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Heitor Penteado

HEITOR TEIXEIRA PENTEADO
(68 anos)
Advogado e Político

☼ Campinas, SP (16/12/1878)
┼ Campinas, SP (08/05/1947)

Heitor Teixeira Penteado foi um advogado e político brasileiro, presidente interino do Estado de São Paulo, deposto em 24/10/1930 pela Revolução de 1930.

Notabilizou-se pela construção do Ginásio do Ibirapuera, hoje oficialmente denominado Ginásio Estadual Geraldo José de Almeida, em 1930. O ginásio foi construído ao lado da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Era filho de Salvador Leite de Camargo Penteado e de Leonor Teixeira Penteado. Fez seus estudos primários em sua terra natal, vindo para São Paulo, matriculou-se no Seminário Episcopal para completar a sua seus estudos.

Em 1896 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo e bacharelou-se em 1900. Quando cursava o terceiro ano foi eleito presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto e redator da Revista Acadêmica. Depois de formado voltou a Campinas onde iniciou o exercício de sua profissão e logo depois foi nomeado promotor público daquela comarca, cargo que exerceu de 1901 a 1910. Neste tempo já se dedicava a política, filiou-se ao Partido Republicano Paulista (PRP), pelo qual candidatou-se a uma cadeira de vereador para a Câmara Municipal. Depois de eleito foi escolhido para ocupar o cargo de prefeito do município, sendo sucessivamente reeleito várias vezes.

Passando da atividade política municipal para a estadual, candidatou-se a uma cadeira de deputado na Câmara Paulista. Foi eleito em 1919 e em 1920 deixou o seu lugar na Câmara dos Deputados para ocupar o cargo de Secretário da Agricultura, Viação e Obras Públicas, no governo Washington Luis, quando recuperou as finanças da Estrada de Ferro Sorocabana e dirigiu a construção de diversas rodovias no estado.

Em 1924, quando deixou a secretaria, foi eleito representante de São Paulo na Câmara Federal, exercendo o seu mandato até 1927, quando foi escolhido para o cargo de vice-presidente do Estado, como companheiro de chapa de Júlio Prestes, a quem substituiu como presidente interino em 21/05/1930 na chefia do Executivo Paulista depois da vitória deste nas eleições para a presidência do Estado, mantendo-se no cargo até 24/10/1930, quando triunfou o movimento revolucionário da Aliança Liberal.

Depois da Revolução de 1930, Heitor Penteado abandonou a política, dedicando-se a lavoura. Só em 1936 é que retornou, recomeçando as suas atividades públicas na região municipal de Campinas, elegendo-se a vereador.

Durante muitos anos Heitor Penteado ocupou a presidência da Comissão Diretora do Partido Republicano e da Sociedade Anônima Correio Paulistano. Foi também diretor do Banco do Estado de São Paulo de 1938 até abril de 1939.

Era casado com Evelina de Queiroz Teles Penteado e tiveram dez filhos.

Homenagens

Foi homenageado na cidade de São Paulo com a Rua Heitor Penteado, uma importante via da zona oeste, e que liga a região da Avenida Paulista e Avenida Doutor Arnaldo à Lapa e o Alto de Pinheiros.

Foi homenageado na cidade de Campinas com a Avenida Heitor Penteado, na região da Lagoa do Taquaral, e com a Rodovia Heitor Penteado, na saída para o distrito de Sousas.

Heitor Penteado dá nome a uma escola na cidade de Americana, SP.

Fonte: Wikipédia

João Ribeiro de Barros

JOÃO RIBEIRO DE BARROS
(47 anos)
Aviador

* Jaú, SP (04/04/1900)
+ Jaú, SP (20/07/1947)

Com seus companheiros foi um dos pioneiros da travessia aérea do Atlântico Sul, no dia 28 de abril de 1927, a bordo do hidroavião Jahú. Os demais tripulantes foram Arthur Cunha (na primera fase da travessia) e depois João Negrão (co-pilotos), Newton Braga (navegador) e Vasco Cinquini (mecânico). Os quatro aeronautas partiram de Gênova, Itália, até Santo Amaro, São Paulo, fazendo escalas em Espanha, Gibraltar, Cabo Verde e Fernando de Noronha, já em território brasileiro.

Filho de Sebastião Ribeiro de Barros e Margarida Ribeiro de Barros, tinha seis irmãos. Estudou no Ateneu Jauense, fundado por seu avô o capitão José Ribeiro de Camargo Barros em 1853, e completou seus estudos secundários no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo. Era considerado um bom aluno. Ingressou na Faculdade do Largo de São Francisco, atual Universidade de São Paulo, onde cursou Direito por dois anos.


