Wilza Carla

WILZA CARLA ROSSI DE BRANDIZI SILIBELI SOARES MARQUES PEREIRA
(75 anos)
Atriz, Vedete, Humorista e Jurada de TV

* Niterói, RJ (29/10/1935)
+ São Paulo, SP (18/06/2011)

Neta de político famoso no Rio, Wilza Carla foi abandonada pelo pai aos 3 anos de idade e passou toda sua infância dividida entre a mansão dos avós e o "quarto e sala" da mãe. Em 1955, foi convidada na porta do Colégio Sion, por Carlos Manga para um bom papel no filme "Chico Viola Não Morreu". Aceitou e filmou escondida dos avós, que a proibiam até de ter aulas de ballet. Quando o filme estreou Wilza Carla foi expulsa do Colégio Sion, mas não desistiu da carreira.

No mesmo ano foi eleita Rainha dos Comerciários e escalada para o programa de TV "Familia Boa Aventura". No cinema teve um pequeno papel em "Eleanora dos Sete Mares" e na produção italiana "Pani, Amore e Carnavale". Tentou também o teatro "sério" na peça "Comédia do Coração", com Paulo Autran, mas acabou partindo para o Teatro de Revista que dava mais dinheiro e mais prestígio.

Rapidamente se tornou uma das principais vedetes do país, favorita de muitos políticos. Iniciou então a famosa coleção de noivos. Em 1957, 1958 e 1959 reinou soberana como Rainha do Carnaval, a única na história do carnaval com 3 títulos consecutivos.

Wilza Carla já estava passando de voluptuosa para gorda na entrada dos anos 60, mesmo assim seu prestigio e beleza garantiram ainda muitos anos de rebolado. De 1960 a 1964, se dividiu entre Brasil e Portugal, onde estrelou com muito sucesso montagens brasileiras como "Boa Noite Lisboa" e "Pão, Amor e Reticências".


Em 1962 Wilza Carla fez sua estréia nos desfiles de fantasia do Teatro Municipal, com a fantasia Rainha dos Vampiros. Foi desclassificada porque a comissão julgadora considerou sua fantasia imoral. Wilza Carla deu início as suas famosas brigas com o juri e os organizadores do Teatro Municipal, sempre que não tirava o primeiro prêmio. No ano seguinte ficou em primeiro lugar com a fantasia em homenagem a Ary Barroso, intitulada Aquarela do Brasil. Daí pra frente, foi uma coleção de prêmios, na maioria das vezes, na categoria de originalidade, onde sempre foi imbatível.

Em 1967 participou da cultuada produção sueca, rodada no Rio de Janeiro, "Palmeiras Negras", dos diretores Lassen Ligrend e Iulin Bohim, interpretando o segundo papel do filme ao lado de Bibi Anderson. Estava então com 133 quilos e fez uma cena totalmente nua. Apesar do filme ter sido muito comentado e censurado aqui no Brasil, trouxe um premio de melhor atriz no Festival de Palermo.

Já na década de 70, Wilza Carla atuou em dezenas de produções baratas da Boca do Lixo, alguns cults como "Os Monstros de Babaloo" de "Elyseu Visconti", considerado o filme mais erótico produzido no Brasil nos anos 70. Mas também teve participações em filmes importantes do cinema nacional como "Os Herdeiros" de Carlos Diegues, "Macunaíma" e "Guerra Conjugal", ambos de Joaquim Pedro de Andrade.

Na TV participou de programas humoristicos como "Balança Mas Não Cai" e algumas novelas na antiga TV Tupi, como "Jerônimo, o Herói do Sertão" e "Assim na Terra Como no Céu". Mas foi em 1976 que teve seu grande momento na televisao brasileira, como Dona Redonda, um dos personagens surrealistas da novela "Saramandaia" de Dias Gomes. Dona Redonda, um dia, explode de tanto comer e ainda deixa uma cratera no chão. Mas o público exigiu a volta de Wilza Carla, e ela volta na pele de Dona Bitela, irmã gêmea de Dona Redonda.


Em 1977, Wilza Carla seria escolhida por Federico Fellini para estrelar "Casanova", onde desempenharia o papel de uma mulher gigante, mas acabou não acontecendo.

Em 1979 casou-se com o modelo Paulo Bezerra, já grávida de Paola Faenza Bezerra da Silva, que nasceu 5 meses depois.

Na década de 80 se firmou como jurada do "Programa Sílvio Santos" e "Programa Raul Gil".

