Hilda Furacão

HILDA MAIA VALENTIM
(83 anos)
Ex Prostituta

* Recife, PE (30/12/1930)
+ Buenos Aires, Argentina (29/12/2014)

Hilda Maia Valentim, também conhecida como Hilda Furacão, foi uma famosa prostituta brasileira. Hilda é a mulher em que o romancista Roberto Drummond inspirou-se para escrever o livro "Hilda Furacão", grande sucesso de vendas, logo após a exibição da minissérie global "Hilda Furacão" (1998).

Nascida no início da década de 30 na cidade de Recife, migrou, muito pequena e com a família, para Belo Horizonte, MG. Na juventude, tornou-se famosa, em seu meio, como a prostituta "Hilda Furacão", nome este, ganho pela sua reputação de mulher de pouca paciência, gerando muitas brigas entre seus clientes e colegas.

Hilda e Paulo Valentim
Frequentando a zona boêmia de Belo Horizonte, mais precisamente no Hotel Maravilhoso, na Rua Guaicurus, conheceu o jogador Paulo Valentim, que nesta época jogava no Atlético Mineiro e com quem se casou, no final da década de 50, transformando-se na senhora Hilda Maia Valentim.

Com Paulo Valentim, morou em Buenos Aires, São Paulo e na Cidade do México, sempre acompanhando o marido, que jogou no Boca Juniors, no São Paulo e no Atlante. Após a aposentadoria de jogador do marido, o casal fixou residência em Buenos Aires, pois Paulo Valentim, quando jogador do Boca Juniors, tornou-se ídolo da torcida.

Hilda ficou viúva de Paulo Valentim em 1984, e, após a morte de seu filho, Ulisses, a mulher, que foi a primeira-dama da zona mineira e também a primeira dama da torcida do Boca Juniors, foi morar em um asilo no bairro Barracas, em Buenos Aires.

No Asilo

"A Hilda Furacão, onde ela estiver…"

Essa é a última das muitas dedicatórias que Roberto Drummond faz no livro "Hilda Furacão" (1991, Geração Editorial). Pois a verdadeira personagem, viúva do jogador de futebol Paulo Valentim, ídolo do Atlético, Botafogo, Boca Juniors - jogou ainda no Atlante (México) -,  em seus últimos dias de vida, solitária, morava em um asilo, o Hogar Drº Guillermo Rawson, no bairro Jujuy, em Buenos Aires, Argentina. Quem pagava as despesas era o município portenho.

Não havia mais o glamour e o luxo dos tempos dourados na capital argentina, nem resquícios da vida na zona boêmia de Belo Horizonte, que a tornou famosa nos anos 50. A realidade da mulher, que na obra de ficção de um dos maiores escritores mineiros se chamava Hilda Gualtieri von Echveger, é outra, completamente diferente da personagem da literatura. Ela, aliás, nunca frequentou o Minas Tênis Clube. Nem sequer sabe onde ficava.

Da cama para a cadeira de rodas. Empurrada por enfermeiros, rumo a uma sala-refeitório onde havia uma TV. Lá ela passava a manhã e almoçava, lanchava e jantava. No avançar das horas, a volta para a cama. Na cabeceira, sobre uma espécie de criado-mudo - um pequeno armário do tipo comum a hospitais -, um velho caderno grande, preto, de capa dura. Dentro, recortes da vida passada, do grande amor, o atacante e goleador Paulo Valentim. Vez ou outra, antes de dormir, ela dava uma folheada. Relembrava os bons tempos, os momentos românticos. Essa era a rotina diária da octogenária Hilda Furacão ou Hilda Maia Valentim, revelada com exclusividade pelo Estado de Minas.

Pode-se dizer que foi um lance de sorte Hilda ver, de repente, em seu caminho, uma brasileira, a capixaba Marisa Barcellos, assistente social do Hogar Drº Guillermo Rawson, que antes trabalhou na rua ajudando os sem-teto. Um dia, Marisa recebeu o relato de que uma mulher estava se recuperando de uma queda, num hospital municipal, sem apoio e sem ter para onde ir. Entrou em ação a assistente social. Foi à paciente e recolheu os documentos que estavam à mão para começar a ajudá-la: uma carteira de identidade requerida em Recife e uma autorização, em espanhol, que lhe permite viver na Argentina. Só.

A assistente chegou à história de Hilda e se surpreendeu com o passado da mulher, que foi famosa em Buenos Aires, personagem de reportagens em jornais e revistas. Era tratada como primeira-dama do Boca Juniors, mulher de um dos maiores astros do clube, apontado como um dos principais responsáveis pelos títulos de campeão argentino nos anos de 1962 e 1964. Uma dama que conheceu o luxo vivia agora na miséria, de favores. Antes de ser recolhida ao asilo, Hilda morava com a ex-companheira de um dos filhos que teve com Paulo Valentim, Ulisses, que morreu em 2013.