Em 1919 abandonou este curso e decidiu dedicar-se ao estudo de engenharia mecânica nos EUA. Em 21 de Fevereiro de 1923 conseguiu o brevet internacional nº 88 da Liga Internacional dos Aviadores sediada na França. Iniciou efetivamente sua carreira de piloto neste país. Aperfeiçou seus conhecimentos como navegador aéreo e piloto nos EUA e de acrobacias aéreas na Alemanha.

Em 1926 iniciou o projeto que o tornaria famoso: relizar um "reide" (como eram conhecidas na época as travessias aéreas transatlânticas) a partir da Itália a bordo de um hidroavião e chegar ao Brasil sem utilizar navios de apoio ao longo da viagem. Pensava que as aeronaves seriam inúteis enquanto dependessem de navios. Seu desejo era que o avião atuasse de forma totalmente independente.

Pediu auxílio ao governo brasileiro o que lhe foi negado. Nesta época existia uma disputa não declarada entre vários países pela supremacia nos ares. França, Inglaterra, EUA, Alemanha, entre outros empenhavam-se em vôos transoceânicos. Já que o sucesso destes empreendimentos era duvidoso e como o Brasil não desejava indispor-se com as potências da época, João Ribeiro de Barros não conseguiu ajuda oficial. Seu objetivo foi considerado impossível. Portanto, já que nações mais "avançadas" não o alcançaram, presumiu-se que o Brasil não teria chance.

Sem perder o ânimo, vendeu sua herança a seus irmãos e de posse deste dinheiro partiu para a Itália.


O Jahú

Com os próprios recursos e sem nenhuma ajuda governamental, João Ribeiro de Barros adquiriu na Itália uma aeronave Savoia-Marchetti S.55 avariada e promoveu, com Vasco Cinquini, diversas reformas na mesma, melhorando assim a sua velocidade e autonomia. Tais reformas foram tão positivas para o desempenho do hidroavião que impressionaram os italianos. Anteriormente esteve na cidade de Nova York onde aconselhou-se com seu amigo Gago Coutinho.

Esta mesma aeronave anteriormente fora utilizada pelo Conde Casagrande, que possuía apoio do governo italiano, numa frustrada tentativa de travessia transatlântica Itália-Brasil. Esta tentativa foi interrompida em Casablanca na África e o avião foi considerado incapaz de realizar tal façanha. O aparelho, que saiu da fábrica com o nome original de Alcione, foi rebatizado por seu novo proprietário com o nome Jahú (de acordo com a ortografia da época) nome dado em homenagem à sua cidade natal, atual Jaú.

Saiu de Gênova na Itália em 18 de Outubro de 1926, com destino às ilhas de Cabo Verde para iniciar a sua primeira travessia do Atlântico. Gago Coutinho e Sacadura Cabral também fizeram escala nestas ilhas na histórica primeira travessia aérea do Atlântico Sul, em 1922.

A Sabotagem

Seu avião foi sabotado, sendo assim necessária uma parada em Alicante, na Espanha, onde descobriu uma peça de bronze no carter do aparelho - que hoje encontra-se no Museu da Aeronáutica -, além de água, areia e sabão no sistema de alimentação do motor. Provavelmente tal sabotagem ocorreu ainda na Itália antes da partida de Gênova.

Preso Pela Ditadura Espanhola

Foi preso pela ditadura presente na época na Espanha, acusado de ali pousar sem permissão. Teve que ser libertado pelo cônsul do Brasil na Espanha.

Nova escala de emergência é feita em Gibraltar onde são feitos novos reparos.

Dificuldades

Seguiu após alguns dias para Cabo Verde onde, devido a desentendimentos, dispensou o co-piloto Arthur Cunha.

Quando se preparava para fazer a travessia contraiu malária e teve que esperar mais um tempo, além de ter que remontar e consertar todo o avião. Recebeu um telegrama do governo brasileiro ordenando que desistisse de sua tentativa de cruzar o Atlântico. Deveria também desmontar a aeronave, encaixota-la e embarcar a mesma em um navio que seguisse para o Brasil.

Indignado com este fato, e até porque não recebera nenhuma espécie de auxílio estatal para realizar sua empreitada, respondeu ao presidente brasileiro:

"Exmo. Sr. Presidente: Cuide das obrigações do seu cargo e não se meta em assuntos dos quais vossa excelência não entende e para os quais não foi chamado, assinado: Comandante Barros."
(João Ribeiro de Barros)

Recebeu também um telegrama de sua mãe incentivando-o a prosseguir com o seu "reide". Segue:

"Aviador Barros: Aplaudimos tua atitude. Não desmontes o aparelho. Providenciaremos a continuação do reide, custe o que custar. Paralisação do reide será fracasso. Asas do avião representam a bandeira brasileira... Dizes se queres piloto auxiliar. Abraços a Braga e Cinquini. E bençãos de tua mãe."
(Margarida Ribeiro de Barros)

Seu irmão, Osório Ribeiro, viajou até Cabo Verde acompanhando o co-piloto substituto contratado por ele, o oficial da força pública de São Paulo, tenente João Negrão.

