Telê Santana

TELÊ SANTANA DA SILVA
(74 anos)
Jogador de Futebol e Técnico

* Itabirito, MG (26/07/1931)
+ Belo Horizonte, MG (21/04/2006)

Foi um dos mais importantes treinadores da história do futebol brasileiro. Após perder duas Copas do Mundo no comando da Seleção Brasileira de Futebol, amargou por muito tempo a fama de pé-frio. Mesmo assim, em pesquisa realizada pela revista esportiva Placar, nos idos dos anos 1990, foi eleito por jornalistas, jogadores e ex-atletas o maior treinador da história da Seleção Brasileira de Futebol.

A partir de 1990 até o início de 1995, comandou o São Paulo Futebol Clube, conquistando duas vezes a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes.

É considerado o maior treinador são-paulino em todos os tempos e um dos idolos do clube, sendo apelidado pela torcida com a alcunha de Mestre Telê.

Como jogador, é ícone do Fluminense pela intensa dedicação que ofereceu ao seu clube do coração — que valeu-lhe o apelido Fio de Esperança - onde também começou a sua vitoriosa carreira de treinador de futebol.

Até hoje é o técnico que mais dirigiu o Atlético Mineiro em jogos oficiais.

Biografia

Esteve à frente da Seleção Brasileira de Futebol nas copas de 1982 e 1986.

Encerrou a carreira no São Paulo, depois de ter levado o time a suas maiores conquistas na primeira metade dos anos 1990.

Como jogador não chegou à Seleção Brasileira por concorrer com jogadores como Julinho Botelho e Mané Garrincha, nos anos 1950 e 1960.

Começou no Itabirense Esporte Clube, cuja sede situava-se próximo a sua casa, e depois jogou no América de São João del-Rei de onde saiu para jogar no Fluminense.

Fluminense

Pelo Fluminense iniciou sua carreira sendo campeão de juvenis em 1949 e 1950 e promovido para os profissionais em 1951. A partir daí despontou seu melhor futebol e conseguiu suas maiores conquistas como atleta. Foi um dos primeiros pontas no futebol brasileiro a voltar para marcar no meio.

A sua contratação pelo Fluminense se deu após fazer um teste contra o Bonsucesso e fazer cinco gols, referendada então pelo diretor de futebol do Fluminense daquela época, nada menos que outro ícone histórico deste clube, primeiro capitão e em 1930 o autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, João Coelho Netto, o Preguinho.

Com a camisa do Fluminense jogou 557 partidas e marcou 162 gols, sendo o terceiro jogador que mais atuou pelo clube tricolor e seu terceiro maior artilheiro.

O Fio de Esperança

Quando Telê era jogador, tinha o apelido de Fio de Esperança, que recebeu após um concurso entre os torcedores promovido pelo jornalista Mário Filho, então diretor do Jornal dos Sports.

O concurso tinha surgido como idéia do dirigente tricolor Benício Ferreira. Na época, Telê tinha os apelidos pejorativos de Fiapo e Tarzan das Laranjeiras, em função de seu corpo franzino. O dirigente achava que o jogador merecia algo mais honroso e deu a idéia ao amigo Mário Filho, que criou o concurso com o tema "Dê um slogan para Telê Santana e ganhe 5 mil cruzeiros".

Ao seu final, mais de quatro mil sugestões tinham sido enviadas à redação do jornal. José Trajano conta que seu pai participou do concurso propondo o apelido A Bola. Três leitores acabaram empatados no primeiro lugar na votação final, com as alcunhas El Todas, Big Ben e Fio de Esperança. Foi a última que caiu no gosto dos torcedores tricolores.

Telê se transferiu do Fluminense para o Guarani por conta do presidente histórico do bugre, o carioca Jaime Silva, ser torcedor do clube carioca e ter influenciado os dirigentes cariocas a permitirem a sua transferência para Campinas.

Telê deu mais uma demonstração de amor ao Fluminense, quando já no final de sua carreira como jogador, atuando pelo Madureira marcou o único gol de sua equipe na derrota por 5 a 1 para o Fluminense. Embora aquele gol não tenha influenciado no resultado, Telê chorou ao final da partida por ter feito um gol em seu clube do coração.