Em 1984 começaram seus sérios problemas de saúde. Diabética e com problemas de ácido úrico, hipertensão arterial, infecção urinária e trombose nas pernas, ficou várias semanas internada e precisou da ajuda de amigos e artistas como Hebe Camargo, Sílvio Santos e Roberto Carlos para pagar suas contas no hospital.

Daí em diante, suas aparições foram diminuindo. Ainda teve participações especiais em programas do Chico Anysio, na novela "Cambalacho", e alguns programas humorísticos da TV Bandeirantes. Mesmo com todos os problemas de saúde, continuou desfilando suas fantasias de carnaval como hors-concours (fora da competição).

Em 1991 fez na Rede Globo a minissérie "O Portador" de Herval Rossano. Ao lado de Lafayte Galvão formou um casal dono de pastelaria e traficante de sangue. Também em 1991, fez sua ultima participação em novelas, na TV Manchete em "A História de Ana Raio e Zé Trovão", no personagem Maria Gasolina.


Em 1993 desfilou no Teatro Municipal pela última vez com a fantasia "Recordação de um Pássaro", encerrando mais de 30 anos de uma trajetória de muito sucesso no mundo das fantasias.

Em 1994 os problemas de saúde voltam com força total. Teve a vista atacada por uma catarata que a deixou praticamente cega, a artrose nos joelhos a impediu de andar.

Em 1995 foi internada as pressas com depressão aguda e a diabetes fora do controle. Ficou quase um ano na UTI e chegou a entrar em coma. O peso muito acima do normal, 190 kg., complicou ainda mais a situação. Wilza Carla esteve a beira da morte, perdeu a visão e parou de falar.

Wilza Carla deu uma melhorada, operou a catarata, emagreceu 100 kg., mas ainda estava numa cadeira de rodas devido a falta de verba e também de coragem para implantar uma prótese. Estava vivendo em São Paulo, na casa da antiga amiga Phedra del Cordoba. Ainda tinha muita depressão, perdeu boa parte da memória e não conseguia falar muito pois sempre se emocionava e chorava. Provavelmente por constatar que num pais sem memória como o Brasil, hoje ela estava totalmente esquecida.

A atriz e ex-vedete Wilza Carla morreu no sábado, 18/06/2011, aos 75 anos, no Hospital das Clínicas de São Paulo. Segundo a advogada e amiga, Maria Francisca Valias, ela sofria de diabetes e de problemas cardíacos. Além disso, ainda de acordo com a amiga, Wilza tinha dificuldades de memória e para se locomover.

Israel Pinheiro

ISRAEL PINHEIRO DA SILVA
(77 anos)
Político

* Caeté, MG (04/01/1896)
+ Caeté, MG (06/07/1973)

Foi um político brasileiro, autoridade responsável pela construção da cidade de Brasília e seu primeiro administrador.

Foi um dos pioneiros da siderurgia no Brasil e diretor da Cia. Cerâmica João Pinheiro. Apoiou a Revolução de 1930 e o Estado Novo de 1937.

Começou na política quando ainda era jovem. Elegeu-se Vereador de Caeté e agente executivo - o prefeito da época - quando tinha somente 26 anos. Logo depois, o governador Benedito Valadares o convidou para ser secretário de Agricultura, Obras Públicas, Indústria e Viação e depois superintendente da Vale do Rio Doce, tornando-se o primeiro presidente da companhia após a sua instituição como empresa.

Escolarização

Israel Pinheiro começou com suas primeiras letras com a preceptora francesa Marie Haulzhuns Melle, que lhe ensinou também francês. Ele teve também outra preceptora, a alemã Marie Lippelt. Apesar de seu pai, João Pinheiro da Silva, ter formação positivista, despediu a preceptora por motivos religiosos.

Com a morte de João Pinheiro da Silva, Helena Pinheiro (sua mãe) foi deixada momentaneamente em sérias dificuldades financeiras, pois a cerâmica que era pertencente à família estava em dívidas. A educação dos filhos foi feita com sacrifício, principalmente na área que incluia a escolarização. Israel que estava com 12 anos e estava pronto para cursar o secundário (segunda série), foi chamado para estudar gratuitamente no Colégio Santa Rosa, mas para seus estudos acabou aceitando a ajuda de Luiz de Vasconcelos, que custeou todos os seus estudos, e também, o ensino superior. Assim, matriculou-se como aluno interno no Colégio Preparatório Santo Estanislau, atual Colégio Anchieta. Ele matriculou-se no colégio no dia 13 de março de 1901.

