Renato Canini

RENATO VINÍCIUS CANINI
(77 anos)
Ilustrador

* Paraí, RS (22/02/1936)
+ Pelotas, RS (30/10/2013)

Renato Vinícius Canini foi um ilustrador brasileiro, conhecido por seu trabalho em diversas publicações, como "Pasquim", "Pancada" e para a Editora Abril, onde ilustrou histórias em quadrinhos da Disney e destacou-se desenhando o personagem Zé Carioca, ao qual atribuiu seu traço pessoal e uma identidade mais brasileira, distanciando notavelmente este personagem do estilo Disney original.

Nascido em Paraí, na serra gaúcha, Renato Canini viveu em Frederico Westphalen até a morte de seu pai, aos dez anos idade, quando foi morar com uma avó e uma tia em Garibaldi.

Fã de Elvis Presley, música evangélica e italiana, Renato Canini atualmente vivia em Pelotas, Rio Grande do Sul, com a esposa Maria de Lourdes, também desenhista, a quem conheceu quando ela desenhava charges para o "Diário de Notícias", de Porto Alegre. No dia 14/10/2005, Renato Canini foi condecorado pela Câmara de Vereadores da cidade com o título de Cidadão Pelotense.


Carreira

Renato Canini teve seu primeiro emprego aos 21 anos, na Secretaria de Educação e Cultura do Estado, fazendo ilustrações para a revista infantil "Cacique". Quando a publicação acabou, Renato Canini permaneceu fazendo desenhos técnicos de engenharia até completar 10 anos como funcionário público, coisa que o desagradava profundamente. Para compensar, colaborava com charges para o "Correio do Povo", TV Piratini e publicações alternativas.

Foi o convite de um pastor, reverendo Willian Schisler Filho (Dico), para ilustrar uma revista para crianças, "Bem-Te-Vi", da Igreja Metodista que deu oportunidade a Renato Canini de mudar para São Paulo em 1967.

Depois de dois anos fazendo ilustrações infantis, Renato Canini conseguiu uma oportunidade de trabalhar na Editora Abril. Ali, iniciou desenhando e escrevendo para a revista "Recreio", mas logo estaria assumindo a atividade que talvez mais tenha marcado sua carreira, ilustrar as histórias de Zé Carioca.


Zé Carioca

No início dos anos 70, as histórias do Zé Carioca se resumiam a edições antigas, do início da existência do personagem, nas décadas de 40 e 50, ou adaptações para o universo de Zé Carioca de histórias de outros personagens como Mickey ou Pato Donald.

Aproveitando o impulso dado pela estruturação na Editora Abril de um estúdio para a criação de histórias Disney próprias e pelo interesse em manter o título Zé Carioca nas bancas, Renato Canini, que havia voltado para Porto Alegre, começou a desenvolver histórias para o personagem, dando a ele uma continuidade que jamais teria se não tivesse havido essa iniciativa.

Renato Canini modificou os trajes, trocando o paletó e a gravata borboleta do personagem por uma camiseta, e ao lado de outros profissionais da casa, ajudou a trazer a ambientação da história para um contexto de maior brasilidade, com os morros, o campinho de futebol, a feijoada. Mas era o traço de Renato Canini, simples, solto, econômico e com forte personalidade, que mais afastava suas criações do padrão Disney. Para muitos, porém, esta foi a caracterização mais marcante do personagem Zé Carioca, como declara Waldyr Igayara de Souza, chefe de Renato Canini na Editora Abril à época: "Ele era tão bom, que, em pouco tempo, superou todos os outros artistas, inclusive, o seu chefe".

Nesta época, a Disney não creditava os profissionais envolvidos na criação das histórias. Para contornar isso, Renato Canini usava alguns artifícios, fazendo aparecer um "Sabão Canini", uma "Loteca Canini", ou eventualmente um caramujo, sempre desenhados sutilmente no fundo de um quadrinho. O mesmo recurso foi usado pelo desenhista Julio Shimamoto, que fez algo semelhante quando desenhava "O Fantasma" para a Rio Gráfica Editora e pelo americano Keno Don Rosa nas histórias do Pato Donald e do Tio Patinhas, que usava a sigla DUCK (Dedicated to Uncle Carl by Keno - Dedicada ao tio Carl 'Carl Barks' por Keno 'Don Rosa').

Renato Canini, desenhou Zé Carioca por cerca de 5 anos, criando para o personagem, segundo o pesquisador Fernando Ventura, cerca de 135 histórias, algumas também escritas por ele próprio, até os editores dizerem que seu desenho estava se distanciando demais do estilo Disney, não vendendo tão bem como antes e, finalmente, cancelarem a produção.

Sem deixar de lado o bom humor, Renato Canini enfatiza que fez tudo isso sem jamais ter estado no Rio de Janeiro.


Personagens

Renato Canini também criou um considerável repertório de personagens próprios. Dr. Fraud era um psiquiatra, ou psicólogo, que circulou durante cerca de três edições da revista "Patota", da Editora Artenova. Em 1991, foi relançado em um álbum pela Editora Sagra-DC Luzatto.

De uma proposta da Editora Abril de fazer uma revista em quadrinhos totalmente nacional, a "Revista Crás!", surgiu Kaktus Kid, uma paródia dos velhos cowboys do faroeste. Inspirado no visual de Kirk Douglas, Kaktus Kid era o dono de uma funerária em busca de clientes. Renato Canini informa que o nome original, Koka Kid, foi mudado por alguém na editora sem sua autorização.

A revista, que também publicou "Sacarrolha", de Primaggio, "Satanésio" de Ruy Perotti e "Zodiac", de Jayme Cortez, além de outros personagens, teve apenas uma tiragem de seis edições, entre 1974 e 1975, a despeito de ser uma iniciativa do próprio fundador da Editora Abril, Victor Civita.

Em 1978, Renato Canini criou para o Projeto Tiras, também da Editora Abril, o indiozinho Tibica. Tibica chegou a ser publicado em jornais pelo país afora e continuou a ser desenhado mesmo depois de ter a sua publicação suspensa, afinal, segundo Renato Canini, trata-se de uma de suas mais significativas criações: "O Tibica foi publicado em vários jornais do país. Ele era ecológico, amava Deus e a natureza. Estou avaliando uma possibilidade de voltar a publicá-lo. Isso me faria muito bem".

Mery Weiss, escritora infanto-juvenil do Rio Grande do Sul, descreve Tibica como um personagem que ama Deus e a natureza, critica a violência, a poluição e a exploração, mostrando a ecologia como um assunto atual desde os tempos bíblicos, de forma ora poética, ora irônica, atraindo a atenção tanto de adultos quanto de crianças.


Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre (CETPA)

No início dos anos 60, Renato Canini reuniu-se com outros desenhistas como Júlio Shimamoto, Getúlio Delphin, João Mattini, Bendatti, Flávio Teixeira Luiz Saidenberg para criar a Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre (CETPA), uma idéia do desenhista carioca José Geraldo Barreto Dias, que tinha trabalhado para a Editora Brasil América. Apoiada por Leonel Brizola, então governador gaúcho, a proposta da Cooperativa Editora de Trabalho de Porto Alegre era nacionalizar as histórias em quadrinhos.

