DJALMA DE ANDRADE
(63 anos)
Instrumentista e Compositor
* Rio de Janeiro, RJ (16/07/1923)
+ Greenbrae, California (14/02/1987)
Djalma de Andrade, mais conhecido como Bola Sete,
foi um músico instrumentista brasileiro. Bola Sete foi o único homem entre seis
irmãs, numa família muito pobre e muito musical. Aos seis anos, começou a
tocar cavaquinho e, aos nove, ganhou seu primeiro violão.
Aos 10 anos
foi adotado por um casal de classe média alta, com o qual conheceu a
música clássica. Quando a Segunda Guerra Mundial estourou, o casal
enviou Bola Sete para uma fazenda no interior do país, na tentativa de
evitar que fosse recrutado. Lá, Bola Sete travou contato, pela primeira
vez, com a música folclórica brasileira, ao mesmo tempo em que
continuava a tocar violão clássico.

Em 1945 venceu um concurso de violonista na Rádio Transmissora. Fez apresentações como violonista em Minas Gerais e Rio de
Janeiro.
Voltou para a Rádio Transmissora, apresentando-se durante três anos no programa Trem da Alegria, no Teatro João Caetano, junto com Lamartine Babo, Yara Salles e Heber de Bôscoli.
No final da década de 1940 organizou o Bola Sete e Seu Conjunto e para cantar, convidou Dolores Duran, que era crooner da Boate Beguin. Atuaram nas boates Drink e Vogue. Em 1949, lançou na gravadora Star seu primeiro disco, interpretando ao violão o bolero "Meu Sonho", e o choro "Carminho no Choro", ambos de sua autoria. Em 1952, gravou com violão elétrico os choros "Sem Compromisso" e "Tô de Sinuca", ambos de sua autoria.
Em 1953, gravou com violão elétrico o choro "Meditando", de Garôto e o "Baião da Bahia", de sua autoria. Em 1954, formou uma orquestra para atuar no Baile dos Artistas no Hotel Glória. Com este grupo excursionou pela Argentina, Uruguai e Espanha. Em 1955, fez shows em Lima no Peru e em Santiago do Chile. No mesmo ano, gravou com seu conjunto na Continental o choro "Hora Staccato" (Dinicu e Heifetz) e o baião "Czardas" (Monti). No ano seguinte, gravou ao violão o fox-trot "Accarezzame" (Pino Calvi e Nisa) e o baião "Scapriccitiello" (F. Albano e Pacífico Vento).
Voltou para a Rádio Transmissora, apresentando-se durante três anos no programa Trem da Alegria, no Teatro João Caetano, junto com Lamartine Babo, Yara Salles e Heber de Bôscoli.
No final da década de 1940 organizou o Bola Sete e Seu Conjunto e para cantar, convidou Dolores Duran, que era crooner da Boate Beguin. Atuaram nas boates Drink e Vogue. Em 1949, lançou na gravadora Star seu primeiro disco, interpretando ao violão o bolero "Meu Sonho", e o choro "Carminho no Choro", ambos de sua autoria. Em 1952, gravou com violão elétrico os choros "Sem Compromisso" e "Tô de Sinuca", ambos de sua autoria.
Em 1953, gravou com violão elétrico o choro "Meditando", de Garôto e o "Baião da Bahia", de sua autoria. Em 1954, formou uma orquestra para atuar no Baile dos Artistas no Hotel Glória. Com este grupo excursionou pela Argentina, Uruguai e Espanha. Em 1955, fez shows em Lima no Peru e em Santiago do Chile. No mesmo ano, gravou com seu conjunto na Continental o choro "Hora Staccato" (Dinicu e Heifetz) e o baião "Czardas" (Monti). No ano seguinte, gravou ao violão o fox-trot "Accarezzame" (Pino Calvi e Nisa) e o baião "Scapriccitiello" (F. Albano e Pacífico Vento).
Em 1957, gravou com seu conjunto as
músicas "Bacará", de sua autoria, e "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso. No ano seguinte, gravou o samba rock "Mister Jimmy", e o mambo
"Mambeando", de sua autoria. Em 1959, mudou-se para os Estados Unidos, onde atuou
por três anos nos hotéis da rede Sheraton Hotels & Resorts, com shows quase diários.
No mesmo ano lançou o LP "Bola Sete... É a bola da Vez" pela EMI/Music
interpretando "Vai Que é Bom", e "Batucando Mesmo", de sua autoria,
"Cadê a Jane" (Erasmo Silva e Wilson Batista), "Minha Saudade"
(João Donato e João Gilberto) e "Eu Preciso de Você" (Aloísio de Oliveira e Tom Jobim).
Em 1960, gravou o samba "Batucando Mesmo", e o rock "Ma Griffe", ambos de sua autoria. Por essa mesma época, foram lançados dois LPs seus: "Bola Sete", pela Sinter, com "Um a Zero" (Pixinguinha e Benedito Lacerda) e "Império do Samba" (Zé da Zilda e Zilda do Zé), entre outras, e "Bola Sete e Quatro Trombones", pela Odeon, destacando-se "Mambeando", de sua autoria, e "The Man I Love" (Ira Gershwin e George Gershwin), entre outras.
