Celso Marques

CELSO MARQUES FIGUEIRAS
(25 anos)

Ator

* Barra do Piraí, RJ (18/09/1942)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/09/1968)

Na década de 60, destacou-se como um jovem ator que geralmente fazia o papel de vilão nas telenovelas da autora Glória Magadan. Celso chegou a cursar educação física, carreira que chegou a tentar conciliar com a de ator. Mas ele teve que optar por uma das profissões, afinal o preconceito era grande. Mas o amor pela profissão de atuar falou mais alto e ele ingressa no teatro fazendo peças românticas e de revista.

Quem assistiu as telenovelas feitas por Glória Magadan nos anos 60, certamente se lembrará deste jovem ator.

Começou no teatro no início dos anos 60. Trabalhou no filme Sangue na Madrugada de 1964. Se essa fita ainda existir, será talvez o único registro audiovisual de Celso, pois as telenovelas nas quais participou não existem mais. Ele fez apenas quatro, todas na TV Globo e escritas por Magadan: A Rainha Louca e O Homem Proibido de 1967, O Santo Mestiço e A Gata de Vison de 1968.

No cinema trabalhou em “Sangue na Madrugada” de Jacy Campos em 1964. Na televisão participou dos primórdios da Globo em novelas como “A Rainha Louca”, de 1967, “ Demian, o Justiceiro” (O Homem Proibido) e “O Santo Mestiço”, de 1968, todas escritas por Magadan.

Estava firmando sua carreira na TV quando morre de forma prematura e trágica. Nas primeiras horas do dia 16/09/1968, Marques dirigia seu automóvel acompanhado de dois amigos. Quando cruzou a Av. Rio Branco com a Rua da Assembléia, no centro do Rio de Janeiro, seu carro chocou-se violentamente com um ônibus. A colisão foi tão forte que o veículo do ator foi jogado de encontro a uma árvore, arrancando-a. Celso chegou a ser levado com vida para o hospital Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a falecer dois dias antes de completar 26 anos.

Seu enterro parou Barra do Piraí.

Quando morreu, Marques atuava na novela “A Gata de Vison”, também de Glória Magadan, vivendo o vilão "Comprido".

Fonte: Wikipédia

Amilton Fernandes

AMILTON FERNANDES
(48 anos)
Ator

* Pelotas, RS (27/04/1919)
+ Rio de Janeiro, RJ (08/04/1968)

O ator Amilton Fernandes iniciou sua carreira no teatro. Logo em seguida, foi trabalhar em tele-teatros em São Paulo, onde fez o "TV de Vanguarda" e o "TV de Comédia".

Guy Loup, Amilton Fernandes e Nathália Timberg
Seu grande sucesso foi como ator principal, o Albertinho Limonta, da novela "O Direito de Nascer" (1964), onde fez par romântico com a atriz Guy Loup. O sucesso do casal foi tanto, que o encerramento da novela teve que acontecer em praça pública. No Rio de Janeiro foi no Maracanã, inteiramente lotado, para que o povo pudesse aclamar seus ídolos. Albertinho Limonta jamais foi esquecido.

No cinema o ator fez os filmes "O Vendedor de Linguiças" (1962), "Quatro Brasileiros em Paris" (1965), "As Cariocas" (1966), "Adorável Trapalhão" (1967), com Renato Aragão, "Juventude e Ternura" (1968) e "Edu, Coração de Ouro" (1968).

Amilton Fernandes faleceu, com 48 anos de idade, após uma longa enfermidade devido a um acidente automobilístico na esquina da Rua São Francisco Xavier com Avenida Heitor Beltrão no bairro do Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro. O ator vinha de um ensaio na quadra da Mangueira quando se acidentou.

Como Amilton Fernandes era hemofílico foi operado seis vezes e passou 70 dias internado, mas não resistiu aos ferimentos.

Quando morreu vivia o vilão Dom Ricardo na novela da Rede Globo, "Sangue e Areia" (1967), de Janete Clair. O roteiro da novela teve que ser todo refeito e seu personagem desapareceu da trama.

Nathália Timberg, Amilton Fernandes e Theresa Amayo

Televisão

  • 1958 - Suspeita
  • 1959 - Fim de Semana no Campo
  • 1959 - Doce Lar Teperman
  • 1959 - Adolescência
  • 1959 - A Ponte de Waterloo
  • 1962 - A Noite Eterna
  • 1962 - A Estranha Clementine
  • 1963 - As Chaves do Reino
  • 1963 - Moulin Rouge, a Vida de Tolouse Lautrec ... Rachau
  • 1963 - A Sublime Aventura
  • 1964 - Alma Cigana ... Capitão Fernando
  • 1964 - O Segredo de Laura ... Cláudio
  • 1964 - Quem Casa Com Maria? ... Paulo
  • 1964 - O Direito de Nascer ... Albertinho Limonta
  • 1965 - O Preço de Uma Vida ... André
  • 1966 - O Sheik de Agadir ... Maurice Dummont
  • 1967 - A Rainha Louca ... Xavier
  • 1967 - Sangue e Areia ... Ricardo


Cinema

  • 1962 - O Vendedor de Linguiças
  • 1965 - Quatro Brasileiros em Paris
  • 1966 - As Cariocas
  • 1967 - Adorável Trapalhão
  • 1968 - Edu, Coração de Ouro
  • 1968 - Juventude e Ternura

Fonte: Wikipédia

Carolina Reston

ANA CAROLINA RESTON MACAN
(21 anos)
Modelo


* Jundiaí, SP (04/06/1985)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/11/2006)

Ana Carolina Reston Macan ficou nacionalmente conhecida por ocasião de sua morte, por complicações decorrentes da anorexia.

Nascida em Jundiaí numa família de classe média, ela sonhava em ser modelo desde criança: por sorte (ou azar), ela venceu um concurso realizado no interior. Pouco depois foi descoberta por uma olheira de agência e, logo, começou a "modelar". Tinha, então, 13 anos. "Só a deixei viajar para o exterior sem eu ir junto depois dos 17 anos. O que eu podia fazer? Não tinha dinheiro para pagar a minha passagem", conta a mãe, Míriam Reston.

Com 1,70 metro ela pesava 46 quilos, e ainda assim tomava remédios para emagrecer. Chegou a pesar 42 quilos.