É na sala de TV e refeições que Hilda recebeu o Estado de Minas para, em um dos momentos de lucidez, contou que viveu uma vida de luxo, falou de venturas e desventuras.

"Com o Paulo, conheci 25 países. Onde o Boca jogava eu estava. Ele era o único que tinha permissão para levar a mulher. Eu ia a todos os lugares. O Jose Armando foi presidente do Boca e gostava muito do Paulinho e por isso eu era a única a viajar."

Hilda forçou a memória e voltou aos tempos de adolescência e a Belo Horizonte. Contou que chegou muito nova à capital mineira com o pai, José, a mãe, Joana Silva, e quatro irmãos. Isso, no entanto, não foi possível confirmar, pois ela pareceu confusa. Voltou a falar da união com Paulo Valentim. Viu uma foto dela, tirada logo depois do casamento com o jogador, e disse: "Estava embarazada (grávida)".

A foto pertencia ao falecido jornalista mineiro Jáder de Oliveira, que chegou a morar em Buenos Aires, vizinho do casal. Foi feita no apartamento onde HildaPaulo Valentim moravam. O comentário de Hilda surpreendeu, pois na época o casal já tinha um filho: Ulisses. Seria, então, o segundo filho? Uma foto confirma que eles tiveram dois e o mais novo teria morrido e foi enterrado na capital argentina. Desde então, ela evitava tocar no assunto. Quando percebeu que falou o que não pretendia, disfarçou.

Na verdade, Hilda criou algumas fantasias que a ajudaram a esconder o que considerava ruim na vida, como a história do segundo filho. A outra fantasia é para esconder a vida que levava em Belo Horizonte. Os tempos da zona boêmia, do Hotel Maravilhoso, na Rua Guaicurus, não existem na memória dela.

"O meu apelido, de Furacão, é antigo, porque eu era brigona. Se mexessem comigo estourava, discutia, queria bater. Sou assim desde pequena."

De repente, entrou na sala de TV e refeitório Jose Francisco Lallane, de 80 anos, um torcedor do Boca Juniors, que também vive no Hogar Drº Guillermo Rawson. Ela estava sentada onde gostava: bem perto da telinha. Da porta, avistou Hilda e gritou: "Tim, Tim, Tim, gol de Valentim". Esse era o canto da torcida para reverenciar o ídolo dos anos 60. Jose caminhou em direção a Hilda, ainda cantando. Ela sorriu. Ele pegou a mão dela e a beijou. Então, começou a falar de Paulo Valentim

"Era um craque. Era demais. Não passava jogo sem fazer gol. Uma vez, o Carrizo, goleiro do River Plate, já havia levado um gol de falta dele. Então, houve uma segunda falta e, antes que ele batesse e fizesse o segundo gol, Carrizo fingiu estar machucado e pediu substituição."

Hilda sorriu, estava feliz porque falavam do marido, um dos orgulhos de sua vida.

Morte

Hilda Furacão morreu em 29/12/2014. Ela sofria de problemas respiratórios e renais, mas morreu de morte natural, segundo a assistente social do asilo em que viveu seus últimos dias.

Fonte: Wikipédia, Correio BrasilienseCaio Rocha Ribeiro
Indicação: Miguel Sampaio

Hugo Della Santa

HUGO DELLA SANTA
(36 anos)
Ator

* Capivari, SP (1952)
+ São Paulo, SP (26/03/1988)

Hugo Della Santa foi um ator nascido na cidade de Capivari, SP, em 1952. Estreou no cinema e na televisão, no final da década de 70, e participou de três novelas, "Os Adolescentes" (1981), "Ninho da Serpente" (1982) e "Os Imigrantes: Terceira Geração" (1982), todas em papéis de destaque, na TV Bandeirantes.

No cinema, atuou em cinco filmes, sendo eles, "Paula, a História de Uma Subversiva" e "Filhos e Amantes", ambos de de Francisco Ramalho Jr., "A Próxima Vítima", de João Batista de Andrade, "Jeitosa, Um Assunto Muito Particular", de Nello De Rossi, e "Romance", de Sérgio Bianchi.

No teatro, em 1985, recebeu o Prêmio Governador do Estado pela sua atuação em "Um Beijo, Um Abraço, Um Aperto de Mão", de Naum Alves de Souza.


Hugo Della Santa foi responsável pela adaptação do romance "Giovanni", do autor americano James Baldwin, para o teatro, onde também atuou como ator, ao lado de Caíque Ferreira, com quem morava na época, grande sucesso de público em 1986, no Teatro Bixiga, em São Paulo, e, posteriormente, em diversas cidades do País.

Atuou na polêmica montagem de "Nossa Senhora das Flores", de Jean Genet, dirigida por Maurício Abud, em 1985.

