Belchior

ANTÔNIO CARLOS GOMES BELCHIOR FONTENELLE FERNANDES
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Sobral, CE (26/10/1946)
┼ Santa Cruz do Sul, RS (30/04/2017)

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior, foi um cantor e compositor brasileiro nascido em Sobral, CE, no dia 26/10/1946. Belchior foi um dos primeiros cantores de Música Popular Brasileira do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.

Durante sua infância, no Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acácio Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral.

Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Ciências Humanas. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.


De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste.

Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da Música Popular Brasileira, com a canção "Na Hora do Almoço", interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles, para um de seus futuros clássicos, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana.

Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.

Em 1972 Elis Regina gravou sua composição "Mucuripe" (Belchior e Fagner).

Belchior e Luiz Carlos Gomes Sobrinho
Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na gravadora Chantecler.

Em 1976, o segundo, "Alucinação", pela gravadora Polygram, consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como "Velha Roupa Colorida", "Como Nossos Pais", que depois foram regravadas por Elis Regina, e "Apenas Um Rapaz Latino-americano". Outros êxitos incluem "Paralelas", lançada por Vanusa, e "Galos, Noites e Quintais", regravada por Jair Rodrigues.

Em 1979 no LP "Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo" (Warner) gravou "Comentário a Respeito de John", uma homenagem a John Lennon, também gravada pela cantora Bianca.

Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati.

Polêmicas

Em 2005, Belchior abandonou a então mulher Ângela para passar a viver com a Edna Prometheu depois de conhecê-la no ateliê do amigo comum Aldemir Martins. Posteriormente Belchior deixou de fazer shows e abandonado inclusive bens pessoais. Ele vinha enfrentando processos judiciais relacionados a pensões alimentícias de duas filhas e um processo trabalhista. Por causa desses processos Belchior teve contas bancárias bloqueadas e por isso estava impedido de retirar o dinheiro relativo aos direitos de suas músicas. O cantor se encontrava em Porto Alegre, tendo morado em hotéis, casas de fãs e mesmo em uma instituição de caridade.

Em 2009 a TV Globo noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a emissora, o cantor havia sido visto pela última vez em abril de 2009, ao participar de um show do cantor tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu entrevista para o programa Fantástico, da TV Globo. Na entrevista, o cantor revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol.

No ano de 2012 ele novamente desapareceu, juntamente com a sua mulher, de um hotel 4 estrelas na cidade de Artigas, no Uruguai. Deixou para trás uma dívida de diárias e pertences pessoais. Ao ser identificado passeando por Porto Alegre afirmou que as noticias sobre a dívida no Uruguai não seriam verdadeiras.

Morte

Belchior faleceu na noite de sábado, 29/04/2017, em Santa Cruz do Sul, RS, aos 70 anos. Familiares confirmaram o falecimento, entretanto, não informaram a causa da morte. O corpo deve ser trazido para o Ceará ainda hoje, 30/04/2017. O sepultamento deve ocorrer em Sobral, CE.

Em nota, o governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, decretou luto oficial de três dias no Estado e reconheceu a importância de Belchior para a música brasileira:
Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no País, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias. 
Camilo Santana 
Governador do Ceará

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio também divulgou nota de pesar:
A cultura musical cearense e de todo o País, assim como outras expressões das nossas artes, perde uma das suas mais marcantes personalidades. Não há como aferir o tamanho dessa perda que, infelizmente, encerra um longo e grave período de ausência de Belchior entre nós. É hora de nos solidarizarmos com os parentes, amigos e fãs, dentre os quais me incluo, alem de manifestarmos a nossa eterna gratidão por este cearense ter trazido ao mundo uma poesia transcendente em todos os seus aspectos.
Roberto Claudio Rodrigues Bezerra
Prefeito de Fortaleza

A Associação Cearense de Imprensa também se manifestou em nota:
A Associação Cearense de Imprensa (ACI) expressa seu pesar pelo falecimento do cantor e compositor cearense Belchior. Suas canções constituem um legado representativo para a Música Popular Brasileira.

Excertos

"Só há uma coisa que o artista deve sempre fazer: desobedecer. Eu só acredito na dignidade do artista através da rebeldia."
"Quando a moçada pegou a mochila e meteu o pé na estrada, aí por 68, eu já vinha chegando de volta… Eu era pobre, vinha fugindo da escola, desde os 17 anos perambulava como andarilho e poeta apaixonado, dormindo embaixo das estrelas, transando com os cantadores, violeiros e loucos que vagam pela vida."
(Excertos da reportagem "Belchior, 12 anos de Música, Estrada e Rebeldia" - Revista Pop, 12/1975)

"Os artistas estão muito mesquinhos, tímidos, escolhendo lugares para cantar. Mas eu proponho uma ida para além dessas máscaras todas. Com um trabalho simples, direto, sem mistérios, minha preocupação é abrir um espaço em que se possam dizer coisas. O resto é papo furado."
"Não dou importância a essas críticas. São preocupações supérfluas, assim como é o sucesso, essa situação criada pelo público. Para mim, o que mais importa é que aparecendo na televisão, consigo mostrar a minha arte para milhões de pessoas. As pessoas exigem de mim um comportamento de superstar, mas eu prefiro seguir os ensinamentos da estrada."
(Depoimentos na reportagem Belchior: "Não visto máscara de superstar" - Revista Pop, 09/1977)

"Não gosto de músicas ou letras apenas contemplativas, passivas. Eu falo – e devo falar – dos enganos que nós, os jovens, sofremos por ver as nossas esperanças caírem por terra. Assim, não abro mão da agressão. Acho que é preciso fazer um trabalho irreverente e insolente. Caso contrário, vira aquele negócio de música de fundo de restaurante, sabe como é? As pessoas estão comendo e a arte serve apenas de relaxante, entretenimento. Facilitador da digestão."
"Não me interessa, como artista, produzir e criar pensando na eternidade da obra. Eu quero dar toques. Isso é fundamental para mim, pois o homem é o fim e o objetivo de si mesmo. Eternidade não é um dado humano, comum. Aliás, em qualquer nível é uma farsa, uma mentira. Sou contra. Eternidade é o tédio dos deuses, que gostariam de ser mortais. Minha ligação é com a terra."
"O meu disco tem um título que eu gosto, 'Alucinação'. Sabe, viver é mais importante que pensar sobre a vida. É uma forma de delírio absoluto, entende? A alegria, a ironia, a provocação, são tão importantes quanto sorrir, brincar, amar. Acho importante provocar. Um trabalho novo só aparece através da agressividade. Eu estou tranquilo quanto às consequências do meu trabalho. Acho importante que ele cause polêmica. É para desafinar mesmo! Desafinar sempre, que esse é o desafio. Hoje em dia, já não se pode mais criar sem correr riscos. E eu quero enfrenta-los."
"Aos 16 anos, eu não aguentei a barra, saí de casa, tentando buscar uma alternativa… Não vejo mal nenhum em sair por aí, botar o pé na estada. O nordestino tem a alma de emigrante, é uma ave de arribação, como diz Luiz Gonzaga. Agora, quem põe o pé na estrada precisa estar preparado para aguentar a barra. De 1971 até hoje, o negócio não foi fácil. Dormi em muita calçada. Segurei de perto a barra da Lapa (RJ). Senti fome e frio. Fiquei de pires na mão, nas salas de espera das gravadoras."
(Excertos de "Belchior: O que me interessa é amar e mudar” - Entrevista para Eduardo Athayde - Jornal Hit-Pop, 06/1976)