Após tratamento com psicólogo, ela voltou a pesar 46 kg. Embora continuasse o tratamento, sua anorexia persistiu, fazendo com que Ana Carolina fosse internada em 25/10/2006, com um quadro de insuficiência renal. Carolina estava tão debilitada por causa de uma anorexia nervosa que sua pressão arterial despencou, ela passou a ter dificuldade de respirar e seu quadro geral evoluiu para uma infecção generalizada e morte.

Quando morreu, a modelo pesava 40 kg. Seu Índice de Massa Corporal (IMC) era de apenas 13,52, quando o ideal é 18,5, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Seu corpo foi enterrado no cemitério de Pirapora do Bom Jesus, na Grande São Paulo.


Maçã e Tomate

Nos últimos tempos, a modelo vomitava o pouco que comia. Quando se pergunta o que, exatamente, ela comia, a resposta de sua prima, Geise Strauss, é: "Ela gostava muito de maçã. Adorava tomates também!".

Difícil viver só disso, especialmente se ainda se tem de complementar o orçamento fazendo um bico à noite como promoter de boate, distribuindo panfletos para atrair frequentadores. "O que ela mais queria era me ajudar", conta Míriam Reston, a mãe, que lutava também, na época, com um recém diagnóstico do marido doente de Mal de Alzheimer.

De acordo com o namorado de Carolina Reston, o também modelo Bruno Setti, a menina costumava dizer: "Passo por isso (distribuir folhetos) para ajudar minha mãe!". Para a mãe de Bruno Setti, Viviane Setti, todas as modelos deveriam ser alertadas, pelas agências, do perigo da anorexia. "Uma empreiteira não se responsabiliza pelo empregado da obra que trabalha sem capacete?", comparou.

Viviane Setti explicou que não se trata de uma campanha contra as agências, mas a favor das modelos em uma tragédia recorrente. "Não há nada de glamouroso em um fim assim!".

Fonte: Wikipédia e Folha de S.Paulo

Dener

DENER AUGUSTO DE SOUSA
(23 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (02/04/1971)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/04/1994)

Em 1982, aos onze anos, Dener entrou pela primeira vez no Estádio do Canindé para defender a equipe mirim da Portuguesa de Desportos. Quatro anos mais tarde, teve de abandonar o sonho de fazer carreira no futebol para ajudar a mãe com as despesas de casa.

Órfão de pai desde os oito anos, Dener e os irmãos tiveram de começar a trabalhar para ajudar no sustento da família. Ele estudava pela manhã, trabalhava à noite e jogava futebol por cachê na Vila Maria, pelo Colégio Olavo Bilac.

Em 1988 voltou a treinar nas categorias de base da Portuguesa de Desportos, após uma passagem frustrada de dois meses pelo São Paulo. O treinador Antônio Lopes, na época treinador da equipe sênior, promoveu o jogador à categoria mesma equipe, transformando-o em profissional. Dener treinava entre os sêniores e ainda jogava pelo juniores, e foi assim que levou a Portuguesa de Desportos ao primeiro título do clube na Copa São Paulo de Futebol Júnior em 1991, sendo no fim eleito o melhor jogador do campeonato.

Com apenas 20 anos o jogador teve a sua primeira oportunidade com a camisa da Seleção Brasileira e em 27/03/1991, contra a Seleção Argentina em Buenos Aires, fez a sua estréia.

Em 1993 Dener foi emprestado por seis meses ao Grêmio onde conquistou o seu primeiro título numa equipe profissional. No fim do empréstimo, o jogador retornou à Portuguesa de Desportos para disputar o Campeonato Brasileiro.

No ano seguinte o jogador foi novamente emprestado, agora para um clube carioca, o Vasco da Gama. Este seria o seu último clube até a sua prematura morte.


Morte Prematura

Na época em que estava no Rio de Janeiro, Dener sofreu um grave acidente que lhe tirou a vida. Ele voltava de São Paulo, onde havia se reunido com dirigentes da Portuguesa de Desportos e do Stuttgart, da Alemanha, para uma futura transferência, e passado o fim de semana com a família, quando o seu carro, dirigido pelo amigo Oto Gomes, perdeu a direção e chocou-se com uma árvore na Lagoa Rodrigo de Freitas.

O jovem jogador viajava dormindo no banco do carona do seu Mitsubishi Eclipse e foi sufocado pelo cinto de segurança, terminando tragicamente uma carreira promissora. Investigações posteriores descobriram que Dener deixou o banco inclinado demais, anulando a eficiência do cinto. Mesmo assim, a morte do jogador de futebol fez com que muitos jovens passassem a recusar o uso do dispositivo de segurança, que se tornaria obrigatório em 1998.


Após a Morte

Em homenagem ao jogador, no mesmo ano da sua morte, foi disputada a Copa Dener, torneio reunindo Cruzeiro, Atlético, ambos de Minas Gerais, Botafogo e Vasco, do Rio de Janeiro, Portuguesa e Santos, sendo que o Santos sagrou-se campeão ao vencer o Atlético Mineiro por 4x2.

Também em homenagem ao jogador, uma placa foi colocada no local do acidente e registra que ali Dener Augusto de Sousa perdeu a vida.

Dener deixou viúva e três filhos. Após sua morte, a família que tinha direito a parte do dinheiro do seguro do jogador foi surpreendida com a notícia de que o jogador não tinha um seguro pois o Vasco da Gama, clube responsável no contrato a tratar do seguro, não fez qualquer seguro em nome dele. A família reclamou na justiça os seus direitos e após dez anos de julgamento o tribunal decidiu em definitivo que o Vasco da Gama deveria pagar à família e à Portuguesa de Desportos quantia referente ao seguro. A Portuguesa recebeu a sua parte, porém a família do atleta precisou mover uma ação judicial contra o Vasco da Gama para receber o dinheiro, pois o clube não reconhecia Luciana Gabino como esposa legítima de Dener, pois, apesar de estar com o jogador desde os 18 anos e de ser a mãe dos seus filhos, não era oficialmente casada com ele. Após treze anos de disputas judiciais, o clube e a viúva de Dener chegaram a um acordo para o pagamento da dívida.

Dener, ao lado de Valdir, comemora seu último título

Títulos

Portuguesa
1991 - Copa São Paulo de Futebol Júnior

Grêmio
1993 - Campeonato Gaúcho de Futebol

Vasco da Gama
1994 - Campeonato Carioca de Futebol (Póstumo)

Fonte: Wikipédia

Dener Pamplona

DENER PAMPLONA DE ABREU
(42 anos)
Estilista

* Belém, PA (03/08/1936)
+ São Paulo, SP (09/11/1978)

Dener Pamplona de Abreu foi um estilista brasileiro, um dos pioneiros da moda no Brasil. Em 1945 sua família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a desenhar seus primeiros vestidos. Seu primeiro contato com a moda teve lugar em 1948, com apenas 13 anos de idade, na Casa Canadá, então importante butique carioca.