Ao encontrar-se com o irmão e vendo o péssimo estado de saúde deste, após quatro crises de malária, Osório Ribeiro não conteve a emoção e chorou.

A Travessia

Sofreu sabotagens, chantagens de companheiros, o desdém do presidente Washington Luís, mas perseverou, e às 4:30 hs. da manhã no dia 28 de abril de 1927, partindo de Praia na Ilha de Santiago (Cabo Verde), cruzou o Atlântico com seus três companheiros a bordo do Jahú, que pousou triunfante às 17:00 hs. na enseada norte de Fernando de Noronha.

O comandante Nisbet do navio italiano Angelo Toso testemunhou a amerissagem do Jahú. Este comandante atestou que nos tanques da aeronave ainda restavam 250 litros de combustível.

Apesar de um dos motores apresentar problemas durante a viagem e enfrentar chuva, conseguiu estabelecer um recorde de velocidade que só foi batido alguns anos depois.


Triunfo

Após essa etapa, foi pousando em cada uma das grandes cidades do litoral, Natal, Recife, Salvador, Rio de Janeiro, Santos e São Paulo, onde foi recebido com grandes festas e honras.

O avião foi restaurado pela empresa Helipark, de Carapicuíba, SP, e hoje está exposto no Museu Asas de um Sonho em São Carlos, SP. Trata-se da única aeronave transatlântica da época que ainda existe e está com sua configuração original.

Segundo o historiador Luís da Câmara Cascudo, no livro No Caminho do Avião... Notas de Reportagem Aérea 1922-1933, o Jahú pousou no Rio Potengi, na cidade de Natal, no dia 14 de maio de 1927, completando sua travessia sobre o Oceano Atlântico.

"Para a tripulação do "Jahú" foram merecidas e, para nós, justas e oportunas, as festas que se tornaram nacionais quando de sua aterrisagem no estuário do Potengi."
(Luís da Câmara Cascudo)

Monumento a João Ribeiro de Barros em Jaú.
Outras Aventuras

Depois de obter sucesso em sua "reide", João Ribeiro de Barros partiu para novas aventuras. Em 1929 viajou à França onde adquiriu da fábrica Breguet uma grande aeronave. Com esta pretendia voar diretamente do Brasil para a Europa. Juntamente com o mecânico Mendonça, acompanhou o processo de montagem do avião.

A 7 de setembro recebeu a notícia da morte de sua mãe Dona Margarida, fato que deixa-o profundamente abalado. Envia o aparelho desmontado para o Brasil, onde, no campo de pouso Latecoere, na Praia Grande, cidade de Santos, o mesmo é montado. João Ribeiro de Barros prestou uma homenagem à sua mãe dando-lhe o nome "Margarida."

Voou até o Rio de Janeiro, de onde desejava partir do Campo dos Afonsos com destino à Europa.

Momentos antes da partida, mesmo sob os aplausos de uma multidão, foi impedido de embarcar pelas autoridades. Iniciava-se a Revolução de 1930, por isso seu avião foi sumariamente confiscado pelo governo. Frustrado e impedido até de aproximar-se da aeronave, decidiu fazer uma viagem marítima pelo mundo.

Em 1932 retornou apressadamente ao Brasil onde participou da Revolução Constitucionalista como voluntário. Viajou a pé pelo Vale do Paraíba, até à cidade de Taubaté. Doou para a causa da Revolução todo o ouro que possuia, até mesmo medalhas recebidas pela façanha da travessia transatlântica de 1927.

Durante o governo do presidente Getúlio Vargas foi preso na cidade de Jaú, na Fazenda Irissanga, de sua propriedade, pelo delegado Amaso Neto. Foi acusado de publicar clandestinamente um jornal de oposição ao governo. Foi posto em liberdade pois as investigações realizadas nada provam contra ele.

As Honrarias

Graças às suas façanhas, João Ribeiro de Barros conquistou títulos, prêmios e recebeu várias homenagens, entre as quais se destacam:


Túmulo de João Ribeiro de Barros
Morte

João Ribeiro de Barros faleceu na Fazenda Iriçanga em sua cidade natal, Jaú, a 20 de julho de 1947 devido a problemas hepáticos provocados pela malária contraída anos antes.

Não casou nem deixou filhos. Seu corpo estava sepultado no cemitério municipal e seus restos mortais foram transferidos para a Praça Siqueira Campos na mesma cidade e alojados no monumento erigido no local em respeito à memória de sua pessoa e de suas grandes realizações.

