Dulcina de Moraes

DULCINA DE MORAES
(88 anos)
Atriz, Diretora e Empresária

* Valença, RJ (04/02/1908)
+ Brasília, DF (28/08/1996)

Foi uma das maiores atrizes do teatro brasileiro. Fundadora da Fundação Brasileira de Teatro, FBT, depois transformada na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, que funciona em Brasília.

Quando nasceu, Dulcina não deixou dúvidas de que seu destino era mesmo ser atriz. Em 1908, seus pais, dois grandes atores da época, excursionavam com uma companhia pelo interior do Rio de Janeiro, quando chegaram à cidade de Valença. Átila e Conchita de Moraes – ela grávida de Dulcina, prestes a dar à luz – iam apresentar uma peça naquela mesma noite. No hotel onde o elenco se hospedaria, seu proprietário, ao perceber que alguém iria nascer a qualquer momento dentro de seu estabelecimento, proibiu que o casal ali permanecesse. Houve um início de tumulto, o elenco revoltou-se e recusou-se a ficar hospedado naquele local. O incidente chegou aos ouvidos da Condessa de Valença que, imediatamente, liberou um casarão desabitado para receber os artistas. Providenciou-se um colchão, toda a população solidarizou-se trazendo mantimentos e, com ampla audiência e aplausos de todos, no dia 04 de fevereiro, vinha ao mundo Dulcina de Moraes.

Estreou como protagonista aos 15 anos na peça "Lua Cheia", a convite de Leopoldo Fróes, um dos maiores mitos teatrais do século XX, sendo apontada como uma verdadeira revelação.

Em Buenos Aires também agradou em cheio e era saudada como "La Chica de Fróes". Daí em diante, integrou as mais importantes companhias teatrais até criar a sua própria, junto com o marido, Odilon Azevedo, com quem casou-se em 1931.

A Cia. Dulcina-Odilon foi responsável por êxitos memoráveis nos palcos nacionais. Em 1933, alcançou estrondoso sucesso com a peça "Amor", de Oduvaldo Viana, que estreou em São Paulo e, no ano seguinte, no Rio de Janeiro, inaugurou o "Teatro Rival", percorrendo depois todo o país e tornando-se um de nossos maiores clássicos.

A Cia. Dulcina-Odilon, uma das mais profícuas de que se tem notícia, foi fundada em 1935, encenando importantes dramaturgos brasileiros e internacionais. Foi a Cia. Dulcina-Odilon quem, pela primeira vez, apresentou ao público brasileiro autores como García Lorca (Bodas de Sangue), D’Annunzio (A Filha de Iório), Bernard Shaw (César e Cleópatra, Santa Joana, Pigmaleão) e Giraudoux (Anfitrião 38).

Os autores nacionais também brilharam no repertório de Dulcina, como Viriato Correia (A Marquesa de Santos), Raimundo Magalhães Júnior (O Imperador Galante) e Maria Jacintha (Convite à Vida, Conflito, Já é Manhã no Mar), entre muitos outros.

Mas 1945 reservava para Dulcina a maior consagração de sua vida, maior ainda do que "Amor": o espetáculo "Chuva", adaptação de uma novela de Somerset Maugham, estreava no Theatro Municipal, dirigida e protagonizada por ela, vivendo a personagem "Sadie Thompson". Foi encenada por anos seguidos em todo o país, na América Latina e em Portugal, deixando uma legião de admiradores, entre eles, muitas queridas estrelas como Marília Pêra, Bibi Ferreira, Fernanda Montenegro e Nicete Bruno (esta, inclusive, lançada por Dulcina).

Fundação Brasileira de Teatro

As décadas foram significativas para Dulcina de Moraes: 20 anos depois da criação da Cia. Dulcina-Odilon e dez anos depois do estrondo de "Chuva", em 1955, iniciava suas atividades a Fundação Brasileira de Teatro, por quem ela viveu e morreu, deixando até um pouco de lado sua gloriosa trajetória como atriz, diretora e empresária, para dedicar-se integralmente a este sonho, primeiro no prédio onde hoje está o teatro que leva seu nome, no centro do Rio de Janeiro, e a partir de 1972, em Brasília, formando centenas de atores, dando dignidade à profissão.