Em 1912 passa no exame para a Escola de Minas de Ouro Preto, na qual realiza seus estudos superiores. Em 1920 forma-se em Engenharia de Minas, Metalurgia e Civil e viaja à Europa como prêmio de melhor aluno do curso.

Casamento

Casou-se em 2 de fevereiro de 1924 na cidade de Belo Horizonte, com Coracy Uchôa. Coracy era companheira dele nas viagens e encontros políticos, pouco palpitando em seus assuntos particulares e políticos.

Filhos

Junto com Coracy Uchôa teve nove filhos:

- Coracy Uchôa Pinheiro
- Israel Pinheiro Filho
- Helena Uchôa Pinheiro
- Maria Amélia Pinheiro
- João Virgílio Pinheiro
- Maria Eliza Pinheiro
- Maria Inês Uchôa
- Maria Regina Uchôa
- Otávio Uchôa Pinheiro

Formação Política

Em 1945, tornou-se Deputado por Minas Gerais, elaborando a Constituição de 1946, mantendo-se na câmara, reelegendo-se em 1950 e 1954.

Apoiou Juscelino Kubitschek ao governo de Minas Gerais em 1950, e para presidente em 1955.

Tornou-se o presidente da Novacap, a empresa pública que construiu Brasília, tendo sido, após a inauguração oficial em 1960, seu primeiro administrador, durante os últimos meses do Governo Juscelino Kubitschek.

Em 1965, após o Golpe de 1964, candidatou-se ao governo de Minas Gerais, logrando êxito. A sua vitória, junto com a de Negrão de Lima na Guanabara, fez com que o governo militar editasse o AI-2, acabando com o Multipartidarismo.

Apesar de ser oposição ao governo, que durante o seu mandato editou o AI-5, manteve razoáveis relações com o mesmo, completando o mandato. Acabou seu mandato em 1971, falecendo dois anos depois, sendo enterrado na sua terra natal.

Atuação Parlamentar

A trajetória de Israel Pinheiro na Câmara dos Deputados vai da Constituinte de 1946 até a renúncia do mandato, convocado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, assumindo a direção da Novacap.

Não sendo um parlamentar de plenário, nem sendo um político voltado para as questões específicas de sua região eleitoral, sua intervenção nos debates se deu através do trabalho nas comissões técnicas, onde tratava das questões do desenvolvimento econômico do país, ao qual procurou dar base estrutural. Basta citarmos um de seus projetos, o da criação do Ministério da Economia, apresentado, com exposição de motivos ao presidente do Brasil, Eurico Gaspar Dutra, em 1947.

Ingressando na política em 1922, quando foi eleito Vereador em Caeté, presidente da Câmara Municipal, e conseqüentemente agente executivo, não podia deixar de ser um homem envolvido com sua época, participando ativamente do debate que se tratava, principalmente depois da Revolução de 1930, entre as correntes agralista e industrialista, que predominavam os debates parlamentares, sem falta.

Herdeiro e seguidor de um dos pensamentos mais férteis da política mineira, o de seu pai João Pinheiro da Silva, não se filiou a nenhuma das correntes, adotando um próprio discurso liberal, com tentativa de encontrar uma solução viável para o desenvolvimento econônico, que aliasse as duas posições.

A atuação de Israel na Câmara dos Deputados, entre 1946 e 1956, foi marcada por suas intervenções nos debates sobre problemas econômicos, mas muito mais que nos debates eminentemente políticos que se tratavam em plenário.

Mais voltado para os trabalhos nas comissões, sua presença estava sempre ligada às discussões em temas sobre os problemas econônicos e falhas no sistema de economia do país que marcavam o período, como, por exemplo, a criação da Petrobrás, a mudança na capital federal e a aprovação dos planos de desenvolvimento no país.

Iniciando sua carreira parlamentar na Constituinte de 1946, teve papel de destaque quando na discussão do capítulo da Ordem Econômica, ao qual apresentou emendas que iriam delinear seu pensamento, que em relação ao modelo de desenvolvimento, pretendia ver implantando, além de marcar sua posição como presidente da influente Comissão de Finanças.

Quando se iniciou a discussão sobre o anteprojeto constitucional, já se sabia que iria ser aprovado uma Constituição que fosse a imagem do PSD, partido pelo qual fora eleito Eurico Gaspar Dutra. A tentativa de se elaborar uma constituição mais avançada ficaria por conta dos parlamentares do PCB, da Esquerda Democrática, de uma ala do PTB e de alguns deputados e senadores da UDN.

