Roberto Silva

ROBERTO NAPOLEÃO SILVA
(92 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (09/04/1920)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/09/2012)

Roberto Napoleão Silva, mais conhecido como "O Principe do Samba", foi um cantor e compositor carioca nascido no Morro do Cantagalo em Copacabana. Filho do chapeleiro italiano Gilisberto Napoleão com a carioca Belarmina Adolfo.

Aos seis anos de idade o pai mudou-se com a família para o subúrbio de Inhaúma. A mãe o presenteou com uma flauta, que logo foi trocada por um violão. Mas como gostava de cantar, não aprofundou estudos em nenhum dos instrumentos. Frequentava as festinhas da vizinhança, cantando músicas de Pixinguinha, Benedito Lacerda e principalmente dos cantores da época, como Sílvio Caldas, Orlando Silva, de quem teria muita influência no estilo de cantar e Francisco Alves

Aos 12 anos começou a trabalhar numa marmoraria na Rua do Matoso, depois aprendeu e exerceu outras profissões, como lustrador de móveis e mecânico. Em 1936, foi trabalhar no Departamento de Correios e Telégrafos.

Iniciou a carreira de cantor no rádio, na década de 30. Nos anos 40 realizou suas primeiras gravações, e foi do elenco da Rádio NacionalRádio Tupi. Nesta última ficou conhecido como "Príncipe do Samba", e suas interpretações são características pelo estilo sincopado e levemente dolente que encontrou para cantar samba, inspirado em dois ídolos anteriores, Cyro MonteiroOrlando Silva.

Seu primeiro sucesso, lançado pela Star, foi "Mandei Fazer um Patuá". Em 1958 veio o LP "Descendo o Morro", que teve continuações, nos volumes 2, 3 e 4. Entre seus muitos sucessos destacam-se "Maria Teresa", "O Baile Começa às Nove", "Juraci Me Deixou", "Escurinho""Crioulo Sambista", entre outras.


No total, gravou 350 discos de 78 rotações e perto de 20 LPs. Afastado das gravações nos últimos anos, teve vários de seus discos relançados em CD e em 1997 saiu a coletânea "Roberto Silva Canta Orlando Silva", extraída de seus vários LP na Copacabana.

Discípulo da escola vocal de Orlando Silva, firmou-se como um dos maiores intérpretes de samba do país, admirado por artistas como João Gilberto, Paulinho da Viola e Caetano Veloso.

Foi redescoberto por uma nova geração de sambistas neste século, após participação nos projetos "O Samba é Minha Nobreza" e "Casa de Samba", que viraram discos.

Roberto Silva conservou até o fim a elegância e a ginga, no corpo e na voz, como mostrou em um de seus últimos shows, em junho de 2011, no Instituto Moreira Salles do Rio de janeiro.

Roberto Silva era casado com Syone Guimarães da Costa e deixou sete filhos, além de netos e bisnetos. Foi enterrado na tarde de 09/09/2012, no cemitério de Inhaúma, no Rio de Janeiro.


Morte

Último representante de uma estirpe de cantores clássicos da era do rádio, Roberto Silva lutava há seis meses contra um câncer de próstata e havia sido internado no dia 05/09/2012, após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Roberto Silva morreu em casa, após falência de múltiplos órgãos.

As primeiras homenagens públicas que foram prestadas foram feitas pelo Instituto Cultural Cravo Albin na Rádio Roquete Pinto e pelo Instituto Moreira Salles no lançamento do projeto "Monarco e Nelson Sargento Cantam a Polêmica Noel Rosa e Wilson Batista".


Almir Pernambuquinho


ALMIR MORAIS DE ALBUQUERQUE
(35 anos)
Jogador de Futebol

* Recife, PE (28/10/1937)
+ Rio de Janeiro, RJ (06/02/1973)

Almir Morais de Albuquerque, ou Almir Pernambuquinho foi um futebolista brasileiro. Foi campeão mundial interclubes de 1963 pelo Santos Futebol Clube. Jogou a final contra o Milan no Maracanã substituindo Pelé que estava machucado e sofreu o pênalti convertido pelo zagueiro Dalmo que acabou sendo o único gol da partida e que deu a vitória ao clube praiano.

Almir Pernambuquinho começou no Sport Recife em 1956 e logo transferiu-se para o Clube de Regatas Vasco da Gama, juntando-se a outros conterrâneos já famosos como o centro-avante Vavá. Atacante hábil e de muita disposição em campo, ganhou títulos e foi convocado para a Seleção Brasileira mas desistiu de uma das chamadas para excursionar com o clube carioca e isso o deixou "marcado" e sem chances de ir para a Copa do Mundo de 1958.