Renato Canini participava com o personagem Zé Candango, um cangaceiro que vivia atormentando os super-heróis americanos. Os textos eram de José Geraldo e o personagem chegou a sair no "Jornal do Brasil" e no "Zero Hora", de Porto Alegre.

A cooperativa durou cerca de dois anos, mas não conseguiu se manter diante da turbulência geral causada pela renúncia de Jânio Quadros.


Deus

Renato Canini era uma pessoa que valorizava o lado espiritual da vida. Considerava Deus uma presença constante em sua vida e lia a Bíblia diariamente, "pelo menos cinco capítulos", fazia questão de dizer, garantindo já ter lido o livro sagrado, que considerava uma escola para a vida, mais de 40 vezes.

Sua fé chegou a afetar até mesmo suas decisões profissionais. Por conta de suas convicções religiosas, já deixou de aceitar trabalhos que entrariam em choque com aquilo que acreditava.


Morte

Segundo a professora universitária e amiga da família de Renato Canini, Fabiane Villela Marroni, o ilustrador sofreu um mal súbito enquanto estava em casa. "O Brasil perdeu um talento", desabafou a professora da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), que acompanhava o trabalho do ilustrador.

O sepultamento ocorreu às 16:00 hs de quinta-feira, 31/10/2013, no Cemitério São Francisco de Paula, em Pelotas, RS.

Filmes

  • 2004 - Kactus Canini Kid, Uma Graficobioanimada (Documentário sobre a carreira de Renato Canini)
  • 2005 - Kactus Kid (Animação com o personagem de Renato Canini)


Prêmios e Homenagens

  • Em 2003, Renato Canini foi homenageado com o Troféu HQ Mix, recebendo o título de "Grande Mestre" do quadrinho nacional.
  • Em 2007, a entrega do 19° Troféu HQ Mix, homenageou Renato Canini através de seu personagem Kaktus Kid, usado para representar o troféu daquele ano.
  • Renato Canini foi contemplado, em 2005, com um número próprio na série de quadrinhos especiais Disney Grandes Mestres da Editora Abril.

Publicações

  • "Um Redondo Pode Ser Quadrado?" - Editora Formato - ISBN 9788572084741
  • "O Cigarro e o Formigo" - Editora Formato - ISBN 9788572086639
  • "Tibica - O Defensor da Ecologia" - Editora Formato -  ISBN 9788572086615
  • "Cadê a Graça que Tava Aqui?" - Coleção Série Rindo às Pampas, Mercado Aberto, RS

Fonte: Wikipédia
Indicação: Neyde Almeida

Paulinho Tapajós

PAULO TAPAJÓS GOMES FILHO
(68 anos)
Cantor, Compositor, Produtor Musical, Escritor e Arquiteto

* Rio de Janeiro, RJ (17/08/1945)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/10/2013)

Paulo Tapajós Gomes Filho, mais conhecido como Paulinho Tapajós, foi um compositor, cantor, produtor musical, escritor e arquiteto brasileiro. Era filho do compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós, com quem teve as primeiras noções de música, e de Norma Tapajós, e irmão do compositor Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós.

Durante sua infância, costumava frequentar o auditório da Rádio Nacional, emissora da qual seu pai era diretor artístico. Cresceu em um ambiente musical, convivendo desde menino com vários artistas, como Emilinha Borba, Marlene e Radamés Gnattali, que costumavam frequentar a casa de seus pais.

Na adolescência, estudou violão com Léo Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro.

Paulinho Tapajós iniciou sua trajetória artística no final da década de 60, quando ainda cursava Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou em 1971.

Participou, em 1968, do "Música Nossa", projeto realizado com o objetivo de promover encontros entre compositores e cantores em espetáculos realizados no Teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro. Nesse ano, teve pela primeira vez registrada uma música de sua autoria: "Madrugada" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai), incluída no LP "Música Nossa", em gravação de Magda.

Entre 1968 e 1970, destacou-se como compositor premiado em diversos festivais de música, com destaque para sua participação no III Festival Internacional da Canção, no qual obteve o terceiro lugar, na fase nacional, com a canção "Andança" (Paulinho Tapajós, Edmundo Souto e Danilo Caymmi), hoje com quase 300 gravações, e no IV Festival Internacional da Canção, no qual obteve o primeiro lugar na fase nacional e o primeiro lugar na fase internacional, com "Cantiga Por Luciana" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), hoje com mais de 100 gravações.

Em 1969 começou a atuar também como produtor musical, função que vinha exercendo até hoje.

Na década de 70, participou de trilhas sonoras de novelas de televisão, com as seguintes canções:
  • 1970: "Irmãos Coragem" (Paulinho Tapajós e Nonato Buzar), tema de abertura da novela "Irmãos Coragem" (Rede Globo)
  • 1970: "Tema De Regina" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto) e "Quem Vem De Lá" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai), para a novela "A Próxima Atração" (Rede Globo)
  • 1970: "Assim Na Terra Como No Céu" (Paulinho TapajósNonato Buzar e Roberto Menescal), "Tema De Suzy" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal), "Amiga" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal), e o tema de abertura "Mon Ami (Fatos e Fotos)" (Paulinho Tapajós e José Roberto Bertrami), para a novela "Assim Na Terra Como No Céu" (Rede Globo)
  • 1970: "Onde Você Mora" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), para a novela "Verão Vermelho" (Rede Globo)
  • 1971: "I Get Baby" (Paulinho Tapajós e Artur Verocai), para a novela "O Cafona" (Rede Globo)
  • 1971: "Tia Miquta" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai), para a novela "Minha Doce Namorada" (Rede Globo)
  • 1972: "É Natural" (Paulinho Tapajós e Antonio Adolfo), para a novela "Tempo De Viver" (Rede Bandeirantes)
  • 1973: "A Donzela" (Paulinho Tapajós e Naire), para a novela "As Divinas E Maravilhosas" (Rede Tupi)


Em 1972, iniciou sua carreira de intérprete, gravando, com sua irmã Dorinha Tapajós, o compacto duplo "Paulinho e Dorinha", contendo suas canções "É Natural" (Paulinho Tapajós e Antonio Adolfo), "O Profeta", "O Triste" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal) e "Vivências" (Paulinho TapajósChico Lessa e Edmundo Souto).

Em 1974, gravou seu primeiro LP, "Paulinho Tapajós", com destaque para "Se Pelo Menos Você Fosse Minha" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal), "Clara" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai) e "Andança" (Paulinho TapajósEdmundo Souto e Danilo Caymmi), entre outras.

Em 1979, lançou o LP "A História Se Repete", destacando-se as canções "Sapato Velho" (Paulinho TapajósMu Carvalho e Claudio Nucci), "Pera, Uva Ou Maçã" (Paulinho Tapajós e Arthur Verocai) e "Cantiga Por Luciana" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), além da faixa-título, composta em parceria com Sivuca, entre outras.