"Optei pelo trabalho, pois não dá para ficar curtindo as mágoas. Sei que nós somos de uma geração de pavor, de medo. Mas eu não curto essa miséria. O negócio é criar, a despeito da dor, da ferida, do machucado. Talvez, por isso, o resultado seja uma arte agressiva – a criatividade é um risco, não dá para criar sem perigo. Mas, mesmo assim, me interesso muito mais pela vida que pela arte, sacou?"
(Excerto da reportagen "Belchior, Sem Medo do Perigo" - Revista Pop, 03/1976)

"Eu não faço música partidária. Eu sou a favor de um recrudescimento das qualidades individuais, diante de qualquer instituição e também da instituição política. Tem governo, eu sou contra. Tem partido, eu sou contra. Eu não quero pertencer a partido, igreja, escola, a nenhum grupo institucional. Se eu pertenço a algum é por estrita obrigação da qual eu não posso fugir. Nós, os homens desse tempo, estamos humilhados pelas injunções do poder. Eu não quero poder nenhum. O poder é corruptor. Por natureza, o poder é avarento."
(Excerto da reportagem "Belchior, Como o Diabo Gosta" - Revista Música, 09/1979)


Discografia

  • 1971 - Na Hora do Almoço (Copacabana - Compacto)
  • 1973 - Sorry, Baby (Copacabana - Compacto)
  • 1974 - Mote e Glosa (Continental - LP/K7)
  • 1976 - Alucinação (Polygram - LP/CD/K7)
  • 1977 - Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Pop Brasil (Warner Music / WEA)
  • 1979 - Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo (Warner - LP/CD/K7)
  • 1980 - Objeto Direto (Warner - LP)
  • 1982 - Paraíso (Warner - LP)
  • 1984 - Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
  • 1986 - Um Show: 10 Anos de Sucesso (Continental - LP)
  • 1987 - Melodrama (Polygram - LP/K7)
  • 1988 - Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7)
  • 1990 - Projeto Fanzine (Polygram - LP/K7)
  • 1991 - Divina Comédia Humana (MoviePlay - CD)
  • 1991 - Acústico (Arlequim Discos - CD)
  • 1993 - Baihuno (MoviePlay - CD)
  • 1995 - Um Concerto Bárbaro - Acústico Ao vivo (Universal Music - CD)
  • 1996 - Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD)
  • 1999 - Autorretrato (BMG - CD)
  • 2002 - Pessoal do Ceará (Continental / Warner - CD)
  • 2008 - Sempre (Som Livre - CD)

Participações Especiais

  • 1979 - Massafeira

#FamososQuePartiram #Belchior

Elisa Silveira

ELISA MARTINS DA SILVEIRA
(89 anos)
Pintora

☼ Teresina, PI (1912)
┼ Rio de Janeiro, RJ (28/04/2001)

Elisa Martins da Silveira foi uma pintora brasileira da Escola Primitiva ou Arte Naïf, nascida em Teresina, PI, no ano de 1912.

Em 1945, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Em 1952, passou a frequentar o Curso Livre de Pintura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio), sendo aluna de Ivan SerpaIvan Serpa que, segundo Ferreira Gullar, buscava experimentar a arte pura, deu à Elisa Silveira total liberdade de expressão para que pudesse desenvolver sua Pintura Naïf.

Ivan Serpa ainda a integrou ao Grupo Frente, em 1954, onde expunha em conjunto com artistas concretos. Essa postura mostra uma liberdade formal do grupo, mesmo possuindo influências construtivistas internacionais. Em uma época em que o abstracionismo era sinônimo de arte moderna, como aconteceu nos anos cinqüenta no Brasil, o grupo dava um passo à frente ao relacionar a modernidade não à forma abstrata, mas sim à atitude do artista. Elisa Silveira foi premiada nas II e III Bienais de São Paulo, mesmo que nestas mostras o abstracionismo predominasse.

Se a arte concreta estava relacionada a uma utopia universalizante do homem, tendo como base a sua racionalidade, acabava também atropelando culturas regionais tradicionais. Nesse sentido, Elisa Silveira resgatou em sua pintura esses elementos populares. Há quem chame sua pintura de inocente, mas estudar o regionalismo em uma época de predominância de uma arte de concepção tecnocrática, não é nada inocente.

Elisa Silveira está representada na coleção do Museu de Arte do Rio (MAR), com uma tela de grande porte, sem título, que participou da II Bienal de São Paulo e de exposições sobre o Grupo Frente. Trata-se de uma doação do Fundo Z.

Elisa Martins da Silveira - "Festa de São João" - Óleo Sobre Tela

Participou, entre outras, das seguintes exposições individuais:
  • 1963 - Retrospectiva "Os Dez Anos de Pintura de Elisa", Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.
  • 1968 - Galeria do Consulado Brasileiro, Munique, Alemanha.
  • 1973 - Retrospectiva "Os Vinte Anos de Pintura de Elisa", Quadrante Galeria de Arte, Rio de Janeiro.
  • 1995 - "Elisa Martins da Silveira: Retrospectiva", Galeria do Instituto Brasil-Estados Unidos, Copacabana e Madureira, Rio de Janeiro.

Participou, entre outras, das seguintes exposições coletivas:
  • 1953 - Feira Internacional de Lausanne, Suíça.
  • 1953 - 2ª Bienal Internacional de São Paulo - Prêmio Carmem Dolores Barbosa.
  • 1955 - 4º Prêmio Lissone, Milão, Itália.
  • 1955 - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo - Prêmio Lãs Santista.
  • 1958 - 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.
  • 1959 - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, Galeria de Arte das Folhas, São Paulo - Prêmio Aquisição em Pintura.
  • 1960 - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, Galeria de Arte das Folhas, São Paulo - Prêmio Aquisição em Pintura.
  • 1962 - National Federation Of Arts, New York, Estados Unidos.
  • 1963 - Academia Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro - Prêmio de Mérito Portinari.
  • 1970 - Naifs Brasileños, Club Pueblo, Madri, Espanha.


Ricardo Câmara

RICARDO CÂMARA DA SILVA
(37 anos)
Ator, Escritor e Modelo

☼ Rio de Janeiro, RJ (12/10/1963)
┼ Rio de Janeiro, RJ (28/04/2001)

Ricardo Câmara da Silva, conhecido como Ricardo Câmara, foi um ator, escritor e modelo brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dias 12/10/1963.

Ricardo Câmara começou a carreira em 1984 quando ganhou o 1º Concurso Garoto de Ipanema. Bonito e com porte atlético, Ricardo Câmara desfilou durante 3 anos nas passarelas de New York, onde trabalhou com Pierre Cardin e Paco Rabanne.