Treinador

Com uma visão particular de futebol, formada nos muitos anos de trabalho no Fluminense, em que não acreditava em ganhar por ganhar ou ganhar a qualquer custo, era um intransigente defensor de um futebol diferenciado e disciplinador exigente, que exigia de seus comandados uma postura profissional dentro e fora dos campos. Foi este futebol que transformou Telê em Mestre, no comando do time do São Paulo que conquistou vários títulos no início da década de 1990. Ganhou um total de onze títulos, incluíndo um Campeonato Brasileiro, duas Libertadores da América e dois Campeonatos Mundiais.

Após encerrar a carreira como jogador, foi aproveitado como técnico e acabou marcando uma época de glórias e estigmas. Começou na categoria de juvenis (atual juniores) do Fluminense, sendo campeão carioca em 1968. Em 1969 foi promovido a técnico do time profissional, sendo campeão carioca e formando a base do time campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970.

Lá também brigou pelos direitos de seus jogadores, que eram obrigados a entrar e sair do clube pela porta dos fundos. Depois de uma reunião à noite com dirigentes, pediu que abrissem a porta dos fundos para ele. Responderam que ele não era jogador e podia sair pela entrada social, mas Telê recusou-se e pulou o muro, porque não achou ninguém para abrir a porta dos fundos. "Eu disse que também fui jogador e que o aviso servia para mim também", contou, anos mais tarde.

Curiosamente, o mesmo time do Fluminense disputou a final contra o Atlético Mineiro, na época dirigido por Telê, que seria Campeão Mineiro em 1970 e Campeão Brasileiro em 1971. Em 1973 passou pelo São Paulo, mas foi afastado ao entrar em conflito com os ídolos Paraná e Toninho Guerreiro.

Em 1977, dirigiu o histórico time do Grêmio, levando-o a recuperar a hegemonia do Campeonato Gaúcho após oito anos de domínio do Internacional. Após ganhar fama de bom treinador de clubes, com mais uma passagem marcante, agora pelo Palmeiras, em 1979, quando fez um time sem estrelas realizar belos jogos, foi contratado para ser técnico da Seleção Brasileira.

Como treinador da Seleção na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, encantou o mundo com um futebol bonito e envolvente, aclamado como o melhor da época. Reconhecendo que privilegiava a técnica, escalou uma esquadra com jogadores como Zico, Sócrates e Falcão entre outros grandes jogadores.

Nem assim sua seleção foi uma unanimidade, pois muitos - inclusive o humorista Jô Soares, que criou o bordão "Bota ponta, Telê!" - cobravam a presença de um ponta direita no time.

"Eu me aborrecia um pouco com isso", contou Telê mais de vinte anos depois. "O time buscava ocupar o espaço ali na direita. Se eu tivesse um grande ponta, como o Garrincha, é lógico que ele iria jogar. Comigo sempre jogam os melhores". Mesmo assim, não conseguiu o almejado título, deixando o comando da Seleção.

Retornou para a Copa do Mundo de 1986, no México, como grande esperança brasileira de levantar a taça. Desta vez, buscando valorizar a experiência, montou um time não tão vibrante, com jogadores remanescentes de 1982, alguns já em fim de carreira. Criticado anteriormente por não exigir muita disciplina dos jogadores, voltou mais vigilante, o que resultou no corte da principal revelação do time, o ponta-direita do Grêmio Renato Gaúcho, quando este chegou tarde à concentração, fato que levou o melhor amigo do jogador, o lateral Leandro, a pedir para também sair da equipe.

Perdeu a Copa invicto, em uma disputa de pênaltis contra a França. Telê então foi marcado com a pecha de pé-frio por parte da imprensa brasileira, reforçada até por uma capa da Revista Placar no ano seguinte, quando o Atlético Mineiro treinado por ele foi eliminado nas semi-finais da Copa União depois de passar invicto pela primeira fase.

Em maio de 1990, Telê assumiu o Palmeiras, na época da fase final do Campeonato Paulista, o Palmeiras foi eliminado terminando em quarto na classificação geral, e em segundo no seu grupo da fase final, atrás apenas do Novorizontino por causa de um empate com a Ferroviária em 0x0 no Palestra Itália ficando um ponto atrás do Novorizontino. Por causa disso, a torcida fez um grande quebra-quebra na sala de troféus do clube. Chega o Campeonato Brasileiro, e Telê se demite após uma derrota em casa para o Bahia por 2x1. Ele se demitiu também pelo fato de na época, o Palmeiras só ter conseguido apenas uma vitória no campeonato, contra o Internacional, vitória de 1x0 para o Palmeiras, gol de Betinho.