Fonte: Wikipédia

João Pernambuco

JOÃO TEIXEIRA GUIMARÃES
(63 anos)
Compositor e Violonista

* Jatobá, PE (02/11/1883)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/10/1947)

Filho de índia Caeté e de português, com o falecimento do pai em 1891 a mãe casou-se novamente, transferindo-se com a família para o Recife. Começou a tocar viola na infância, por influência dos cantadores e violeiros locais.

Aprendeu a tocar violão com cantadores sertanejos como Bem-Te-Vi, Mandapolão, Manuel Cabeceira, o cego Sinfrônio, Fabião das Queimadas e Cirino Guajurema.

Em 1902 mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a residir com sua irmã e empregando-se numa fundição. Seis anos depois passou a trabalhar como servente na prefeitura do Rio, mudando-se para uma pensão no centro da cidade. No Rio travou contato com violonistas populares, ao mesmo tempo em que trabalhava como ferreiro, em jornadas de até dezesseis horas diárias. Para os seus amigos e admiradores, em número sempre crescente, contava e cantava coisas de sua terra, daí o apelido de João Pernambuco.

Já em 1908 era considerado um dos bambas do choro, ao lado de nomes como Quincas Laranjeiras, Ernani Figueiredo, Zé Cavaquinho e Satyro Bilhar.

Compunha músicas de inspiração nordestina, baseadas em cantigas folclóricas. É o caso do hino Luar do Sertão, composto em 1911, seu maior sucesso, não creditado pelo parceiro letrista Catulo da Paixão Cearense, que ficou como o único autor. Pixinguinha certificou em sua entrevista no Museu da Imagem e do Som que ele ouviu João Pernambuco tocá-la antes de Catulo colocar a letra.João Pernambuco  e Catulo apresentavam-se juntos em reuniões da classe alta carioca.

Paralelamente ao choro, desenvolvia seu trabalho nas canções regionais através de composições suas e de violeiros e cantadores nordestinos. João Pernambuco também cantava e cantava bem. Nas cordas, além do violão, que manejava com maestria e no qual desenvolveu uma técnica peculiar, era hábil na viola. Compôs mais de cem músicas entre choros, valsas, jongos, maxixes, emboladas, toadas, cocos, prelúdios e estudos.

Em 1916 montou a Troupe Sertaneja, com que se apresentou em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

Participou dos Turunas Pernambucanos e dos Oito Batutas, entre 1919 e 1922, ao lado de Pixinguinha, que mais tarde alcançaria fama ao excursionar pela Europa.

Amigos desde 1912, DongaPixinguinha, este com quatorze anos, e João Pernambuco, moravam numa república na Rua do Riachuelo 268. Era de lá que saia nos carnavais o Grupo Caxangá e foi também nesta época que produziram Sabia, Os Três Companheiros e Estou Voltando. Estiveram juntos de 1914 até 1919 no Grupo Caxangá e de 1919 até 1922 nos Oito Batutas, que nesta fase era um conjunto predominantemente sertanejo.

Os irmãos João, Pedro e José com um amigo, por volta de 1913.
De 1928 até 1935 João Pernambuco morou no casarão da Avenida Mem de Sá, 81, onde funcionava uma república que abrigava, em sua maioria, músicos e jogadores de futebol. Lá João Pernambuco organizava animadas e concorridas rodas de choro que contavam com a participação de DongaPixinguinha, Patrício Teixeira, Rogério Guimarães e, ocasionalmente, Villa-Lobos. Foi também neste lugar que João Pernambuco conheceu, por intermédio de seu amigo Levino, um então jovem e promissor violonista chamado Dilermando Reis.

A santíssima trindade dos precursores do violão brasileiro é constituída por Quincas Laranjeiras, João Pernambuco e Levino Albano da Conceição e a obra violonística de João era de tal densidade e profundidade que a ela assim Villa-Lobos se manifestou:

"…Bach não se envergonharia em assinar os estudos de João Pernambuco como sendo seus…"
O renomado musicólogo Mozart de Araújo não fez por menos:

"João Pernambuco está para o violão assim como Ernesto Nazareth está para o Piano"
O exímio violonista Maurício Carrilho certa vez escreveu o seguinte sobre João Pernambuco e sua música:

"Dificilmente se encontra um violonista brasileiro, seja ele músico erudito ou popular, que não tenha em seu repertório alguma música do João"
Junto com a música de Heitor Villa-Lobos, a obra de João Pernambuco tornou-se "a mais legítima expressão do jeito brasileiro de tocar o violão", acrescentou Maurício.

Fonte: Wikipédia