Dois anos depois, em 1950, após fazer o vestido de debutante de Danuza Leão, foi contratado para um estágio com Ruth Silveira, dona de um importante ateliê, onde aprimorou seus desenhos. Em 1954 transferiu-se para São Paulo para trabalhar na butique Scarlett. Três anos depois, inaugurou seu próprio ateliê, denominado Dener Alta-Costura, na praça da República. No ano seguinte ganhou dois prêmios por sua coleção, sendo descoberto pelos meios de comunicação. Seu ateliê foi então transferido para a avenida Paulista.

Ao abrir seu primeiro ateliê em São Paulo, quebrou um tabu, criando para socialites quando era moda mulher de bem vestir-se em Paris e quando no Brasil só existiam modistas que copiavam as criações francesas. Este foi o marco inicial da roupa brasileira com estilo próprio.



Dener foi o grande percursor da alta-costura brasileira: fugia da comodidade do copismo, desenhando para clientes de acordo com seu físico, idade, gosto e em consonância com o nosso clima tropical.

Como seu ídolo, Balenciaga, defendia o estilo clássico, de bases simples, embora nos modelos de festa e noiva recorresse a bordados suntuosos e a certa dramaticidade. Requinte a parte, realizava-se mesmo fazendo taieres bem cortados.

Mesmo vivendo cercado de glamour, Dener demostrou ter visão também para o marketing e os negócios. Tanto que foi o primeiro estilista a usar a força da mídia para promover e divulgar seu nome e suas coleções. Com a mesma sensibilidade e inteligência, percebeu, nos anos 60, que era hora de lançar sua grife em produtos industrializados.

Pálido, frágil, de gestos delicados e atitudes excêntricas, o costureiro despertou raiva e paixão. Dener, naquela displicente e bem dosada arrogância de retocador de Deus, embelezava as mulheres e enfurecia os homens. Os homens, principalmente os recalcados, odiavam Dener e tudo o que o genial figurinista representava na frescura de sua masculinidade, escreveu o jornalista David Nasser.


Em 1963, já prestigiado, foi escolhido o estilista oficial da primeira-dama da República, Maria Teresa Fontela, esposa de João Goulart. Era também amigo da primeira-dama, que disse sobre ele: "Dener foi muito importante nesta minha vida, a pública, porque a gente pode pensar que não é, mas postura é uma coisa importante!"

Dener casou-se em 1965 com Maria Stella Splendore, uma de suas manequins (como se chamavam à época as modelos de passarela), de quem se separaria quatro anos mais tarde. Teve dois filhos do casamento, Frederico Augusto (morto em 1992) e Maria Leopoldina, que em 2007 morava com a mãe numa comunidade Hare Krishna no interior de São Paulo.

Em 1968, fundou a Dener Difusão Industrial de Moda, considerada a primeira grife de moda criada no Brasil. Em 1970 foi convidado a participar do júri do "Programa Flávio Cavalcanti". Dois anos depois lançou sua autobiografia, "Dener - O Luxo", e o livro "Curso Básico de Corte e Costura".

Ao longo dos anos 70, Dener disputou com Clodovil Hernandes o titulo de papa da alta costura brasileira.

Clodovil Hernandes e Dener Pamplona
Em 1975 casou-se novamente, desta vez com uma cliente, Vera Helena Camargo, separando-se em 1977.

Quando o mundo começou a mudar, o dinheiro trocou de mãos e surgiu o noveau riche, sentiu os pilares da educação e elegância corretas que sempre defendeu, ruírem como castelos de areia. Foi um golpe duro. Considerado o último dos românticos, começou uma triste derrocada voluntária. 

Identificando-se com a personagem de "A Dama das Camélias", que tanto admirava, recusou-se a aceitar as regras de um mundo que fugia dos parâmetros que tinha estabelecido como ideais.

Seus problemas com o alcoolismo agravaram-se em 1978, morrendo em 09 de novembro do mesmo ano em decorrência de uma cirrose hepática. Morreu jovem, empobrecido e triste.


Cronologia

  • 1937 - Nasce no dia 3 de agosto em Belém do Pará;
  • 1948 - Inicia sua vida profissional na Casa Canadá, com apenas 13 anos;
  • 1950 - Faz o vestido de debutante de Danuza Leão, que o apresenta a Ruth Silveira com quem vai trabalhar;
  • 1957 - Com 21 anos, abre seu primeiro ateliê, na Praça da República;
  • 1958 - Muda o ateliê para a aristocrática Avenida Paulista. Veste clientes famosas, inclusive a primeira dama, Sarah Kubitschek;
  • 1959 - Ganha os prêmios de Agulha de Ouro e Agulha de Platina, no Festival da Moda, patrocinado pela Tecidos Matarasso Boussac. Entre os concorrentes figurava até o costureiro Christian Dior. Após a morte desse criador, Dener foi convidado para dirigir a criação da maison francesa. Por motivos incertos recusou a oferta;
  • 1962 - Dener é responsável pelo guarda-roupa da primeira-dama Maria Teresa Goulart;
  • 1963 - Com o apoio da revista Manchete, da Cia Brasileira de Tecidos Rhodiaceta e do Instituto Brasileiro do Café, Dener e outros estilistas lançam em conjunto a coleção Brazilian Look, com mais de cem modelos que foram apresentados na Europa;
  • 1964 - Recebe a Palma de Ouro, no Festival Internacional da Moda, em Las Vegas, com um vestido de cauda rebordade de águas marinhas naturais;
  • 1965 - Casa-se com uma de suas manequins, Maria Stela Splendore na época com 16 anos;
  • 1966 - Nasce seu filho Frederico Augusto;
  • 1967 - Nasce sua filha Maria Leopoldina;
  • 1968 - É criada a empresa Dener Difusão Industrial de Moda. Fica oficializada a criação da primeira grife de moda nacional;
  • 1969 - Termina seu casamento com Maria Stela Splendore;
  • 1970 - É o fim dos anos áureos da alta-costura. Transfere seu ateliê para a Alameda Jaú. Estréia como jurado do "Programa Flávio Cavalcanti";
  • 1971 - Transfere seu ateliê para a Alameda Franca;
  • 1972 - Lança o livro autobiográfico "Dener, o Luxo", e o manual "Curso Básico de Corte e Costura";
  • 1973 - Uni-se a outros costureiros para formar as bases da Associação da Moda Brasileira, cujo objetivo seria lutar contra a evasão de divisas;
  • 1975 - Casa-se com Vera Helena Pires de Oliveira Carvalho. Tranfere seu ateliê para Rua Groelândia;
  • 1976 - Separa-se de Vera Helena Pires de Oliveira Carvalho, desativa seu ateliê e atende em sua casa algumas clientes fiéis da alta-costura;
  • 1977 - Vive tempos difíceis. Já doente, lança a coleção "A Grande Valsa", inspirada no filme "A Viúva Alegre";
  • 1978 - Desgostoso com os rumos da moda, optou pelo exílio voluntário. Morreu no dia 09 de novembro em São Paulo aos 42 anos.
Fonte: Wikipédia e Deise Sabbag