Seu último trabalho foi em 1988 na montagem de "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, com direção de Marcio Aurélio, no Teatro Anchieta, numa montagem do grupo Pessoal do Victor.

Hugo Della Santa teve uma carreira muito rápida, interrompida por sua morte em 1988, aos 36 anos, vítima da AIDS. Morreu no Hospital Albert Einsten, em São Paulo, e segundo o atestado de óbito do ator, ele morreu vítima de anemia aplástica, uma doença que afeta as plaquetas do sangue.

O ator foi homenageado pela prefeitura de São Paulo, que deu seu nome a uma rua no bairro de Cidade Tiradentes.

Caíque Ferreira com Hugo Della Santa
Cinema
  • 1988 - Romance ... André
  • 1984 - Jeitosa, Um Assunto Muito Particular
  • 1983 - A Próxima Vítima
  • 1981 - Filhos e Amantes
  • 1979 - Paula, A História de uma Subversiva


Televisão
  • 1982 - Os Imigrantes: Terceira geração
  • 1982 - Ninho da Serpente
  • 1981 - Os Adolescentes ... Liminha

João Cabral de Melo Neto

JOÃO CABRAL DE MELO NETO
(79 anos)
Poeta e Diplomata

* Recife, PE (09/01/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/10/1999)

João Cabral de Melo Neto foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.

Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre, João Cabral foi amigo do pintor Joan Miró e do poeta Joan Brossa. Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, foi agraciado com vários prêmios literários. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.

Foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve os filhos Rodrigo, Inez, Luiz, Isabel e João. Casou-se em segundas núpcias, em 1986, com a poetisa Marly de Oliveira.

Sobre Sua Obra

Na poesia de João Cabral de Melo Neto percebem-se algumas dualidades antitéticas, trabalhadas com um certo barroquismo e à exaustão. Entre espaço e tempo, entre o dentro e o fora, entre o maciço e o não-maciço, entre o masculino e o feminino, entre o Nordeste desértico e a Andaluzia fértil, ou entre a Caatinga desértica e o úmido Pernambuco. É uma poesia que causa algum estranhamento a quem espera uma poesia emotiva, pois seu trabalho é basicamente cerebral e "sensacionista", buscando uma poesia construtivista e comunicativa, objetiva.

Embora exista uma tendência surrealista em seus poemas, principalmente nos iniciais, como em "Pedra do Sono", buscando uma poesia que fosse também expressiva, João Cabral de Melo Neto não precisa recorrer ao pathos (paixão) para criar uma atmosfera poética, fugindo de qualquer tendência romântica, mas busca uma construção elaborada e pensada da linguagem e do dizer da sua poesia, transformando toda a percepção em imagem de algo concreto e relacionado aos sentidos, principalmente ao do tato, como pode-se perceber bem em "Uma Faca Só Lâmina". Neste poema, João Cabral de Melo Neto apresenta a imagem da faca através da sensação de vazio que a facada deixa na carne, contrastando com a própria faca sólida que a corta.

Algumas palavras são usadas sistematicamente na poesia deste autor: cana, pedra, osso, esqueleto, dente, gume, navalha, faca, foice, lâmina, cortar, esfolado, baía, relógio, seco, mineral, deserto, asséptico, vazio, fome. Coisas sólidas e sensações táteis: uma poesia do concreto.

Pedra do Sono

Primeiro livro de poemas de João Cabral de Melo Neto, "Pedra do Sono" é uma seleção de poemas com forte teor surrealista. Dentre os temas principais estão a descrição de estados oníricos, "lunares", revelando o interesse do jovem João Cabral pelos estados fronteiriços entre o sono e a vigília. "Pedra do Sono" foi mais tarde criticado por pelo próprio. Abandonando lentamente os elementos imagéticos simbolistas e surrealistas, João Cabral de Melo Neto várias vezes expressou a importância na poesia de apresentar a imagem, em lugar de sugerir atmosferas. Ora, em "Pedra do Sono" as atmosferas são importantíssimas. As atmosferas nebulosas, meditativas, muitas das quais em lugares enclausurados não estavam em desconexão com a literatura de seu tempo e de romances anteriores algumas das quais sobreviveram da obra posterior do autor, assim como de poemas que buscam pintar o efeito delirante de uma contemplação. Anos mais tarde, João Cabral de Melo Neto criticará sua tendência nesse livro de pintar atmosferas, em lugar de falar diretamente. Essa tendência continuará em parte em seu segundo livro, "Os Três Mal-Amados". Nessa obra João Cabral de Melo Neto coloca três personagens a falar, cada um representando um estado diverso de apreensão do mundo.

