Silveirinha

OCTÁCIO DA SILVEIRA
(88 anos)
Ator e Humorista

* Florianópolis, SC (1923)
+ Rio de Janeiro, RJ (15/11/2012)

Octácio da Silveira, ator cômico, trabalhou em várias produções da TV Globo como "Corpo A Corpo" (1984), "Memórias De Um Gigolô" (1986), "Hipertensão" (1986), "A, E, I, O... Urca" (1990) e "Pedra Sobre Pedra" (1992).

Com o personagem Belzonte, da "Escolinha do Professor Raimundo", trabalhou ao lado de Chico Anysio.


Morte

Silveirinha estava internado no Hospital Quinta D'Or, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro e morreu na quinta-feira, 15/11/2012 aos 88 anos. O corpo do ator foi velado desde às 10:00 hs na Capela 6 no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária da cidade e foi sepultado na sexta-feira, 16/11/2012, às 14:00 hs, na Ordem Terceira da Penitência, no Caju. 

Segundo a família, Silveirinha sofria de Isquemia e morreu vítima de Falência Múltipla dos Órgãos. Ele estava internado em um hospital da zona norte do Rio de Janeiro. Cerca de 30 pessoas participaram do velório. No cemitério, o caixão foi coberto com uma bandeira do Botafogo. "Ele sabia separar o que era importante do que não era. Foi um grande pai, é uma referência pra mim. Ele ensinou a gente a viver", disse uma das duas filhas do ator, Sônia da Silveira. O ator completaria um mês de internação no sábado, dia 17/11/2012.

Silveirinha deixou duas filhas, quatro netos e um bisneto.

Fonte: WikipédiaA Tarde e G1

Darcy Vargas

DARCY SARMANHO VARGAS
(72 anos)
Primeira Dama Brasileira

* São Borja, RS (12/12/1895)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/06/1968)

Darcy Sarmanho Vargas foi a esposa de Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, e a primeira-dama do país por dois períodos.

Na condição de primeira-dama, Darcy Vargas tornou-se um exemplo e uma referência para suas contemporâneas, devido à sua preocupação com as questões sociais e assistenciais. A fundação de diversas instituições criadas em sua honra e por ela mesma formam seu maior legado.

Família e Casamento

Darcy Sarmanho nasceu em uma família gaúcha de elite. Era a filha mais moça de Antônio Sarmanho, estancieiro e comerciante, e de Alzira Lima Sarmanho. Entre seus irmãos estava Válder de Lima Sarmanho.

Em 1911, aos quinze anos de idade, Darcy Sarmanho casou-se com o então advogado Getúlio Dornelles Vargas, natural da mesma cidade. As meninas, à época, eram criadas desde cedo para o casamento, às vezes interrompendo a vida escolar, o que aconteceu à Darcy. O casal Vargas, em seis anos de casamento, teve cinco filhos: Lutero Vargas (1912), Jandira Vargas (1913), Alzira Vargas (1914), Manuel Antônio (1916) e Getúlio Filho (1917). Sua filha Alzira Vargas casou-se com Ernani do Amaral Peixoto.

Darcy Vargas, como esposa, sempre esteve ao lado de Getúlio Vargas nas cenas políticas. Antes da Revolução de 1930, já havia demonstrado seu compromisso com o Brasil, através de obras sociais. Criou em Porto Alegre a chamada "Legião da Caridade", formada por mulheres da elite gaúcha que ajudavam a produzir roupas e angariar e distribuir alimentos para famílias cujos homens participavam, ao lado de Getúlio Vargas, da Revolução.

Os Adultérios de Vargas

O diário de Getúlio Vargas, que cita mais de 1300 pessoas, menciona uma mulher misteriosa alcunhada de "bem-amada", "luz balsâmica" e "encanto da minha vida", por quem declarou estar apaixonado em abril de 1937. A mulher é supostamente a paranaense Aimée Sotto Mayor Sá, que foi esposa de Luís Simões Lopes, chefe de gabinete de Getúlio VargasAimée significa amada em francês. Os lugares de encontro mencionados são Poços de Caldas e São Lourenço.

