Ivonete Miranda

IVONÉTE MIRANDA DA SILVA
(95 anos)
Cantora, Atriz, Locutora, Radialista, Narradora, Apresentadora, Escritora e Poetisa

☼ Recife, PE (02/10/1923)
┼ São Paulo, SP (14/06/2019)

Ivonéte Miranda da Silva, também conhecida por Ivonete Miranda, foi uma cantora, atriz, locutora, radialista, narradora, apresentadora, escritora e poetisa nascida em Recife, PE, no dia 02/10/1923.

Ivonete Miranda estudou em Olinda, num colégio de freiras chamado Academia Santa Gertrudes.

Aos 14 anos foi escolhida através de concurso para cantar em um programa juvenil na Rádio Club de Pernambuco, tendo sido de imediatamente contratada.

Nos programas de calouros, Ivonete Miranda foi descoberta pelo cantor e compositor Fernando Barreto, e logo foi contratada para o casting da Rádio Club de Recife, onde passou a cantar nos programas "Quatro Vidas", dirigido por José Renato e "Hora Azul das Senhoritas", comandado pelo maestro Nelson Ferreira. Em Recife, Ivonete Miranda era chamada de "A Namoradinha do Microfone".


No mesmo ano, o cantor Sílvio Caldas, ao ouvir Ivonete Miranda cantando no rádio exigiu que ela, e somente ela, cantasse com ele em seu show no Teatro Santa Isabel. "Menina, vá para o Rio de Janeiro, pois você já é uma grande estrela", lhe disse Sílvio Caldas.

Tempos depois, Ivonete Miranda foi com sua avó passear no Rio de Janeiro, e cantou no programa do Geraldo Casé, na Rádio Mayrink Veiga. Em seguida veio o convite de AAssis Chateaubriand para cantar nas Emissoras Associadas, tendo sido contratada pela Rádio Tupi e lá permaneceu por muitos anos, onde apresentou seu próprio programa, cujo regional era formado por Fafá LemosLaurindo Almeida e Garoto.

Logo a cantora arrancava elogios de nomes como Francisco Alves, Agustín Lara e Dorival Caymmi. Sua estada, que deveria durar três meses, acabou durando vários anos. Nos microfones cariocas, ganhou de César de Alencar o apelido de "O Pecado Moreno".

O cineasta norte-americano Orson Welles, quando esteve no Brasil, se encantou com sua voz, e fez questão de levar na bagagem um disco de Ivonete Miranda, com a canção "Sempre Você" (Newton Teixeira e Cristovão de Alencar).


Durante a Segunda Guerra Mundial, Ivonete Miranda trabalhou no espetáculo de revista Fora do Eixo (1942), que falava sobre o conflito mundial. Inspirada nas artistas de Hollywood, Ivonete Miranda teve a idéia de vender bônus de guerra, para apoiar as tropas brasileiras na Itália. Ela também fez parte do "Show da Virada" (1943), onde artistas da Tupi e do Cassino da Urca se apresentaram para entreter os soldados brasileiros e norte-americanos no nordeste brasileiro.

Ainda na Rádio Tupi, conheceu o produtor Teófilo de Barros Filho, com quem se casou, passando a assinar Ivonete Miranda de Barros.

Sob direção do marido, atuou no filme "Mãe" (1948), feito na Cinédia. Com o nome de Ivone Martins, Ivonete Miranda aparecia cantando um número musical, escrito por Teófilo.

Em 1946, Ivonete Miranda foi contratada pela Rádio Nacional e depois passou pela rádio Mayrink Veiga.


Em 1949 retornou a Rádio Club de Pernambuco, onde permaneceu pouco tempo, já que Teófilo foi contratado por Assis Chateaubriand para trabalhar na TV Tupi de São Paulo, inaugurada em setembro de 1950.

Aos poucos, Ivonete Miranda foi deixando a carreira, para dedicar-se a família e aos filhos, Denise e Roberto. Mas ela nunca deixou a veia artística, tornando-se compositora e poetisa.

Ivonete Miranda foi uma das pioneiras fundadoras da Pró-TV, associação dos veteranos do rádio e televisão que foi presidida pela atriz Vida Alves.

Ivonete Miranda faleceu na sexta-feira, 14/06/2019, aos 95 anos, de causas naturais (senilidade), em São Paulo, SP.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #IvoneteMiranda

Paulo Pagni

PAULO ANTÔNIO FIGUEIREDO PAGNI
(61 anos)
Baterista

☼ São Paulo, SP (01/06/1958)
┼ Salto, SP (22/06/2019)

Paulo Antônio Figueiredo Pagni, também conhecido como Paulo Pagni, foi um baterista, nascido em São Paulo, SP, no dia 01/06/1958.

Paulo Pagni foi um baterista integrante da banda RPM desde 1984. Também fez parte da formação do grupo P.R5, ex-banda de apoio do cantor Paulo Ricardo.

Filho único do farmacêutico Orestes Pagni e de Dona Aparecida, depois de estudar nos Estados Unidos, voltou ao Brasil e abriu o Planeta Gullis, um estúdio de ensaio para bandas.

Em 1984, foi convidado para integrar o RPMPaulo Pagni foi o último a entrar no RPM. A banda precisava de um baterista, pois sem baterista, não dava pra gravar. Luiz Schiavon lembrou-se então de Paulo Pagni, que havia conhecido quatro anos antes, em uma improvisada jam-session, os dois tocaram juntos umas 2 vezes.

