Bambina Bucci

BAMBINA BUCCI
(88 anos)
Locutora, Rádio-Atriz, Produtora de Programas, Política e Umbandista

☼ Batatais, SP (10/06/1920)
┼ Rio de Janeiro, RJ (07/06/2009)

Banbina Bucci  foi uma locutora, rádio-atriz, produtora de programas, política e umbandista brasileira, descendente de italianos, nascida em Batatais, SP, no dia 10/06/1920.

Viúva de Atila Nunes Pereira, de quem se tornou braço direito e companheira inseparável na década de 40, em 1948 nasceu seu único filho, Átila Nunes Filho, deputado desde 1970, maciçamente votado pelos umbandistas.

Inteligência viva, temperamento nervoso, agitado, Bambina Bucci fez o ginasial no Rio de Janeiro, completou seus estudos na terra bandeirante e diplomou-se na Escola Normal de sua terra natal.

Ingressou no rádio em 1940. Locutora, rádio-atriz, produtora de programas, umbandista convicta e dotada de grande facilidade de escrever, produziu dezenas de preces e poemas, destacando-se "Mensagem da Fé", "Oração do Enfermo", "Prece ao Alto", "Mensagem de Oxalá", "Prece do Cruzeiro das Almas", "Oração à Mãe de Jesus", "Gratidão", "Creio em Deus", "Meditação", "Procura a Tua Luz", "Oração dos Cegos", "Caboclo da Mata", "Sete Penas Brancas", "Mensagem de Lázaro" e "Prece do Presidiário".

A metapsíquica sempre exerceu grande fascínio sobre Bambina Bucci que, possuindo dons extraordinários de vidência-auditiva, prestou bons serviços aos que a procuravam imbuídos de fé. Grande parte de sua vida foi dedicada ao estudo do sobrenatural e dos fundamentos do espiritismo em todas as suas formas, principalmente no que tange ao culto religioso da Umbanda. Seu espírito de curiosidade, entretanto, levou-a a voltar, também, suas atenções ao esoterismo e até mesmo ao agnosticismo, doutrina que declara o absoluto inacessível ao espírito humano.

Vereadora eleita e reeleita por 16 anos para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, autora de dezenas de leis municipais que garantiram a igualdade religiosa, Bambina Bucci produziu e apresentou durante três décadas o "Programa Melodias de Terreiro", o mais antigo programa do rádio brasileiro, hoje produzido e apresentado pelo seu filho, o deputado Átila Nunes Filho e pelo seu neto, Átila Nunes Neto, na Rádio Metropolitana AM 1090, do Rio de Janeiro, podendo ser acessado na primeira rádio web de Umbanda do Brasil: a Rádio Melodias de Terreiro.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #BambinaBucci

Jorginho do Pandeiro

JORGE JOSÉ DA SILVA
(86 anos)
Pandeirista

☼ Rio de Janeiro, RJ (03/12/1930)
┼ Rio de Janeiro, RJ (06/07/2017)

Jorge José da Silva, mais conhecido pelo pseudônimo Jorginho do Pandeiro, foi um pandeirista brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 03/12/1930. Jorginho realizou também atividades como produtor de discos de artistas da Música Popular Brasileira, como Sílvio Caldas, Clara NunesElizeth Cardoso, Chico Buarque e Marisa Monte.

Nascido numa família de músicos, Jorge José da Silva, aos 7 anos, já tocava ao lado do pai, o violonista Caetano José da Silva, e deixou o seu nome marcado na história do choro - mas este viria acompanhado de um novo sobrenome, oriundo do instrumento que começou a tocar aos 7 anos de idade: o pandeiro.

Seu pai sempre recebia em casa os amigos músicos, entre eles Pixinguinha.
"O baile era dentro de casa. Como havia muitos músicos, o pessoal tocava no quarto e dançava na sala!"
(Jorginho, em 2000, entrevista ao Globo)


Lino e Dino, seus irmãos mais velhos, também se tornaram-músicos. O segundo, inclusive, ficou conhecido como Dino 7 Cordas, companheiro de Jorginho no Época de Ouro.
"Apesar de meu pai e meu irmão tocarem violão, sempre gostei mais de pandeiro!"
(Jorginho)

Jorginho iniciou sua trajetória musical aos 14 anos, na Rádio Tamoio, onde se apresentou no conjunto de Ademar Nunes. Depois, se apresentaria também na Rádio Nacional e Rádio Mayrink Veiga.

Ao longo da carreira, cantores como acompanhou Sílvio Caldas, Emilinha Borba, Marlene, Orlando Silva, Beth CarvalhoClara Nunes, Paulinho da Viola, Alcione, Martinho da Vila, Luiz Gonzaga, Cartola e Nelson Cavaquinho.

Além de ter integrado diversas orquestras e conjuntos regionais, Jorginho do Pandeiro participou de gravações históricas de Jacob do Bandolim, o fundador do Época de Ouro, em 1964, lendário grupo no qual ele entrou em 1972, três anos após a morte de Jacob, e que liderou uma espécie de renascimento do choro nos anos 1970. Jorginho continuou no grupo até sua morte.


Tanto o filho, Celso Silva, quanto o neto, Eduardo Silva, de Jorginho, tornaram-se pandeiristas. Aos 13 anos Celso Silva já tocava atabaque com os irmãos, mas a carreira profissional começou em 1976 no conjunto de choro Os Carioquinhas, que tinha entre os integrantes Luciana e Raphael Rabello. Dois anos mais tarde ele fundou, juntamente com amigos e com o irmão Jorge, que toca cavaquinho, o grupo Nó Em Pingo D'Água.

Jorginho foi o produtor, em 1989, do álbum duplo "Há Sempre Um Nome de Mulher", editado pelo Banco do Brasil para a Campanha do Aleitamento Materno, do qual foi vendido 600 mil cópias, na época, ganhando o "Disco de Ouro" o seu criador Ricardo Cravo Albin.

Em dezembro de 2000, comemorou os 70 anos de carreira em dois dias de shows na Sala Funarte do Rio de Janeiro. No show, relembrou antigos sucessos e contou com a participação especial de amigos como Paulinho da Viola, Cristóvão Bastos, Joel Nascimento, Déo Rian, e os grupos Nó Em Pingo D'Água e Época de Ouro.

Morte

Jorginho morreu na quinta-feira, 06/07/2017, aos 86 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de complicações decorrentes de uma infecção urinária.

O sepultamento ocorreu na manhã de sexta-feira, 07/07/2017, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #JorginhoDoPandeiro