Tragédia da Gameleira

Israel Pinheiro era o governador de Minas Gerais à época do desabamento do Pavilhão de Exposições da Gameleira, em Belo Horizonte, tido como o maior acidente da história da construção civil brasileira, em fevereiro de 1971. Centenas de operários trabalhavam em ritmo acelerado para concluir a obra, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Israel tinha pressa, segundo testemunho de sobreviventes e jornalistas, pois pretendia entregar a obra antes do término de seu mandato, em 15 de março daquele ano. Ignorando a opinião de operários, que alertaram os engenheiros sobre fissuras e estalos nos alicerces, foi dada a ordem para a retirada das vigas de sustentação. A estrutura desabou. Foram contados 69 homens mortos e mais de 50 mutilados. Há ainda a suspeita de que muitos outros ficaram soterrados e seus corpos nunca foram encontrados.

O governo e a empresa responsável pela obra, Serviços Gerais de Engenharia S.A. (Sergen), se eximiram da responsabilidade pela tragédia, que causou grande comoção popular. Israel Pinheiro esteve no local da obra no dia anterior. Apesar de ter criado um órgão especialmente para acompanhar a construção, o Estado não cumpriu o seu papel de fiscalização. O pedido de indenização para vítimas e familiares só foi ajuizado em 1984 e até hoje corre na Justiça.

Morte

No dia 4 de julho de 1973, durante um almoço no Palácio da Liberdade com o ex-embaixador japonês no Brasil Fumio Miura, Israel passou mal. Foi levado para o Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, onde foi asssistido por médicos. Depois de fazer exames, permaneceu internado por um dia, em observação médica. Os exames estavam normais, exceto por uma hérnia diafragmática antiga, que parecia estrangulada, projetando uma massa na parte alta do abdômen. A compressão da massa causava vários problemas respiratórios, inclusive Angor Pectoris.

No dia seguinte, à noite, Israel reclamou com seu médico que a dor estava terrível. No dia 6 de julho de 1973, ele morreu de fulminante Angina Pectoris.

Fonte: Wikipédia

Gilberto Garcia

ANTÔNIO GILBERTO GARCIA COSTA
(60 anos)
Ator e Roteirista

* Uberlândia, MG (1936)
+ Goiânia, GO (1996)

Conheceu Moacyr Franco ainda jovem, com quem formou uma dupla e juntos foram para Ribeirão Preto, onde iniciaram a carreira artística.

Trabalhou como roteirista dos programas Moacyr Franco Show, Chico Anysio Show, Os Trapalhões, entre outros.

No cinema trabalhou no roteiro do filme O Cinderelo Trapalhão. Como ator fez o filme Ninguém Segura Essas Mulheres e a novela Vejo a Lua no Céu. Foi produtor de elenco da Rede Globo no final dos anos 70.

Gilberto estreou na Rádio PRA-7 em 1956 tendo sido apadrinhado por Aloysio Silva Araújo, participando de um programa juvenil apresentado por Wilson Gasparini. Gilberto cantava músicas francesas neste programa. Estreou como ator de televisão no Programa Miss Campeonato em 1960.

Em 1994 possuia junto com Moacyr Franco uma empresa de criação e exportação de peixes no Centro Oeste brasileiro.

Foi casado com Dirce Engracia Prieto com quem teve quatro filhos: Rosana Garcia, Isabela Garcia, Ricardo Garcia e Gilberto Garcia. Era tio da atriz Vanessa Prieto.

Tevisão

1960 - Miss Campeonato
1970 - Moacyr Franco Show
1974 - O Espigão
1976 - Vejo a Lua no Céu
1979 - Os Trapalhões

Faleceu vítima de Infarto.

Fonte: Wikipédia

Terry Winter

THOMAS WILLIAM STANDEN
(57 anos)
Cantor e Compositor

* São Paulo, SP (08/05/1941)
+ São Paulo, SP (22/09/1998)

Filho de pais ingleses, Charlie Standen e Tessie Standen, começou sua carreira artística participando de comédias na sua adolescência. Antes de se tornar profissional, foi professor de inglês. Um de seus alunos trabalhava na gravadora RCA Victor, o que facilitou a gravação do seu primeiro disco, um compacto simples, que continha as músicas: "Véspera Do Fim Do Mundo" e "Não Brinque Com Fogo", usando o seu verdadeiro nome Thomas Standen. Gravou, com o mesmo nome, vários compactos, inclusive uma das músicas que obteve bastante sucesso, "O Quente".