Na década de 80, voltou a participar de trilhas sonoras de novelas de televisão, com as canções "No Tempo Dos Quintais" (Paulinho Tapajós e Sivuca), para a novela "Água Viva" (Rede Globo, 1980), "Coisas Do Coração" (Paulinho Tapajós e Mu Carvalho), para a novela "Os Ricos Também Choram" (SBT, 1982) e "Minha Pequena Princesa" (Paulinho Tapajós e Mu Carvalho), para a novela "O Direito De Amar" (TV Globo, 1987).

Lançou, em 1981, o LP "Amigos e Parceiros", no qual registrou suas canções "Coisas De Mãe", "O Choro Do Bruno" (Paulinho Tapajós e Abel Ferreira), "Seja O Que Deus Quiser" (Paulinho Tapajós e Ivan Lins), "Abel E Caim" (Paulinho Tapajós e Maurício Tapajós), "Amiga" (Paulinho Tapajós e Roberto Menescal) e "No Tempo Dos Quintais" (Paulinho Tapajós e Sivuca), entre outras.

Ivan Lins e Paulinho Tapajós
Em 1983, gravou o LP "Coisas Do Coração", com destaque para as canções "Aguapé" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), "Cabelo De Milho" (c/ Sivuca), "Canção de esperar neném" (c/ Beth Carvalho) e "Filha da noite" (Paulinho Tapajós e Sivuca), além da faixa-título, composta em parceria com Mu Carvalho.

No ano seguinte, a Escola de Samba Unidos do Cabuçu venceu o Desfile das Escolas de Samba do Grupo 1 do Rio de Janeiro com "Beth Carvalho, A Enamorada Do Samba", samba-enredo de sua autoria, em parceria com Edmundo Souto, Iba Nunes e Luís Carlos da Vila. Ainda em 1984, compôs, com Antonio Adolfo e Xico Chaves, a trilha sonora do musical infantil "Astrofolias" (1984), de Ana Luíza Job, e participou da trilha sonora da peça "Sapatinho De Cristal", encenada por Lucinha Lins, com a música "Juntando Trapinhos" (Paulinho TapajósAry Sperling e Paulinho Mendonça).

Em 1986, publicou uma parte de sua obra, como compositor e letrista, no livro "De Versos", que recebeu ilustrações de Ziraldo. Nesse mesmo ano, assinou, com Antonio Adolfo e Xico Chaves, a trilha sonora do musical infantil "Passa, Passa, Passará", de Ana Luíza Job.

Atuou também na área publicitária, tendo realizado trabalhos de criação e produção de jingles para campanhas de clientes como Mesbla, Caderneta de Poupança Delfin, Du Loren, Classificados do Globo, Mister Pizza, Morumbi ShoppingVila Borghese, entre outros.

Paulinho Tapajós Participou de trilhas sonoras para o teatro, tendo assinado as versões para o espetáculo "Promisses, Promisses".

No cinema, teve músicas de sua autoria incluídas nas trilhas sonoras dos filmes "André, A Cara E A Coragem", "Se Segura, Malandro", "Os Vagabundos Trapalhões", "As Moças Daquela Hora", "Os Trapalhões Na Serra Pelada", "João E Maria", "Os Trapalhões Na Arca De Noé", "O Donzelo", "A Revolta Dos Anjos", "Galinho De Briga", "The Last Fight" e "Xuxa - Duendes 2".


Publicou os seguintes livros infantis: "Verde Que Te Quero Ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto) e o didático "Aprenda Com A Turma Do Verde" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), tematizando a questão ecológica, "Eternos Meninos", "Janjão, O Anjo Doidão", "Pé De Sonhos", "Amor De Índio", "Cometa Coração", "Victor James", "Boi Da Cara Pintada", cujo texto remete ao movimento dos "caras-pintadas" no contexto do impeachment de Fernando Collor, e "Betinho, Corpo Magrinho, Coração Grandão", uma homenagem ao sociólogo Betinho e sua campanha pela cidadania. Adaptou para o teatro, em forma de musical, os livros "Verde Que Te Quero Ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto), "Eternos Meninos" e "Janjão, O Anjo Doidão".

As trilhas sonoras de "Verde Que Te Quero Ver" (Paulinho Tapajós e Edmundo Souto) e "Eternos Meninos", foram lançadas em LP. Adaptou Verde Que Te Quero Ver" para televisão, assinando também a produção musical do especial, exibido em 1984 pela Rede Globo, com a participação de Beth Carvalho, A Cor do Som, Lucinha Lins,  Viva Voz, entre outros.

Ainda na área infantil, foi responsável pela produção de "Brinque-Book: Canta E Dança II" (livro e fita cassete), que registrou uma leitura contemporânea de cantigas de roda, com destaque para "O Cravo Brigou Com A Rosa", "Na Mão Direita Tem Uma Roseira", "Meu Limão, Meu Limoeiro", "Trem De Ferro""Marcha Soldado", entre outras. No início da década de 1990, compôs a trilha sonora da peça infantil "Floresta Tenebrosa".

Em 1991, participou do projeto "Poeta Mostra A Tua Cara", criado e dirigido por Solange Kafuri, interpretando suas próprias canções.

Em 1996, lançou o CD "Coração Poeta", que incluiu suas canções "Irmãos Coragem" (Paulinho Tapajós e Nonato Buzar), "Assim Na Terra Como No Céu" (Paulinho TapajósRoberto Menescal e Nonato Buzar), "Tô Com O Diabo No Corpo" (Paulinho Tapajós e Sivuca), além da faixa-título, composta em parceria com Nelson Cavaquinho, e das regravações de "Sapato Velho", "Cantiga Por Luciana", "Cabelo De Milho", "Andança", "No Tempo Dos Quintais""Amiga", entre outras. O disco contou com a participação especial de Ivan Lins, Danilo Caymmi, Fagner, Beth Carvalho, MPB-4Sivuca, João Nogueira e Chico Buarque.


Em 1998, gravou o CD "Reencontro", no qual registrou suas canções "Do Fundo Do Armário" (Paulinho Tapajós e Nelson Cavaquinho), "Meu Braço De Violão" (Paulinho Tapajós e Raul Ellwanger), "Joatinga" (Paulinho TapajósEdmundo Souto e Beth Carvalho) e "Patins" (Paulinho Tapajós e Claudio Nucci), entre outras. A faixa-título, composta em parceria com Edmundo Souto e Danilo Caymmi, remete aos 30 anos de "Andança", canção emblemática na carreira dos compositores. O disco contou com a participação especial de Beth Carvalho, Claudio Nucci, Danilo Caymmi, Fagner, Golden Boys, Ivan Lins, além da Velha Guarda da Mangueira na faixa "Ao Chico, Com Carinho" (Paulinho TapajósEdmundo Souto e Moacyr Luz), uma homenagem ao compositor Chico Buarque.

Em 1999, participou do Festival de Inverno de Conservatória, no Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, apresentou-se, com Guilherme de Brito, no Vinicius Piano Bar, também no Rio de Janeiro. No espetáculo, além de canções próprias, a parceria inédita, "Alma Gêmea".