Acusado de Comunista

Em 1952, quando o Partido Comunista Brasileiro estava na ilegalidade, João Cabral de Melo Neto foi acusado de criar uma "célula comunista" no Ministério de Relações Exteriores junto com mais quatro diplomatas, Antônio Houaiss, Amaury Banhos Porto de Oliveira, Jatyr de Almeida Rodrigues e Paulo Cotrim Rodrigues Pereira, sendo todos afastados do Itamaraty por Getúlio Vargas em despacho de 20/03/1953 e conseguiram retornar ao serviço em 1954 após recorrerem ao Supremo Tribunal Federal. Ele é um dos autores que leva o surrealismo a seus poemas, conhecido também como pai, mestre, grande apócrifo da literatura pré moderna.

No Supremo Tribunal Federal, João Cabral de Melo Neto foi defendido pelo advogado José Guimarães Menegale, que afirmou:

"Antes de recapitularmos, para arrematar estas razões, que a gravidade da espécie alongou, consignaremos, afinal, esta afirmação enfática e definitiva: JOÃO CABRAL DE MELO NETO não professa a ideologia comunista. Repele a acusação, não em som de ultraje pessoal, mas por figurar torpeza, com que a vilania dos intrigantes interesseiros o quer enlear, ferir e prejudicar na carreira que abraçou e em que já prestara ao Brasil os serviços de sua viva inteligência, de sua cultura política e artística, de seu singelo e fecundo patriotismo. Nem por atos anteriores à punição, nem por manifestação subseqüentes poderão inquiná-lo de tal."

Academia Brasileira de Letras

João Cabral de Melo Neto foi eleito membro da academia em 15 de agosto de 1968, e empossado em 6 de maio de 1969, recebido por Múcio Leão. Ocupou a cadeira 37, antes ocupada pelo jornalista Assis Chateaubriand com uma importância grande na Literatura Brasileira.

Obras
  • 1942 - Pedra do Sono
  • 1943 - Os Três Mal-Amados
  • 1945 - O Engenheiro
  • 1947 - Psicologia da Composição Com a Fábula de Anfion e Antiode
  • 1950 - O Cão Sem Plumas
  • 1954 - O Rio ou Relação da Viagem Que Faz o Capibaribe de Sua Nascente à Cidade do Recife
  • 1955 - Morte e Vida Severina
  • 1960 - Dois Parlamentos
  • 1960 - Quaderna
  • 1966 - A Educação Pela Pedra
  • 1975 - Museu de Tudo
  • 1980 - A Escola das Facas
  • 1984 - Auto do Frade
  • 1985 - Agrestes
  • 1987 - Crime na Calle Relator
  • 1990 - Primeiros Poemas
  • 1990 - Sevilha Andando
  • 1999 - Tecendo a Manhã


Prêmios
  • 1990 - Prêmio Camões
  • 1992 - Neustadt International Prize For Literature
  • 1994 - Premio Reina Sofía de Poesía Iberoamericana


Curiosidades

  • Estranhamente, João Cabral de Melo Neto escreveu um poema sobre a aspirina, que tomava regularmente, chamando-a de "Sol", de "Luz"… De fato, desde sua juventude João Cabral tomava de três a dez aspirinas por dia. Em entrevista à TV Cultura, certa vez, ele contava que boa parte da inspiração (inspiração sempre cerebral) provinha da aspirina, que a aspirina o salvava da nulidade!
  • João Cabral de Melo Neto não compareceu a nenhuma reunião da Academia Pernambucana de Letras como acadêmico, nem mesmo a sua posse.

Fonte: Wikipédia

Lasar Segall

LASAR SEGALL
(66 anos)
Pintor, Escultor e Gravurista

* Vilnius, Lituânia (21/07/1891)
+ São Paulo, SP (02/08/1957)

"Tinha somente a convicção de estar enamorado desse país e que a dedicação que eu lhe devotava, era demais profunda e violenta para ser superficial."
(Lasar Segall)

Lasar Segall - em russo, Лазарь Сегал, em lituano, Lozarius Segalas, foi um pintor, escultor e gravurista nascido na Lituânia e naturalizado brasileiro. O trabalho de Segall teve influências do impressionismo, expressionismo e modernismo. Seus temas mais significativos foram representações pictóricas do sofrimento humano: a guerra e a perseguição.

No ano de 1923, aos 32 anos, Lasar Segall mudou-se definitivamente para o Brasil. Já era um artista conhecido. Contudo, foi aqui que, segundo suas próprias palavras, sua arte ficou como o "Milagre da Luz e da Cor". Foi um dos primeiros artistas modernistas a expor no Brasil.

Iniciou seus estudos em 1905, quando entrou para a Academia de Desenho de Vilnius, sua cidade natal. No ano seguinte, mudou-se para Berlim, passando a estudar na Academia Imperial de Berlim, durante cinco anos. Mudou-se, a seguir, para Dresden, estudando na Academia de Belas Artes.