Perry Salles

PERILÚCIO JOSÉ DE ALMEIDA
(70 anos)
Ator e Diretor

* Rio de Janeiro, RJ (06/03/1939)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/06/2009)

Perry Salles foi casado com a atriz Vera Fischer, com quem viveu 16 anos e teve a filha Rafaela. Atuou ao lado de Vera Fischer em "A Super Fêmea" (1973), um dos grandes sucessos do gênero pornochanchada dos anos de 1970, dirigido por Aníbal Massaini Neto, com roteiro do escritor e autor de telenovelas Lauro César Muniz. Esse foi o filme que deu projeção nacional a Vera Fischer como atriz, depois de ter sido eleita Miss Brasil em 1969.

No cinema, Perry Salles dirigiu dois longas, "Intimidade" (1975) e "Dora Doralina" (1982), ambos protagonizados por Vera Fischer quando ainda era sua esposa.

Fez carreira principalmente no teatro, em peças como "Porcelana Fina", "Confidências", em que foi dirigido pela ex-mulher, "A Primeira Noite de um Homem", em que contracenava com Vera Fisher e a filha Rafaela, entre tantas outras.


O personagem mais marcante de Perry Salles, em telenovelas, foi Laio, na segunda fase de "Mandala" (1987).

Quando se separou de Vera Fisher, em 1989, tentou dar a volta por cima encenando um espetáculo em que se apresentava representando e sapateando. O show foi bem aceito pela crítica, mas um fracasso de público. Além disso, acabava sabendo todos os passos de Vera Fisher, que na época começara a namorar Felipe Camargo, nas gravações da novela "Mandala". Perry Salles também fazia parte do elenco e tinha sido seu último trabalho na tevê. Saiu de casa, levou apenas uma valise de nailon, livros, alguns objetos e dólares. Depois, pegou sua Parati, transformou o banco de trás numa cama e ganhou estrada. Saiu de carro sem destino pelo Nordeste. Passou três meses dormindo nos acostamentos até chegar em Trancoso, BA, a 50 minutos de Porto Seguro. Lá, encontrou um lugarejo sem luz e água e com pouquíssimas moradias. "Passei a viver como um bicho", recordava. Mergulhado numa depressão profunda, ele passou dois anos sem fazer a barba e cortar o cabelo.

Os dois anos que se seguiram sem que Perry Salles e Vera Fisher mantivessem contato não decretaram o fim da forte amizade entre eles. Quando decidiu se mudar de Trancoso para Salvador, em 1994, contou com um empréstimo de Vera Fisher, além de outros, para comprar o Teatro da Gamboa, de 101 lugares. A partir de 1998, Perry Salles, passou seus dias praticamente sem ver a luz do sol. Enclausurado em uma das salas do Teatro Gamboa. Ele tentava se livrar de uma crise existencial. Não conseguia pagar as dívidas que contraíra para manter a casa funcionando. Parou de tomar banho, deixou o cabelo crescer e só saía às ruas uma vez ou outra para comprar comida, ou melhor, dois quilos de carne moída e quatro pacotes de macarrão, suficientes para se manter durante um mês.


O quadro só foi revertido em 2000, quando Perry Salles recebeu um telefonema que o trouxe de volta à vida. Do outro lado da linha, a atriz Ivone Hoffman o convidava para atuar na peça "Com Amor", de Oscar Wilde. Longe dos palcos cariocas há 12 anos, ele passou a madrugada debruçado sobre o computador lendo o texto da peça. Na manhã seguinte, retornou a ligação de Ivone Hoffman com uma resposta positiva.

Dias depois, Perry Salles apareceu descalço, de bermuda listrada, camiseta com a inscrição de Trancoso e cabelo desalinhado para a entrevista e sessão de fotos para a revista Isto É, Gente. Era a maior prova de que abandonara a escuridão da depressão e estava novamente exposto à luz do sol.

Ele enxergou o dedo da ex-mulher no convite para retornar aos palcos no Rio de Janeiro. A atriz Ivone Hoffman confirmou que foi Vera Fisher quem sugeriu que ele fosse chamado para a peça. Depois disso, o ator se mudou para o Rio de Janeiro, morando no mesmo bairro de Vera Fisher.

Antes desse episódio, Perry Salles havia se casado com a arquiteta Beatriz, com quem teve dois filhos, Romeu e Rômulo.

Depois que voltou a viver no Rio de Janeiro, passava pequenas temporadas em Trancoso, matando as saudades dos filhos que teve com Beatriz, de quem se separou em 1997, mantinha uma relação amistosa.

Foi em Trancoso, em 1990, que ele viveu a dor de perder seu filho Rodrigo, fruto de seu casamento com a atriz Miriam Mehler. Com 20 anos de idade, ele morreu num acidente de moto. Perry Salles também é pai de Renata que mora na Inglaterra.

Perry Salles e Vera Fisher
Morte

Perry Salles faleceu no dia 17/06/2009, no Rio de Janeiro, e seu corpo foi cremado no dia 19/06/2009, vítima de câncer no pulmão. A doença foi diagnosticada em fevereiro de 2009, ocasião em que se mudou para a casa da ex-mulher e grande amiga Vera Fisher que cuidou dele até os últimos momentos.

Uma das últimas participações de Perry Salles na televisão foi na série "Mandrake", da Rede Globo, em 2004. Seu último filme foi "Espelho d’Água - Uma Viagem no Rio São Francisco", em 2004.