Começou a ser reconhecido quando mudou de nome para Terry Winter. Antes, tinha usado o nome artístico Tony Temple e não deu certo. Foi primeiro artista brasileiro a gravar em inglês. Depois, surgiram outros, como por exemplo: Dave MacLean (José Carlos Gonzales), os irmãos Ralf (Ralf Richardson da Silva) e Chrystian (José Pereira da Silva Neto), Morris Albert (Maurício Alberto Kaisermann), Uncle Jack, depois Mark Davis e atualmente Fábio Jr. (Fábio Correa Ayrosa Galvão), Tony Stevens (Jessé), Edward Cliff (Jean Carlo), dentre muitos outros. Também brasileiros gravando em inglês foram os grupos Trepidants, Pholhas, Lee Jackson e Light Reflections.

Em 1962, quando se lançou com "Running For Love" e recebeu a primeira enxurrada de críticas, defendeu-se:

"Esse pessoal não está com nada. Dizem que a gente tem que fazer música em português pra ser respeitado, mas Ary Barroso compunha tango com o pseudônimo de Juan Robledo e nunca ninguém disse nada."

Terry Winter também foi o primeiro a revelar ao público que era brasileiro. Isso aconteceu no "Programa Sílvio Santos".

O cantor usou outros pseudônimos. Dizia que, em razão de não obter sucesso, o público nem notava a troca constante de nomes.

Foi lançado na Rádio Record e TV Record através do cantor Nick Savoia, no programa que ele comandava, chamado "Entrevista Orniex Com Nick Savoia".

Terry Winter casou-se com Vicky, irmã adotiva de Nick Savoia. Anos depois, porém, divorciaram.

Com o nome verdadeiro, Tommy Standen fez várias composições para os cantores na década de 60, dentre os quais Nilton César ("Chamado Interurbano", "Ao Mundo Vou Contar", "Garota Caprichosa", "Turbilhão"), Wilson Miranda ("Eu Vou Chorar Por Você"), Vanusa ("Eu Vou Ser Eu"), Agnaldo Rayol ("Nosso Caminho No Mundo") e outros.

Teve afinidade maior com Ronnie Von, quem lhe ajudou muito no período crítico de sua vida e que gravou, dentre outras, "Igual A Peter Pan" e "Minha História". Em parceria com Fred Jorge fez "Pequeno Príncipe", "Soldadinho De Chumbo" e "Paraíso".

Gravou 6 álbuns e vários compactos, destacando-se os sucessos "Summer Holliday" (Seu maior hit), "You´ll Notice Me", "Mission To Carry", "Lovely Love" e "Our Love" (Em dueto com Sylvoa Massari), "Our Love Dream", dentre outros.

Terry Winter deixou de fazer sucesso como intérprete, mas ainda frequentou as paradas graças a mais uma metamorfose: como Chico Valente, assinou vários sucessos de música sertaneja moderna como "Sonho De Um Caminhoneiro", "Mãe De Leite" (ambas gravadas por Milionário & José Rico), "Convite De Casamento" (gravadas por Ataíde & Alexandre), "Meu Velho Amigo" (Tonico & Tinoco) e "Rei Do Gado" (tema de abertura da telenovela homônima da Rede Globo) compostas em parceria com Nil Bernardes, o mesmo Neil Bernard co-autor de "Summer Holiday" e outras.


Morte

Terry Winter sofria desde criança de bronquite asmática e durante a vida toda foi muitas vezes socorrido e cuidado por sua esposa Miriam.

Em 1998, andava muito ansioso e as crises voltaram a ficar freqüentes. Numa manhã de agosto de 1998 passou mal e com a demora na chegada do resgate, ele sofreu um derrame.

Por volta da 6:00 hs foi levado para o pronto socorro do Butantã, SP, e de lá foi transferido para Hospital do Jabaquara, onde ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva. As perspectivas de recuperação eram boas e o médico que o assistia garantiu que em dois meses ele estaria saindo do hospital. Terry Winter só permitiu a visita de seus familiares.

Após 32 dias de internação, contraiu inesperadamente uma pneumonia e veio a falecer em 22/09/1998, aos 57 anos. Foi sepultado em 23/09/1998 no Cemitério Campo Grande, no bairro de Interlagos.