Quando Luiz Schiavon ligou para Paulo Pagni ele nem lembrava mais dele e mesmo assim aceitou o convite de tocar. Era um músico experiente que havia passado algum tempo nos Estados Unidos e de volta ao Brasil montou um estúdio de ensaios, o Planeta Gullis.


Em janeiro de 1985, Paulo Pagni entrou para o RPM como convidado, no meio da gravação do LP. Em março de 1985, a banda voltou a fazer shows e foi em um destes shows, no Noite Carioca, que Ney Matogrosso se interessou pelos garotos que após uma conversa com Manoel Poladian resolveram que o Ney Matogrosso seria o diretor dos shows.

O sucesso, no entanto, causou uma superexposição da banda e os problemas internos começaram a aparecer. Em 1987, Deluqui e Paulo Pagni abandonaram a banda, retornando somente em março de 1988, quando foi lançado o álbum "Quatro Coiotes". Um ano depois, a banda anunciou novamente seu fim.

Em 1993, uma nova tentativa de retorno, sem a formação original, foi frustrada após o lançamento do fraco álbum "RPM".

Em 2002, Paulo Pagni voltou a trabalhar com os parceiros do RPM lançando o single "Vida Real", que foi tema de abertura do programa "Big Brother Brasil" da TV Globo. No final do mesmo ano teve início o trabalho com a MTV para lançamento de um especial do RPM com CD e DVD.

O álbum "MTV RPM 2002", foi gravado ao vivo no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, nos dias 26 e 27 de março 2002. O trabalho vendeu mais de 300 mil cópias do CD e 50 mil cópias do DVD. O ano de 2002 foi repleto de realizações.

RPM
Em 2003, após divergências entre os integrantes, o RPM novamente foi desfeito. Surge então a banda P.R5 que era formada por Paulo Ricardo junto com Paulo Pagni, Jax Molina, Juninho, Paulinho Pessoa e Yann Lao ex- Metrô.

Em 2004 foi lançado o trabalho "Zum Zum" que foi um fracasso de vendas.

Em dezembro de 2007 foi lançado o livro "Revelações Por Minuto", contando a história do RPM de autoria de Marcelo Leite de Moraes com fotos de Rui Mendes.

O tão esperado Box Comemorativo dos 25 anos do RPM foi lançado em julho de 2008, contendo os três CDs da banda, um CD de raridades e um DVD com o show "Rádio Pirata" de 1986 no Anhembi em São Paulo e gravações de programas como Chacrinha, Mixto Quente e Globo Repórter.


Em 2010, a TV Globo produziu o especial "Por Toda a Minha Vida" sobre o RPM. O programa apresentou a trajetória da banda do início até o fim em 1989. Com depoimentos dos próprios músicos e de pessoas ligadas à história da banda, o programa foi um estopim para um novo retorno.

No início de 2011, Paulo Ricardo e Luiz Schiavon já estavam compondo novas canções e ensaiando com Fernando Deluqui e Paulo Pagni. O show que marcou o retorno foi no encerramento da Virada Cultural em São Paulo, no dia 17/04/2011. O lançamento oficial da nova turnê da banda foi no dia 20/05/2011, no Credicard Hall, em São Paulo, apresentando as novas canções e os clássicos dos anos 80.

Já o lançamento do álbum "Elektra" foi no dia 18/11/2011, no Citibank Hall, no Rio de Janeiro. O novo trabalho, trazia um CD duplo com 12 canções inéditas, com destaque para "Dois Olhos Verdes", "Muito Tudo", "Ela é Demais (Pra Mim)" e a regravação de "Ninfa". O CD 2, é composto por sete, das doze canções inéditas, remixadas pelo DJ Joe K.

Morte

Internado em decorrência de uma fibrose pulmonar, no dia 02/06/2019, por causa de uma declaração errada do hospital a mídia nacional divulgou uma falsa morte do músico. Após mais de vinte dias internado, Paulo Pagni faleceu no sábado, 22/06/2019, às 08h40, aos 61 anos, em Salto, SP, vítima de insuficiência respiratória e broncopneumonia.

Paulo Pagni estava internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Camilo, em Salto, SP, desde 14/05/2019. Ele deu entrada na unidade com infecção pulmonar, apresentando dificuldade respiratória e estava recebendo ventilação por traqueostomia. Ele havia sido diagnosticado com fibrose pulmonar.

Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #PauloPagni

Pedrinho Gaúcho

PEDRO ANTÔNIO SIMEÃO
(65 anos)
Jogador de Futebol

☼ Lajeado, RS (04/08/1953)
┼ Porto Alegre, RS (19/06/2019)

Pedro Antônio Simeão, mais conhecido como Pedrinho ou ainda Pedrinho Gaúcho, foi um jogador de futebol que atuava como ponta-direita. Pedrinho Gaúcho jogou em times como o Internacional, Atlético Mineiro, Bangu, América, Vasco da Gama, Coritiba e Avaí.

Nascido em Lajeado, RS, Pedrinho Gaúcho deu seus primeiros passos no futebol com a camisa do Colorado em 1973. Com o passar do tempo, fez parte da geração histórica, ao se sagrar tetracampeão gaúcho e, também, campeão brasileiro no Internacional em 1975 e 1976, ao lado de nomes como Manga, Falcão, Valdomiro e Caçapava. O ponta era uma das opções do técnico Rubens Minelli para o decorrer das partidas.