Em fins de 1912, Lasar Segall veio ao Brasil, encontrar-se com seus irmãos, que moravam no país, entre eles a irmã Luba Segall Klabin, que havia se casado com Salomão Klabin e tiveram três filhos: Esther Klabin, Samuel Klabin e Horácio Klabin.

Lasar Segall em seu ateliê
Realizou suas primeiras exposições individuais em São Paulo e em Campinas, em 1913. Pela primeira vez o Brasil vinha a conhecer a arte expressionista europeia. Entretanto a repercussão junto ao público e à crítica foi mínima.

Logo depois ele voltou para à Europa, casando-se, em 1918, com Margarete Quack.

Fundou, com um grupo de artistas, o movimento "Secessão de Dresden", em 1919, realizando, a seguir, diversas exposições na Europa.

Lasar Segall mudou-se para o Brasil em 1923, dedicando-se, além da pintura, às artes decorativas. Criou a decoração do Baile Futurista, no Automóvel Clube de São Paulo, e os murais para o Pavilhão de Arte Moderna de Olívia Guedes Penteado.

Já separado de sua primeira esposa, casou-se em 1925 com Jenny Klabin, filha de Maurício Freeman Klabin, que era irmão de Salomão Klabin, portando Lasar Segall casou-se com a sobrinha do seu cunhado, com quem teve os filhos Maurício Klabin Segall (que se casaria nos anos 50 com a atriz Beatriz de Toledo, posteriormente Beatriz Segall) e Oscar Klabin Segall. Nessa época, passou a viver com a família em Paris, onde se dedicou também à escultura. Suas obras nessa fase remetem à atmosfera familiar e de intimidade. Suas cores fortes procuram expressar as paixões e sofrimentos dos seres humanos. Seus personagens são mulatas, prostitutas e marinheiros. Suas paisagens, favelas e bananeiras. Anos mais tarde dedicou-se à escultura em madeira, pedra e gesso.

Lasar Segall pintando o óleo "Navio de Emigrantes"
Em 1932, Lasar Segall retornou Brasil, vagou por todo tempo, instalando-se em São Paulo na casa projetada pelo arquiteto Gregori Warchavchik, seu concunhado. Essa casa abriga, atualmente, o Museu Lasar Segall. Nesse mesmo ano foi um dos criadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM) na capital paulista.

Sua produção na década de 1930 incluiu uma série de paisagens de Campos do Jordão e retratos da pintora Lucy Citti Ferreira.

Em 1938, Lasar Segall realizou os figurinos para o balé "Sonho de uma Noite de Verão", encenado no Teatro Municipal de São Paulo.

Uma retrospectiva de sua obra no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, foi realizada em 1943. Nesse mesmo ano, foi publicado um álbum com textos de Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Jorge de Lima.

Em 1951, Lasar Segall realizou uma exposição no Museu de Arte de São Paulo. Três anos depois, criou os figurinos e cenários do balé "O Mandarim Maravilhoso".

O Museu Nacional de Arte Moderna preparou uma grande retrospectiva de sua obra em 1957, em Paris. Lasar Segall morreu nesse mesmo ano, vítima de problemas cardíacos, em sua casa, aos 66 anos.

Lasar Segall pintando
O Museu Lasar Segall, idealizado por Jenny Klabin Segall - viúva de Lasar Segall - foi criado como uma associação civil sem fins lucrativos, em 1967, por seus filhos Mauricio e Oscar. Está instalado na antiga residência e ateliê do artista, projetados em 1932, por seu concunhado, o arquiteto de origem russa Gregori Warchavchik que era casado com Mina Klabin, irmã de Jenny Klabin, cunhada de Lasar Segall.

Em 1985, o Museu foi incorporado à Fundação Nacional Pró-Memória, integrou até 2009 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Ministério da Cultura, como unidade especial.

A partir de 2010 converteu-se em uma das unidades museológicas do recém criado Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), do Ministério da Cultura.

Além de seu acervo museológico, o Museu constitui-se como um centro de atividades culturais, oferecendo programas de visitas monitoradas para escolas, cursos e oficinas nas áreas de gravura, fotografia e criação literária, programação de cinema. Abriga a Biblioteca Jenny Klabin Segall, que mantém acervo único nas áreas das Artes do Espetáculo (Cinema, Teatro, Rádio e Televisão, Dança, Ópera e Circo) e de Fotografia. A Biblioteca, ainda, possui a mais completa documentação sobre a vida e a obra de Lasar Segall.

O Museu, como órgão federal, é apoiado pela Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall (ACAMLS), uma sociedade civil sem fins lucrativos, viabilizada pela colaboração de instituições públicas e privadas, além de pessoas físicas que cooperam com o Museu.