A última aparição pública do ator ocorreu em março de 2009, no lançamento do segundo livro de Vera Fisher, "Um Leão Por Dia". Debilitado, ele foi ao evento de cadeira de rodas.

"Ele estava no hospital, mas agora está convalescendo aqui em casa, porque eu e minha filha somos as pessoas que ele mais ama", disse Vera Fisher na ocasião. Ela estava otimista com a recuperação de Perry Salles. "Ele está melhorando sensivelmente. Já que amo tanto esse homem, tenho de cuidar dele!".

Perry Salles e Vera Fisher
Filmografia

  • 1998 - Cinderela Baiana
  • 1994 - O Efeito Ilha - Tom Amareto
  • 1975 - Intimidade
  • 1974 - As Delícias da Vida
  • 1974 - A Gata Devassa
  • 1973 - A Super Fêmea
  • 1962 - Assassinato em Copacabana
  • 1961 - O Dono da Bola - Fernando

Tião Macalé

AUGUSTO TEMÍSTOCLES DA SILVA COSTA
(67 anos)
Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (10/02/1926)
+ São José do Rio Preto, SP (26/10/1993)

Augusto Temístocles Silva, mais conhecido como Tião Macalé, foi um humorista brasileiro, célebre por suas participações no programa "Os Trapalhões". Com sotaque característico, era conhecido pelo bordão "Ih, Nojento, tcham!".

Na década de 1960, trabalhou com Ary Barroso, no Programa "Show do Gongo", na TV Rio, onde ao comando de Ary Barroso, gongava as pessoas.

Ficou nacionalmente conhecido no programa humorístico "Balança Mas Não Cai", como o "Crioulo Difícil" ao lado da atriz Marina Miranda, a "Crioula Difícil".

Tião Macalé, Roni Cócegas e Marina Miranda
(Balança Mas Não Cai)
Tião Macalé era personagem de poucas falas, tendo inclusive alguma dificuldade na articulação das palavras, fato que aumentava ainda mais a sua eficiente performance como humorista. A sua presença física como personagem era de extrema comicidade e o seu humor ingênuo, saudável e hilário.

Estreou no cinema em 1970, no filme "Os Caras De Pau", mas a grande base de trabalho é o programa "Os Trapalhões".

Entre 1988 e 1989 sua fama atingiu proporções maiores quando fez vários comerciais de paródias cômicas para a extinta rede de supermercados DiscoFoi neste comercial que o artista consagrou a expressão "nojento". Em 1989 atuou como garoto-propaganda na campanha do candidato Affonso Camargo Neto à Presidência da República.

Torcedor do Fluminense e assíduo frequentador dos estádios, Tião Macalé chegou a passar mal em 2 partidas do time carioca, antes de sofrer seu primeiro derrame. Entusiasta do futebol, organizava, treinava e às vezes arbitrava um time de futebol chamado Dínamo, na altura da rua Santa Clara, em Copacabana, Rio de Janeiro, de onde foi morador por muitos anos.

No final de 1992, Tião Macalé sofreu um derrame e passou a trabalhar com dificuldade. Faleceu em 26/10/1993, aos 67 anos de idade, vítima de infecção pulmonar, em São José do Rio Preto, SP.

Comerciais do Supermercado Disco

Algumas das paródias feitas por Tião Macalé nos comerciais do extinto Supermercado Disco (DISCO - Distribuidora de Comestíveis Disco S.A.) foram:

  • Luís Inácio Lula da Silva - Tião Macalé usava uma longa barba preta semelhante à de Lula e dizia no final: "Disco, PT saudações, nojento!" (dizendo "PT" em referência ao partido de Lula, o Partido dos Trabalhadores);
  • Geléia Mocotó Inbasa - Aqui era feita uma paródia de outro comercial. No original, uma mãe dizia junto a seu filho: "O Júnior fica com a geléia..." e então o filho respondia: "...e a mãe fica com o copo!", e logo após os dentes do menino brilhavam. Na versão de Tião Macalé, a atriz Marina Miranda representava a mãe e dizia: "O júnior fica com a saúde..." e Tião Macalé representando o menino dizia: "...e a mãe fica com o troco, tchan!" e logo depois o sorriso sem dentes de Tião Macalé brilhava.
  • Dan'up e Bliss - Os iogurtes Dan'up (Danone) e Bliss (Nestlé) tinham cada um seu comercial de televisão. No comercial de Dan'up, havia sempre alguém perguntando: "E agora?"; logo após várias pessoas cantavam "Agora beba iogurte ... Dan'up!". No comercial de Bliss havia um casal de jovens atletas fazendo exercícios pelas ruas, sempre com a música "Eu bebo Bliss, estou bebendo...". Então, na paródia dos comerciais do Disco, quando alguém perguntava "E agora?", Tião Macalé e Marina Miranda apareciam vestidos como o casal de atletas da propaganda do iogurte Bliss e cantavam como na propaganda do iogurte Dan'up: "Agora tem ofertas Disco... anote!"

Marina Miranda e Tião Macalé
Filmografia

  • 1990 - O Escorpião Escarlate
  • 1990 - O Mistério De Robin Hood
  • 1986 - As Sete Vampiras
  • 1983 - Atrapalhando A Suate
  • 1983 - A Longa Noite Do Prazer
  • 1978 - As 1001 Posições Do Amor
  • 1975 - Com As Calças Na Mão
  • 1975 - Com Um Grilo Na Cama
  • 1975 - Costinha O Rei Da Selva
  • 1975 - O Estranho Vicio Do Drº Cornélio
  • 1975 - O Padre Que Queria Pecar
  • 1974 - O Comprador De Fazendas
  • 1973 - Salve-se Quem Puder
  • 1973 - Café Na Cama
  • 1971 - Os Caras De Pau
  • 1969 - O Impossível Acontece

Fonte: Wikipédia

Ofélia

OFÉLIA RAMOS ANUNCIATO
(73 anos)
Culinarista, Cozinheira e Apresentadora de TV

* Itatiba, SP (27/12/1924)
+ São Paulo, SP (26/10/1998)

Ofélia Ramos Anunciato, a Ofélia Anunciato nasceu no dia 27/12/1924. Pioneira da televisão, estreou como culinarista na TV Santos, uma sub-estação da TV Paulista, também pertencente às Organizações Victor Costa, no dia 11/02/1958.

