Amaral Netto

FIDÉLIS DOS SANTOS AMARAL NETTO
(74 anos)
Jornalista e Político

☼ Rio de Janeiro, RJ (28/05/1921)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/10/1995)

Fidélis dos Santos Amaral Netto, mais conhecido como Amaral Netto, foi um jornalista e político brasileiro nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 28/05/1921. Ficou conhecido do grande público durante a década de 70 pelo programa na TV Globo, "Amaral Netto, o Repórter", onde, com equipamento sofisticado para a época, alcançava as mais longínquas regiões do país e divulgava as obras do Regime Militar.

Filho de Luciano Amaral e Heroína Sobral Amaral, após estudar em Niterói e Petrópolis ingressou no Colégio Pedro II e a seguir foi um dos alunos fundadores da Escola de Marinha Mercante. Ao desembarcar no Rio de Janeiro trabalhou no protocolo do Instituto Vital Brazil.

Iniciou a carreira jornalística no Correio da Noite e em 1949 fundou a Tribuna da Imprensa ao lado de Carlos Lacerda com quem combateu os governos de Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.

Eleito Deputado Estadual pela UDN da Guanabara em 1960 e deputado federal em 1962, foi para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) tão logo o Regime militar de 1964 baixou o Ato Institucional Número Dois (AI-2) que instituiu o bipartidarismo.

Amaral Netto e Flávio Cavalcanti
Em 1964, ao fazer oposição à candidatura de Carlos Lacerda à Presidência da República, Amaral Netto não conseguiu conter o apelo popular a favor do político carioca, de acordo com artigo no jornal Tribuna da Imprensa de 09/11/1964:
"Por ironia do destino, o próprio deputado Amaral Netto, opositor da candidatura Carlos Lacerda à Presidência da República, foi o responsável por sua consagração, ao discursar anteontem, na sessão inaugural da Convenção Extraordinária da União Democrática Nacional (UDN), em meio a vaias estrepitosas e alguns aplausos. (...) Em um discurso tumultuado, Amaral Netto chegou a comparar Carlos Lacerda a Jânio Quadros - e quase não pôde permanecer na tribuna, ante a indignação popular - e provocou uma explosão de entusiasmo entre os convencionais, que aclamaram o candidato udenista à sucessão presidencial, mal terminara o deputado carioca seu discurso."
Reeleito em 1966, migrou para a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) no ano seguinte, sendo reeleito em 1970 e 1974 passou a representar o estado do Rio de Janeiro a partir de 15/03/1975. Data deste período o programa "Amaral Netto, o Repórter", na TV Globo, em que fez diversas reportagens nas regiões brasileiras, destacando obras do governo militar.

Membro do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1967, Amaral Netto atuava em dobradinha com Mário Covas, de quem veio a ser o maior adversário, na década de 80.

Derrotado ao buscar um novo mandato em 1978, ingressou no Partido Democrático Social (PDS) e foi reeleito em 1982, 1986 e 1990. Candidatou-se a prefeito do Rio de Janeiro pelo PDS nas eleições de 1992, mas foi derrotado.

Amaral Netto e Chucho Narvaez em "Amaral Netto, O Repórter"
Amaral Netto conquistou seu 8º mandato pelo Partido Progressista Reformador (PPR) em 1994, mas em razão de um acidente automobilístico licenciou-se do mandato.

Teve como principal bandeira em sua carreira política a defesa pela adoção da pena de morte no país. Ele apresentou uma emenda constitucional que propunha um plebiscito para implantar a pena de morte para sequestradores, ladrões e estupradores que assassinassem suas vítimas. O plebiscito, um instrumento mais direto de consulta popular, foi rejeitado pelos que se afirmavam democratas e contrários à pena capital. A ofensiva contrária revelou uma realidade pouco admitida por seus desafetos: A pena de morte teria grande chance de ser aprovada se fosse submetida a um plebiscito popular.

Amaral Netto foi um dos mais barulhentos porta-vozes da direita e defendia os governos militares com ardor.

Com cerca de 20 anos no vídeo, o repórter mostrou os tubarões em Fernando de Noronha e, numa de suas primeiras grandes reportagens-pesquisas, foi até o Xingu mostrar como vivem os Xavantes. Revelando ao público usos e costumes selvagens conservados durante dois mil anos, lançou um apelo em favor da doação de remédios e itens básicos para o auxílio aos Silvícolas.

Como repórter-historiador, Amaral Netto trazia à luz documentos, fatos e curiosidades da História do Brasil. Em sua passagem pela TV Tupi, costumava abrir o programa com perguntas como: Que nome tem o Brasil? De que cor são as letras da Bandeira Nacional? Que idade tinha Cabral quando descobriu o Brasil?

Morte

Amaral Netto faleceu no Rio de janeiro, RJ, no dia 17/10/1995, em consequência de um edema pulmonar agudo, caracterizado pelo acúmulo de líquido nos pulmões. Ele teve o edema durante a madrugada, não resistiu e morreu por volta de 15h00.

Amaral Netto estava internado havia 15 dias no Hospital Samaritano, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Nos últimos dez meses, foi internado várias vezes com sequelas de um acidente de carro. Ao falecer estava filiado ao Partido do Povo Brasileiro (PPB). Sua vaga foi ocupada pelo cantor Agnaldo Timóteo.

Fonte: Wikipédia

Um comentário:

  1. Nos anos 70, era esperávamos o fim de semana chegar para assistir a mais um "Amaral Netto, O Repórter ". Coisa de primeira.

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