Chegou ao tricolor paulista em outubro de 1990 e encontrou um time que três meses antes tinha tido um desempenho pífio no Campeonato Paulista, com seu principal jogador, Raí, no banco e ocupando posição intermediária no Campeonato Brasileiro. O time recuperou-se a ponto de chegar à final, ficando com o vice-campeonato frente ao Corinthians, o que serviu para mais uma vez trazer à tona a fama de pé-frio. Mas com Telê, Raí e outros jogadores, como o lateral direito estreante Cafu, foram ganhando confiança e evoluíram, ajudando o São Paulo a conquistar o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1991, enterrando de vez a fama de azarado.

Com o título paulista conquistado no mesmo ano, passou a ser o único técnico brasileiro a ter conquistado os quatro principais campeonatos estaduais do País (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul).

Títulos Como Jogador

Campeonato Carioca de Juvenis (1949 e 1950)
Campeonato Carioca (1951, 1959)
Copa Rio (Internacional) (1952)
Torneio Início (1954 e 1956)
Torneio Rio-São Paulo (1957, 1960)

Títulos Como Treinador

Campeonato Carioca de Juvenis(atual Juniores) (1968)
Taça Guanabara (1969, 1989)
Campeonato Carioca (1969)
Campeonato Mineiro (1970 e 1988)
Campeonato Gaúcho (1977)
Campeão Árabe (1983)
Copa do Rei Árabe (1984)
Copa do Golfo (1985)
Campeonato Brasileiro (1971 e 1991)
Campeonato Paulista (1991 e 1992)
Copa Libertadores da América (1992 e 1993)
Mundial Interclubes (1992 e 1993)
Recopa Sul-Americana (1993 e 1994)
Supercopa dos Campeões da Libertadores (1993)

Morte

Após sofrer uma Isquemia Cerebral em janeiro de 1996, teve que abandonar o futebol e viu a sua saúde debilitar-se bastante, com problemas na fala e na locomoção, entre outros. Apesar de debilitado, acreditava que poderia voltar a trabalhar e, nos dias de mau humor, culpava a família por "impedi-lo". No começo de 1997, chegou a fechar contrato para ser o técnico do Palmeiras, mas seus problemas de saúde impediram que ele assumisse o cargo.

No dia 21 de abril de 2006, depois de ficar por cerca de um mês internado devido a uma infecção intestinal, que desencadeou uma série de outras complicações, o Mestre Telê Santana faleceu em Belo Horizonte.

Fonte: Wikipédia

Bernardo Sayão

BERNARDO SAYÃO CARVALHO DE ARAÚJO
(57 anos)
Engenheiro e Político

☼ Rio de Janeiro, RJ (18/06/1901)
┼ Açailândia, MA (15/01/1959)

Bernardo Sayão nasceu em 18/06/1901, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Fez o ginásio no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, cursou a Escola de Agronomia de Piracicaba em São Paulo e a Escola de Agronomia de Viçosa em Minas Gerais, em 1929.

Em 1939, aparecia Bernardo Sayão em Goiás pela primeira vez, atraído pela obra de Pedro Ludovico, que constituía Goiânia, abrindo novas perspectivas para todo o estado de Goiás. Na década de 30, já acreditava nas vantagens da interiorização do desenvolvimento brasileiro.

Foi em 1941, que Getúlio Vargas escolheu Bernardo Sayão para dirigir a implantação de uma Colônia Agrícola no interior de Goiás. Fundou a Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG) que deu origem à cidade de Ceres, GO.

Encontrava-se em foco a tão falada e famosa "Marcha para o Oeste". No entanto, em 1950, devido a burocracias, Bernardo Sayão foi exonerado do cargo em comissão, de Administrador da Colônia Agrícola Nacional de Goiás. Quatro anos depois, era eleito Vice-Governador do Estado de Goiás, com votação superior à do próprio governador eleito. Por ter sido muito bem votado, era o homem mais indicado para iniciar as construções primárias de Brasília.


No ano de 1955, o Governo Federal providenciou e nomeou uma comissão, presidida por Altamiro Pacheco, e depois por Segismundo Melo, com a participação de Bernardo Sayão e Jofre Parada, para desapropriar, em nome de Goiás, as fazendas que ficavam situadas no Quadrilátero Cruls. Era proprietário da Fazenda do Gama, o Srº Algostinho da Silva.