Com a fama de encrenqueiro, aceitou mudar para São Paulo, quando foi chamado de "Pelé branco" durante a transferência para o Corinthians em 1960. A passagem nesse clube foi rápida e Almir Pernambuquinho saiu do Brasil para jogar pelo Boca Junior, passando depois por vários outros clubes.

Sendo um jogador de personalidade forte e explosiva, com justa fama de encrenqueiro, Almir Pernambuquinho protagonizou algumas das maiores polêmicas do futebol de sua época. Envolveu-se em diversas brigas, normalmente provocadas por ele mesmo. Entre essas brigas, destacam-se uma batalha campal entre os jogadores do Brasil e do Uruguai em partida realizada em 1959 entre as seleções dos dois países e, principalmente, a briga provocada por ele na final do Campeonato Carioca de 1966.

Naquele ano, Almir Pernambuquinho atuava pelo Flamengo e, aos 26 minutos do segundo tempo, o Bangu vencia por 3 a 0 quando Almir partiu para cima dos adversários com o objetivo de impedir que a goleada fosse ainda maior e, principalmente, que os jogadores do Bangu dessem a volta olímpica ao final da partida. Armada a briga, o juiz acabou expulsando cinco jogadores do Flamengo e quatro do Bangu, tendo de encerrar a partida. O fato é que o Bangu realmente não deu a volta olímpica na conquista do seu segundo título carioca.


Morte

Almir Pernambuquinho foi assassinado em fevereiro de 1973 por um grupo de portugueses, no bar Rio-Jerez, em frente à Galeria Alaska, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Almir, com 35 anos, "catimbeiro, valente e brigão", envolveu-se numa discussão e acabou morto a tiro ao intervir em uma situação onde seus assassinos estavam mexendo com travestis. Os portugueses mexeram com alguns travestis e Almir interveio, peitou a turma, saiu pro braço. Um dos portugueses sacou o revólver e, como um amigo do jogador também estava armado, o tiroteio rolou solto no calçadão da Avenida Atlântica.

Fonte: Wikipédia

Zarzur

ALBERTO ZARZUR
(45 anos)
Técnico e Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (22/12/1912)
+ São Paulo, SP (07/07/1958)

Alberto Zarzur atuou pelo Club de Regatas Vasco da Gama. Porém, antes, defendeu a equipe do São Paulo Futebol Clube, quando o clube chamava-se São Paulo da Floresta. Regressou ao São Paulo em 1942, já com o atual nome.

Grandalhão e líder, apoiava e destruía com impetuosidade, levantando a torcida e ganhando espaço nas colunas dos críticos mais exigentes, em especial aqueles que mais influenciavam na formação de escretes nacionais da época. Em São Januário  constituiu com o uruguaio Figliola e o argentino Dacunto uma das linhas medias mais populares do pais.

Conhecidos como os "Tres Mosqueteiros", faziam e desfaziam de técnicos, escalando, barrando e até mesmo contratando e dispensando jogadores. Quando Ondino Viera assumiu o cargo de treinador no Vasco para formar o embrião do que seria o Expresso da Vitoria, os três foram dispensados por serem considerados muito envolvidos com a politica do clube, apesar de bons jogadores.

Atuou pelo Vasco durante o período de 1935 a 1942. Zarzur foi eleito o melhor jogador do Vasco nas temporadas 1937, 1941 e 1942.

Zarzur, meio-campista do São Paulo e do Vasco da Gama nos anos de 40, virou técnico do São Paulo depois que pendurou as chuteiras e se aposentou. Foi treinador da equipe por apenas cinco partidas. Deixou o cargo após o time sofrer goleada por 7 a 2 para o Bahia, em Salvador.


Títulos

  • 1931 - Campeonato Paulista - São Paulo da Floresta
  • 1936 - Campeonato Carioca - Vasco da Gama
  • 1943 - Campeonato Paulista - São Paulo
  • 1945 - Campeonato Paulista - São Paulo

Clubes

  • 1930-1932: Atlético Santista - SP
  • 1932-1935: São Paulo da Floresta - SP
  • 1935: San Lorenzo - Argentina
  • 1935-1942: Vasco da Gama - RJ
  • 1942-1945: São Paulo FC - SP

Fonte: Wikipédia e Vascão Minha Paixão