Paulinho Tapajós participou, no ano seguinte, "Encontro Galego No Mundo - Latim Em Pó", realizado em Santiago de Compostela.

Assinou, em 2002, a produção musical do Acústico de Jorge Benjor (CD, DVD e musical de televisão).

Participou, em algumas gestões, da diretoria da União Brasileira de Compositores (UBC).

Em 2003, foi lançado o CD "O Lirismo De Paulinho Tapajós", contendo canções de sua autoria interpretadas por Gerli e Haroldo Goldfarb. O disco foi contemplado, no ano seguinte, com o prêmio Melhor CD Tributo pelo Jornal das Gravadoras.

Em 2005, lançou o CD "Viola Violão" (Dabliú), em parceria com Marcello Lessa, com releituras de "Andança", "Aguapé", "Cabelo de Milho" e "Menininha do Portão", sendo o restante das composições inéditas, a maioria delas em parceria com Marcello Lessa. Destaque para "Chorinho Pro Meu Violão" e "Bonequinha Sapeca", além da música que dá título ao disco, esta em parceria com Claudio Nucci. Este CD contou com a participação especial de Lucinha Lins, Claudio Nucci e Simone Guimarães. Nesse mesmo ano, publicou, pela editora Nova Fronteira, os livros "A Lenda Da Vitória-Régia" e "A Lenda Do Uirapuru", abrindo a série "Lendas Brasileiras".

Em 2006 lançou, também com Marcello Lessa, o CD "Par Ou Ímpar" pelo selo Kuarup e posteriormente em nova edição pela CID, com releituras de "Sapato Velho", "Irmãos Coragem", "Cantiga Por Luciana", "No Tempo Dos Quintais", "Coisas Do Coração" e "Coração Poeta", além de inéditas em parceria com Marcello Lessa, com destaque para a música que dá título ao disco e ainda "Veludo Azul" e "Baixo Leblon". O disco contou com a participação especial de Wanda Sá, Luis Melodia, Claudia Telles e Eudes Fraga.

No dia 29/08/2007, foi homenageado pelo Instituto Cultural Cravo Albin na série "Sarau Da Pedra", No evento, foi afixada no Mural da Música do instituto uma placa com seu nome, a ele dedicada pela relevância de sua obra musical.

Em 2008, lançou pela CID o CD solo "Preparando A Canção", com releituras de "Pera, Uva Ou Maçã" e "A Velha", sendo o restante do repertório composto de músicas inéditas, com destaque para "Beijos", em parceria com Cartola, "A Companheira", em parceria com Guilherme de Brito, e ainda "Coração Vadio", "Estrela da Manhã", "Forró Pra Namorar" e "Minha Guanabara", em parceria com Claudio Nucci, além da música que dá titulo ao disco, de sua exclusiva autoria.


Morte

Paulinho Tapajós, morreu na sexta-feira, 25/10/2013, no Rio de Janeiro, aos 68 anos. Ele lutava contra um câncer havia anos. O velório será no sábado, 26/10/2013, no Cemitério São João Batista, a partir das 9:00 hs.

O primo de Paulinho Tapajós noticiou a morte no Facebook:

"Nesse momento recebi com muito pesar a notícia de falecimento do meu primo e amigo Paulinho Tapajós. Começamos juntos a carreira musical. Paulinho era um poeta de infinita grandeza. Estou muito triste com essa notícia embora soubesse que era inevitável e o melhor pra ele. Paulinho lutou bravamente contra um câncer. Foram uns seis anos de sofrimento intenso. Meus pêsames Heloísa. Querido amigo descanse em paz e até algum dia. Um beijo de luz na sua alma."

Fonte: Paulinho Tapajós e O Globo

Pedrinho da Luz

PEDRO DA LUZ
(67 anos)
Compositor e Guitarrista

☼ Salvador, BA (29/06/1945)
┼ Rio de Janeiro, RJ (10/05/2013)

Depois, em 1977, tornou-se produtor da PolydorEntre 2005 e 2013 foi membro da banda The Originals.

Iniciou a carreira artística no começo dos anos 1960.

Em 1964, foi um dos fundadores do conjunto de rock The Fevers, um dos principais do país, onde ficou na banda até 1977.

Em 1965, compôs "Quando o Sol Despertar", com Almir Bezerra, gravada no primeiro compacto simples lançado pelo conjunto The Fevers. No mesmo ano, fez a versão para a balada "Wooly Booly", de Samudio, lançada no segundo compacto da banda.

Em 1966, teve outra parceria com Almir Bezerra gravada pelos The Fevers, intitulada "Triste Sem Amor". No mesmo ano, foi autor de um dos primeiros sucessos da banda The Fevers, "Não Vivo Na Solidão", outra parceria com Almir Bezerra, lançada no primeiro compacto duplo do grupo.

Em 1969, teve as músicas "Não Quero Ir" e "Tormenta" gravadas pelos The Fevers no LP "O Máximo Em Festa", do selo London. No mesmo ano, lançou o LP "Peter", no qual gravou com os Fevers sob pseudônimo.


Em 1971, sua composição "Bridge", com Marcelo Sussekind, foi gravada em compacto pelo grupo We, na verdade, o grupo The Fevers sob pseudônimo. A música foi incluída na trilha sonora do filme "Tô Na Tua, Ô Bicho". No mesmo ano, a música "Farei Você Feliz", com Almir Bezerra, foi gravada pelos Fevers. Ainda em 1971, teve a balada "Pro Que Der E Vier", com Hyldon Souza, gravada no LP "A Explosão Musical Dos Fevers".

Em 1972, os Fevers gravaram mais uma composição sua intitulada "Não Consigo Esquecer", com Liebert. No mesmo ano, produziu, com Miguel Plopschi, o LP "As Super Quentes da Discoteca - Chacrinha & Supersonics" (Fevers sob pseudônimo).

Em 1973, teve "Alguém Em Meu Caminho", com Miguel Plopschi, gravada pelos The Fevers.

Em 1977, deixou o conjunto The Fevers e passou a atuar como produtor da Polydor.

Em 2005, passou a integrar a banda The Originals, formada por ex-integrantes dos conjuntos The Fevers, Renato e Seus Blue Caps e Os Incríveis. Atuou nesse grupo até 2012, período no qual participou das trilhas sonoras das novelas "A Lua Me Disse" (2005), "Ti Ti Ti" (2010) e "Guerra Dos Sexos" (2012), além de lançar três CDs e DVDs.

Morte

Pedrinho da Luz faleceu aos 67 anos, no Rio de Janeiro, no dia  10/05/2013, às 2h30min. Segundo o atestado de óbito, vítima de choque cardiogênico, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial sistêmica e diabetes.

Ele foi sepultado no Cemitério São Francisco Xavier, Caju.

