultou na nacionalização do Canal de Suez. Também foi comentarista da Rede Manchete. Ultimamente, era colunista no jornal O Globo, todavia, devido a um acidente vascular cerebral, afastou-se e acabou falecendo.

Fonte: Wikipédia