Independente de quem fora realmente a "bem-amada", o relacionamento durou até maio de 1938 e causou uma crise doméstica entre Getúlio Vargas e Darcy Vargas. Em um dado momento do casamento, eles passaram a dormir em camas separadas.

Na mesma época da "bem-amada", houveram boatos de que Getúlio Vargas estava tendo um caso com a poetisa Adalgisa Nery. O próprio Benjamim Vargas, irmão de Getúlio Vargas, alertou o presidente de tais rumores. Getúlio Vargas teria respondido: "Bobagem! Isso é gabolice do Lourival! Ele é que espalha para se gabar!". De acordo com Ivan Nery, filho de Adalgisa Nery,  sua mãe e a primeira-dama eram amigas.

A amante mais famosa de Getúlio Vargas foi a jovem atriz Virgínia Lane. Eles tiveram um relacionamento que durou mais de dez anos.

Ao longo de todo o diário, Getúlio Vargas insinuou dezenas de vezes ter tido aventuras extraconjugais passageiras, chamadas de "amores mercenários" por ele mesmo.

Primeira-Dama (1930-1945)

Nas décadas de 1930 e 1940, a primeira-dama trabalhou no Abrigo Cristo Redentor e criou a Fundação Darcy Vargas em 1938, cujo principal projeto foi a Casa do Pequeno Jornaleiro, a qual atua até hoje no bairro da Saúde educando 300 jovens pobres e cuidando deles.

Após a declaração do ingresso do Brasil na Segunda Guerra Mundial em 1942, a primeira-dama criou a Legião Brasileira de Assistência (LBA), da qual se tornou a primeira presidente. A Legião Brasileira de Assistência tinha como função ajudar familiares de soldados brasileiros enviados à Segunda Guerra Mundial.

Em fevereiro de 1943, Darcy Vargas sofreu a perda de seu filho mais jovem, Getúlio Filho, que morreu de Poliomielite aos vinte e três anos. De luto, afastou-se da presidência da Legião Brasileira de Assistência até outubro daquele ano. Passou a compor álbuns e a coletar recortes de jornais, em memória do filho falecido.

Darcy Vargas e outras mulheres, através de campanhas na imprensa, conseguiram popularizar a Legião Brasileira de Assistência, e milhares de mulheres voluntárias inscreveram-se nos cursos do órgão. Algumas foram preparadas para atuar na proteção da população caso houvesse bombardeio, outras foram encarregas de ensinar a donas-de-casa a praticar a economia de alimentos. As socorristas samaritanas responsabilizavam-se pelo o atendimento de enfermagem e as legionárias da costura produziam materiais médico-hospitalares e roupas para os soldados. Haviam também outros tipos de serviços, como a organização da biblioteca do combatente (pelas madrinhas).

Primeira-Dama (1951-1954)

Durante a grande seca no início da década de 1950, Darcy Vargas visitou e ajudou os flagelados nos Estados atingidos. A primeira-dama promoveu a aquisição de toneladas de leite em pó da Holanda para a população infantil e, graças à ajuda de empresas privadas, obteve o meio de transporte gratuitamente. Além disso, Darcy Vargas adquiriu, por doações, na Alemanha, o primeiro hospital volante.

Promoveu a assistência a vítimas das enchentes do rio Amazonas e mesmo após o suicídio de Getúlio Vargas, continuou trabalhando na Fundação.

Getúlio Vargas e Darcy Vargas
Morte

Darcy Vargas faleceu às 4:00 hs do dia 25 de junho de 1968, aos 72 anos de idade, a mesma idade em que Getúlio Vargas cometeu suicídio.

Seu corpo, após o velório na capela da Casa do Pequeno Jornaleiro, foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, próximo à lápide de Getúlio Vargas Filho, conforme seu desejo.

Fonte: Wikipédia

Otto Lara Resende

OTTO DE OLIVEIRA LARA RESENDE
(70 anos)
Escritor e Jornalista

* São João Del-Rei, MG (01/05/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (28/12/1992)

Otto Lara Resende nasceu em 01/05/1922, na Rua da Matola 9, São João Del Rey. Foi um jornalista e escritor brasileiro. Otto Lara Resende é pai do economista André Lara Resende. Seu pai, Antônio de Lara Resende, era professor, gramático e memorialista, e foi casado com Maria Julieta de Oliveira, com quem teve 20 filhos, dos quais Otto era o quarto.

