Ubaldino do Amaral

UBALDINO DO AMARAL FONTOURA
(77 anos)
Orador, Professor, Advogado, Jurista e Político

☼ Lapa, SP (27/08/1842)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1920)

Ubaldino do Amaral Fontoura foi um escritor, orador, professor, advogado, jurista e político brasileiro. Filho de Francisco das Chagas do Amaral e Gertrudes Pilar do Amaral, nasceu em 27/08/1842, na Vila da Lapa, então pertencente à Província de São Paulo.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito da capital da mesma província, recebendo, em 22/11/1867, o grau de Bacharel em Direito.

Depois de formado, fixou residência na cidade de Sorocaba, onde abriu banca de advogado, desenvolveu o Gabinete de Leitura dessa cidade, fundou os jornais Sorocabano e Ipanema, e levantou a ideia da construção da Estrada de Ferro Sorocabana.

Em 1874, aceitou o convite de Saldanha Marinho para trabalhar no Rio de Janeiro, em sua banca de advogado, onde, em curto tempo, destacava-se como Jurisconsulto, sendo seus pareceres aceitos e acatados entre os mais conspícuos cultores do Direito.

Em portaria de 12 de janeiro de 1884, do Ministro do Império, foi nomeado membro efetivo do Conselho Diretor da Instrução Primária e Secundária do município da Corte.

Proclamado o regime republicano, foi nomeado Inspetor da Alfândega do Rio de Janeiro, em decreto de 30/11/1889. Presidente da Comissão Inspetora da Casa de Correição da Capital Federal, em portaria de 26/02/1890, do Ministério da Justiça. Presidente do Conselho da Intendência Municipal, em decreto de 28/02/1890, sendo exonerado a pedido, em decreto de 11/08/1890.

Eleito Senador por nove anos pelo estado do Paraná, em janeiro de 1891, foi presidente da Comissão dos 21, encarregada de rever o projeto da Constituição da República.

Em 30/12/1891, renunciou a cadeira de Senador, porém foi reeleito em 15/06/1892, sendo reconhecido a 16/07/1893. Exerceu no Senado os cargos de 1º secretário e vice-presidente no período de maio de 1894 a maio de 1895.

Em decreto de 05/12/1894, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, tomando posse a 15/12/1894. Foi exonerado, a pedido, em decreto de 04/05/1896.

Foi nomeado Prefeito do Distrito Federal, em decreto de 23/11/1897, sendo exonerado em decreto de 15/11/1898.

Em 1903, foi nomeado Diretor do Banco da República e membro do Conselho da Junta Administrativa da Caixa de Amortização.

Exerceu, em 1909, a presidência do Banco do Brasil. Seus serviços foram aproveitados como Árbitro do Brasil nos tribunais mistos brasileiro-boliviano e brasileiro-peruano; Advogado do estado do Paraná na questão de limites com o estado de Santa Catarina; Embaixador da Comissão Permanente de Arbitramento do Tribunal de Haia; Lente da Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro; professor do Clube dos Guarda-Livros e da Escola Senador Correia; e presidente da Sociedade de Legislação Comparada.

Em todos os cargos de sua vida pública revelou sempre grande cultura e inteligência, e foi notável advogado.

Em Decreto Municipal nº 1.165, de 31/10/1917, foi dado o seu nome a uma das ruas abertas na esplanada do antigo morro do Senado.

Era casado com Rosa Cândida de Oliveira Amaral, deixando grande descendência.

Ubaldino do Amaral Fontoura faleceu em 22/01/1920, no Rio de Janeiro, sendo sepultado no Cemitério de São João Batista.

Italia Fausta

FAUSTA POLLONI
(72 anos)
Atriz

* São Paulo (1879)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/04/1951)

Foi uma atriz brasileira, um dos mais importantes nomes do teatro brasileiro da primeira metade do século XX.

Fausta Polloni nasceu na cidade de São Paulo, em 1879, e tornou-se um dos maiores nomes do teatro brasileiro com o nome artístico de Itália Fausta, participando de grandes mudanças ocorridas nos palcos nacionais nas décadas de 40 e 50.