Um dos primeiros encargos a serem executados no Distrito Federal, foi a construção de dois campos de pouso para aeronaves pequenas, sob a chefia de Bernardo Sayão. Um na Fazenda do Gama, próximo ao local onde existe hoje o Catetinho e outro, a que deu o nome de Vera Cruz, próximo ao Córrego Acampamento, nome dado por ter sido onde acampara a Comissão Cruls, em 1892 e onde Bernardo Sayão armara sua primeira barraca em 1955.

Com a criação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Bernardo Sayão foi um de seus primeiros diretores, juntamente com Israel Pinheiro, Ernesto Silva e Iris Meinberg. Foi nomeado Diretor Executivo.

Pela sua própria figura, atitude e audácia, ninguém seria capaz de contradizê-lo em abrir o picadão da estrada Belém-Brasília em tão pouco tempo, como exigia o presidente Juscelino Kubitschek.

A luta tinha apenas iniciado e o entusiasmo renasceu. Conseguiu cinco equipes de máquinas e partiu para a arrancada, a que seria, talvez, o maior desafio de sua vida e fonte de riqueza e progresso de uma região considerada intransponível.

Morte

No dia 15/01/1959, uma árvore derrubada, na abertura da Belém-Brasília, caíra sobre a barraca onde estava Bernardo Sayão e outro companheiro. Bernardo Sayão foi gravemente ferido.

Ao fim da tarde, depois de muitas dificuldades, chegava ao local o helicóptero usado pelo presidente e pilotado pelo major Tomaz, que dirigiu-se para Açailândia, a localidade mais próxima. Devido à gravidade de seus ferimentos, Bernardo Sayão morreu a caminho, dentro do helicóptero.

No dia 16/01/1959, à noite, trazido de avião, o corpo de Bernardo Sayão chegava a Brasília, onde já o aguardava o presidente Juscelino Kubitschek. Por ironia do destino, Bernardo Sayão também foi o pioneiro do Cemitério da Cidade, hoje Campo da Esperança, que ajudou a construir.

Fonte: WikipédiaInterlegis

Carlos Machado

CARLOS MACHADO
(83 anos)
Ator, Produtor e Diretor de Musicais e Teatro de Revista

☼ Porto Alegre, RS (16/03/1908)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/01/1992)

José Carlos Penafiel Machado, conhecido por Carlos Machado, o Rei da Noite, foi um produtor e diretor de espetáculos musicais nascido em Porto Alegre, RS, no dia 16/03/1908. Era pai da atriz Djenane Machado.

O auge de sua fama ocorreu entre o final da era dos cassinos, em 1946, e a mudança da capital do Rio de Janeiro para Brasília, em 1960. 

Carlos Machado foi produtor de espetáculos musicais no formato de teatro de revista, apreciados pela nata da sociedade da época, entre eles estadistas, políticos, milionários, diplomatas, e onde podia ser encontrado o que de melhor havia entre músicos, cenógrafos, coreógrafos, atores e mulheres bonitas, mais conhecidas como as vedetes de Carlos Machado.

Carlos Machado produziu e dirigiu mais de 150 espetáculos. Seus shows eram realizados na boate Night And Day, no Rio de Janeiro.

Morte

Carlos Machado faleceu no domingo, 05/01/1992, aos 83 anos, vítima de uma hemorragia digestiva, no Rio de Janeiro, RJ.

Carlos Machado e sua filha Djenane Machado
Produções no Teatro
  • 1950 - Rio, de Janeiro a Janeiro
  • 1952 - A Filha da Tirolesa (com Grande Otelo)
  • 1953 - Esta Vida é um Carnaval
  • 1958 - Mister Samba
  • 1958 - Rio, I Love You
  • 1960 - Festival (com Bibi Ferreira)
  • 1961 - Joãozinho Boa Pinta
  • 1962 - Elas Atacam pelo Telefone
  • 1963 - Chica da Silva 63
  • 1964 - O Teu Cabelo Não Nega
  • 1964 - Samba, Carnaval y Mujer (México)
  • 1964 - Rio, Ciudad Maravillosa (México)
  • 1965 - Rio de 400 Janeiros
  • 1965 - 24 Horas na Vida de uma Vedete
  • 1966 - Holiday 66
  • 1966 - Pussy Pussy Cats
  • 1971 - Ninguém Segura Esse Mocotó
  • 1973 - Hip! Hip! Rio!

Fonte: Wikipédia
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