No final da década de 80, dedicou-se a carreira de ator e estudou na Escola de Teatro Dirceu de Matos, lugar de onde também saiu seu grande amigo, o ator Nelson Freitas.

A grande chance de Ricardo Câmara surgiu em 1990, quando interpretou o Dom Juan Serginho na novela "Barriga de Aluguel", de Glória Perez.

Sem ter novas boas chances na televisão, Ricardo Câmara se tornou escritor e dentre seus livros mais conhecidos estão "Janela da Vida", "Amor Espanhol" e "Passo X Realidade". Este último foi uma autobiografia.

Em depressão profunda por não conseguir voltar à televisão, Ricardo Câmara suicidou-se no dia 28/04/2001, com um tiro na boca em seu apartamento no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Carlos Chagas

CARLOS CHAGAS
(79 anos)
Advogado, Professor e Jornalista

☼ Três Pontas, MG (20/05/1937)
┼ Brasília, DF (26/04/2017)

Carlos Chagas foi um advogado, professor e jornalista brasileiro, nascido em Três Pontas, MG, no dia 20/05/1937. Era o pai de Helena Chagas, ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Dilma Rousseff.

Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Carlos Chagas foi professor da Universidade de Brasília (UnB) durante 25 anos.

Iniciou no jornalismo como repórter de O Globo, em 1958. Depois passou pelo O Estado de S. Paulo, onde permaneceu durante 18 anos.

Apresentou o programa "Jogo do Poder", exibido pela CNT e que antes ia ao ar pelas Rede Manchete e RedeTV!. Apresentou também o programa "Falando Francamente".

Além de apresentador, era colunista de 12 jornais onde comentava e criticava a forma com que a imprensa brasileira atuava. Foi comentarista de política do Jornal do SBT em Brasília e na Jovem Pan.

Antônio Paes de Andrade e Carlos Chagas
Atualmente era comentarista do CNT Jornal em Brasília.

Em 29/12/2016, Carlos Chagas participou pela última vez do "Jogo do Poder", já que ele anunciou tanto sua saída da emissora como a aposentadoria da televisão. Na sua despedida estavam entre os convidados sua filha Helena Chagas.

Como escritor Carlos Chagas publicou, entre outros livros, "O Brasil Sem Retoque: 1808-1964", "Carlos Castelo Branco: O Jornalista do Brasil" e "Resistir é Preciso".

Carlos Chagas pertencia à Academia Brasiliense de Letras.

No período da Ditadura Militar, Carlos Chagas foi assessor de imprensa da Pre­si­dência da República no governo do general Costa e Silva, e dessa experiência nasceu o livro "A Ditadura Militar e os Golpes Dentro do Golpe: 1964-1969". Baseado nas suas próprias memórias e nos relatos de outros jornalistas, Carlos Chagas conta os bastidores do golpe de 1964, que tirou o presidente João Gou­lart e pôs o general Castelo Branco no poder.

Caso Sociedade dos Amigos de Plutão

Em 02/09/2006, Carlos Chagas publicou no site da revista "Brasília em Dia" uma notícia sobre a criação de uma Organização Não Governamental (ONG) chamada Sociedade dos Amigos de Plutão. Na notícia, Carlos Chagas divulgou detalhes sobre a suposta ONG apontando número de diretores, valores destinados à organização e uma ligação íntima entre o presidente da ONG, supostamente um ex-líder sindical, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao Partido dos Trabalhadores (PT), e o então presidente Lula.

A notícia em questão gerou grande repercussão dentro e fora da internet, atingindo seu ápice quando o então senador piauiense Heráclito Fortes do então Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM), propôs uma CPI para apurar a suposta criação da ONG.

Carlos Chagas publicou uma retratação no dia 02/10/2006 em sua coluna na Tribuna da Imprensa. Nela, afirmou que tudo aquilo não passava de uma metáfora que, entretanto, não estava devidamente caracterizada.

Carlos Chagas, filha e esposa
Morte

Carlos Chagas faleceu na quarta-feira, 26/04/2017, em Brasília, DF, aos 79 anos. Sua filha Helena Chagas avisou em sua página no Facebook sobre o falecimento do pai.


Lygia Clark

LYGIA PIMENTEL LINS
(67 anos)
Pintora e Escultora

☼ Belo Horizonte, MG (23/10/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (25/04/1988)

Lygia Clark, pseudônimo de Lygia Pimentel Lins, foi uma pintora e escultora brasileira contemporânea que se autointitulava "não artista", nascida em Belo Horizonte, MG, no dia 23/10/1920.

Lygia Clark iniciou seus estudos artísticos em 1947, no Rio de Janeiro, sob a orientação de Roberto Burle Marx e Zélia Salgado.

Em 1950, Lygia Clark viajou a Paris, onde estudou com Arpad Szènes, Dobrinsky e Fernand Léger. Nesse período, a artista dedicou-se à realização de estudos e óleos tendo escadas e desenhos de seus filhos como temas. Após sua primeira exposição individual, no Institut Endoplastique, em Paris, no ano de 1952, a artista retornou ao Rio de Janeiro e expôs no Ministério da Educação e Cultura.

Lygia Clark é uma das fundadoras do Grupo Frente, em 1954: Dedicando-se ao estudo do espaço e da materialidade do ritmo, ela se uniu a Décio Vieira, Rubem Ludolf, Abraham Palatnik, João José da Costa, entre outros, e apresentou as suas "Superfícies Moduladas" (1955-57) e "Planos em Superfície Modulada" (1957-58). Estas séries deslocavam a pintura para longe do espaço claustrofóbico da moldura. É o que Lygia Clark queria como linha-luz, como módulo construtor do plano. Cada figura geométrica projeta-se para além dos limites do suporte, ampliando a extensão de suas áreas. Lygia Clark ainda participou, em 1954, com a série "Composições", da Bienal de Veneza, fato que se repetiu em 1968, quando foi convidada a expor, em sala especial, toda a sua trajetória artística até aquele momento.


Em 1959, integrou a I Exposição de Arte Neoconcreta, assinando o Manifesto Neoconcreto, ao lado de Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Pape, Reynaldo Jardim e Theon SpanudisLygia Clark propôs com a sua obra, que a pintura não se sustenta mais em seu suporte tradicional. Procurou novos vôos.

Nas "Unidades" (1959), moldura e espaço pictórico se confundiram, um invadindo o outro, quando Lygia Clark pintou a moldura da cor da tela. É o que a artista chama de "Linha Orgânica", em 1954: A superfície se expande igualmente sobre a tela, separando um espaço, se reunindo nele e se sustentando como um todo.

As obras querem ganhar o espaço. O trabalho com a pintura resulta na construção do novo suporte para o objeto. Destas novas proposições nascem os "Casulos" (1959). Feitos em metal, o material permite que o plano seja dobrado, assumindo uma busca da tridimensionalidade pelo plano, deixando-o mais próximo do próprio espaço do mundo.