Sua estreia como atriz ocorreu quando ainda era criança, substituindo uma atriz num grupo de teatro amador, em São Paulo.

Em 1906, já com 27 anos, é convidada a fazer parte da companhia de teatro dos portugueses Lucinda Simões e Cristiano de Souza, excursionando pelo Brasil.

Em 1913, atua em Lisboa com sucesso e conhece os grandes nomes do teatro português. Ao retornar ao Brasil, integra sua primeira experiência teatral mais ousada, o Teatro da Natureza, com Alexandre Azevedo e Cristiano de Souza. Tratava-se de um enorme anfiteatro ao ar livre no Campo de Santana, no Rio de Janeiro, com capacidade para 13.000 pessoas. Nesta companhia, assume todos os papéis de protagonista em espetáculos como Bodas de Lia de Pedroso Rodrigues, A Cavalaria Rusticana de Giovanni Verga, Antígone e Édipo de Sófocles, e O Mártir do Calvário de Eduardo Garrido.

Em 1917, a convite de Gomes Cardim, diretor do Conservatório Dramático de São Paulo, estrela a montagem de A Labareda de Henry Kistemaeckers e, a seguir, A Ré Misteriosa de Alexandre Bisson, que passa a ser o espetáculo que encena durante muitos anos.

De volta ao Rio de Janeiro, sua companhia teatral passa a se chamar Companhia Dramática Nacional, mudando em seguida para Companhia Dramática Itália Fausta e, finalmente, Companhia Itália Fausta.

Durante cerca de 20 anos, vários autores escrevem especialmente para ela, como Menotti Del Picchia (Suprema Conquista) e Veiga Miranda (A Prancha). No final dos anos 20, colabora com Álvaro Moreyra e Eugênia Álvaro Moreyra para escolher o repertório do Teatro de Brinquedo, considerado uma inovação na época.

A partir de 1932, com a morte de Gomes Cardim, seu trabalho de atriz passa a ser esporádico em sua companhia e sobre ao palco, algumas vezes, como atriz convidada em outros grupos, como o de Jaime Costa.

Em 1938, volta a dirigir, a convite de Paschoal Carlos Magno, para o lançamento do Teatro do Estudante do Brasil (TEB). A peça escolhida é Romeu e Julieta de William Shakespeare, que é considerada um dos marcos do movimento da modernização teatral brasileira.

Tia do produtor Sandro Polloni, participa também do Teatro Popular de Arte (TPA), organizado por ele, que passa a se chamar Cia. Sandro Polônio e Maria Della Costa.

Em 1948 e 1949, ela atua, com direção de Ruggero Jacobbi, da montagem de Estrada do Tabaco de Erskine Caldwell, e Teresa Raquin de Émile Zola. E, com direção Ziembinski, participa de Anjo Negro de Nelson Rodrigues. No mesmo período, dirige algumas montagens da companhia, como Sonata a Quatro Mãos de Guido Cantini, A Prostituta Respeitosa de Jean-Paul Sartre, e O Morro dos Ventos Uivantes, de Emile Brontë.

Depois de uma grande turnê pela Região Norte do Brasil, com a Cia. Sandro e Maria Della Costa, ela morre em sua casa, em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, no dia 26 de abril de 1951.

Gilda Miranda

GILDA MIRANDA SARMENTO DE OLIVEIRA
(74 anos)
Atriz e Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (02/05/1925)
┼ Porto Alegre, RS (27/05/1999)

Gilda Miranda Sarmento de Oliveira, mais conhecida como Gilda Miranda, foi uma atriz e cantora brasileira nascida em São Cristóvão, na Rua da Liberdade, na cidade do Rio de Janeiro, RJ, no dia 02/05/1925.

Gilda Miranda foi casada com Sálvio de Oliveira, que também era ligado as artes e foi o primeiro diretor do Museu de Artes de Florianópolis. Foi Sálvio de Oliveira quem iniciou Gilda Miranda nas artes cênicas ao dirigir a peça "A Barca do Inferno" de Gil Vicente, onde Gilda Miranda estreou em 1954 no Teatro Álvaro de Carvalho, Florianópolis, SC.