Depois de uma passagem pelo América - SP, desembarcou em outra equipe que entraria para a história, o Atlético Mineiro. Tendo como companheiros João Leite, Luizinho, Toninho Cerezo, Palhinha e Éder Aleixo, conquistaria um tricampeonato Estadual. Além disto, chegaria à decisão do Campeonato Brasileiro de 1980, perdida para o Flamengo.

Depois de uma passagem pelo Coritiba, Pedrinho Gaúcho chegou ao Vasco e voltou a fazer história. No jogo decisivo do Campeonato Carioca, o ponta cobrou escanteio para a área e, no primeiro pau, Marquinho estufou a rede para garantir o triunfo por 1 x 0 sobre o Flamengo.

Pedrinho Gaúcho ainda tem passagem pelo Bangu e encerrou sua carreira no Avaí. Também fez parte do grupo da Seleção Olímpica do Brasil, que disputou as Olimpíadas de Munique em 1972.

Marcelo, Pedrinho Gaúcho e Dreyfus
Morte

Pedrinho Gaúcho faleceu na quarta-feira, 19/06/2019, aos 65 anos, em Porto Alegre, RS. Ele não resistiu a complicações respiratórias devido a uma pneumonia.

Seu corpo foi velado na quinta-feira, 20/06/2019, entre as 18h00 e 23h00, na capela do Sport Club Internacional.

Pedrinho, primeiro jogador agachado depois do massagista, na Seleção Olímpica de 1972
Títulos

Internacional
  • 1973 - Campeonato Gaúcho
  • 1974 - Campeonato Gaúcho
  • 1975 - Campeonato Gaúcho
  • 1975 - Campeonato Brasileiro
  • 1976 - Campeonato Gaúcho
  • 1976 - Campeonato Brasileiro


Atlético Mineiro
  • 1979 - Campeonato Mineiro
  • 1980 - Campeonato Mineiro
  • 1981 - Campeonato Mineiro


Vasco
  • 1982 - Campeonato Carioca


Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #PedrinhoGaucho

Thalles

THALLES LIMA DE CONCEIÇÃO PENHA
(24 anos)
Jogador de Futebol

☼ São Gonçalo, RJ (18/05/1995)
┼ São Gonçalo, RJ (22/06/2019)

Thalles Lima de Conceição Penha foi um jogador de futebol que atuava como atacante, nascido em São Gonçalo, RJ, no dia 18/05/1995.

Thalles chegou ao Vasco da Gama aos 11 anos e subiu para os profissionais em 2013, aos 17 anos. Pelo clube, fez parte do elenco que sagrou-se bicampeão carioca (2015 e 2016) e fez os dois gols que garantiram o acesso do time para a Série A em 2016, contra o Ceará.

Em 2018, foi emprestado para o Albirex Niigata, do Japão, e no início de 2019 novamente emprestado, desta vez para a Ponte Preta.

Seleção Brasileira Sub-20

Pela seleção brasileira, Thalles fez parte do elenco que foi campeão do Torneio Internacional de Toulon de 2014 e defendeu a seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano de 2015. Titular em quase toda competição, balançou as redes em três oportunidades. O Brasil terminou em quarto na ocasião.

Morte

Thalles faleceu na manhã de sábado, 22/06/2019, aos 24 anos, vítima de um acidente ocorrido na Avenida Almirante Pena Boto, no bairro Monjolos, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, provocado por uma colisão entre duas motos, uma das quais ele dirigia. Além de Thalles, Yuri Sergio Luparelli, de 26 anos, também morreu no acidente. Três pessoas ficaram feridas e foram levadas para o Hospital Estadual Alberto Torres.

A secretaria estadual de Saúde informou, no fim da manhã de 22/06/2019 que Lhorrainy F. Vasconcelos, de 18 anos, e Karolayne C. Almeida, de 19 anos, estão com estado de saúde estável. Kesia Mara Rabello Torres apresentava estado de saúde grave.

Segundo testemunhas, Thalles estaria voltando de um baile funk na comunidade da Cerâmica.

Conquistas

Vasco da Gama
  • 2015 - Campeonato Carioca
  • 2016 - Campeonato Carioca


Seleção Brasileira Sub-20
  • 2014 - Torneio Internacional de Toulon

Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida e Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #Thalles

Rubens Ewald Filho

RUBENS EWALD FILHO
(74 anos)
Jornalista, Crítico de Cinema, Escritor, Apresentador e Diretor Teatral

☼ Santos, SP (07/03/1945)
┼ São Paulo, SP (19/06/2019)

Rubens Ewald Filho foi um jornalista, crítico de cinema, apresentador e diretor teatral nascido em Santos, SP, no dia 07/03/1945.

Formado em jornalismo pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), também cursou Direito, História e Geografia.

Quando criança, pensou em ser diplomata e estudou inglês, francês e italiano. Iniciou sua carreira em 1967, como crítico de filmes no jornal A Tribuna, em São Paulo, onde sempre manteve uma coluna.

Em São Paulo, ingressou no Jornal da Tarde em 1968 e também colaborou com O Estado de S.Paulo e revistas Veja e Nova. Sua coluna sobre os filmes da TV abriu-lhe caminho para escrever um livro "Os Filmes de Hoje na TV" (Global, 1975) e, desde então, é distribuída para vários jornais no País.