Em 1960, Lygia Clark criou a série "Bichos": Esculturas, feitas em alumínio, possuidoras de dobradiças, que promovem a articulação das diferentes partes que compõem o seu corpo. O espectador, agora transformado em participador, é convidado a descobrir as inúmeras formas que esta estrutura aberta oferece, manipulando as suas peças de metal. Com esta série, Lygia Clark torna-se uma das pioneiras na arte participativa mundial.
Da Série "Bichos"
Em 1961, ganhou o prêmio de melhor escultura nacional na VI Bienal de São Paulo, com os "Bichos".

Lygia Clark deixou de lado a matéria dura (a madeira), passou pelo metal flexível dos "Bichos" e chegou à borracha na "Obra Mole" (1964). A transferência de poder, do artista para o propositor, tem um novo estágio em "Caminhando" (1964). Cortar a fita significava, além da questão da poética da transferência, desligar-se da tradição da arte concreta, já que a "Unidade Tripartida" (1948-49), de Max Bill, ícone da herança construtivista no Brasil, era constituída simbolicamente por uma fita de Moebius. Esta fita distorcida na "Obra Mole" agora é recortada no "Caminhando". Era uma situação limite e o início claro de num novo paradigma nas Artes Visuais brasileiras. O objeto não estava mais fora do corpo, mas era o próprio corpo que interessava a Lygia Clark.

A trajetória de Lygia Clark fez dela uma artista atemporal e sem um lugar muito bem definido dentro da História da Arte. Tanto ela quanto sua obra fogem de categorias ou situações em que podemos facilmente embalar. Lygia Clark estabeleceu um vínculo com a vida, e podemos observar este novo estado nos seus "Objetos Sensoriais" (1966-1968": A proposta de utilizar objetos do nosso cotidiano (água, conchas, borracha, sementes), já aponta no trabalho de Lygia Clark, por exemplo, para uma intenção de desvincular o lugar do espectador dentro da instituição de Arte, e aproximá-lo de um estado, onde o mundo se molda, passa a ser constante transformação.

"Contra Relevo" foi arrematada em 2013, em New York, por US$ 2,2 milhões (R$ 4,5 milhões)
Em 1968 apresentou, pela primeira vez, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), "A Casa é o Corpo", uma instalação de oito metros, que permite a passagem das pessoas por seu interior, para que elas tenham a sensação de penetração, ovulação, germinação e expulsão do ser vivo. Nesse mesmo ano, Lygia Clark mudou-se para Paris. O corpo dessexualizado é apresentado na série "Roupa-Corpo-Roupa: O Eu e o Tu" (1967). Um homem e uma mulher vestem pesados uniformes de tecido plastificado e capacetes que encobrem os seus olhos: O homem, veste o macacão da mulher e ela, o do homem. Tateando um ao outro, são encontradas cavidades. Aberturas, na forma de fecho ecler, que possibilitam a exploração tátil, o reconhecimento do corpo: "Os fechos são para mim como cicatrizes do próprio corpo", disse a artista, no seu diário.

Em 1972, foi convidada a ministrar um curso sobre comunicação gestual na Sorbonne. Suas aulas eram verdadeiras experiências coletivas apoiadas na manipulação dos sentidos, transformando estes jovens em objetos de suas próprias sensações. São dessa época as proposições "Arquiteturas Biológicas" (1969), "Rede de Elástico" (1974), "Baba Antropofágica" (1973) e "Relaxação" (1974). Tratam de integrar arte e vida, incorporando a criatividade do outro e dando ao propositor o suporte para que se exprima.


Em 1976, Lygia Clark voltou definitivamente ao Rio de Janeiro. Abandonou, então, as experiências com grupos e iniciou uma nova fase com fins terapêuticos, com uma abordagem individual para cada pessoa, usando os "Objetos Relacionais": Na dualidade destes objetos (leves/pesados, moles/duros, cheios/vazios), Lygia Clark trabalhou o arquivo de memórias dos seus pacientes, os seus medos e fragilidades, através do sensorial. Ela não se limitou apenas ao campo estético, mas sobretudo ao atravessamento de territórios da arte. Lygia Clark deslocou-se para fora do sistema do qual a arte é parte integrante, porque sua atitude incorpora, acima de tudo, um exercício para a vida. Como afirma:

"Se a pessoa, depois de fizer essa série de coisas que eu dou, se ela consegue viver de uma maneira mais livre, usar o corpo de uma maneira mais sensual, se expressar melhor, amar melhor, comer melhor, isso no fundo me interessa muito mais como resultado do que a própria coisa em si que eu proponho a vocês."
(O Mundo de Lygia Clark, 1973, filme dirigido por Eduardo Clark, PLUG Produções)

Em 1981, Lygia Clark diminui paulatinamente o ritmo de suas atividades.

Em 1983 foi publicado, numa edição limitada de 24 exemplares, o "Livro Obra", uma verdadeira obra aberta que acompanha, por meio de textos escritos pela própria artista e de estruturas manipuláveis, a trajetória da obra de Lygia Clark desde as suas primeiras criações até o final de sua fase neoconcreta.

Em 1986, realizou-se, no Paço Imperial do Rio de Janeiro, o IX Salão de Artes Plásticas, com uma sala especial dedicada a Hélio Oiticica e Lygia Clark. A exposição constituiu a única grande retrospectiva dedicada a Lygia Clark ainda em atividade artística.

Lygia Clark faleceu aos 67 anos, vítima de um ataque cardíaco, no Rio de Janeiro, RJ, no dia 25/04/1988.

Homenagens

Em 23/10/2015, em seu 95º aniversário de nascimento, Lygia Clark foi homenageada pelo Google através de um Doodle.

Superfície Modulada nº 4
Recorde de Valores

Em maio de 2013, a obra "Contra Relevo" foi arrematada, em New York, por US$ 2,2 milhões (R$ 4,5 milhões), tornando-se até aquele momento, a obra mas valiosa de um brasileiro vendida num leilão.

Em agosto de 2013, novamente uma obra sua, a "Superfície Modulada nº 4", foi arrematada num leilão na Bolsa de Arte de São Paulo por R$ 5,3 milhões, batendo o recorde e tornando-se ate aquele momento, a obra mas valiosa de um brasileiro vendida num leilão.

Borges de Medeiros

ANTÔNIO AUGUSTO BORGES DE MEDEIROS
(97 anos)
Advogado e Político

☼ Caçapava do Sul, RS (19/11/1863)
┼ Porto Alegre, RS (25/04/1961)

Antônio Augusto Borges de Medeiros foi um advogado e político brasileiro, nascido em Caçapava do Sul, RS, no dia 19/11/1863, tendo sido presidente do Estado do Rio Grande do Sul por 25 anos, durante a República Velha.

Advogado, iniciou seus estudos universitários na Faculdade de Direito de São Paulo em 1881, tomando contato com as idéias positivistas de Augusto Comte e tomando parte ativa no Clube Republicano Acadêmico.

Em 1885, bacharelou-se na Faculdade de Direito de Recife, para onde havia se transferido no ano anterior.