Teve apenas uma e mal-sucedida experiência em cinema com o filme "24 Horas de Sonho", um dos poucos equívocos em sua carreira de incontáveis sucessos, pontuando com qualidade os seus trabalhos (ficaram famosos os figurinos e os cenários dos espetáculos da Cia. Dulcina-Odilon). Ainda voltaria ao palco algumas vezes entre a mudança definitiva para Brasília e a dedicação exclusiva à Fundação Brasileira de Teatro: "Mulheres", uma nova montagem de Tia Mame, "O Melhor dos Pecados", de Sérgio Viotti, direção de Bibi Ferreira. E um Prêmio Molière Especial em 1982. Antes e depois e sempre a luta pela sua amada Fundação, que só abandonou quando não tinha mais forças.

Embora algumas fontes digam que foi um ano antes, Dulcina realmente faleceu em 28 de agosto de 1996, em Brasília. Foi uma mulher admirável, que deixou um legado para atores e público: respeito, humor, profissionalismo, perseverança, cultura, delicadeza e amor pelo teatro.

Madame Avelar

MARIA JOSÉ VELHO DE AVELAR
(80 anos)
Baronesa e Dama do Paço

* Rio de Janeiro, RJ (07/08/1851)
+ Petrópolis, RJ (13/07/1932)

Maria José Velho de Avelar, Baronesa de Muritiba, com grandeza, nasceu em 07/08/1851 no Rio de Janeiro e batizada por sua tia Galvina Ribeiro de Avelar.

Filha de Joaquim Ribeiro de Avelar, Primeiro Visconde de Ubá, e Mariana Velho da Silva. Casou-se em 17/11/1869 em Petrópolis, RJ, com Manuel Vieira Tosta FilhoSegundo Barão de Muritiba.

Foi agraciada pela Princesa Isabel com o título de Dama do Paço e conhecida como Madame Avelar.

Sônia Mamede

SÔNIA MAMEDE
(53 anos)
Atriz, Humorista e Vedete

* Rio de Janeiro, RJ (04/07/1936)
+ Rio de Janeiro, RJ (25/04/1990)

Depois de completar os estudos regulamentares, dedicou-se aos esportes, porém sempre com a convicção de ser atriz. Um dia recebe um convite para trabalhar no Teatro de Revista, logo se destacando.

Sua entrada para o cinema acabou sendo acidental, substituindo Consuelo Leandro no filme "Garotas e Samba" (1957), e depois fez mais 15 filmes.

Comediante de grande talento, alternou sua participação no teatro, na televisão e no cinema. Em 1956 casou-se com Augusto César Vanucci.

Nas décadas de 70 e 80, participou de programas humorísticos na TV Globo. Seu principal personagem nessa época foi a burra Ofélia, mulher do milionário Fernandinho, interpretado por Lúcio Mauro, no programa Balança Mas Não Cai. Ainda na televisão, atuou na telenovela Jogo da Vida.

Faleceu, aos 53 anos de idade vítima de Câncer.

Fonte: Wikipédia

Liana Duval

MARIA DE LOURDES VASCONCELOS ANTUNES
(83 anos)
Atriz e Vedete

* Paraguaçu Paulista, SP (06/06/1927)
+ Carmo da Cachoeira, MG (23/03/2011)

Começou sua carreira no teatro, nos grupos Arena e Oficina. Formou-se na Escola de Arte Dramática (EAD), em São Paulo, e atuou em montagens como "O Rei da Vela", "Gota D'água" e "Galileu, Galilei".

Liana Duval passou grande parte de sua carreira dedicada ao cinema, onde realmente ela começou.

No ano de 1952, Liana entrou para o cinema, de onde nunca mais saiu. Desse ano, até 1995, participou de mais de 52 filmes, não sabendo, nem ela mesma, exatamente o número. Um recorde, mesmo para os padrões da época. Devemos lembrar, que à época, as companhias em geral eram pequenas, tanto as de cinema, como as de teatro. Daí não haver exatamente o registro.