Rubens Ewald Filho lecionou na Faculdade de Comunicação da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) na década de 1970.


Sua primeira incursão no mundo das telenovelas foi em 1977 com "Éramos Seis", uma adaptação do livro homônimo de Maria José Dupré, em parceria com Sílvio de Abreu. Transmitida pela extinta TV Tupi, a obra contava a história de uma família comum na época da Revolução Constitucionalista de 1932 e tinha grande elenco, com a participação de atores como Nicette Bruno, Gianfrancesco Guarnieri e Carlos Alberto Riccelli. Em 1994, a obra foi regravada e transmitida pela SBT. Do elenco faziam parte Irene Ravache, Othon Bastos e muitos profissionais de renome. Em 1995, essa produção recebeu dois prêmios: O Troféu Imprensa e APCA, da Associação Paulista dos Críticos de Arte.

Em 1978, estreou na TV Globo com "Gina", outra telenovela baseada em romance homônimo de Maria José Dupré, estrelada por Christiane Torloni, e que contou a história de uma mulher em três fases de sua vida, da juventude à ascensão social como artista plástica.

Na televisão, teve passagens pela TV Cultura, TV Globo, TV Record e Bandeirantes, sempre convidado para comentar ao vivo a entrega anual do Oscar, o prêmio máximo do cinema americano, transmitido para países de todo o mundo.


Na televisão paga, passou pelos canais Showtime, da TVA e, depois, tornou-se diretor de programação e produção da HBO Brasil, além de uma temporada no Telecine.

Em 2009, assumiu a apresentação de um programa ao vivo na ClicTV e inaugurou  seu blog no portal R7.

No rádio, fazia comentários que eram distribuídos por todo o Brasil e para a rádio Jovem Pan, em São Paulo. Atualmente, estava no programa "TNT Mais Filme" e também na TV Bandeirantes, apresentando longas-metragens.

Rubens Ewald Filho publicou vários livros relacionados ao cinema: "Dicionário de Cineastas" (1978), "Vídeo News" (13 edições), "Guia do DVD" (2000), "Os Cem Melhores Filmes do Século 20" (2001), "Cult Movies do Século 20" (2001), "DVD News" (2002), "O Oscar e Eu" (2003), "Guia do DVD 2007: Cinema Com Rubens Ewald Filho" (2007), "O Cinema Vai à Mesa" (2007) e "Bebendo Estrelas" (2008).


Desde 2004 era coordenador da coleção "Aplauso", da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, que já publicou perto de 300 livros. A coleção reúne biografias de artistas, cineastas e dramaturgos, sempre escritas por um escritor convidado. Também inclui roteiros de cinema, peças de teatro e histórias de emissoras de televisão.

Trata-se de um resgate da história cultural do país, também acessível gratuitamente, através de um site criado pela Imprensa Oficial em 2009 e no qual já estão incluídos mais de 250 livros da coleção.

Sem abdicar das demais atividades, se dedicava ainda à direção teatral, em trabalhos "Hamlet-Gasshô", apropriação da peça de William Shakespeare, "Querido Mundo", de Miguel Falabella, e "O Amante de Lady Chatterley", de D. H. Lawrence.

Rubens Ewald Filho trabalhou, raramente, como ator - em "Amor, Estranho Amor" (1982), de Walter Hugo Khouri.

Morte

Rubens Ewald Filho faleceu na quarta-feira, 19/06/2019, aos 74 anos, em São Paulo, SP. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Higienópolis, região central de São Paulo, desde 23 de maio em estado grave, quando sofreu um desmaio num shopping da capital e caiu na escada rolante.

O velório será realizado na quinta-feira, 20/06/2019, na Cinemateca Brasileira, Largo Senador Raul Cardoso, 207 - Vila Clementino, das 7h00 às 15h00. O Sepultamento ocorrerá às 16h00, no Cemitério dos Protestantes, Rua Sergipe, 177 - Consolação.

Trabalhos

Roteirista e Autor

  • 1994 - Éramos Seis
  • 1982 - Iaiá Garcia
  • 1982 - Casa de Pensão
  • 1982 - O Pátio das Donzelas
  • 1981 - A Viuvinha (Teleconto TV Cultura)
  • 1980 - Um Homem Muito Especial
  • 1980 - Drácula, Uma História de Amor
  • 1978 - Gina
  • 1977 - Éramos Seis
  • 1977 - A Árvore dos Sexos
  • 1977 - Elas São do Baralho
Ator

  • 1982 - Amor Estranho Amor
  • 1975 - A Casa das Tentações
  • 1972 - Independência ou Morte
  • 1970 - As Gatinhas
  • 1970 - A Herança
Diretor Teatral

  • O Amante de Lady Chatterley, de D. H. Lawrence, adaptação de Germano Pereira
  • Querido Mundo, de Miguel Falabella
  • Doce Veneno, adaptação do livro "O Doce Veneno do Escorpião", de Bruna Surfistinha.
Escritor

  • 2003 - O Oscar e Eu
Apresentador

  • RedeTV!
  • Rede Bandeirantes
  • Record News
  • TV Cultura

Indicação: Patrícia Veras e Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #RubensEwaldFilho

Wallace Souza

FRANCISCO WALLACE CAVALCANTE DE SOUZA
(51 anos)
Político e Apresentador de Televisão

☼ Manaus, AM (12/08/1958)
┼ São Paulo, SP (27/07/2010)

Francisco Wallace Cavalcante de Souza, mais conhecido como Wallace Souza, foi um político, apresentador de televisão nascido em Manaus, AM, no dia 12/08/1958.