Passados seis meses, estava na TV Tupi de São Paulo, sob a direção de Abelardo Figueiredo. Com ele, tornava-se culinarista do primeiro programa feminino da televisão brasileira: "Revista Feminina", apresentado por Maria Thereza Gregori. Ficou na TV Tupi até 1968, quando ela, o programa e toda a equipe se transferiram para a Rede Bandeirantes. No canal 13 paulistano acabou ganhando um programa próprio: "Cozinha Maravilhosa De Ofélia", que apresentou por mais de 30 anos.

Antes de entrar para a televisão, Ofélia escrevia uma coluna sobre culinária no jornal Tribuna de Santos. O interesse pela cozinha começou cedo. Aos 8 anos, puxava um banquinho e se debruçava sobre o fogão da fazenda da família em Garça, interior de São Paulo. Fritava batatas, fazia bolos, inventava receitas. Aos poucos, os quitutes começaram a ser desejados por toda a família.

Cidinha Santiago em almoço com Ofélia Anunciato, em 1994.
A mineira trabalhou com a apresentadora e culinarista por 12 anos
Aos 20 anos, ela estava servindo um lanche ao avô do marido e a um amigo dele, que era dono da Tribuna de Santos, quando recebeu o convite para escrever no jornal. A coluna ganhou o nome de "Um Docinho Para Mamãe".

Ofélia escreveu 14 livros, todos publicados pela Editora Melhoramentos, nos quais ensina os segredos das cozinhas brasileira, portuguesa e italiana. Em 1997, foi premiada com o Jabuti na categoria Produção Editorial, pelo livro "Ofélia, O Sabor Do Brasil". Na feira do livro de Frankfurt, o livro foi considerado um dos 13 mais lindos do mundo.

Ofélia era uma das figuras mais cativantes da televisão brasileira, com um público fiel, já chegou a receber cerca de 20 mil cartas por mês de fãs de todo o país, pedindo conselhos, receitas, sugestões para datas especiais ou simplesmente manifestando carinho. Querida pelo público - donas de casa, adultos e crianças - e estimada pelos seus companheiros de emissora, Ofélia sempre dividiu seu carinho entre os telespectadores e a família - a filha Beth, o genro Jorge e os netos Rodrigo e Juliana.

Ofélia durante gravação de seu antigo programa, "Cozinha Maravilhosa de Ofélia",
exibido pela Rede Bandeirantes, de 1968 a 1998

O segredo do sucesso das receitas de Ofélia sempre foi fundamentado nesta sua frase:

"Na verdade, não há segredos na arte de cozinhar. Se você cozinha gostando de cozinhar, certamente será capaz de fazer um prato saboroso. E se tiver por perto alguém que goste de ensinar a cozinhar, como eu gosto, então não haverá nenhum problema."

Todos os grandes mestres da culinária no Brasil passaram pela "Cozinha Maravilhosa De Ofélia" (1968) como convidados: Luciano Boseggia (Fasano e Gero), Sergio Arno, Dona Lucinha, Alencar de Souza (Santo Colomba), Manuel Andrade (Andrade) e Mao Hun Tseng (Shian San) entre muitos outros.

Ofélia faleceu às 3:00 hs do dia 26/10/1998, no Hospital da Beneficência Portuguesa, onde esteve internada por 15  dias. O corpo foi velado na Câmara Municipal de São Paulo, no Auditório Prestes Maia. A culinarista foi enterrada no Cemitério Memorial de Santos.

Fonte: NetSaber

Jackson do Pandeiro

JOSÉ GOMES FILHO
(62 anos)
Cantor e Compositor

* Alagoa Grande, PB (31/08/1919)
+ Brasília, DF (10/07/1982)

Jackson do Pandeiro, nome artístico de José Gomes Filho, foi um cantor e compositor de forró e samba, assim como de seus diversos subgêneros, a citar: baião, xote, xaxado, coco, arrasta-pé, quadrilho, marcha, frevo, dentre outros. Também era chamado de "O Rei do Ritmo".

Paraibano, ele era filho de uma catadora de coco, Flora Mourão, que lhe deu o seu primeiro instrumento: o pandeiro.

Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.

Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, Jackson do Pandeiro gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande sucesso intitulado "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.

Almira Castilho e Jackson do Pandeiro
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956, vivendo com ela até 1967. Depois de doze anos de convivência, Jackson do Pandeiro e Almira Castilho se separaram e ele se casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.

No Rio de Janeiro, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson do Pandeiro alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chicletes com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson do Pandeiro em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.

O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele. Muitos o consideram o maior ritmista da história da Música Popular Brasileira e, ao lado de Luiz Gonzaga, foi um dos principais responsáveis pela nacionalização de canções nascidas entre o povo nordestino.

Sua discografia compreende mais de 30 álbuns lançados no formato LP. Desde sua primeira gravação, "Forró em Limoeiro", em 1953, até o último álbum, "Isso é Que é Forró!", de 1981, foram 29 anos de carreira artística, tendo passado por inúmeras gravadoras.


Morte

Durante excursão empreendida pelo país, Jackson do Pandeiro que era diabético desde os anos 60, morreu aos 62 anos, no dia 10 de julho de 1982, na cidade de Brasília, em decorrência de complicações de Embolia Pulmonar e Cerebral. Ele tinha participado de um show na cidade uma semana antes e no dia seguinte passou mal no aeroporto antes de embarcar para o Rio de Janeiro. Ele ficou internado na Casa de Saúde Santa Lúcia. Foi enterrado em 11 de julho de 1982 no Cemitério do Cajú na cidade do Rio de Janeiro com a presença de músicos e compositores populares, sem a presença de nenhum medalhão da Música Popular Brasileira.

Discografia


  • 1955 - Jackson do Pandeiro
  • 1956 - Forró do Jackson
  • 1957 - Jackson e Almira - Os Donos do Ritmo
  • 1958 - Forró do Jackson
  • 1959 - Jackson do Pandeiro
  • 1960 - Sua Majestade - O Rei do Ritmo
  • 1960 - Cantando de Norte a Sul
  • 1961 - Ritmo, Melodia e a Personalidade de Jackson do Pandeiro
  • 1961 - Mais Ritmo
  • 1962 - A Alegria da Casa
  • 1962 - ...É Batucada!
  • 1963 - Forró do Zé Lagoa
  • 1964 - Tem Jabaculê
  • 1964 - Coisas Nossas
  • 1965 - ...E Vamos Nós!
  • 1966 - O Cabra da Peste
  • 1967 - A Braza do Norte
  • 1970 - Aqui Tô Eu
  • 1971 - O Dono do Forró
  • 1972 - Sina de Cigarra
  • 1973 - Tem Mulher, Tô Lá
  • 1974 - Nossas Raízes
  • 1975 - A Tuba da Muié
  • 1976 - É Sucesso
  • 1977 - Um Nordestino Alegre
  • 1978 - Alegria Minha Gente
  • 1980 - São João Autêntico de Jackson do Pandeiro
  • 1981 - Isso é Que é Forró!