Em seguida, voltou ao seu Estado natal para exercer a advocacia em Cachoeira do Sul. Ali, continuou sua militância política e logo tornou-se o chefe local do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), agremiação liderada por Júlio de Castilhos.

Com a Proclamação da República, em 1889, foi imediatamente nomeado delegado de polícia da cidade e, no ano seguinte, integrou a bancada gaúcha na Assembléia Nacional Constituinte de 1890/1891.

Com a eclosão, no Rio Grande do Sul, da Revolução Federalista em 1893, que pretendia afastar Floriano Peixoto da presidência da República, Borges de Medeiros combateu ao lado das forças legalistas, o que lhe valeu a patente de tenente-coronel do Exército, concedida por Floriano Peixoto.


Em 1898, foi indicado por Júlio de Castilhos para sucedê-lo na chefia do Governo Estadual, cargo para o qual seria reeleito em 1902 ainda por indicação de Júlio de Castilhos. Somente após a morte desse último, em 1903, Borges de Medeiros assumiu de forma definitiva a liderança do partido, que conservaria de forma absoluta por mais de duas décadas.

Seu comando sobre o Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) foi efetivo mesmo durante o tempo em que se afastou do comando do executivo estadual para dedicar-se à agricultura, entre 1908 e 1913. Ao voltar ao governo gaúcho nesse ano, promoveu a estatização de serviços públicos, como o transporte ferroviário e obras portuárias, até então a cargo de companhias internacionais. Ao mesmo tempo, atraía para o estado grandes frigoríficos estrangeiros como Armour e Swift.

Em 1917 reelegeu-se ao governo do Estado.

Em 1922, apoiou a candidatura oposicionista de Nilo Peçanha à presidência da República, lançada pela Reação Republicana, contra Arthur Bernardes, apoiado por mineiros e paulistas. Arthur Bernardes venceu o pleito, mas no Rio Grande do Sul a vitória coube à Reação Republicana por larga diferença. Ainda em 1922, Borges de Medeiros voltou a apresentar seu nome para uma nova reeleição ao governo gaúcho. Dessa vez, porém, a oposição, liderada por Joaquim Francisco de Assis Brasil, apresentou-se mais forte, já que contava com o apoio do Governo Federal comandado por Arthur Bernardes e beneficiava-se com a insatisfação de muitos fazendeiros atingidos pela crise da pecuária, principal atividade econômica do Estado.

Realizado o pleito, Borges de Medeiros obteve a vitória mais uma vez, que, contudo, foi contestada pelos partidários de Joaquim Francisco de Assis Brasil que acabaram recorrendo ao confronto armado, deflagrado em janeiro de 1923. O conflito se estendeu por todo o ano e somente no mês de dezembro as facções em luta chegaram a um acordo, oficializado no Pacto de Pedras Altas. Por esse acordo, a oposição aceitava o novo mandato de Borges de Medeiros que ficava, porém, impossibilitado de buscar uma nova reeleição.

Flôres da Cunha, João Neves da Fontoura, Borges de Medeiros e Raul Pilla
Em 1924, Borges de Medeiros enviou efetivos da Brigada Militar gaúcha para combater o levante tenentista deflagrado, naquele ano, na capital paulista contra Arthur Bernardes. Logo, porém, foi obrigado a enfrentar rebeliões semelhantes em seu próprio estado quando guarnições do Exército localizadas em cidades do interior se sublevaram sob o comando do capitão Luís Carlos Prestes.

Cumprindo o Pacto de Pedras AltasBorges de Medeiros afastou-se do governo gaúcho em 1928. Comandou, entretanto, o processo de sua sucessão, indicando o nome de Getúlio Vargas para substituí-lo.

No decorrer de 1929, as articulações em torno das eleições presidenciais do ano seguinte levaram à ruptura entre mineiros e paulistas que, de acordo com a chamada "política do café com leite", vinham detendo a hegemonia sobre a política nacional nas décadas anteriores. Contrariados pela indicação do paulista Júlio Prestes como candidato situacionista à sucessão do também paulista Washington Luís, os mineiros decidiram articular uma chapa de oposição encabeçada por um gaúcho: Borges de Medeiros ou Getúlio Vargas. O próprio Borges de Medeiros, entretanto, optou pelo nome de Getúlio Vargas.

Formou-se, então, a Aliança Liberal. A campanha eleitoral foi a mais concorrida da República Velha, com grandes comícios sendo realizados em várias capitais brasileiras. Realizado o pleito em março de 1930, Júlio Prestes foi declarado vencedor. Borges de Medeiros pronunciou-se a favor do reconhecimento do resultado, declarando-se contrário qualquer tentativa de questioná-lo pelas armas. Dentro da Aliança Liberal, contudo, ganhavam força os elementos favoráveis a uma solução armada, destacadamente os seus membros mais jovens e os militares oriundos do movimento tenentista da década anterior, que desde a campanha eleitoral haviam, na sua quase totalidade, dado apoio a Getúlio VargasBorges de Medeiros só decidiu apoiar os revolucionários dias antes do movimento contra Washington Luís ser deflagrado.


Com a instalação do Governo Provisório liderado por Getúlio Vargas e a anulação da Constituição de 1891, Borges de Medeiros logo começou a trabalhar para que o país voltasse ao regime constitucional. Nesse sentido, apoiou a Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, articulando, junto com outros líderes gaúchos, um levante no Rio Grande do Sul contra o interventor federal no Estado, Flores da Cunha, que, fiel a Getúlio Vargas, enviara tropas para combater os paulistas. Por conta disso, Borges de Medeiros foi preso, passando a liderança do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR) a Maurício Cardoso.

Anistiado em maio de 1934, em julho do mesmo ano concorreu à presidência da República na eleição indireta realizada pela Assembléia Nacional Constituinte, reunida desde o ano anterior. Nessa ocasião, foi o segundo mais votado com 59 votos contra os 175 dado ao vencedor, Getúlio Vargas. Em seguida, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Na Câmara fez parte das Oposições Coligadas, ou Minoria Parlamentar, bloco de oposição a Getúlio Vargas no Congresso.

Foi cassado em 1937 pelo golpe do Estado Novo, decretado por Getúlio Vargas, mas mesmo assim divulgou manifesto de apoio à nova ordem. Afastou-se, então, da vida política.

Em 1945, foi aclamado como presidente de honra da seção gaúcha da União Democrática Nacional (UDN), mas não retomou a atividade política.

Borges de Medeiros faleceu em Porto Alegre, no dia 25/04/1961, aos 97 anos.

Gil

JOSÉ GILDEIXON CLEMENTE DE PAIVA
(29 anos)
Jogador de Futebol

☼ Santo Antônio, RN (03/09/1987)
┼ La Unión, Colômbia (28/11/2016)

José Gildeixon Clemente de Paiva, mais conhecido como Gil, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como volante, nascido em Santo Antônio, RN, no dia 03/09/1987.

Gil era um menino franzino, desconfiado, mas com um sonho de ser tornar jogador de futebol. Habilidoso, começou a dar os primeiros toques em uma escolinha no município de Nova Cruz, no interior do Rio Grande do Norte. O primeiro treinador foi Valdo Salú, ex-jogador, que tornou-se agente de Gil com o passar dos anos. A primeira "peneira" que participou foi aos 14 anos, onde mostrou que teria um futuro brilhante.

