Margot Louro

MARGARIDA TERESA DIAS
(95 anos)
Atriz

* Rio de Janeiro, RJ (23/11/1916)
+ São Lourenço, MG (28/12/2011)

Foi uma atriz brasileira viúva do comediante Oscarito, seu esposo por 35 anos, com quem teve dois filhos, entre eles, a também atriz e dubladora Miriam Teresa.

Eles se conheceram no circo, quando começavam suas carreiras. Ela tinha 14 anos e cantava marchinhas de carnaval. Ele era bem mais velho, tinha 25 e divertia a platéia com suas palhaçadas profissionais.

Foi amor à primeira vista. A mãe dela não gostou nem um pouco de saber que a filha adolescente estava namorando um palhaço de circo, mais velho e sem uma situação financeira estável. Mas, depois de conhecer a família dele, e de um namoro de dois anos, a mãe aceitou o casamento da filha com o "palhaço", que viria a ser um dos humoristas mais famosos do Brasil.

Margot Louro, se tornou atriz e acompanhou o marido durante os 35 anos em que ficaram casados. A união rendeu dois filhos, cinco netos, um deles o também ator Carlos Loffler, e dois bisnetos. Inseparáveis, eles costumavam freqüentar cassinos, apresentavam-se juntos e tinham o mesmo tipo de pensamento: trabalhar, ganhar dinheiro e dar conforto para a família.

Nos últimos anos de vida de Oscarito, que morreu em agosto de 1970, eles viviam num apartamento de frente para a praia, na Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro.

Anos depois da morte de Oscarito, Margot Louro preferiu o sossego e a paz da cidade de São Lourenço, em Minas Gerais, morando numa antiga casa que freqüentava com o marido. Sozinha, ela passeava por parques e reencontrava o pessoal da cidade, que sentava ao seu lado para relembrar os bons tempos e as divertidas histórias do rei da chanchada.
Oscarito e Margot Louro, 1938
Quando iam a São Lourenço, Oscarito ficava incomodado com o assédio dos fãs, dizendo à mulher que parecia um Papai Noel no trono, onde todo mundo queria chegar perto.

Segundo ela, ele era de um temperamento especial e em família não falava palavrões e nem gostava de imoralidade. "Tenho certeza de que se Oscarito ainda estivesse vivo, ficaria horrorizado com a onda de imoralidade na televisão", dizia Margot, que brincava dizendo que em seu tempo, o marido já ficava pasmo com o tamanho dos biquínis na praia de Copacabana: "Imagina se ele visse os de hoje em dia".

Para ela, não dava para comparar Oscarito com os humoristas atuais. Ela considerava todos muito iguais e repetitivos.

No teatro, dentre outras peças, Margot Louro atuou em Casa de Bonecas (1971).

Margot Louro estava internada na UTI do Hospital de São Lourenço desde 24/12/2011 e morreu no dia 28 em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral e Insuficiência Respiratória.

Ela morava há 20 anos na cidade mineira, mas seu corpo foi levado e cremado no Rio de Janeiro, onde moram seus filhos.

Oscarito, Margot Louro e filhos
Cinema
  • 1933 - A Voz do Carnaval
  • 1955 - Colégio dos Brotos
  • 1956 - Vamos Com Calma
  • 1956 - Guerra ao Samba
  • 1956 - O Golpe
  • 1957 - Papai Fanfarrão
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1959 - Esse Milhão é Meu
  • 1960 - O Cupim
  • 1976 - O Ibraim do Subúrbio
  • 1985 - Tropclip

Bertha Lutz

BERTHA MARIA JÚLIA LUTZ
(82 anos)
Bióloga, Advogada, Política e Feminista

* São Paulo, SP (02/08/1894)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/09/1976)

Bertha Maria Júlia Lutz, filha da enfermeira inglesa Amy Fowler e do cientista e pioneiro da medicina tropical Adolfo Lutz. É uma das pioneiras da luta pelo voto feminino e pela igualdade de direitos entre homens e mulheres no país.

Desde 1918, Bertha tornou-se uma defensora incansável dos direitos da mulher no país. Publicou na Revista da Semana de 14 de dezembro uma carta denunciando o tratamento dado ao sexo feminino propondo a formação de uma associação de mulheres, visando a "canalizar todos esses esforços isolados".

Bertha empenhou-se na luta pelo voto feminino e junto com outras mulheres, entre as quais Maria Lacerda de Moura, criou, em 1919, a Liga Para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro, após ser aprovada em concurso do Museu Nacional, no Rio de Janeiro - a primeira é Maria José Rabelo Castro Mendes, admitida em 1918 no Itamaraty.

Em 1922, representou as brasileiras na assembléia-geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana.

O direito de voto feminino foi estabelecido por decreto-lei do presidente Getúlio Vargas apenas dez anos depois, em 1932. Em 1936, Bertha Lutz assumiu o mandato de deputada federal na vaga deixada pelo titular, Cândido Mendes.

Defendeu a mudança da legislação referente ao trabalho da mulher e dos menores de idade, propondo a igualdade salarial, a licença de três meses para a gestante e a redução da jornada de trabalho, então de 13 horas.

Quando a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o ano de 1975 como o Ano Internacional da Mulher, Bertha, já doente, foi convidada pelo governo brasileiro a integrar a delegação do país no I Congresso Internacional da Mulher, realizado na capital do México. Este foi seu último ato em prol da melhoria da condição feminina.

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 16 de setembro de 1976.

Fonte: Wikipédia e Mulher Terra