Obra
  • Alguém Em Meu Caminho (Com Miguel Plopschi)
  • Bridge (Com Marcelo Sussekind)
  • Farei Você Feliz (Com Almir Bezerra)
  • Não Consigo Esquecer (Com Liebert)
  • Não Quero Ir
  • Não Vivo Na Solidão (Com Almir Bezerra)
  • Pro Que Der E Vier (Com Hyldon Souza)
  • Quando O Sol Despertar (Com Almir Bezerra)
  • Tormenta
  • Triste Sem Amor (Com Almir Bezerra)
  • From The Deep Of My Heart (Pedrinho da Luz e Luciano Delucchi)

Indicação: Miguel Sampaio

Affonso Camargo

AFFONSO ALVES DE CAMARGO
(85 anos)
Político

* Guarapuava, PR (25/09/1873)
+ Curitiba, PR (16/04/1959)

Affonso Alves de Camargo nasceu em Guarapuava, PR, em 25/09/1873, filho de Pedro Alves da Rocha Loures e Francisca de Camargo Loures. Depois de concluir o curso primário, transferiu-se para Curitiba, onde frequentou o Parthenon Paranaense, Colégio Arthur Loyola, terminando humanidades em São Paulo, em fase preparatória, com vista à Faculdade de Direito. Aprovado com distinção, cumpriu brilhantemente o período universitário, formando-se em 1894.

Já estava a essa altura envolvido em política, por força de inegável vocação de liderança. Valeu-lhe muito o apadrinhamento do conselheiro Jesuíno Marcondes, oráculo do Partido Liberal e último presidente provincial do Paraná. Durante a Revolução Federalista, ainda adolescente, Affonso Camargo revelou seu pendor maragato, aliando-se aos correligionários do governador revolucionário João de Menezes Dória.

Foi nomeado chefe de polícia e depois promotor público da Capital, ainda que por pouco tempo.

Nas eleições parlamentares de 1897 disputou, com sucesso, pela oposição, lugar no Congresso Legislativo estadual. Cumpriu cinco legislaturas, sempre com destacada, atuação graças à habilidade e competência na condução das questões político-partidárias. Culto, capaz, dinâmico e planejador, não custou a ocupar espaços importantes, notadamente quando se celebrou a Coligação Republicana, em 1908, de que participou da coordenação do movimento de reconciliação entre os pica-paus e maragatos. Era ainda deputado estadual.

Desde a sua primeira eleição, manteve-se no Congresso Legislativo até 1914. Mantinha permanente colaboração na imprensa, notadamente nos jornais: "A Federação", "Diário da Tarde" e "Gazeta do Povo", além de uma movimentada banca de advocacia, apesar dos encargos parlamentares que lhe absorviam o tempo, principalmente a presidência do Congresso Legislativo.

Sua ascensão ganharia contornos definitivos a partir de 1911, no governo Carlos Cavalcanti, do qual era 1º vice-presidente. Desafeito à política partidária, o presidente confiou-lhe integralmente os encargos dessa área, permitindo-lhe ampla liberdade de ação. Com tais triunfos na mão, Affonso Camargo preparou sua candidatura à sucessão governamental. Não ganhou pacificamente o governo. Teve pela frente a candidatura do médico e deputado Randolpho Pereira Serzedelo, apoiado por forte dissidência comandada por Alencar Guimarães, Generoso Marques dos Santos e Xavier da Silva, poderoso triunvirato de largas tradições na política local. Mas, ainda assim, Affonso Camargo elegeu-se, tendo por base a plataforma de resistir até a última gota de sangue à ameaça ao território paranaense do Contestado. Este foi povoado por bandeirantes curitibanos, desde o século XVIII.

Um pseudo "direito" oriundo de decreto de Dom João VI (1820) e mesmo quando conseqüências ulteriores, dele proveniente fossem reais, estaria em desacordo com o direito da mesma posse derivado. Este argumento, o do "uti possidetis" conferiu ao Barão do Rio Branco vitória contra Zeballos, advogado argentino, no caso de Missões.

A decisão do Supremo Tribunal Federal, contrária aos direitos paranaenses, publicada em 06/07/1904, causou profundo abalo. Entretanto, em face de embargos opostos à sentença. A questão vinha se arrastando. Exauridos todos os recursos judiciais, e na iminência da execução da sentença, chegou ao clímax em 1916. Ou o Paraná se sujeitava ao acordo proposto pelo presidente da República, Wenceslau Braz, perdendo 28.000 quilômetros quadrados do seu território, ou se submeteria a maiores danos e perdas, pois o acórdão do Supremo Tribunal Federal alcançava, em favor de Santa Catarina, as margens do Rio Iguaçu.

Resistir à força das armas, como desejavam alguns, era temeridade. Selar o acordo, suicídio político. Os interesses do Estado, entretanto, estavam acima das paixões que dividiam a população. O entendimento poderia resgatar área que hoje compreende dezenas de municípios, tais como: Palmas, Pato Branco, Francisco Beltrão, Mangueirinha, Clevelândia, etc.

Pressionado por essas perplexidades, Affonso Camargo não teve outra alternativa, senão assentir para salvar grande parte da área contestada. A maioria do Congresso Legislativo respaldou-lhe a dramática decisão, referendando-lhe o ato corajoso. O acordo foi celebrado a 20/10/1916.

Atacado impiedosamente pelos radicais, respondeu o presidente paranaense:

"Agora, se julgardes que o humilde filho desta abençoada terra errou, não obstante os aplausos gerais da nação, dos poderes Executivo e Legislativo da República e das suas forças armadas de terra e mar, de todos os Estados da União, da alta magistratura do país, da mocidade das escolas, das classes conservadoras do Estado, dos nossos eminentes advogados e de jurisconsultos eméritos, entre eles o grande brasileiro Ruy Barbosa, todos unânimes em declarar que mais do que foi feito era impossível se conseguir para o Paraná na sua atual aflitíssima situação; se, mesmo com essas manifestações de confortante solidariedade por esse ato da minha vida pública, ainda julgardes que errei, então seja Deus testemunha da sinceridade com que agi nesta fase histórica, querendo, de todo coração, fazer a felicidade da família paranaense, trazendo-lhe a paz e a prosperidade no presente, para assim preparar em futuro próximo, a grandeza do nosso Estado, que tem todos os elementos para ser forte, rico e poderoso dentro da Pátria grande - que é o nosso estremecido Brasil.
Palácio da Presidência do Estado do Paraná, em Curitiba, aos 25 de novembro de 1916".
(Ass. Affonso Alves Camargo)

O fantasma do "Acordo do Contestado" lhe perseguiria a carreira política, sob o estímulo da oposição ao seu governo, pois se tornou enorme a frustração do povo, tendo havido em algumas regiões, como em União da Vitória, a tentativa de movimento separatista. Todavia, não declinou seu poderio político. Preparou seu sucessor, Caetano Munhoz da Rocha, que exerceu dois mandatos consecutivos e voltaria ao governo em 1928. Mandou, de forma absoluta, durante 19 anos.

