Franklin Távora

JOÃO FRANKLIN DA SILVEIRA TÁVORA
(46 anos)
Advogado, Jornalista, Político, Romancista e Teatrólogo

* Baturité, CE (13/01/1842)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/08/1888)

Filho de Camilo Henrique da Silveira Távora e de Maria de Santana, em 1844 transferiu-se com os pais para Pernambuco. Fez preparatórios em Goiana e Recife, em cuja Faculdade de Direito matriculou-se em 1859, formando-se em 1863.

Em Recife viveu até 1874, tendo sido funcionário público, deputado provincial e advogado, com breve intervalo em 1873 no Pará, como secretário de governo. Em 1874, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi funcionário da Secretaria do Império.

Iniciou o romantismo de caráter regionalista no Nordeste. Uma de suas obras mais marcantes é "O Cabeleira", romance passado em Pernambuco do século XVIII. Foi crítico ferrenho de outros grandes autores brasileiros, como José de Alencar.

Homenageado pela Academia Brasileira de Letras, é o patrono da cadeira 14, escolhido por Clóvis Beviláqua.

Obras

Fase Literária Recifense
  • 1861 - Trindade Maldita (Contos)
  • 1862 - Os Índios do Jaguaribe (Romance)
  • 1866 - A Casa de Palha (Romance)
  • 1869 - Um Casamento no Arrabalde (Romance)
  • 1862 - Um Mistério de Família (Drama)
  • 1870 - Três Lágrimas (Drama)

Fase Carioca
  • 1871 - Cartas de Semprônio a Cincinato (Crítica)
  • 1876 - O Cabeleira (Romance - Considerado um de seus melhores livros)
  • 1878 - O Matuto (Crônica)
  • 1878 - Lourenço (Romance)
  • 1878 - Lendas e Tradições do Norte (Folclore)
  • 1879 - O Sacrifício (Romance)

Fonte: Wikipédia

Marquês de Itanhaém

MANUEL INÁCIO DE ANDRADE SOUTO MAYOR PINTO COELHO
(85 anos)
Militar, Político, Juiz e Proprietário Rural

☼ Marapicu, RJ (05/05/1782)
┼ Rio de Janeiro, RJ (17/08/1867)

Manuel Inácio de Andrade Souto Mayor Pinto Coelho, o Marquês de Itanhaém, foi um militar, político e proprietário rural brasileiro nascido em Marapicu, RJ, no dia 05/05/1782.

Foi primeiro e único barão com grandeza e Marquês de Itanhaém, no Brasil, e primeiro barão do mesmo título, em Portugal.

Manuel Inácio nasceu na Fazenda de Marapicu, pertencente ao seu pai, o brigadeiro do exército português Inácio de Andrade Souto Mayor. Durante sua carreira militar, foi apontado general e conquistou várias medalhas e comendas entre elas a Grã-Cruz da Legião de Honra da França.

Tendo estudado direito, tornou-se juiz. Ele falava ao menos cinco línguas.

Tutor da Família Imperial

Manuel Inácio foi feito Barão de Itanhaém tanto por Portugal quanto pelo Brasil. Recebeu primeiramente o título de Dom João VI, por decreto de 03/05/1819. Depois o foi por Dom Pedro I, por decreto de 01/12/1822, em gratidão à sua lealdade ao Império. Ainda em 1822, serviu como alferes-mor na sagração e coroação de Dom Pedro I, que, aos 12/10/1826, o titulou Marquês de Itanhaém.

Com a prisão de José Bonifácio em 1834, o marquês substituiu-o como tutor do jovem Dom Pedro de Alcântara, então com 8 anos. Tutor do príncipe regente, ele residia em um quarto do Palácio de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.

Manuel Inácio de Andrade, marquês de Itanhaém, com sua esposa e netos
Casamentos

Aos 25 anos, o Marquês de Itanhaém desposou, por procuração de sua família, sua prima, Teodora Egina Arnaut. Sua esposa morreu em 1828, depois de uma união insossa de quase 21 anos.

Aos 49 anos, o marquês casou-se com Francisca Matilde, de 30 anos. Com a morte de Francisca no ano seguinte, Manuel Inácio casou-se, menos de seis meses depois, com a cunhada, Joana Severina. Assim como a irmã, ela morreu aos 30 anos, seis meses depois.

Em 05/07/1834, na capela da casa de uma amiga na Rua da Quitanda, o Marquês de Itanhaém, com 52 anos, idade elevada na época em que homens morriam aos 40 anos, casou-se secretamente com Maria Angelina Beltrão, uma pobre faxineira lisboeta de 29 anos. Maria Angelina o acordava todas as manhãs cedo no palácio, sempre limpando seu quarto. Em junho daquele ano, depois de uma conversa, o Marquês pediu sua mão em casamento, e ela, surpresa, aceitou.

No mesmo ano ainda, o Marquês candidatou-se ao Senado por Minas Gerais. Para ser eleito, exigiu sigilo de seu quarto casamento. Maria Angelina continuou a trabalhar como faxineira do palácio, sem que ninguém soubesse de suas relações com ele. A farsa continuou mesmo com a vitória do Marquês, mas chegou ao fim no início de 1835, quando revelou seu casamento secreto a Dom Pedro II e a gravidez de Maria Angelina.

O Imperador aceitou a união entre os dois e, inclusive, permitiu que o primogênito do casal, Manuel Inácio, fosse batizado na capela imperial do palácio, em 25/05/1835. A cerimônia contou com a presença das principais famílias nobres do Império.

Manuel Inácio faleceu no Rio de Janeiro, RJ, no dia 17/08/1867, aos 85 anos. Maria Angelina viria a falecer exatamente um mês depois, em 17/09/1867, aos 62 anos.

Fonte: Wikipédia