Wallace Souza foi acusado de comandar o crime organizado no Estado do Amazonas, ao assassinar traficantes e viciados em drogas na Grande Manaus para exibir os casos em seu programa de televisão.

Nascido no Estado do Amazonas, Wallace Souza teve outros irmãos, Marlucia, Ulisses (também falecido) Carlos e Fausto Souza.

Wallace Souza ingressou na televisão com o programa Canal Livre na TV Rio Negro, hoje TV Bandeirantes Amazonas, em 1996. O programa mudou de emissora e foi para TV Manaus, hoje TV Em Tempo, com o novo nome Programa Canal Livre. Ao lado dos irmãos, Wallace Souza comandava o programa com casos policiais, mostrando assassinatos, sequestros e operações de repreensão ao tráfico.

Na política, Wallace Souza iniciou em 1996, como candidato a vereador por Manaus, obteve 898 votos e não foi eleito.

Em 1998 candidatou-se a deputado estadual pelo Estado do Amazonas e obteve 51.181 votos pelo Partido Liberal (PL).

Wallace Souza e Moacir Jorge Pereira da Costa, conhecido como Moa
Em 2008, o ex-policial militar Moacir Jorge Pereira da Costa, conhecido como Moa, denunciou que Wallace Souza e seu filho, Raphael Souza, comandavam uma quadrilha de esquadrão da morte e crime organizado no Estado do Amazonas. Em depoimento à polícia, disse que ao menos um assassinato foi cometido de acordo com determinação do deputado e gravado pela equipe de seu programa.

No dia 25/04/2009, a Polícia Civil, que investigava desde 2008 as suspeitas de associação ao tráfico e até assassinato de traficantes adversários para exibição no programa de televisão, entraram na casa do parlamentar e apreenderam grande quantidade de dinheiro e ouro, além de munição.

O filho, Raphael Souza, assumiu ser dono do material e recebeu voz de prisão. A operação foi muito tumultuada, pois Wallace Souza e os irmãos Carlos e Fausto Souza, ao chegarem ao local, tentaram impedir a ação da polícia.

Wallace Souza era investigado pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de drogas, ameaça a testemunhas e porte ilegal de armas. O trio dos irmãos foi logo acusado de associação ao tráfico, mandar matar traficantes adversários apenas para mostrar no programa de televisão para aumentar a audiência e liderarem o crime organizado no Estado do Amazonas.

Em julho de 2009, por determinação do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), Wallace Souza seria investigado por formação de quadrilha, associação ao tráfico de drogas, porte ilegal de armas e determinar a execução de crimes para exibição no programa Canal Livre.

Em 02/08/2009, o programa Fantástico, da TV Globo, através da reportagem feita da afiliada TV Amazonas, mostrou as graves denúncias, comparando ao "Caso Motosserra" do político no Acre Hildebrando Pascoal, com o nome do "Caso Wallace", tornando o caso conhecido mundialmente.

Canal Livre

Canal Livre foi um programa policial amazonense em 1996, ao estilo Programa do Ratinho, cuja apresentação era dividida por Wallace Souza e seus dois irmãos: O deputado federal Carlos Souza (PP) e Fausto Souza, este último era responsável pelas reportagens de rua.

O estúdio do programa era no Olímpico Clube, avenida Constantino Nery, e contava com um espaço para mais de 300 cadeiras. A produção do programa era da produtora Vanessa LimaCarlos Souza e Wallace Souza ganharam visibilidade política através do Canal Livre, que durante muitos anos foi apresentado na TV Rio Negro.

Reportagens de cunho policial, eram a marca registrada do Canal Livre.

Cassação

No dia 01/10/2009, a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) iniciou a sessão de cassação do mandato de Wallace Souza. Vestido de branco e com uma Bíblia nas mãos, Wallace Souza chorou em plena Assembleia Legislativa, recebendo o apoio apenas do deputado Wilson Lisboa, presidente da sessão.

Mesmo assim, deputados da Assembleia Legislativa cassaram o mandato de Wallace Souza, por quebra de decoro parlamentar. Em votação secreta, 16 deputados votaram a favor da perda de mandato. O placar marcou quatro votos contra e três abstenções.

Após o resultado da cassação, Wallace Souza passou mal e foi levado em uma maca a uma audiência na Assembleia Legislativa.

Prisão

Sem foro por prerrogativa de função, por ter o mandato cassado, Wallace Souza teve a prisão preventiva decretada no dia 05/10/2009, por associação ao tráfico. Agentes da Polícia Civil e Federal procuraram o ex-parlamentar por toda cidade de Manaus, chegando a armar barreiras nos portos e aeroportos da capital. Após quatro dias foragido, Wallace Souza se entregou à polícia, em 09/10/2009.

Mesmo sem ter curso superior, Wallace Souza foi levado para uma cela especial no 1º Batalhão da Polícia de Choque, localizado no km 17 da AM 010. A polícia temia pela segurança do acusado.

Após a cassação de Wallace Souza surgiu o caso de Vanessa Lima, ex-produtora do programa Canal Livre. Ela foi denunciada por Patrícia Almeida, irmã do traficante Franquezinho do 40, preso no Mato Grosso do Sul, por manter associação com o tráfico de drogas no Amazonas.