Liana Duval, era uma atriz muitíssimo procurada para fazer filmes, o que se percebe pela quantidade de películas em que atuou e por conhecer sua versatilidade como atriz. É de se ficar admirado ao estudar sua história e ver que ela fez sete filmes somente no ano de 1982. Apesar disso, porém, Liana Duval fez muitas coisas em televisão.

Ao longo de sua trajetória, a atriz participou em mais de 50 filmes, alguns ao lado de Mazzaropi. Na TV, Liana fez parte do elenco de novelas da TV Tupi, TV Manchete, TV Cultura e TV Globo. Nesta última, em produções como O Rei do Gado, Torre de Babel, A Próxima Vítima, entre outras.

Morte

A atriz morreu na noite do dia 23/03/2011 em Carmo da Cachoeira, MG. A atriz paulista tinha 83 anos e, de acordo com familiares, lutava contra um câncer há oito anos.

A atriz morava há 10 anos em Minas Gerais e vivia com familiares. O sepultamento aconteceu na manhã do dia 24/03/2011.

Cinema

1995 - Coentro e Quiabo na Carne de Sol
1987 - Vera
1987 - A Dama do Cine Shanghai
1986 - Filme Demência
1983 - De Todas as Maneiras
1983 - Nasce uma Mulher
1983 - Tudo na Cama
1982 - Sete Dias de Agonia
1982 - Amor, Palavra Prostituta
1982 - O Vale dos Amantes
1982 - A Noite das Taras II
1982 - Tchau Amor
1982 - Um Casal de 3
1982 - Aluga-se Moças
1981 - Pornô!
1980 - Ato de Violência
1980 - Ariella
1980 - Império das Taras
1979 - Os Amantes da Chuva
1979 - Joelma 23º Andar
1979 - Mulher, Mulher
1979 - Por um Corpo de Mulher
1979 - Milagre - O Poder da Fé
1979 - Dani, um Cachorro Muito Vivo
1978 - O Outro Lado do Crime
1978 - A Santa Donzela
1977 - Mágoa de Boiadeiro
1977 - O Seminarista
1976 - Excitação
1975 - A Casa das Tentações
1975 - Amantes, Amanhã Se Houver Sol
1974 - Pensionato de Mulheres
1974 - As Delícias da Vida
1974 - Macho e Fêmea
1973 - Mestiça, a Escrava Indomável
1973 - Anjo Loiro
1972 - A Infidelidade ao Alcance de Todos
1971 - Fora das Grades
1970 - Em Cada Coração um Punhal
1970 - O Pornógrafo
1965 - O Beijo
1964 - Crônica da Cidade Amada
1960 - Só Naquela Base
1958 - Hoje o Galo Sou Eu
1957 - O Pão Que o Diabo Amassou
1956 - A Pensão de D. Estela
1954 - Floradas na Serra
1953 - O Craque
1953 - Uma Vida Para Dois
1952 - João Gangorra
1952 - Nadando em Dinheiro
1952 - Sai da Frente

Televisão

1998 - Torre de Babel ... Luísa
1996 - O Rei do Gado ... Quitéria
1996 - Antônio dos Milagres ... Dona Floriana
1995 - A Próxima Vítima ... Ivete
1991 - Mundo da Lua ... Dona Ivone
1991 - Meu Marido
1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Amália
1990 - Fronteiras do Desconhecido
1989 - Tieta ... Rafa
1987 - Carmem ... Izaltina
1982 - O Coronel e o Lobisomem ... Francisquinha
1982 - Maria Stuart
1978 - Roda de Fogo ... Rosa
1975 - Vila do Arco ... Dona Evarista
1975 - O Sheik de Ipanema
1974 - O Machão - Um Exagero de Homem ... Lulu Abrantes
1969 - Nino, o Italianinho
1968 - Beto Rockfeller
1967 - O Pequeno Lord
1964 - Marcados Pelo Amor