Elegeu-se deputado federal em 1921, sendo 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados. No ano seguinte, com a vaga aberta por Xavier da Silva, chegou ao Senado, onde se manteria até 1927, mantendo sob controle a liderança que exercia na política paranaense, cada vez mais abrangente, já que a própria oposição não se aventurava aos enfrentamentos das urnas. Caetano Munhoz da Rocha não teve competidores, nem o próprio Affonso Camargo no seu segundo pleito governamental.

Seus períodos governamentais foram agitados, não só pelas tensões provocadas pela Primeira Guerra Mundial, quanto pela crise da erva-mate, a qual aniquilou as finanças do Estado, acrescido do "crack", da Bolsa de Nova York. Com essas repercussões, o funcionalismo viu atrasarem seus vencimentos e a economia estadual diluir-se. Foram esses alguns dos ingredientes que serviram de combustível à Revolução de 1930. No Paraná, da sua administração destacamos a ligação rodoviária Curitiba - Foz do Iguaçu, a construção do ramal ferroviário de Jaguariaiva e Jacarezinho, que permitiu a penetração no norte do Paraná, abrindo perspectivas para o "rush" do café e a colonização daquela importante área.

A abertura da linha férrea até Guarapuava foi outra realização meritória. Preocupou-se com o Porto de Paranaguá e notadamente com a melhoria do nível do ensino em todos os graus. O Ginásio Paranaense foi equiparado ao Colégio Dom Pedro II e as escolas superiores tiveram reconhecimento oficial graças a sua iniciativa.

Fundou o Banco do Estado do Paraná e abriu novos horizontes ao plantio do café no norte do Estado, com medidas de estímulo ao processo de colonização, idealizado inicialmente pelos empresários ingleses.

Deu integral apoio às atividades culturais, promovendo alguns literatos e músicos aos cargos eletivos, de que são exemplo Nestor Victor, Rocha Pombo e Léo Kessler. Instalou ainda a Granja do Canguiri, a Bolsa de Títulos de Valores e a Câmara Sindical. Iniciou igualmente a construção da estrada da Ribeira, entre outros empreendimentos.

Affonso Camargo era casado com Etelvina Rebelo, filha do coronel José Pinto Rebelo, descendente de troncos tradicionais. Professor catedrático da Faculdade de Direito, seu amor pela instrução pública inspirou-o a reformas e melhoramentos essenciais nesse campo.

Apesar dos desgastes característicos das oligarquias demasiado longas, seu predomínio absoluto na política paranaense só foi interrompido em 1930, com a revolução liderada por Getúlio Vargas. Amargou terrível ostracismo e abandono, próprios dessas ocasiões passionais. Afastado das lides políticas, dedicou-se exclusivamente ao magistério, onde suas qualidades de professor realçaram cada vez mais seu perfil intelectual.

Affonso Camargo faleceu em Curitiba a 16/04/1959. 

Biografia: História biográfica da república no Paraná, de David Carneiro e Túlio Vargas, 1994. 

Waldir Silva

WALDIR SILVA
(82 anos)
Compositor e Cavaquinista

* Bom Despacho, MG (1931)
+ Belo Horizonte, MG (01/09/2013)

Waldir Silva foi músico e compositor brasileiro, mestre de cavaquinho e autor do choro "Telegrama Musical".

Tocou em diversos bailes por todo o Brasil acompanhado pelo seu conjunto, lançando seus disco. Uma de suas primeiras composições foi "Telegrama Musical", onde recebeu elogios de Juscelino Kubitschek.

Mineiro de Bom Despacho, Waldir Silva foi um dos músicos mineiros que mais vendeu discos. Ao longo da sua vida, gravou mais de 30 álbuns, cujas vendas teriam ultrapassado seis milhões de cópias. Waldir Silva passou pelas principais gravadoras do país.


Os discos de Waldir Silva incluíam composições próprias e de outros autores. Waldir Silva foi uma referência no choro, juntamente com o flautista Altamiro Carrilho, morto em 2012. Os dois tocaram e gravaram juntos.

Waldir Silva ganhou do pai o seu primeiro cavaquinho quando completou sete anos de idade. Cinco anos depois, fez a sua primeira apresentação em Pitangui, no interior de Minas, e nunca mais parou, consolidando-se como referência na música instrumental nacional.

No ano 2000 participou das comemorações do 500 anos de Brasil em apresentação por Portugal.


Waldir Silva, que permaneceu na ativa até recentemente, tocou em bailes, serestas e fez shows por todo o país. Nos últimos tempos, contudo, vinha tocando menos e se apresentava sempre sentado, por causa de uma doença crônica.

Segundo sua filha, Cátia Magalhães, Waldir Silva sofria de miastenia grave. Trata-se de uma doença neuromuscular autoimune que causa fraqueza muscular e fadiga extrema. No dia 23/08/2013 ele foi internado com pneumonia e morreu às 12:35hs de domingo, 01/09/2013.

O corpo de Waldir Silva foi velado na Casa da Paz, em Belo Horizonte, junto ao Cemitério do Bonfim. O enterro de Waldir Silva ocorreu na manhã de segunda-feira, 02/09/2013, no tradicional Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.

Radicado em Belo Horizonte, Waldir Silva deixou mulher, três filhos e dois netos. "É um cavaquinho que vai fazer falta", disse a filha.


Discografia

Waldir Silva lançou 29 LPs e 9 CDS, entre eles "Tangos e Boleros", com o qual recebeu o Disco de Ouro, da gravadora Movieplay.

Em 2010 lançou o CD "Os Mais Belos Tangos e Boleros". Apresentou-se no "Projeto Pizindin - Choro no Palco", no consevatório da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, em grupo formado por Waldir Silva (cavaquinho), Zé Carlos (cavaquinho), Mozart Secundino (violão 6 cordas), Carlos Boechat (percussão), Agostinho Paolucci (violão 7 cordas) e Lúcia Bosco (voz).

Indicação: Miguel Sampaio

Affonso Camargo Neto

AFFONSO ALVES DE CAMARGO NETO
(81 anos)
Engenheiro e Político

* Curitiba, PR (30/04/1929)
+ Curitiba, PR (24/03/2011)

Affonso Alves de Camargo Neto foi um engenheiro civil e político brasileiro do estado do Paraná. Filho de Pedro Alípio Alves de Camargo e Ismênia Marçallo de Camargo, neto do ex-governador do Paraná Affonso Camargo e descendente do fundador de Curitiba, o bandeirante Baltasar Carrasco dos Reis.

Affonso Camargo Neto foi vice-governador do estado do Paraná, senador da república pelo mesmo estado, além de deputado federal, eleito em 1995, representando o povo paranaense. Também foi candidato a Presidência da República em 1989.

Sua família paterna, formada por pecuaristas e donos de frigoríficos, fornecera quadros políticos ao antigo Partido Republicano Paranaense. Seu avô, Affonso Alves de Camargo foi deputado estadual por quatro mandatos (1898-1914), deputado federal (1921-1922), senador (1922-1927) e presidente do Estado do Paraná por duas vezes (1916-1920 e 1928-1930) durante a República Velha. Ocupava este último posto quando da eclosão da Revolução de 1930.