Fonte: Wikipédia

Barão de Itararé

APARÍCIO FERNANDO DE BRINKERHOFF TORELLY
(76 anos)
Jornalista, Escritor, Político e Pioneiro no Humorismo Político Brasileiro

* Rio Grande, RS (29/01/1895)
+ Rio de Janeiro, RJ (27/11/1971)

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, também conhecido por Apporelly e pelo falso título de nobreza de Barão de Itararé, foi um jornalista, escritor e pioneiro no humorismo político brasileiro.

O nascimento de Apporelly é marcado por mistérios e disputas. Conta-se que teria nascido a bordo de uma diligência, no Uruguai, enquanto seus pais rumavam para uma fazenda da família materna. Admiradores de Rio Grande, RS, onde seus pais moravam, contestam esta versão. Entretanto, na matrícula de ensino escolar, Apporelly foi registrado como nascido no Uruguai, enquanto seu título de eleitor sustentava uma naturalidade gaúcha, mas sem discriminação de cidade.

Sua mãe, Amélia, teve morte trágica, suicidou-se quando tinha 18 anos e ele 18 meses. Seu pai enviou-o a um internato jesuíta em São Leopoldo, RS.

Apparício Torelly iniciou-se no humorismo em 1908 no jornalzinho "Capim Seco", do colégio onde estudava, satirizando a disciplina dos padres jesuítas de São Leopoldo.

Em 1918, durante suas férias, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) quando andava na fazenda de um tio. Abandonou o curso de medicina no quarto ano e começou a escrever. Publicou sonetos e artigos em jornais e revistas, como a Revista Kodak, A Máscara e Maneca.




A Manhã

Em 1925 entrou para O Globo de Irineu Marinho. Com a morte de Irineu Marinho, Apporelly foi convidado por Mário Rodrigues, pai de Nelson Rodrigues, a ser colaborador do jornal A Manhã. Ainda em 1925, no mês de dezembro, Apparício Torelly estreava na primeira página com seus sonetos de humor que, geralmente, tinham como tema um político da época. Sua coluna humorística fez sucesso e também na primeira página, em 1926, começou a escrever a coluna "A Manhã Tem Mais…". Neste mesmo ano criou o semanário que viria a se tornar o maior e mais popular jornal de humor da história do Brasil. Bem ao seu estilo de paródias, o novo jornal da capital federal tinha o nome de A Manha, e usava a mesma tipologia do jornal em que Apparício trabalhava, sem o til, fazendo toda diferença que era reforçada com a frase ladeando o título: "Quem Não Chora, Não Mama". Para estréia tão libertadora, Apporelly não perdeu a data de 13/05/1926. "A Manha" logo virou independente.

Durante a Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas partiu de trem rumo à capital federal, então o Rio de Janeiro, propagou-se pela imprensa que haveria uma batalha sangrenta em Itararé. Isto, foi vastamente divulgado na imprensa. Apporelly não ficou de fora desta tendência. Esta batalha ocorreria entre as tropas fiéis a Washington Luís e as da Aliança Liberal que, sob o comando de Getúlio Vargas, vinham do Rio Grande do Sul em direção ao Rio de Janeiro para tomar o poder.

A cidade de Itararé fica na divisa de São Paulo com o Paraná, mas antes que houvesse a batalha "mais sangrenta da América do Sul", fizeram acordos. Uma junta governativa assumia o poder no Rio de Janeiro e não aconteceu nenhum conflito. O Barão de Itararé comentaria este fato mais tarde da seguinte maneira:

"Fizeram acordos. O Bergamini pulou em cima da prefeitura do Rio, outro companheiro que nem revolucionário era ficou com os Correios e Telégrafos, outros patriotas menores foram exercer o seu patriotismo a tantos por mês em cargos de mando e desmando… e eu fiquei chupando o dedo. Foi então que resolvi conceder a mim mesmo uma carta de nobreza. Se eu fosse esperar que alguém me reconhecesse o mérito, não arranjava nada. Então passei a Barão de Itararé, em homenagem à batalha que não houve."

Na verdade, em outubro de 1930, Apparício se autodeclarou Duque nas páginas de A Manha:

"O Brasil é muito grande para tão poucos Duques. Nós temos o quê por aqui? O Duque Amorim, que é o duque dançarino, que dança muito bem mas não briga e o Duque de Caxias que briga muito bem, mas não dança. E agora eu, que brigo e danço conforme a música."

Mas como ele próprio anunciou semanas depois, "como prova de modéstia, passei a Barão!".

O jornal circulou até fins de 1935, quando o Barão de Itararé foi preso por ligações com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), então clandestino. Foi libertado em 1936, já ostentando a volumosa barba que cultivaria por boa parte de sua vida. Retomou o jornal por um curto período, até que viesse nova interrupção, ao longo de todo o Estado Novo e voltando em edições espasmódicas até 1959.

Unido a Bastos Tigre e Juó Bananére, conseguiu exprimir o hibridismo linguístico com a utilização do soneto-piada, que consistia na contraposição rápida de dois contextos associativos.




Política

Apporelly foi candidato em 1947, a vereador do Distrito Federal, com o lema "Mais leite! Mais água! Mas menos água no leite!", sendo eleito com 3.669 votos, o oitavo mais votado do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que conquistou 18 das 50 cadeiras. Porém em janeiro de 1948 seus vereadores foram cassados: "um dia é da caça... os outros da cassação", anunciou A Manha.


Últimos Anos

No final dos anos 1950, foi deixando o humor de lado e passou a se interessar pela ciência, e pelo esoterismo. Estudou filosofia hermética, as pirâmides do antigo Egito e a astrologia, campo no qual desenvolveu o "Horóscopo Biônico". Faleceu, dormindo, em seu apartamento no bairro carioca de Laranjeiras.