Em 11/11/2009, Vanessa Lima foi ouvida por três horas na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Amazonas. No depoimento, a ex-produtora nega que tenha telefonado para Patrícia Almeida e diz que recebeu ligação da irmã do traficante após a prisão de Raphael Souza, filho do ex-deputado, condenado a 11 anos de prisão por associação ao tráfico.

No mesmo dia, o Ministério Público do Amazonas decretou pedido de prisão preventiva de Vanessa Lima, que foi indiciada por associação ao tráfico de drogas no Estado. Foi presa na tarde de 10/12/2009, também sob acusação de associação para tráfico de drogas.

Internações

Após a cassação, a saúde do ex-deputado Wallace Souza piorou desde então.

A primeira internação foi no dia 02/11/2009. Ele deixou a prisão e foi encaminhado à Beneficente Portuguesa, no centro de Manaus. Com dores no abdômen e no tórax, Wallace Souza ficou internado por três meses e meio, quando recebeu alta no dia 16/02/2010 e voltou para casa, para cumprir prisão em regime domiciliar.

No dia 18/03/2010, com doença crônica no fígado, foi transferido para o Hospital Bandeirantes, em São Paulo.

No dia 11/06/2010, o quadro clínico de Wallace Souza piorou, devido a complicações nos rins e nos pulmões. Wallace Souza deu entrada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), chegando a ficar sob coma induzido e respirando por aparelhos.

Durante todo esse período ele ficou sob guarda de agentes da Polícia Federal. A família de Wallace Souza tentou retirar a escolta policial e até transferi-lo para tratamento em Miami, nos Estados Unidos, mas a Justiça negou os pedidos.

Novas Denúncias

Paralelo a isso, no dia 11/05/2010, a produtora e repórter do Canal Livre, Gisele Vaz, afirmou em depoimento prestado na 2ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecente (2ª VECUTE), que participou de pelo menos uma das reuniões em que Wallace Souza tramava, junto a mais três pessoas, o assassinato da juíza federal Jaiza Fraxe.

No dia 07/07/2010, o juiz responsável pela investigação do "Caso Wallace", Mauro Antony, declarou que o processo estava perto de chegar ao fim. Até aquela data, foram ouvidas 12 réus e testemunhas de defesa. Mauro Antony esperava encerrar o caso em dezembro daquele ano.

Na Mídia

Em 27/08/2018, o canal Space lançou a série "Pacto de Sangue", ficção que se assemelha ao caso que envolve o apresentador ao retratar um jornalista que provoca crimes em busca de audiência para seu programa de televisão. Wallace Souza e o programa Canal Livre também foram retratados no documentário "Bandidos na TV", lançado mundialmente em 31/05/2019 pelo serviço de vídeo sob demanda Netflix, que resume o escândalo criminoso no qual o apresentador esteve envolvido e o processo de cassação do seu mandato como parlamentar.

Morte

Sofrendo de ascite, acumulação anormal de líquido no abdômen, Wallace Souza foi internado em estado grave na UTI do Hospital Bandeirantes, São Paulo, vindo a morrer às 16h00 do dia 27/07/2010 em decorrência de uma parada cardíaca.

O hospital divulgou nota oficial:
"O ex-deputado estadual do Partido Progressista (PP-AM), Francisco Wallace Cavalcante de Souza, 51 anos, internado no Hospital Bandeirantes, em São Paulo desde o dia 18 de março de 2010, faleceu às 16h desta terça-feira (27/7), em decorrência de uma parada cardíaca. O paciente sofria de uma ascite refratária decorrente da Síndrome de Budd Chiari. Os médicos que acompanharam o paciente foram coordenados pelo diretor-clínico Drº Mário Lúcio Alves Baptista Filho."
(Hospital Bandeirantes)

Wallace Souza era casado e deixou três filhos.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #WallaceSouza #BandidosnaTV #PactodeSangue

Belfort Roxo

RAIMUNDO TEIXEIRA BELFORT ROXO
(56 anos)
Engenheiro

☼ São Luís, MA (11/09/1838)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/11/1896)

Raimundo Teixeira Belfort Roxo mais conhecido por engenheiro Belfort Roxo, foi um engenheiro nascido em São Luís, MA, no dia 11/09/1838.

Filho de José Rodrigues Roxo e Maria Rita Teixeira Vieira Belfort, o engenheiro Belfort Roxo teve um papel muito importante durante o período em que foi Inspetor Geral de Obras do Rio de Janeiro. Juntamente com o engenheiro Paulo de Frontin solucionou o problema de escassez de água que sofria o Rio de Janeiro em 1888, no chamado "Episódio da Água em Seis Dias", no verão de 1888.

Belfort Roxo realizou outros importantes trabalhos, como a ampliação e modernização do porto de São Luiz, no Maranhão, a inspeção de obras de construção da Estrada de Ferro Minas - Rio, além de dirigir a Inspetoria Geral de Obras Públicas do Rio de Janeiro.

Foi bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas pela Escola Central, mais tarde denominada Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Como Paulo de Frontin e Pereira Passos, ele foi mandado por Dom Pedro II à Europa, com dinheiro do próprio bolso do monarca, para estudos de especialização.

Belfort Roxo diplomou-se no Instituto dos Engenheiros Civis de Londres e na Escola de Pontes e Calçadas de Paris.

