Rose Rondelli

ROSEMYR RONDELLI
(71 anos)
Atriz e Vedete

* Rio de Janeiro, RJ (01/08/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (01/01/2005)

Atuou como vedete das revistas de bolso do Teatrinho Jardel em Copacabana e dos shows de Carlos Machado nas boates Monte Carlo e Casablanca, trabalhando ao lado de estrelas como Walter D'Ávila, Oscarito, Grande Otelo, Silva Filho, Rosita Lopes, Vagareza, entre outros.

Na televisão mostrou seu lado de comediante brilhante, participando do humoristico "Noites Cariocas" em quadros famosos: "O Salão de Cabeleireiro" ao lado de Zélia Hoffman, Sandra Sandré, Isa Rodrigues e Antônio Carlos, e do famoso "Café Bola Branca", onde cantava e dançava.

Foi muitas vezes eleita Certinha do Lalau, concurso de beleza promovido pelo humorista Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta que homenageava as mais belas atrizes e vedetes da época.

Em 1984, Certinhas do Lalau foram tema de um musical que ficou em cartaz no horário alternativo do Teatro Rival, trazendo de volta ao palco, não só Rose Rondelli, como Irma Alvarez, Maria Pompeo, Diana Morel, Anilza Leone, entre outras, sob a direção de Emílio di Biasi.

Seu grande sucesso no rádio aconteceu no programa "Miss Campeonato", escrito por Sérgio Porto na Rádio Mayrink Veiga, em que era a própria Miss Campeonato, ao lado do colunista esportivo Ruy Porto e de um grande elenco de humoristas, como Zé Trindade, Germano, Apolo Correia, Duarte de Moraes e outros.

Participou do "Chico Anysio Show" até se casar com o humorista e se retirar da carreira.

Foi casada duas vezes, sendo a primeira com o figurinista Carlos Gil e a segunda com o humorista Chico Anysio. É mãe do músico Duda Anisio, o comediante Nizo Neto e o diretor de imagem Rico Rondelli.

Rose Rondelli faleceu vítima de insuficiência hepática decorrente de um câncer no pulmão. Ela foi cremada no Cemitério do Caju, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Alvarenga Peixoto

INÁCIO JOSÉ DE ALVARENGA PEIXOTO
(49 anos)
Advogado e Poeta

* Rio de Janeiro, RJ (1744)
+ Ambaca, Angola (1793)

Inácio José Alvarenga Peixoto era filho de Simão Alvarenga Braga e Maria A. Braga.

Inconfidente e poeta brasileiro nascido no Rio de Janeiro, de posição mediana entre os numerosos versejadores ativos na segunda metade do século XVIII, em Minas Gerais.

Estudou com os jesuítas, provavelmente em Braga, Portugal (1760) e ingressou na Universidade de Coimbra, onde se formou, com louvor em 1768. Aí conheceu o poeta Basílio da Gama, de quem se tornou amigo.

Acrescentou em 1769 a seu nome literário o sobrenome Peixoto e se assinava também, como integrante da Arcádia Mineira, com os pseudônimos de Alceu e Eureste Fenício.

Doutor em leis pela Universidade de Coimbra, foi juiz de Cintra e regressou ao Brasil em 1775 como ouvidor de Rio das Mortes, a atual São João del-Rei.

Deixando a magistratura, ficou na região, ocupando-se da lavoura e da mineração, e em 1781 desposou a poetisa Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, com que teve quatro filhos: Maria Efigênia, José, Miguel e João de Alvarenga Braga. À esposa, Alvarenga peixoto dedicou alguns de seus melhores versos.

A sua diminuita obra inscreve-se entre a dos poetas do Arcadismo, e foi recolhida por Rodrigues Lapa. Apresenta alguns dos sonetos mais bem acabados do Arcadismo no Brasil. A temática amorosa foi uma das vertentes da sua poesia, em que também se observa uma postura crítica quanto à sociedade da época.

De sua obra restam apenas alguns sonetos e uma pequena obra laudatória. Teria escrito, segundo a tradição, o drama lírico Enéias no Lácio, hoje desaparecido. Suas composições existentes, reunidas em Obras Poéticas (1865) por Joaquim Norberto, foram reproduzidas por Péricles Eugênio da Silva Ramos na antologia Poesia do Ouro (1964).

Proprietário em Lavras no sul de Minas Gerais, tomou parte no famoso movimento nacionalista da Inconfidência Mineira, por discordar das pesadas taxações do reino.

Foi amigo dos poderosos da época e partilhava com os demais intelectuais de seu tempo idéias libertárias advindas do Iluminismo. Entre essas personalidades destacam-se os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga (seu parente), o padre José da Silva Oliveira Rolim, o militar Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), e Joaquim Silvério dos Reis, que delataria os conjurados.

Pressionado por dívidas e impostos em atraso, acabou por se envolver na Inconfidência Mineira. Denunciado e detido, em companhia de seu parente Tomás Antônio Gonzaga, foi conduzido ao presídio da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. Negou sua participação no movimento, mas mesmo assim foi julgado e condenado à morte, pena comutada para o Degredo Perpétuo em Angola, onde permaneceu desterrado e morreu, no presídio de Ambaca em 1792.