Fonte: Wikipédia

Lucy Mafra

Lucy Mafra
(60 anos)
Atriz

* Vassouras, RJ (27/09/1954)
+ Vassouras, RJ (04/12/2014)

Lucy Mafra foi uma atriz brasileira. Iniciou a carreira no teatro de rua e fez sua estreia na TV na novela "Água Viva" (1980). Atuou ainda na minissérie "Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados" (1995), onde viveu Assunta. Foi Candoquinha na "Escolinha do Professor Raimundo", ainda em 1990. No cinema, fez "Eu Matei Lúcio Flávio" (1979) e "Gabriela, Cravo e Canela" (1983).

Na TV Globo Trabalhou por 30 anos, atuando nas novelas "Água Viva" (1980), "Partido Alto" (1984), "Pátria Minha" (1994), "A Próxima Vítima" (1995), "Estrela Guia" (2001) e "O Clone" (2001), onde viveu Valéria. Em "Kubanacan" (2003) foi Nadine e em "América" (2005), Claudete.

Durante as filmagens da novela "América" de Glória Perez, em 2005, Lucy Mafra foi acusada por uma camareira de ter furtado dinheiro da bolsa da atriz Christiane Torloni, em episódio que nunca foi comprovado. Lucy Mafra foi imediatamente demitida da TV Globo sem que houvessem provas e desde então nunca mais conseguiu um papel na TV.

Lucy Mafra certa vez em uma entrevista, disse que sua família sempre nutriu preconceito por ela pela fato de querer viver seu sonho de atriz e não seguir o conselho de arrumar "um emprego de verdade"

"Ela tinha uma certa rixa com essa camareira (que a acusou de furto). Neste dia que sumiu esse dinheiro da Christiane Torloni, a Lucy estava mexendo no armário dela, que ficava embaixo ou em cima do armário de Christiane Torloni. Mas ela não pegou nada. E esse foi o motivo dela ter sido afastada na novela. Colocaram o nome dela na mídia como ladra e isso acabou com sua carreira."

Andréa Mafra ainda conta que a autora de novelas Telma Guedes tinha escalado Lucy Mafra para um papel em "Joia Rara" (2013), mas o projeto não pôde ir para frente.

"Telma Guedes escalou ela, mas não pôde porque o nome dela tinha restrição na Globo."

Lucy Mafra ainda teve um outro episódio triste na vida. Nos anos 70, perdeu um filho afogado na piscina, conforme contou Andréa Mafra.

"Ela tem uma história triste de vida. Tudo começou a ficar ruim quando ela perdeu meu irmão, afogado na piscina, nos anos 70. Ele tinha três anos."

O menino era filho de Fausto Schiavo Mafra Trindade, que morreu em 1980, e também é pai de Andréa Mafra. Aliás, ela tenta na Justiça provar a paternidade.

"Não aceitaram fazer exame de DNA até hoje. A Lucy deixou exumarem meu irmão para comprovar."

Em crise financeira, foi morar com a mãe, em Vassouras, RJ, sua cidade natal, de quem cuidou até agôsto de 2014, quando a mãe morreu. Após o ocorrido e sem forças para recomeçar Lucy Mafra entrou em uma profunda depressão e desde então não conseguia sair de sua casa em Vassouras no Rio de Janeiro, onde era amparada por seus vizinhos.

Lucy Mafra estava afastada da TV desde 2005, quando participou da novela "América". Estava sem dinheiro e exercendo seu ofício apenas no teatro.

A atriz prometeu a sua família que no dia em que sua mãe viesse a falecer jamais pediria ajuda a nenhum parente. Dito e feito. O apelo vem de um primo distante que ficou comovido com a história. 

"É difícil acreditar que com uma família tão grande como a dela, ninguém se preocupe. Acredito que se lhe fosse dada uma oportunidade de voltar a atuar, sua vida poderia recomeçar!"

Após o ocorrido em 2005, Lucy Mafra deu entrevistas em programas como "Superpop", "Sônia Abrão" e "Ratinho". Promessas de um novo emprego lhe foram feitas. Mas, até então, 9 anos depois nenhuma oportunidade apareceu.

Morte

Lucy Mafra morreu na quinta-feira, 04/12/2014, aos 60 anos, após dois meses de internação em um hospital de Vassouras, município do estado do Rio de Janeiro. A atriz foi internada com depressão e, segundo sua enteada, Andréa Neves Schiavo Mafra, estava muito fraca, precisando até de ajuda para se locomover. Na quinta-feira, 27/11/2014, ela foi transferida pela CTI até que, uma semana depois, faleceu vítima de falência múltipla de órgãos, pneumonia, insuficiência respiratória e neoplasia de pulmão.

A atriz desenvolveu um quadro de depressão após o falecimento da mãe, que morreu vítima de câncer em agosto de 2014. Sem filhos e viúva, ela deixou uma enteada, a auxiliar de odontologia Andréa Neves Schiavo Mafra, de 41 anos.