Em 1962, participou do Festival de Monterey, na Califórnia, Estados Unidos, como integrante do conjunto de Dizzie Gillespie. Como integrante desse conjunto, gravou um disco nos Estados Unidos. Também no mesmo ano, foi lançado no Brasil o LP "O Extraordinário Bola Sete", pela Odeon, destacando-se as músicas "Menino Desce Daí" (Paulinho Nogueira), e "Fico Triste Sem Twist", de sua autoria, entre outras. Em novembro do mesmo ano, apresentou-se em Nova York, no Festival da Bossa Nova, do Carnegie Hall, ao lado da cantora Carmen Costa, festival que lançou o novo ritmo brasileiro nos Estados Unidos, apresentando-se ainda no Village Gate e no Village Vanguard. Também em 1962, organizou seu próprio trio, com Tião Neto (baixo) e Chico Batera (percussão). Lançou, ainda no mesmo ano, pelo selo Fantasy dos Estados Unidos o LP "Bola Sete Bossa Nova", interpretando "Manhã de Carnaval" (Antônio Maria e Luiz Bonfá), além de outras composições suas como "Sem Você", e "Cingadinho".
Em 1960, gravou o samba "Batucando Mesmo", e o rock "Ma Griffe", ambos de sua autoria. Por essa mesma época, foram lançados dois LPs seus: "Bola Sete", pela Sinter, com "Um a Zero" (Pixinguinha e Benedito Lacerda) e "Império do Samba" (Zé da Zilda e Zilda do Zé), entre outras, e "Bola Sete e Quatro Trombones", pela Odeon, destacando-se "Mambeando", de sua autoria, e "The Man I Love" (Ira Gershwin e George Gershwin), entre outras.
Em 1962, participou do Festival de Monterey, na Califórnia, Estados Unidos, como integrante do conjunto de Dizzie Gillespie. Como integrante desse conjunto, gravou um disco nos Estados Unidos. Também no mesmo ano, foi lançado no Brasil o LP "O Extraordinário Bola Sete", pela Odeon, destacando-se as músicas "Menino Desce Daí" (Paulinho Nogueira), e "Fico Triste Sem Twist", de sua autoria, entre outras. Em novembro do mesmo ano, apresentou-se em Nova York, no Festival da Bossa Nova, do Carnegie Hall, ao lado da cantora Carmen Costa, festival que lançou o novo ritmo brasileiro nos Estados Unidos, apresentando-se ainda no Village Gate e no Village Vanguard. Também em 1962, organizou seu próprio trio, com Tião Neto (baixo) e Chico Batera (percussão). Lançou, ainda no mesmo ano, pelo selo Fantasy dos Estados Unidos o LP "Bola Sete Bossa Nova", interpretando "Manhã de Carnaval" (Antônio Maria e Luiz Bonfá), além de outras composições suas como "Sem Você", e "Cingadinho".
Em 1964, lançou dois LPs
pelo selo norte americano Fantasy: "Tour de Force", com destaque para a
música título, de Dizzy Gillespie, e "Mambeando", de sua autoria e, "From
All Sides - Vince Guaraldi And Bola Sete". No ano seguinte, lançou mais
dois LPs pelo selo Fantasy: "The Solo Guitar Of Bola Sete", com
destaque para "Flamenco Fantasy", de sua autoria e "Brazilliance" (Laurindo Almeida) e "The Incomparable Bola Sete", com destaque para
"Lamento Negro" e "Be-bossa", de sua autoria, e "Valsa de Uma Cidade" (Ismael Netto e Antônio Maria).
Em 1966, voltou a gravar com Vince Guaraldi, lançando o LP "Live At El Matador - Vince Guraldi e Bola
Sete", com "Favela" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), e "Black Orpheus Suíte" (Tom Jobim e Luiz Bonfá). No mesmo ano, gravou o LP
"Autentico! - Bola Sete And The New Brazilian Trio", com destaque para
"Brejeiro" (Ernesto Nazareth), "Quindim de Iaiá" (Ary Barroso) e
"Pau de Arara" (Luiz Gonzaga e Guio de Morais).
Em 1967, lançou pelo
selo Verve o LP "Bola Sete At The Monterrey Jazz Festival" no qual
interpretou um medley com "Manhã de Carnaval" (Luiz Bonfá e Antônio
Maria), "A Felicidade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), e "Samba de
Orfeu" (Luiz Bonfá e Antônio
Maria).

Ao todo gravou cerca de dez LPs nos Estados Unidos, entre os quais, um com Vince Guaraldi, além de "Ocean I", "Ocean II" e "Jungle Suite". Atuou no regional de Claudionor Cruz. Considerado ao lado de Luiz Bonfá, Laurindo Almeida e Garôto, como um dos "mais talentosos e modernos violonistas brasileiros dos anos cinqüenta", segundo os historiadores Jairo Severiano e Zuza Homem de Mello.
Ao longo de toda a sua carreira, existem relatos
de uma forte dedicação ao estudo. Mesmo nos últimos anos de vida, já
doente, sua mulher conta que estudava de quatro a seis horas por dia.
No final dos anos 50 mudou-se para os Estados Unidos, onde fez uma carreira de sucesso e viveu até a sua morte em 1987.
Fonte: Dicionário Cravo Albin da MPB e Wikipédia