O seu pai, professor, era dono do próprio colégio, o Instituo Padre Machado que foi transferido para Belo Horizonte em 1938, levando toda a família. Otto começou a escrever no jornalzinho do colégio que era vistoriado pelo professor Benone.

Em 1938, aos 16 anos, quando já morava em Belo Horizonte, Otto começou a ter maior contato com autores lançados na época. Conheceu Fernando Sabino e entrou para o escotismo, frequentou o curso de inglês com Paulo Mendes Campos e tornou-se amigo de Hélio Pellegrino, com quem lançou o jornal Liberdade em oposição ao Estado Novo.

Nesta época, Otto já trabalhava como professor de português e francês. Em 1939, foi convidado para trabalhar no serviço do Imposto Territorial da Secretaria de Finanças de Minas Gerais. Aos dezoito anos, iniciou como jornalista no jornal O Diário, de Belo Horizonte, estreando com o artigo "Panelinhas Literárias".

No decorrer de sua vida trabalhou no Diário de Minas e no Rio de Janeiro, nos veículos Diário de Notícias, O Globo, Diário Carioca, Correio da Manhã, Última Hora, Manchete, Jornal do Brasil, TV Globo, e no paulista Folha de São Paulo.


Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro, já formado em direito, trabalhou como jornalista e funcionário público. Em 1948, casou-se com Helena, neta do ex-governador de Minas Gerais, João Pinheiro.

Otto Lara Resende publicou o seu primeiro livro de contos, "Lado Humano", em 1952, pela editora A Noite. Em 1957, publicou o seu segundo livro "Boca do Inferno", pela editora José Olympio. Depois de ter trabalhado na revista Manchete como redator-chefe e diretor, se demitiu e viajou com a família para a Bélgica, onde exerceu trabalhos culturais na embaixada brasileira.

Fundou com Rubem Braga e Fernando Sabino, entre outros amigos, a Editora do Autor. Lá, publicou "O Retrato Na Gaveta" (1962) e "O Braço Direito" (1963). Em 1964, escreveu "A Cilada", um conto sobre a avareza, no livro "Os Sete Pecados Capitais", publicado pela Editora Civilização Brasileira, e do qual participaram também Guimarães Rosa (Soberba), Carlos Heitor Cony (Luxúria), Mário Donato (Ira), Guilherme Figueiredo (Gula), José Condé (Inveja) e Lygia Fagundes Telles (Preguiça).

Na década de 60, tornou-se editoralista do Jornal do Brasil. Em 1967, estreou o programa de TV "O Pequeno Mundo De Otto Lara Resende", na TV Globo, uma participação diária de 60 segundos durante a qual falava sobre os acontecimento do dia. Em 1979, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 39, em 2 de outubro.

Depois de prestigiado sucesso como cronista da Folha de São Paulo, no início da década de 90, em 1992, largou o jornalismo aos 70 anos de idade.

Em 28 de dezembro de 1992, faleceu vitimado por uma Embolia Pulmonar e Infecção Hospitalar. Na época de sua morte, trabalhava como cronista para o jornal Folha de São Paulo.


Academia Brasileira de Letras

Em 3 de julho de 1979, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 39, vaga com a morte de Elmano Cardim.

Obras

  • 1952 - O Lado Humano (Contos)
  • 1957 e 1998 - Boca Do Inferno (Contos)
  • 1962 - O Retrato Na Gaveta (Contos)
  • 1964 - O Braço Direito (Romance)
  • 1965 - A Cilada (Conto, publicado em "Os Sete Pecados Capitais")
  • 1975 - As Pompas Do Mundo (Contos)
  • 1991 - O Elo Partido e Outras Histórias (Contos)
  • 1993 - Bom Dia Para Nascer (Crônicas na Folha de São Paulo)
  • 1994 - O Príncipe E O Sabiá E Outros Perfis (História)
  • 1995 - A Testemunha Silenciosa (Novelas)