"Ela passou os últimos meses cuidando da mãe em Vassouras, sua terra natal. Quando a mãe dela morreu, ela entrou em depressão, ficou sem se alimentar, sem querer mais viver e ficou muito fraca. Foi internada e passou dois meses no hospital. Nessa última semana ficou com água no pulmão e foi para o CTI. Quinta-feira de tarde, ela piorou e infelizmente me deixou!", contou Andréa, que cuidou dos preparativos do enterro que aconteceu na sexta-feira, 05/12/2014, no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Ainda segundo a enteada, Lucy Mafra passou os últimos anos vivendo da pensão da mãe e de ajuda de amigos. "A vida dela foi muito sofrida. Ela foi muita injustiçada", lamentou Andréa.

Carreira

Televisão
  • 1980 - Água Viva ... Nurse
  • 1984 - Partido Alto ... Andreia
  • 1990 - Escolinha do Professor Raimundo ... Candoquinha
  • 1994 - Pátria Minha ... Denise
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Alcina
  • 1995 - Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados ... Assunta
  • 1996 - Quem é Você? ... Mara
  • 1997 - Por Amor ... Santa
  • 1999 - Sandy & Junior ... Dona Xênia
  • 2000 - Malhação 2000 ... Simone
  • 2001 - Estrela-Guia ... Tânia
  • 2001 - O Clone ... Valeria
  • 2003 - Chocolate Com Pimenta ... Vanusa
  • 2003 - Kubanacan ... Nadine
  • 2005 - América ... Claudete

Cinema
  • 1977 - Os Amores da Pantera
  • 1978 - O Cortiço ... Leoni
  • 1978 - O Gigante da América
  • 1978 - Reformatório das Depravadas
  • 1979 - Eu Matei Lúcio Flávio ... Verinha
  • 1983 - Gabriela, Cravo e Canela ... Sinhazinha


Indicação: Miguel Sampaio

Jorgeh Ramos

JORGEH JOSÉ RAMOS
(73 anos)
Ator, Dublador e Locutor

* Recife, PE (03/02/1941)
+ Porto Alegre, RS (01/12/2014)

Jorgeh José Ramos foi um ator, dublador e locutor brasileiro, nascido em Recife, PE. Começou a carreira no teatro aos 16 anos. Na televisão começou no começo dos anos 60 na TV Jornal do Comercio em Recife, PE, participando de tele-teatros, que eram apresentados ao vivo.

Alguns anos depois foi tentar carreira em São Paulo, aonde permaneceu alguns anos e depois foi para o Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro começou a carreira de locutor a pedido de Carlos De La Riva na Peri Filmes, no qual exerceu a carreira até os dias de hoje.

Uma de suas narrações mais famosas são as narrações feitas para o cinema anunciando os filmes de estréia, no qual ele narra desde o final dos anos 70 até os dias de hoje com a famosa frase: "Sexta, nos cinemas!".

Jorgeh Ramos também foi escritor e diretor de peças teatrais, e atualmente tinha um projeto chamado "Gargarullo", que era aberto para todos os tipos de artes cênicas, com o objetivo de ensinar e profissionalizar quem tinha interesse no assunto. O instituto localiza-se no interior do Rio de Janeiro.

Como dublador começou por volta de 1966 quando foi para São Paulo. Trabalhou na extinta Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo) por 3 anos, quando mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá ele entrou para a TV Cine Som, Peri Filmes e ao mesmo também entrou para direção de dublagem. Entre os locais em que Jorgeh Ramos mais dublou constam também a Herbert Richers e a Tecnisom.

Apesar de Jorgeh Ramos dividir sua vida entre escrever, dirigir peças e locuções, também arrumou tempo para a dublagem, no qual conseguiu atuar tanto na direção quanto na dublagem de personagens.

Entre suas dublagens estão os desenhos como Zé Buscapé em "A Arca do Zé Colméia", Grande Polegar em "Grande Polegar: Detetive Particular", Dom Pixote em "A Arca do Zé Colméia" e "Os Ho-Ho-Límpicos", Robert Hawkins em "Super Choque", Frank Marlon em "Trigun", Jafar em "Aladdin" (Série), Kawara Heitarou em "Samurai Champloo", além de muitos longas-metragens pra Disney como Scar em "O Rei Leão", Psiquiatra em "A Bela e a Fera", narrador dublado originalmente por Roscoe Lee Browne em "Babe, o Porquinho Atrapalhado" e "Babe, o Porquinho Atrapalhado na Cidade", Rothbart em "A Princesa Encantada", Rasputin em "Anastásia", entre tantos outros.

