Furinha

DEMERVAL FONSECA NETO
Dentista, Instrumentista e Compositor

☼ Rio de Janeiro, RJ (09/06/1903)
┼ Circa Anos 70

Demerval Fonseca Neto, conhecido por Furinha, foi um instrumentista e compositor. Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, no bairro do Catumbi, em 09/6/1903, e faleceu provavelmente nos anos 70.

Toda a família tocava de ouvido e, por volta de 1920, começou a tocar cavaquinho e, logo depois, bandurra (espécie de bandolim). Começou a compor ao iniciar seu trabalho em orquestra.

Em 1926 participou da Orquestra Raul Lipoff, tocando banjo, e com ela apresentava-se em festas e bailes.

Em 1927 lançou pela Odeon o choro "Tudo Teu", sua primeira composição gravada.

Em 1929 obteve sucesso com a gravação do choro "Verinha", pelo trompetista Djalma Guimarães, na Odeon.

Em 1930, Francisco Alves gravou, na Odeon, sua composição "Tristeza Havaiana" (Furinha e Lamartine Babo), com acompanhamento da Orquestra Pan-American, no qual faz um solo de guitarra havaiana.

Em 1931 passou a integrar a Orquestra de Simon Bountman, no Cassino do Copacabana Palace Hotel, na qual atuou até 1935, passando a exercer a partir de então sua profissão de dentista.

Furinha teve várias outras composições gravadas, entre as quais "Distância Infinita", pelo cantor Paulo Tapajós, e "Onde Estás", por gravada por Vero, pseudônimo do pianista Radamés Gnattali.

Risoleta Neves

RISOLETA GUIMARÃES TOLENTINO NEVES
(86 anos)
Primeira Dama Brasileira

☼ Cláudio, MG (20/07/1917)
┼ Rio de Janeiro, RJ (21/09/2003)

Risoleta Guimarães Tolentino Neves foi a esposa de Tancredo Neves. Não chegou a ser oficialmente primeira-dama do Brasil, visto que seu marido falecera antes de tomar posse da presidência.

Nascida na Fazenda da Mata, em Cláudio, pequena cidade mineira, Risoleta Guimarães Tolentino era filha de Quinto Alves Tolentino e Maria Guimarães Tolentino.

Conheceu Tancredo Neves na adolescência, em São João del-Rei, MG, quando ele estava apenas iniciando sua carreira política. Casaram-se em 1938 e tiveram três filhos: Inês Maria, Tancredo Augusto e Maria do Carmo.

De forma discreta, mas sempre atuante, teve papel importante na construção da democracia brasileira. Ela emprestou sua solidariedade moral e pessoal durante toda a trajetória de Tancredo Neves, acompanhando e participando dos principais acontecimentos políticos da época.


Na família sempre foi o alicerce. Do casamento da filha mais velha, Inês Maria Neves e Aécio da Cunha, nasceu Aécio Neves da Cunha, ex governador de Minas Gerais e atual senador pelo partido Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Em 1986, o neto de Dona Risoleta elegeu-se pela primeira vez como deputado federal. Como prova do seu apoio à candidatura de Aécio Neves, o presenteou com um escritório no casarão da família, o Solar dos Neves.

Em 2002, disputando as eleições para Governador de Minas, poucos dias antes do povo ir às urnas, foi recebido pela avó em São João Del-Rey, MG. Neste momento ela o incentivou, pedindo para lutar e nunca ter medo.

"Tenho juízo. Vim pedir a bênção de Dona Risoleta na reta final."
(Aécio Neves)

Risoleta Neves e Aécio Neves, na sacada do Solar dos Neves, em São João del Rei.
No dia em que as pessoas de todas as cidades mineiras saíram de casa para exercitarem seus direitos de cidadão, Risoleta Neves, não teve a mesma sorte. Ao chegar para votar ela descobriu que seu título havia sido cancelado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Por problemas de saúde não votou e nem justificou sua ausência nas três últimas eleições, não podendo se unir aos 57,68% dos cidadãos que confiaram a seu neto, Aécio Neves, o governo de Minas Gerais.

"Deixei de votar porque estava doente, mas estou muito orgulhosa por ele estar seguindo o caminho do avô e isso me deu ânimo para vir aqui. O voto ficou no coração."
(Risoleta Neves)

Um ano depois, por complicações decorrentes da diverticulite, uma doença que causa a obstrução do intestino, a mesma que vitimou o ex-presidente Tancredo Neves, Risoleta Neves faleceu aos 86 anos. Ela está enterrada ao lado do túmulo de seu marido, no cemitério da Igreja de São Francisco de Assis em São João del-Rei, MG.


"Dona Risoleta era um exemplo de bondade, de seriedade e, sobretudo, de solidariedade!"
(Aécio Neves)