Entre os 15 e os 16 anos, Gil realizou testes para entrar nas categorias de base de três clubes: Sport, CSA e União Recreativa dos Trabalhadores (URT). Sem sucesso nas investidas, quase desistiu do sonho de calçar uma chuteira. Motivado pelo professor, foi levado para mais uma etapa eliminatória na carreira e, desta vez, firmou vínculo no Mogi Mirim. Aos 16 anos, foi destaque na Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 2005, onde ficou por mais três anos.

Aos 19 anos, voltou a Nova Cruz e fez parte da equipe amadora da cidade potiguar em um campeonato com clubes do interior do Rio Grande do Norte.

Em 2008, foi negociado por empréstimo ao Guaratinguetá, e, em seguida, para o Vitória. Nesse período, mudou de agente esportivo e perdeu contato com Valdo Salú.

"Nessa saída dele do Mogi Mirim para o Guaratinguetá, houve um contrato diferente e nós perdemos o contato. Mesmo assim, o acompanhei na carreira e vi a evolução técnica dele, que era um excelente volante!"


Do Guaratinguetá, Gil passou ainda pelo Vitória e Santo André, mas não obteve o sucesso e o rendimento esperado.

Em 2010, foi emprestado para a Ponte Preta, mas também não conseguiu demonstrar o futebol que o marcou no início da carreira.

Negociado com o Coritiba em 2011, Gil teve uma alavancada na carreira. Gil estreou no Coritiba pelo Campeonato Brasileiro, substituindo Tcheco em uma vitória de 3x1 em casa diante do Ceará.

No seu começo no Coritiba não teve muito destaque, ficando na maioria das vezes na reserva ou nem isso, muito em conta do ex-treinador Marcelo Oliveira. Com a chegada de Marquinhos Santos no segundo semestre de 2012, Gil obteve espaço e se tornou titular absoluto da equipe alviverde, sendo de forma direta um dos grandes responsáveis pela arrancada da equipe no segundo turno do Brasileirão.

Esteve em campo com a camisa do Coritiba em 107 jogos. Sem espaço na equipe, foi emprestado a Chapecoense e completou 96 partidas, com cinco gols. Valdo Salú lamenta a perda do amigo, a quem chamava de irmão.

"Era um cara muito simples, humilde, sempre na dele, nunca bebeu e nunca teve vício nenhum. Sempre teve uma boa personalidade. Depois das travadas no início da carreira, conseguiu uma alavancada impressionante. Perdemos um grande amigo, perdi um irmão e Nova Cruz perdeu um grande uma pessoa. A cidade está triste. O pessoal que gosta de futebol está sentindo muito. Os amigos estão inconsoláveis!"

Morte

Gil faleceu aos 29 anos vítima de um acidente aéreo. Ele foi uma das vítimas fatais da queda do Voo 2933 da Lamia, no dia 28/11/2016. A aeronave transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2016.

Além da equipe da Chapecoense, a aeronave também levava 21 jornalistas brasileiros que cobririam a partida contra o Atlético Nacional, comissão técnica, diretoria, convidados e a tripulação da aeronave.

Títulos

Mogi Mirim
  • 2006 - Campeonato Paulista Sub-20

Coritiba
  • 2012 - Campeonato Paranaense
  • 2013 - Campeonato Paranaense

Chapecoense
  • 2016 - Campeonato Catarinense
  • 2016 - Copa Sul-Americana

Gimenez

GUILHERME GIMENEZ DE SOUZA
(21 anos)
Jogador de Futebol

☼ Ribeirão Preto, SP (18/06/1995)
┼ La Unión, Colômbia (28/11/2016)

Guilherme Gimenez de Souza, mais conhecido como Gimenez, foi um jogador de futebol brasileiro que atuou como lateral-direito, nascido em Ribeirão Preto, SP, no dia 18/06/1995.

Gimenez foi um volante rápido e habilidoso, que se aprimorou na lateral-direita, tendo se destacado na Copa Paulista de 2014 pelo Botafogo (SP).

Revelado em 2012 pelo extinto Olé Brasil, clube da sua cidade natal, foi campeão paulista Sub-17. Gimenez passou pelo Comercial (SP) em 2013 e chegou ao Botafogo (SP) em abril de 2014.

Marcou seu único gol da careira como profissional, na vitória contra o São Paulo por 2x0, pelo Campeonato Paulista de 2015. Essa atuação chamou a atenção do Goiás, que contratou o atleta dois meses depois para a disputa do Campeonato Brasileiro.

Permaneceu no Esmeraldino até dezembro de 2015, quando foi contratado pela Chapecoense e se mudou para Santa Catarina com a família. Porém, apesar de jovem, Gimenez nunca escondeu o sonho de voltar à Ribeirão Preto e encerrar suas atividades profissionais.

Gimenez chegou em dezembro a Santa Catarina para começar sua história na Chapecoense. Na época, em entrevista, o jovem falou das suas expectativas no clube de Chapecó.

"Vou honrar o manto da Chape com muita vontade e orgulho. No que depender de mim, trarei muita alegria para a diretoria e torcida!"

No clube, disputou 51 partidas como titular, a última contra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro. Os clubes em que ele jogou nos últimos anos decretaram luto oficial e paralisaram as atividades em homenagem a Gimenez, que deixa a esposa e uma filha de dois anos.

Pela Chapecoense, conquistou o Campeonato Catarinense em campo e a Copa Sul-Americana post-mortem, ambos em 2016.

Era casado com Patricia, com quem teve uma filha, Ana Clara.

Morte

Gimenez faleceu aos 21 anos vítima de um acidente aéreo. Ele foi uma das vítimas fatais da queda do Voo 2933 da Lamia, no dia 28/11/2016. A aeronave transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2016.

Além da equipe da Chapecoense, a aeronave também levava 21 jornalistas brasileiros que cobririam a partida contra o Atlético Nacional, comissão técnica, diretoria, convidados e a tripulação da aeronave.

Títulos

Chapecoense
  • 2016 - Campeonato Catarinense
  • 2016 - Copa Sul-Americana

Filipe Machado

FILIPE JOSÉ MACHADO
(32 anos)
Jogador de Futebol

☼ Gravataí, RS (13/03/1984)
┼ La Unión, Colômbia (28/11/2016)

Filipe José Machado, mais conhecido como Filipe Machado, foi um jogador de futebol brasileiro que atuava como zagueiro, nascido em Gravataí, RS, no dia 13/03/1984.

Filipe Machado foi revelado pelo Internacional e teve uma trajetória de 14 anos no futebol. Com passagens por clubes como Fluminense, Esportivo (RS), CSKA Sofia (Bulgária), Salernitana (Itália), Inter Baku (Azerbaijão) e Al Dhafra (Emirados Àrabes) antes de defender a Chapecoense, o zagueiro era idolatrado no Macaé.