Da união entre Gilda e Sálvio, nasceram Perla (1945), Thalma (1947) e Jano Sarmento de Oliveira (1950).

Separaram-se em 1955 e Gilda foi para Porto Alegre onde fez teste de cantora na Rádio Farroupilha. Entrou para um grupo de teatro amador dirigido por Vanoly Pereira Dias, mais conhecido como Pereira Dias, com que se casou e deu prosseguimento a carreira no teatro e na televisão.

Gilda Miranda, na Rádio Farroupilha, teve a saudosa Elis Regina como sua colega na referida emissora. Cantava em alguns idiomas, sendo que recebeu da fadista portuguesa Maria Amália um lenço, em reconhecimento a seu talento, como interprete de musicas lusitanas.

Foi atriz de teatro e uma das pioneiras de peças teatrais, ao vivo, na TV Tupi. Contracenou com o renomado Procópio Ferreira, com quem muito aprendeu, em virtude de ser um ator perfeccionista.

O último trabalho de Gilda Miranda na televisão foi na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985). Antes, a atriz participou das novelas "Jogo da Vida" (1981), "Ciranda de Pedra" (1981), "Chega Mais" (1980), "Os Gigantes" (1979), "Pecado Rasgado" (1978), "Escrava Isaura" (1976), "Anjo Mau" (1976) e "Escalada" (1975), todas exibidas pela Rede Globo.

Aposentada, Gilda Miranda foi viver em Porto Alegre, onde faleceu vítima de infarto, aos 74 anos, no dia 27/05/1999.

Abdias do Nascimento

ABDIAS DO NASCIMENTO
(97 anos)
Professor, Escritor, Artista Plástico, Dramaturgo, Político, Ator, Poeta, Escultor e Ativista Social

* Franca, SP (14/03/1914)
+ Rio de Janeiro, RJ (23/05/2011)

Foi um dos maiores defensores da defesa da cultura e igualdade para as populações afrodescendentes no Brasil. Nome de grande importância para a reflexão e atividade sobre a questão do negro na sociedade brasileira. Teve uma trajetória longa e produtiva, indo desde o Movimento Integralista, passando por atividade de poeta, com a Hermandad, grupo com o qual viajou de forma boêmia pela América do Sul, até ativista do Movimento Negro. Ator, criou em 1944 o Teatro Experimental do Negro, e escultor.

Após a volta do exílio (1968-1978), inseriu-se na vida política e foi Deputado Federal de 1983 a 1987, e Senador de 1997 a 1999, além de colaborar fortemente para a criação do Movimento Negro Unificado (1978).

Em 2006, em São Paulo, criou o dia 20 de novembro como o Dia da Consciência Negra. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Brasília.

É autor de vários livros: "Sortilégio", "Dramas Para Negros", "Prólogo Para Brancos", "O Negro Revoltado", e outros.

Foi também professor benemérito da Universidade de New York.

Foi casado quatro vezes. Sua terceira esposa foi a atriz Léa Garcia, com quem teve dois filhos, e a última a norte-americana Elizabeth Larkin, com quem teve um filho.

Morte

O ativista do Movimento Negro Abdias Nascimento morreu na noite de segunda-feira (23/05/2011). A informação foi confirmada pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap) na tarde desta terça-feira (24/05/2011).

Segundo Ivanir Santos, do conselho estratégico do Ceap, Abdias Nascimento, de 97 anos, estava internado no Hospital dos Servidores, no centro do Rio de Janeiro há dois meses e sofria de Diabetes.

De acordo com nota enviada pelo hospital, ele teve uma Insuficiênica Cardíaca na unidade. Ainda segundo o hospital, ele estava internado por complicações cardíacas desde o dia 15 de abril.

Filmografia


  • 2005 - Cinema de Preto
  • 1962 - Cinco Vezes Favela
  • 1962 - Terra da Perdição
  • 1959 - O Homem do Sputnik

Fonte: Wikipédia e G1