Affonso Camargo Neto foi casado com Gina Flores de Camargo, filha de Fernando Flores, constituinte de 1946 e deputado federal pelo Paraná entre 1946 e 1955, com quem teve cinco filhos, dos quais dois adotivos. Casou-se pela segunda vez em março de 1994 com Nadir de Santa Maria de Camargo, com quem teve um filho.

Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1952, trabalhou na iniciativa privada até aproximar-se do então governador Ney Braga que o nomeou sucessivamente diretor do Departamento de Água e Energia Elétrica do Paraná e Secretário de Justiça sendo eleito vice-governador em 1964.

Adversário político de Paulo Pimentel, trocou o antigo Partido Democrata Cristão (PDC) pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) após a instituição do bipartidarismo pelos militares. Tal opção política o fez romper com Ney Braga sendo por este derrotado na disputa ao senado em 1966.

Posteriormente Ney Braga e Paulo Pimentel romperam politicamente e Affonso Camargo recompôs sua aliança com o seu antigo padrinho político, fato que o levou à presidência do Banco do Estado do Paraná (Banestado) e a ser Secretário de Fazenda (1973-1974).


Eleito presidente do diretório regional da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) em 1975 foi indicado senador biônico em 1978. Com a volta do pluripartidarismo seguiu rumo ao Partido Popular (PP) liderado por Tancredo Neves, a quem seguiu quando de seu ingresso no Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Secretário-geral do partido, foi indicado Ministro dos Transportes em 1985 após a eleição de Tancredo Neves à Presidência da República, e com o falecimento deste foi mantido na pasta por José Sarney. Neste período, criou o vale-transporte e assim ficou conhecido pela alcunha de "O Pai do Vale Transporte". Após deixar o governo foi reeleito senador em 1986.

Affonso Camargo deixou o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) no primeiro ano de seu novo mandato e foi candidato à presidência da República em 1989, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) sem que passasse do primeiro turno. Na rodada seguinte apoiou a candidatura de Fernando Collor a quem serviu novamente como Ministro dos Transportes nos últimos meses de seu governo, quando ocupou também a pasta das Comunicações.

Foi eleito deputado federal em 1994, 1998, 2002 e 2006 sendo que durante esse período esteve filiado ao Partido Progressista Renovador (PPR) e ao Partido da Frente Liberal (PFL) antes de ingressar no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 2001.


Atividades Partidárias

  • Secretário do Diretório Nacional do Partido Democrata Cristão (PDC)
  • 1975 - Presidente do Diretório Regional da Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
  • 1979 - Vice-Presidente da Comissão Executiva do Partido Popular (PP)
  • 1979 - Vice-Líder do Partido Popular (PP) no Senado Federal
  • Secretário-Geral do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB)
  • Vice-Líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) de 02/05/2006 a 03/05/2006

Atividades Profissionais e Cargos Públicos

  • Diretor de Empresa de Incorporações Imobiliárias
  • 1961 - Diretor do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Paraná
  • 1962 - Presidente Fundador da Companhia de Desenvolvimento do Paraná (CODEPAR), em Curitiba
  • 1963 - Secretário do Interior e Justiça do Estado do Paraná
  • 1973 - Presidente do Banco do Estado do Paraná
  • 1974 - Secretário de Finanças do Banco do Estado do Paraná
  • 1974 - Secretário da Fazenda do Estado do Paraná
  • 1985-1986 - Ministro de Estado dos Transportes
  • 1992 - Ministro de Estado dos Transportes e das Comunicações

Estudos e Cursos Diversos

  • 1974 - Curso Análise Transacional e Gerência por Objetivos
  • 1952 - Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná
  • 1951 - Graduado em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Paraná
  • 1946-1947 - Curso de Desenho de Máquinas pela Escola Técnica Federal do Paraná

Fonte: Wikipédia

José Augusto

JOSÉ AUGUSTO COSTA
(45 anos)
Cantor

* Aquidabã, SE (03/10/1936)
+ Feira de Santana, BA (05/12/1981)

José Augusto Costa, popularmente conhecido como José Augusto Sergipano ou também José Augusto Velho, foi um cantor brasileiro.

Nasceu na Avenida Santa Terezinha, no bairro da Baixinha, em Aquidabã, Sergipe, onde fez os primeiros estudos, e depois foi morar em Aracaju, concluindo o 2º grau. Em 1953, estudou e trabalhou na primeira linha de ônibus coletivo da capital sergipana.

Dentre 6 irmãos, era o filho mais novo de Maria Adolfina Costa e de Januário Bispo dos Santos. O jovem José Augusto cantava nas festinhas das escolas e festas de aniversários, pois sua vocação para cantor aflorou na juventude.

Gravou mais de 200 músicas, em 22 LP's, iniciando a sua carreira de cantor na gravadora Chantecler, realizando seu grande sonho, gravando também em outras gravadoras. O seu nome "estourou" nos principais programas radiofônicos de São Paulo, fazendo sucesso retumbante, admirado pelos nordestinos e pelos brasileiros de um modo em geral.

Viajou por todo o país fazendo shows, apresentando-se, em palcos dos cinemas, pois na época os cinemas eram os principais locais para a apresentação dos artistas. As emissoras de rádio de Aracaju tocavam os seus discos, diariamente, fato que se repetia em todo o Brasil.

Morte

José Augusto, com uma agenda cheia de compromissos, ao saber da hospitalização da sua mãe, Dona Adolfina, veio às pressas para Aracaju, mas por exigência de seu empresário, viajou para realizar um show em Senhor do Bonfim, na Bahia, agendado anteriormente. Mas um acidente ocorrido perto de Feira de Santana, BA, matou-o na hora. O corpo foi sepultado, no jazigo da família, no Cemitério de Santa Isabel.


Discografia

  • 1961 - Florisbela Saint-Tropez / Saudade Bateu Na Porta
  • 1962 - Se Meu Apartamento Falasse
  • 1962 - Ninguém Faz Falta / Minha Saudade
  • 1962 - Minha Mãezinha / Cantando Pra Não Chorar
  • 1963 - Guarânia Da Noite Triste / Tortura
  • 1963 - Tudo De Mim / E O Tempo Passou
  • 1963 - Engano Do Carteiro / Até Amanhã
  • 1964 - Beijo Gelado / Amor Proibido
  • 1964 - Angústia Da Solidão / Traição
  • 1965 - Um Novo Ídolo
  • 1965 - Exitos De Brasil
  • 1966 - José Augusto
  • 1967 - Preciso De Alguém
  • 1968 - Momento Feliz
  • 1969 - Os Grandes Sucessos De José Augusto
  • 1969 - Prece De Um Rapaz Apaixonado
  • 1971 - A Vida Passando Por Mim
  • 1973 - Canção De Paz
  • 1976 - Minha Visão
  • 1978 - Aliança Devolvida
  • 1980 - Já O Novo Ídolo

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio

Osvaldo Nunes

OSVALDO NUNES
(60 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (02/12/1930)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/06/1991)

Osvaldo Nunes não chegou a conhecer os pais e foi criado em instituições de caridade. Trabalhou como baleiro, engraxate e camelô, além de artista ambulante. Já maior de idade, enveredou pela marginalidade até que, frequentando escolas de sambas e blocos de carnaval acabou por entrar na carreira artística.