Apporelly foi opositor ferrenho de Getúlio Vargas, a quem conheceu nos tempos de colégio, em Porto Alegre, quando vivia na mesma pensão em que Benjamin se hospedava, irmão de Getúlio Vargas.




Obras e Representação na Cultura

Em 1985, a Editora Record publicou em livro, sob o título de "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé", uma seleção de textos de humor extraídos de A Manhã, em coletânea organizada por Afonso Félix de Sousa e com prefácio de Jorge Amado. No mesmo ano, "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé" alcançou rapidamente quatro edições.

Em 14/08/2011, o "Programa De Lá Pra Cá", da TV Brasil relembrou a vida e a obra do Barão de Itararé.

Mais recentemente, seu espírito crítico influenciou a criação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que reúne diversos ativistas e movimentos sociais comprometidos com a democratização da mídia no Brasil.

Fonte: Wikipédia

Pedro Bloch

PEDRO BLOCH
(89 anos)
Médico, Jornalista, Compositor, Poeta, Dramaturgo e Autor de Livros Infanto-Juvenis

* Jitomir, Ucrânia (17/05/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/02/2004)

Pedro Bloch foi um médico foniatra, jornalista, compositor, poeta, dramaturgo e autor de livros infanto-juvenis, que consagrou-se como autor de mais de cem livros. Ele era naturalizado brasileiro.

Sua família imigrou para o Brasil no início do século XX. Estudou no Colégio Pedro II e posteriormente cursou a Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha atual Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Chegou a lecionar na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). É autor de mais de cem livros, muitos deles destinados ao público infanto-juvenil, como "Pai, Me Compra Um Amigo?", "Nesta Data Querida" e "Chuta O Joãozinho Para Cá". Escreveu também as peças teatrais "Dona Xepa" e "As Mãos De Eurídice".

Mais de 50 do seus livros foram inspirados quando ele atendia crianças, exercendo sua profissão de médico. A sua mais conhecida obra teatral, "As Mãos De Eurídice", estreou em 13/05/1950 e repetiu-se mais de 60 mil vezes, em mais de 45 países diferentes. Dois anos depois, escreveu outro sucesso teatral, "Dona Xepa", que até foi transformada em telenovela, na Rede Globo. Como jornalista, trabalhou na revista Manchete e no jornal O Globo. O interesse pelo teatro surgiu nas visitas que recebia dos grandes atores em sua própria casa.

Pedro Bloch morreu aos 89 anos de idade, vítima de insuficiência respiratória aguda, em seu apartamento em Copacabana. Foi enterrado no Cemitério Comunal Israelita do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Miguel Magno

MIGUEL MAGNO
(58 anos)
Ator, Diretor e Autor

* Rio de Janeiro, RJ (28/03/1951)
+ São Paulo, SP (17/08/2009)

O ator, diretor e dramaturgo Miguel Magno começou no teatro e ficou famoso na TV Globo com a novela "Top Model", em 1989. Trabalhou em televisão, teatro e no cinema. Ficou conhecido por interpretar papéis femininos. 

Ele foi um dos idealizadores do gênero cômico que ficaria conhecido como besteirol a partir do espetáculo "Quem Tem Medo de Itália Fausta?", escrito em parceria com Ricardo Almeida, que fez um estrondoso sucesso no teatro e ficou anos em cartaz, desde sua estreia em 1979. Miguel Magno chegou a fazer o papel de 11 personagens mulheres diferentes na peça.

Atuou no filme "Irma Vap, O Retorno", dirigido por Carla CamuratiTambém trabalhou ao lado de Marcos Caruso, autor da peça "Operação Abafa", que tinha Miguel Magno no elenco, um de seus últimos trabalhos teatrais.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?", foi sem dúvida o espetáculo que projetou nacionalmente Miguel Magno. Nasceu de forma despretensiosa, como costuma ocorrer com os grandes sucessos. Miguel Magno havia lido um livro sobre o ator Leopoldo Fróes e, a partir dessa leitura, ele e Ricardo Almeida começaram a criar cenas brincando com a figura do ponto, aquele funcionário cuja função era "soprar" do fosso do palco o texto para os atores. Assim, surgiu a diva dependente do ponto, esquete que abria a montagem. Aos poucos, outros foram se agregando.

"Quem Tem Medo de Itália Fausta?" ganhou ainda, como entreato, hilariante crítica ao academicismo na conferência de duas professoras sobre "a importância dos monossílabos e das interjeições átonas do dialeto javanês na literatura dramática da ilha de Java durante os últimos 15 dias do século 12 antes de Cristo".

O espetáculo estreou num pequeno teatro no Bexiga, hoje o Espaço Ágora dirigido por Roberto Lage e Celso Frateschi. "Eu vi aquela montagem dezenas de vezes", lembrou mais tarde Eduardo Martini que atuou nessa comédia, primeiro contracenando com Miguel Magno e, numa remontagem, com Marcos Oliveira, o Beiçola do seriado "A Grande Família".

Entre seus múltiplos trabalhos, Miguel Magno participou de séries como "Queridos Amigos" (2008), de Maria Adelaide Amaral, do seriado inaugural de "A Diarista" (2003), no papel do pintor Amintas Possolo e de "Os Normais" (2001), como um dentista.


Na televisão participou, ainda, de novelas nas quais sua verve cômica conquistou o público. Ele brilhou como o criado Romeu de "Estrela Guia" (2001) e ao encarnar Dona Roma, de "A Lua Me Disse" (2005), ambas na Rede Globo. Ainda na televisão, participou das novelas "Felicidade" (1991), "Helena" (1987) e "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), essas duas pela Rede Manchete, e "Dona Anja" (1996) e "Direito de Nascer"  (2001) pelo SBT.

No teatro, atuou ainda com Denise Stoklos na comédia "Um Orgasmo Adulto Escapa do Zoológico", com texto de Dario Fo e Franca Rama.

Em 2009, Miguel Magno estava no elenco do programa humorístico "Toma Lá, Dá Cá", onde interpretava a personagem Doutora Percy.

Miguel Magno faleceu no dia 17/08/2009, aos 58 anos, estava internado no Hospital Paulistano, em São Paulo, onde desde o começo de julho de 2009 havia iniciado o tratamento de um câncer. O ator havia feito uma biópsia do fígado, mas morreu antes de saber o resultado.

O corpo de Miguel Magno foi velado no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista, e cremado no dia seguinte ao seu falecimento.

Fonte: Wikipédia