Ele foi um dos destaques do título do Leão na Série C do Campeonato Brasileiro de 2014 e era um dos jogadores mais queridos do clube. Na despedida do time para defender o Saba Qom, do Irã, em 2015, Filipe Machado se emocionou e prometeu retornar ao clube.

"É muito dolorido ter que deixar a cidade, o clube. Mas eu estou aqui como um pai de família, pensando no futuro da minha filha. Quero procurar dar um bom estudo para ela, o melhor para a vida dela... Quero agradecer o carinho que a cidade sempre teve por mim, pela minha família, por estes anos. Dizer que eu vou voltar um dia. É só um até logo. É dolorido ter que deixar amigos, uma cidade que sempre me tratou bem, a minha família!"

Carismático, querido e guerreiro, Filipe Machado era conhecido pela humildade e pelo jeito receptivo e acolhedor com os companheiros de equipe e com os jornalistas. Descontraído, gostava de brincar com tudo - até mesmo com os profissionais da imprensa. Técnico, só utilizava chuteiras pretas por ordem do pai e gostava de ser lembrado como um "zagueiro à moda antiga", que sabia sair jogando. Era visto constantemente nos gramados com a filha Antonella nos braços.

Será lembrado principalmente pelo sorriso largo que carregava.

Morte

Filipe Machado faleceu aos 32 anos vítima de um acidente aéreo. Ele foi uma das vítimas fatais da queda do Voo 2933 da Lamia, no dia 28/11/2016. A aeronave transportava a equipe da Chapecoense para Medellín, onde disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana de 2016.

Além da equipe da Chapecoense, a aeronave também levava 21 jornalistas brasileiros que cobririam a partida contra o Atlético Nacional, comissão técnica, diretoria, convidados e a tripulação da aeronave.

Títulos

Macaé
  • 2014 - Campeonato Brasileiro - Série C

Chapecoense
  • 2016 - Copa Sul-Americana

Jerry Adriani

JAIR ALVES DE SOUZA
(70 anos)
Cantor, Compositor e Ator

☼ São Paulo, SP (29/01/1947)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/04/2017)

Jerry Adriani, nome artístico de Jair Alves de Sousa, foi um cantor, compositor e ator brasileiro nascido no bairro do Brás, em São Paulo, SP, no dia 29/01/1947.

Jair Alves de Souza tornou-se artisticamente conhecido com o nome de Jerry Adriani e iniciou vida como cantor profissional em 1964, com o LP "Italianíssimo". No mesmo ano gravou o LP "Credi a Me".

Em 1965, Jerry Adriani estourou com "Um Grande Amor", primeiro LP gravado em português. Na mesma época, apresentou o programa "Excelsior a Go Go" pela TV Excelsior de São Paulo, em parceria com o comunicador Luiz Aguiar e tinha em seu set nomes como Os Vips, Os Incríveis, Prini Lorez, Cidinha Santos, dentre outros grandes cantores da época.

Comandou, entre 1967 e 1968, na TV Tupi, "A Grande Parada", junto com Neyde Aparecida, Zélia Hoffmann, Betty Faria e Marília Pera, um musical ao vivo que apresentava os grandes nomes da MPB, consagrando-se definitivamente como um dos cantores de maior popularidade em todo o país.

No cinema fez três filmes como ator e cantor, "Essa Gatinha é Minha" (1966), com Pery Ribeiro e Anik Malvil, "Jerry, a Grande Parada" (1967) e "Jerry em Busca do Tesouro" (1967), com Neyde Aparecida e os Pequenos Cantores da Guanabara. Nessa mesma época, final dos anos 60, ganhou o titulo de Cidadão Carioca com o projeto do deputado Índio do Brasil.


Jerry Adriani foi o responsável pela vinda de Raul Seixas para o Rio de Janeiro, de quem se tornou grande amigo ainda em Salvador. Raulzito e Os Panteras, como eram conhecidos, formavam a banda de apoio que tocou com Jerry Adriani durante 3 anos. "Tudo Que é Bom Dura Pouco", "Tarde Demais" e "Doce Doce Amor", foram algumas das músicas de Raul Seixas gravadas por Jerry AdrianiRaul Seixas foi produtor de Jerry Adriani entre 1969 e 1971, até iniciar sua carreira solo.

Na primeira metade da década de 70, Jerry Adriani já um artista consagrado, expandiu seu talento musical para vários países. O cantor gravou discos e fez shows que tiveram grande sucesso em países como Venezuela, Peru, Estados Unidos, México, Canadá, dentre outros.

Em 1975, Jerry Adriani participou do musical no Hotel Nacional, "Brazilian Follies", dirigido por Caribe Rocha, que ficou um ano e meio em cartaz.

Em 1985, lançou pela Polydor o LP "Tempos Felizes", no qual registrou antigos sucessos da Jovem Guarda, entre as quais "Festa de Arromba", "O Bom Rapaz" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno".

Em 1986, gravou, de sua autoria, "Planeta Amor" e "Antes do Adeus", com Cury e "Beijos Medrosos", com Carlos Colla.



No inicio da década de 90, Jerry Adriani gravou um disco que trazia de volta as origens do rock'n roll, "Elvis Vive", um tributo a Elvis Presley do qual sempre foi fã. "Elvis Vive" foi o 24° disco de sua carreira.

O ano de 1994 veio acompanhado de um convite do diretor Cecil Thiré para participar da novela "74.5 Uma Onda No Ar", produzida pela TV Plus e exibida pela Rede Manchete. A novela também foi exibida com grande sucesso em Portugal.

No final de 1995, Jerry Adriani se destacou com expressivo sucesso, no lançamento da coleção com "Os Maiores Sucessos dos 30 Anos da Jovem Guarda", pela gravadora Polygram, como convidado especial, onde foram lançados 5 Cds comemorativos ao movimento, relembrando grandes sucessos como "Broto Legal", "Namoradinha de Um Amigo Meu", "Querida" e "Doce Doce Amor".

Em 1996, lançou o CD "Io", com grandes clássicos da música italiana, produção de Roberto Menescal e arranjos e direção de Luizinho Avelar, disco esse que teve uma grande aceitação no mercado.

Em 1997, participou das trilhas sonoras das novelas "A Indomada" da TV Globo, com a música "Engenho", letra de Aldir Blanc e música de Ricardo Feghalli, e "Zaza Internacional" também da TV Globo, com a música "Con Te Partiró" com participação da cantora Mafalda Minozzi.


Participou em 1998 da gravação de "Mil Faces" um dos temas principais do programa infantil "Vila Esperança" da TV Record, e foi convidado para interpretar "Impossível Acreditar Que Perdi Você" (Márcio Greick) para o projeto de "Sucessos dos Anos 70", lançamento da Polygram.

Lançou pela Indie Records, em 1999, o CD "Forza Sempre" com músicas da Legião Urbana gravado em italiano, que Jerry Adriani considerava como um marco em sua carreira, ultrapassando as 200.000 cópias em número de vendagem.