Em filmes fez Peter McCallister interpretado por John Heard em "Esqueceram de Mim I" e "Esqueceram de Mim II - Perdido Em Nova York", Cardeal Richelieu interpretado por Tim Curry em "Os Três Mosqueteiros", Exterminador interpretado por Arnold Scharzenegger na primeira dublagem de "O Exterminador do Futuro", George Banks interpretado por Steve Martin em "O Pai da Noiva", Doutor Sam Litvack interpretado por Steven Gilborn em "Doutor Dolittle", Capitão Patrick Hendry interpretado por Kenneth Tobey em "O Monstro do Ártico", Robert Deguerin interpretado por James Caan em "Queima de Arquivo", Godefroy de Papincourt interpretadopor Jean Reno em "Os Visitantes - Eles Não Nasceram Ontem", Isaak O’Day interpretado por Delroy Lindo em "Romeu Tem Que Morrer", Anthony Bridewell interpretado por Tom Helmore em "A Máquina do Tempo", Frank W. Wead ainda novo interpretado por John Wayne em "Asas de Águia", Jed Clampett interpretado por Jim Varney em "A Família Buscapé", alem de ter feito o ator Gene Hackman em "Julgamento Final", na segunda dublagem de "Sem Saída", entre outros.


Em séries fez a primeira voz do Capitão Benjamin Franklin Pierce "Falcão" interpretado por Alan Alda em "M.A.S.H.", a primeira voz do Senhor John Walton interpretado por Ralph Waite em "Os Waltons", entre outros.

Jorgeh Ramos tinha uma voz muito conhecida tanto nas narrações quanto nos filmes e desenhos. Com esta voz sempre forte e entonada ele marcou gerações. Como um dos grandes profissionais da dublagem no Brasil, Jorgeh Ramos possui uma extensa carreira na dublagem. Muito conhecido, nos últimos anos, por narrar a propaganda de um filme para o cinema, esteve também, por um período curto, no estúdio da Arte Industrial Cinematográfica (AIC São Paulo).

Sua passagem pela AIC data de 1966/1967, onde sempre foi muito requisitado para dublar vilões, cientistas obcecados, etc. É dessa época as suas participações em séries como "Missão Impossível", "Big Valley" e, principalmente, a 2ª temporada de "Viagem Ao Fundo do Mar" onde esteve presente quase em 50% dos episódios. Em todas as suas participações sempre recebia o papel do vilão.

Ao ser lançada no Brasil em dezembro de 1966, a série "Perdidos No Espaço" trouxe um personagem muito diferente: um robô. Uma das maiores sensações da série para a garotada, e Jorgeh Ramos foi escalado para dublá-lo a partir do episódio nº 4, "Terra de Gigantes", indo até o episódio nº 19, "O Fantasma do Espaço", sendo a partir do episódio seguinte, substituído por Amaury Costa. O curioso é que nessa fase de "Perdidos No Espaço", o robô também era meio vilão, uma vez que seguia as ordens do Drº Smith.

Jorgeh Ramos saiu de "Perdidos No Espaço" porque saiu também da AIC, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde participa ativamente como dublador e diretor de dublagem no estúdio TV Cine Som. A série "Os Invasores" reúne, talvez, o maior número de participações, uma vez que o estúdio estava iniciando e possuía um número ainda pequeno de dubladores.

Com o encerramento da TV Cine e Som, Jorgeh Ramos mudou para a Herbert Richers, onde também foi diretor de dublagem e dublou personagens importantes, todos no início da década de 70. São desse período a dublagem de Lee Majoors na série "O Homem de Seis Milhões de Dólares" (primeira voz), assim como a de Ralph White (John Walton) também a primeira voz e diversas participações em filmes e outras séries como, por exemplo, "Columbo".

Os desenhos não ficaram de fora, assim Jorgeh Ramos dublou Dom Pixote em "A Turma de Zé Colméia", "Carangos e Motocas", "Grande Polegar, Detetive Particular", etc.

A partir do final da década de 70, foi convidado a ser o narrador para os traillers dos filmes que seriam exibidos no cinema. Trabalho que ainda realizava.

A dublagem voltou a pedir vilões para os desenhos da Disney. Assim, desde a década de 90 fez diversos, tais como Jafar no desenho "Aladim", e um dos mais inesquecíveis trabalhos, o leão Scar, em "O Rei Leão". Dessa forma, surgiram outros vilões em desenhos para o cinema, como Rasputin em "Anastácia".

Jorgeh Ramos tem mais de 10 mil trailers narrados em português. 

Morte

Jorgeh Ramos faleceu na segunda-feira, 01/12/2014, em Porto Alegre, RS, aos 73 anos. Seu quadro de saúde, que já estava frágil devido a um câncer descoberto há um ano, se agravou com uma pneumonia.

Antes de falecer, ele esperou meses por um transplante de rim em Porto Alegre. Apesar de mal conseguir andar, ele continuava a trabalhar em sua casa.

No Facebook, fãs de Jorgeh Ramos prestaram suas homenagens na página Jorgeh Ramos - A Voz do Cinema.

Indicação: Luiz Carlos (Lucs-DF)