Sua primeira composição foi o samba "Real Melodia". Em 1951, seu samba "Vidas Iguais", com Ciro de Souza, e o samba-canção "Estranho", com Cabeção foram gravados por Leny Eversong na Continental.

Em 1955, o samba-canção "Aquele Quarto", com Aníbal Campos foi gravado por Dalva de Andrade na Continental. Em 1962, gravou seu primeiro disco, pelo selo pernambucano Mocambo com os sambas "Lar Vazio" e "Agradecimento", ambos de sua autoria. No mesmo ano, gravou o twist "Vem Amor", parceria com Lino Roberto, e o samba "Fim", de Lino Roberto. Ainda nesse ano, e também pela Mocambo, juntamente com o Bloco Carnavalesco Bafo da Onça gravou aquele que seria seu maior sucesso, a batucada "Oba", que continuou a embalar os desfiles do bloco nas décadas seguintes e que se tornou o hino oficial do Bloco Carnavalesco Bafo da Onça. Continuando 1962, embalado pelo sucesso de "Oba" lançou pela Mocambo/Rozenblit um LP com o mesmo título no qual gravou composições próprias como "Alô Meu Bem", "Chorei... Chorei...", "Lar Vazio", e "Nunca Mais", esta última, parceria com Ruy Borges, além de "Volta Por Cima", de Paulo Vanzolini, "Diário de Amor", de Senô, "Gosto de Você de Graça" e "Zé da Conceição", de João Roberto Kelly, "Oito Mulheres", de José Batista, "Faço Um Lê Lê Lê", de Luiz Reis e Haroldo Barbosa, e "Fim", de Lino Roberto.

Em 1963, gravou os sambas "Zé da Conceição", de João Roberto Kelly, e "Alô! Meu Bem", de sua autoria. Nesse ano, seu "Samba do Saci", com Lino Roberto, foi gravado por Clóvis Pereira em interpretação de órgão, e os sambas "Chorei, Chorei" e "Samba do Saci" foram registrados pelo Bloco Carnavalesco Bafo da Onça.


Gravou pra o carnaval de 1965, o do quarto centenário do Rio de Janeiro, as marchas "A Dança da Pulga", de sua autoria e Pernambuco, e "Saudações ao Rei Momo", de sua autoria. Nesse ano, fez grande sucesso com a marcha "Na Onda do Berimbau", de sua autoria, que alcançou grande aceitação popular.

No carnaval de 1967, fez sucesso com a marcha "Mãe-iê", de sua autoria. Destacou-se no ano seguinte com a marcha "Voltei", e em 1969, com a marcha "Levanta a Cabeça".

Na segunda metade da década de 1960, apresentou-se em shows acompanhado do grupo The Pop's, com o qual gravou em 1969 o LP "Tá Tudo Aí" no qual interpretou as músicas "Tá Tudo Aí", "Você Deixa", "Tamanqueiro", "Dendeca", "Doce Canção", "Chorei Chorei", e "Canto da Sereia", todas de sua autoria, além de "Outro Amor de Carnaval", com Raul Borges e Humberto de Carvalho, "Cascata", com A. Marcilac, e "Mulher de Malandro", com Celso Castro. Gravou também "Cateretê", de Arnoldo Silva e Odair José de Araújo, e "Guerra Santa", de Mário Rossi e Cyro de Souza.

Em 1970, obteve o segundo lugar no IV Festival de Músicas de Carnaval com o samba "Não Me Deixes", de sua autoria em parceria com Milton de Oliveira e Helton Menezes. No mesmo festival, foi finalista com o samba "A Escola Vai Descer", com Aristóteles II.

Em 1971, sagrou-se tricampeão do Concurso Oficial de Músicas de Carnaval da Guanabara promovido pela Secretaria de Turismo da Guanabara, TV Tupi e jornais O Dia e A Notícia, com o samba "Saberás", parceria com R. Gerardi. No mesmo ano, lançou pela CBS o LP "Você Me Chamou", no qual cantou, apenas de sua autoria, a faixa "Real Melodia". Interpretou também as músicas "Perambulando" (Osvaldo NunesJosé Barbosa Filho, e "A Moeda" (Osvaldo Nunes e Franco Xavier), além de composições de outros compositores como "Você Me Chamou" (Rubens e Capoeira), "Ele Disse Que Vai Voltar" (Pedro Paulo), "Na Beira do Mar" (Gracia), "Eu Gosto de Ti" (Jorge Rangel), "Eu Vim de Longe" (Zé Pretinho da Bahia e Marco Antônio), "Zabelê" (Rossini Pinto), "A Lenda do Nego e a Rosa" (Getúlio Côrtes e Abelardo Gomes), "Pai Oxalá, Mãe Janaina" (Robson Guimarães e Niquinho), e "Minha Bety Adorada" (Tony Nunes).

Em 1978, já pela RCA Victor, lançou o LP "Ai, Que Vontade", no qual interpretou as músicas "Êh Viola", (Joel Menezes e Noca da Portela), "Dança do Bole Bole" (João Roberto Kelly), "Ai, Que Vontade" (Dão e Beto Sem Braço), "Se Você Me Quer" (Anezio), "Vou Tomar Um Porre" (Jurandir Bringela e Paulinho da Mocidade), "O Dono da Justiça" (Marco Polo e Genaro da Bahia), e "Se Você Quiser Voltar" (Gerson Alves e Jorginho Pessanha), além de composições suas como "Tem Tem" (Osvaldo Nunes e Celso Castro), "A Dança do Jongo" (Osvaldo Nunes e Geraldo Martins), "Tim Tim Tim Ô Lê Lê",(Osvaldo Nunes e Zé Pretinho da Bahia), "Dendê na Portela" (Osvaldo Nunes e Hilton Veneno), e "O Que é Que eu Faço".

Com mais de 40 composições gravadas, seus maiores sucessos foram os sambas "Ôba", "Virou Bagunça", "Samba do Saci", "Chorei Chorei", "Ziriguidum do Pirata", "Alô Meu Bem", "Lar Vazio", "Nunca Mais", "Catumbi Agradece" e "Na Onda do Berimbau".

Morte

Osvaldo Nunes foi assassinado misteriosamente em seu apartamento no Rio de Janeiro.


Discografia

  • 1978 - Ai, Que Vontade (RCA Victor - LP)
  • 1971 - Você Me Chamou (CBS - LP)
  • 1969 - Tá Tudo Aí! - Osvaldo Nunes e The Pop's (Equipe - LP)
  • 1963 - Zé da Conceição / Alô! Meu Bem (Mocambo - 78)
  • 1962 - Oba (Mocambo - 78rpm)
  • 1962 - Lar Vazio / Agradecimento (Mocambo - 78rpm)
  • 1962 - Vem Amor / Fim (Mocambo - 78rpm)
  • 1962 - Ôba (Mocambo / Rozenblit - LP)