Quando o Império Morreu de Sede
Episódio da Água em Seis Dias

O Episódio da Água em Seis Dias ocorreu no final do Segundo reinado no Brasil, no verão de 1888. Eram dias de calor insuportável na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império, com os termômetros registrando 42° C a população sofria com o abastecimento irregular dos chafarizes.

Os comícios e passeatas eram frequentes e as críticas encontravam voz na imprensa principalmente através dos artigos de Ruy Barbosa no Diário de Notícias. Pressionado, o Imperador Dom Pedro II ordenou a realização de um concurso público para a escolha de um escritório de engenharia que realizasse novas obras de canalização.

O projeto vencedor, dos engenheiros Paulo de Frontin, Belfort Roxo e dos alunos da Escola Politécnica do Rio de Janeiro foi dimensionado para ser realizado em seis dias, ao invés dos seis meses prometidos pelos empreiteiros ao Governo Central, e a um custo bem menor. Na ocasião Paulo de Frontin contava com 29 anos de idade apenas e era considerado muito novo para tal desafio pelos colegas mais velhos.

Apesar das pressões políticas e ameaças de agressão física, o projeto foi realizado no prazo prometido. A água das cachoeiras do Rio Tinguá, na Serra do Comércio, na Baixada Fluminense, chegou à Represa do Barrelão, na cidade do Rio de Janeiro, canalizada em tubulação assentada à margem da linha da Estrada de Ferro Rio d´Ouro.

O volume diário era de 16 milhões de litros. Este sistema de abastecimento foi posteriormente ampliado e abasteceu durante muito tempo o Rio de Janeiro. Com o Plano Diretor de Abastecimento de Água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (PDA -RMRJ), elaborado pelo engenheiro Jorge Paes Rios, para a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (CEDAE), estas captações foram destinadas apenas ao abastecimento da Baixada Fluminense devido a sua enorme expansão demográfica. O engenheiro Paulo de Frontin foi declarado Patrono do Engenharia Brasileira.

Homenagens

No Estado do Rio de Janeiro, a região onde atualmente se situa o município de Belfort Roxo era habitada por índios. Mais tarde ali funcionou um engenho, que depois foi desmembrado em vários outros engenhos.

Em 1888 houve uma grande estiagem na Baixada Fluminense, e um dos homens que ajudou a resolver o problema foi Raimundo Teixeira Belfort Roxo. Como homenagem póstuma, seu nome foi dado à antiga Fazenda do Brejo, por onde passavam os trilhos da Estrada de Ferro Rio d´Ouro e a água encanada que alimentou durante décadas os chafarizes do Rio de Janeiro.

Em 1990 foi instalado o município de Belfort Roxo, que se desmembrou de Nova Iguaçu. Também no Rio de Janeiro, no bairro de Copacabana, seu nome foi dado à Rua Belfort Roxo.

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
#FamososQuePartiram #BelfortRoxo

André Midani

ANDRÉ HAIDAR MIDANI
(86 anos)
Escritor e Executivo da Indústria Fonográfica

☼ Damasco, Síria (25/09/1932)
┼ Rio de Janeiro, RJ (13/06/2019)

André Haidar Midani foi um profissional do mercado fonográfico brasileiro, considerado um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica brasileira dos anos 60 aos 90. Nascido em Damasco, na Síria, no dia 25/09/1932, foi morar na França aos três anos de idade.

Foi criado para ser confeiteiro, porém a carreira profissional de André Midani teve início em 1952, na gravadora Decca, na França. Iniciou na empresa como apontador de estoque, chegando a vendedor, mas destacou-se mesmo posteriormente, numa profissão que ainda não existia, a de descobridor de projetos fonográficos.

Por causa da Guerra da Argélia, André Midani mudou-se para o Brasil em 1955. Um dia após sua chegada ao país, procurando por gravadoras nas Páginas Amarelas, interessou-se pela Odeon Records. Porém, como ainda não tinha fluência no português, tentou se comunicar em inglês com a telefonista, que, confundindo-o com algum funcionário da matriz européia, transferiu sua ligação para a sala da presidência da empresa. Nessa ligação, André Midani acabou conseguindo agendar uma entrevista, que lhe valeu um emprego cujo objetivo era o lançamento do selo Capitol Records no Brasil.

A princípio, seu trabalho era lançar as estrelas internacionais do selo, mas a partir de 1957 começou a se envolver mais com a música nacional, até virar um personagem importante no lançamento da Bossa Nova no país. André Midani rapidamente sentiu que faltavam no país músicas voltadas para jovens, coisa bastante comum na França e nos Estados Unidos, com cantores como Charles Aznavour, Gilbert Bécaud, Juliette Greco, Elvis Presley, Bill Haley, entre outros.

André Midani, 1960
André Midani entrou em contato com a Bossa Nova através do fotógrafo Chico Pereira, que lhe apresentou Carlos Lyra, Roberto Menescal, Nara Leão, Ronaldo Bôscoli, Oscar Castro-Neves, entre outros. Já João Gilberto lhe foi apresentado por Dorival Caymmi.

Nessa época, o maestro Tom Jobim já era conhecido pelos arranjos que fazia para a Rádio Nacional, porém ainda não por suas composições. Rapidamente André Midani identificou que ali estava a música ideal para a juventude brasileira.

O lançamento da Bossa Nova no mercado nacional surgiu da parceria feita com Aloysio Oliveira. Como o próprio André Midani dizia: "Se houve uma hesitação por parte do Aloysio, eu fui talvez o instrumento que tirou a hesitação dele!".