"Forza Sempre" foi produzido por Carlos Trilha, também produtor de Renato Russo no disco "Equilíbrio Distante". Participaram também do trabalho outros músicos que acompanhavam os shows da Legião Urbana: Fred Nascimento e Jean Fabra também autor de sete versões das músicas para o italiano. As outras três ficaram a cargo do cantor e compositor italiano Gabriele de L’utre.

A canção "Santa Luccia Luntana", interpretada por Jerry Adriani, foi uma das mais executadas na trilha sonora da novela "Terra Nostra" (1999). Música incluída como bonus track no CD "Forza Sempre".

Nos anos de 2000/2001, Jerry Adriani gravou "Tudo Me Lembra Você", mesmo titulo da música de trabalho que também fez parte da trilha sonora da novela "Roda da Vida" (2001) exibida pela TV Record.


Em 2006 participou da trilha sonora da novela "Cidadão Brasileiro" novamente da TV Record, só que agora numa releitura atualizada da música "Jailhouse Rock", conhecida mundialmente na inconfundível voz de Elvis Presley.

Em outubro de 2007, gravou, no Canecão, RJ,  seu primeiro DVD, "Jerry Adriani Acústico Ao Vivo", também lançado em CD em formato acústico, no qual faz releitura de sucessos que se tornaram clássicos de sua carreira, apresentando também canções inéditas. Na ocasião deu entrevista a Tarik de Souza, publicada no Jornal do Brasil, na qual o crítico afirmou ter Jerry Adriani exercido influência no modo de cantar do cantor Renato Russo. Também na ocasião, o Canal Brasil transmitiu, em 4 dias e horários, o show da gravação do DVD/CD na íntegra, com a participação de Fernanda TakaiIvo Pessoa, Tavito e Vinimax.

Em agosto de 2008, apresentou show na Modern Sound, em Copacabana, no Rio de Janeiro, lançando o CD/DVD "Acústico Ao Vivo" e interpretando hits da música pop nacional e internacional, como "Monte Castelo", da Legião Urbana e "As Tears Go By", dos Rolling Stones. O DVD foi gravado em Outubro de 2007, no Canecão, RJ, em parceria com o Canal Brasil. Em outubro de 2008, Jerry Adriani marcou retorno àquela casa em grande show de lançamento.


Em 2011, lançou o CD "Pop, Jerry & Rock", em que dividiu a produção e os arranjos com Reinaldo Arias. O disco homenageou Raul Seixas e Tim Maia na faixa "2012", e fez alusão à música "Rock Around The Clock", sucesso de Bill Haley, na faixa "Rock Around The Time", além de de ter contado com a parceria de Paulo Mendonça em "Fantasia" e "Highway Virtual".

Em 2012, apresentou o show "Jerry Toca Raul & Elvis", no Teatro Rival, no Rio de Janeiro, RJ. Na apresentação, fugiu do estilo da Jovem Guarda que o tornou nacionalmente conhecido, dando espaço ao repertório com músicas como "Are You Lonesome Tonight?", "Kiss Me Quick", "My Way", "Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás", "Medo da Chuva", canção, inclusive, que Raul Seixas compôs para a voz de Jerry Adriani, "Tente Outra Vez" e "Maluco Beleza".

Ainda em 2012, realizou apresentação no programa "Encontro Com Fátima Bernardes", na TV Globo, ao lado de Lafayette e Os Tremendões, Wanderléa, Marcelo Fróes e a banda Del Rey, numa emissão que teve como intenção relembrar a época da Jovem Guarda.

Em 2014 completou 50 anos de carreira com um show com seus maiores sucessos.

Morte

Em 10/04/2017, a família de Jerry Adriani anunciou que ele foi diagnosticado com um câncer e que o tratamento estava sendo iniciado. Não foram divulgados maiores detalhes sobre a doença.
"Jerry Adriani, 70 anos, e família vêm informar aos fãs, familiares amigos e imprensa, que encontra-se em tratamento contra a doença câncer descoberta após uma série de exames, ao longo das últimas semanas após ter dado entrada no hospital em março com um quadro de trombose venosa profunda. Jerry está começando tratamento para controle desta patologia. Pedimos a todos que independentemente de seus credos solicitem força e pronto restabelecimento ao querido amigo e cantor."
Jerry Adriani faleceu às 15h30 de domingo, 23/04/2017, aos 70 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Ele enfrentava um câncer e estava internado no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade. Recentemente, Jerry Adriani havia sofrido uma trombose em uma das pernas.

O corpo de Jerry Adriani foi velado no Cemitério Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio de Janeiro, na manhã de segunda-feira, 24/04/2017. O enterro ocorreu às 17h00, no mesmo cemitério.

Carreira

Discografia
  • 1964 - Italianíssimo
  • 1964 - Credi a Me
  • 1965 - Um Grande Amor
  • 1966 - Devo Tudo a Você
  • 1967 - Vivendo Sem Você
  • 1967 - Dedicado a Você
  • 1968 - Esperando Você
  • 1969 - Jerry Adriani
  • 1970 - Jerry
  • 1971 - Jerry Adriani
  • 1971 - Pensa Em Mim
  • 1972 - Jerry
  • 1973 - Jerry Adriani
  • 1975 - Jerry Adriani
  • 1977 - Jerry Adriani
  • 1980 - Jerry Adriani
  • 1983 - Pra Lembrar de Nós Dois
  • 1985 - Tempos Felizes
  • 1986 - Outra Vez Coração
  • 1988 - Jerry
  • 1989 - Parece Que Foi Ontem
  • 1992 - Doce Aventura
  • 1995 - Elvis Vive
  • 1996 - Rádio Rock Romance
  • 1997 - Io
  • 1999 - Forza Sempre
  • 2000 - Tudo Me Lembra Você
  • 2002 - O Som do Barzinho Italiano
  • 2008 - Jerry Adriani Acústico e Ao Vivo
  • 2011 - Pop, Jerry & Rock
  • 2012 - Família

Outros Lançamentos
  • 1995 - Os 30 Maiores Sucessos da Jovem Guarda
  • 1997 - Trilha Sonora "A Indomada" da TV Globo
  • 2000/2001 - Trilhas sonoras de novelas e regrava músicas do Elvis

Televisão
  • 1994 - 74.5 Uma Onda no Ar ... Roberto
  • 1998 - Programa Mil Faces
  • 2001 - Malhação ... Bruno
  • 2010 - A Grande Família ... Celso Tadeu
  • 2011 - Macho Man ... Oliver
  • 2013 - A Grande Família ... Jerry Adriani

Filmografia
  • Essa Gatinha é Minha
  • Jerry, A Grande Parada
  • Jerry Em Busca Do Tesouro

Premiações
  • Prêmio Sharp - Foi indicado 4 vezes, na categoria Cantor Popular
  • 1989 - LP "Marcas da Vida" - Melhor Cantor
  • 1990 - LP "Elvis Vive" - Melhor Disco e Melhor Cantor
  • 1993 - LP "Doce Aventura" - Melhor Cantor
  • 1995 - LP "Radio Rock Romance" - Melhor Disco e Melhor Cantor

#FamososQuePartiram #JerryAdriani