Em 1960, teve problemas com o presidente da Odeon, Bill Morris, que resultaram na sua saída da empresa. Após seu desligamento da gravadora, e com o financiamento da própria Odeon, fundou a Imperial, que vendia discos de porta em porta. A nova empresa de André Midani teve uma boa participação no mercado e chegou até, em determinados momentos, a vender mais discos que a própria Odeon, tendo se estabelecido, posteriormente, em outros países latino-americanos, como Argentina, Venezuela, Peru e México.

Com o grande sucesso da nova empreitada, André Midani ganhou destaque no mercado e acabou convidado a instalar a Capitol no México e, posteriormente, em Los Angeles. Trabalhou na Capitol até 1968, quando foi convidado a exercer a presidência da Philips, atual Universal Music, no Brasil.

André Midani ao lado de Rita Lee em 1972
André Midani recebeu um prazo de três anos para transformar a deficitária Philips numa empresa lucrativa, ou a mesma seria fechada. Quando chegou à empresa, contava com um cast de 155 artistas, que logo foi reduzido para 50, sendo mantidas as principais estrelas do selo, como Elis Regina, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Os Mutantes, Edu Lobo, Ronnie Von, entre outros.

A direção do Departamento de Divulgação, Promoção e Marketing ficou a cargo de Armando Pittigliani, enquanto Roberto Menescal foi convidado a exercer a função de diretor artístico, porque André Midani acreditava ser muito importante ter um músico nessa função.

O nome utilizado para a gravadora foi Phonogram, que posteriormente chamou-se Polygram, atual Universal Music, que na época era constituída pela Philips, dirigida por Roberto Menescal, e pela Polydor, dirigida por Jairo Pires. O cast da companhia foi reforçado por artistas como Maria Bethânia, Vinicius de Moraes, Toquinho, Tim Maia, MPB4, Chico Buarque, Jorge Ben, hoje conhecido como Jorge Ben Jor, Evaldo Braga, Luiz Melodia, Jards Macalé, Raul Seixas, entre outros.

Na década de 1970 um anúncio de duas páginas reunindo todo o elenco da gravadora teve grande destaque, pois nele estava a frase: "Só nos falta o Roberto... Mas também ninguém é perfeito!", referindo-se a Roberto Carlos, artista do selo CBS. 

Wander Taffo, André Midani e Roger
André Midani ficou na presidência da empresa até 1976, quando foi convidado por Nesuhi Ertegün para montar a Warner no Brasil. A gravadora começou a operar com 3% do mercado brasileiro. Após contratar para seu cast artistas como Elis ReginaTom Jobim, Gilberto Gil, Belchior, Hermeto Pascoal, João Gilberto, Paulinho da Viola, Ney MatogrossoRaul Seixas, Guilherme Arantes, Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes, A Cor do Som, Banda Black RioAs Frenéticas, entre outros, viu sua participação de mercado subir para 14%.

Na década de 1980, a gravadora resolveu apostar no rock brasileiro, contratando artistas como Lulu Santos e os grupos Titãs, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Ira!, Inocentes, Kid Abelha, Camisa de Vênus, entre outros.

Em 1983, levou a Warner também para a Argentina, e, em 1984, para o México.

Em 1990, foi transferido para New York, onde assumiu o cargo de presidente da Warner para toda a América Latina.

Na época, desenvolveu a Divisão para a América Latina da companhia nos Estados Unidos, fortalecendo a marca da gravadora em países como Argentina, México, Colômbia, Peru, Venezuela e Chile.

Lulu Santos, André Midani e Marcelo, 1982
André Midani chegou a fazer parte do Conselho de Direção da gravadora na Itália e na Espanha, tornando-se, a partir do ano 2000, membro do Conselho Consultivo da Warner Music Internacional.

Em 2002, retornou ao Brasil, onde estabeleceu residência, passando a trabalhar na Organização Não Governamental (ONG) Viva Rio. Convidado pelo ministro Gilberto Gil, exerceu o cargo de comissário-geral do "Ano do Brasil na França" no ano de 2005.

Em 2008, lançou o livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download" (Nova Fronteira).

Em 2011, seu livro "Música, Ídolos e Poder - Do Vinil ao Download", lançado em 2008 foi retirado das lojas algum tempo depois por ação judicial, após atingir altos níveis de vendagem. Atualmente é disponibilizado para download pela internet na íntegra.

Por sua trajetória na indústria fonográfica brasileira, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin, em 2013, com a exposição "A Magia do Disco - André Midani", que teve curadoria de Heloísa Carvalho Tapajós.

André Midani foi considerado, pela revista Billboard, uma das 90 pessoas mais importantes da história da indústria mundial de discos, além de ter sido eleito Homem do Ano no Midem 1999, membro do conselho da Federação Internacional dos Produtores de Discos (IFPI) e presidente da IFPI latino-americana.

Morte

André Midani faleceu na noite de quinta-feira, 13/06/2019, aos 86 anos, no Rio de Janeiro, RJ, em decorrência de um câncer. Ele estava internado na Casa de Saúde São Vicente, localizado Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Ney Matogrosso, Gilda e André Midani
Prêmios

  • 2005 - Condecorado com a Légion d'honneur pelo Governo Francês.
  • 2014 - Grammy Latino "Lifetime Achievement Award"

Fonte: Wikipédia e Correio Brasiliense