Álvaro Valle

ÁLVARO BASTOS DO VALLE
(65 anos)
Político

* Rio de Janeiro, RJ (15/05/1934)
+ Rio de Janeiro, RJ (09/01/2000)

Álvaro Valle foi um político brasileiro, fundador e primeiro presidente do Partido Liberal (PL). Foi Deputado Estadual na Guanabara (1962-1964 e 1971-1975) e Deputado Federal pelo Rio de Janeiro (1995-1999) não conseguindo ser reeleito em 1998.

Antes de fundar o Partido Liberal, foi membro da União Democrática Nacional (UDN), Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e Partido Democrático Social (PDS).

Em 1988 foi candidato a prefeitura do Rio de Janeiro.

Álvaro Valle morreu em 09/01/2000 vítima de um câncer no intestino.

Fonte: Wikipédia

José Fernandes

JOSÉ FERNANDES
(54 anos)
Maestro, Discotecário, Produtor, Redator, Radialista e Jurado de TV

☼ Minas Gerais (1925)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/09/1979)

José Fernandes foi um maestro, discotecário, produtor, redator, jurado de televisão e apresentador de programas de rádio durante quase duas décadas, mas só se tornou famoso quando começou a aparecer, eternamente mal-humorado, nos júris de programas de televisão.

Fazia o tipo mal humorado, de poucas amizades e raramente dava um sorriso em frente às câmeras. E foram raras as vezes em que seu sorriso foi visto, mas aconteceu. Os calouros tremiam quando José Fernandes pegava o microfone e já sabiam que nota receberiam. Sua nota geralmente era 0 e quando estava de bem com a vida, dava 1.

Participou do "Programa Flávio Cavalcanti" e também foi jurado no "Show de Calouros" do "Programa Sílvio Santos".

Crítico feroz, costumava distribuir notas zero aos calouros e, em 13 anos, só concedeu nota 10 para os cantores Clara Nunes, Cláudia, Elis Regina, Maysa, Orlando Silva, Carlos José, Tito Madi e Dick Farney. Mesmo assim, recentemente acabaria confessando a um amigo seu arrependimento por três dessas notas.


Em 1976, Guilherme Arantes se apresentou no programa "Show de Calouros", com o seu primeiro sucesso "Meu Mundo e Nada Mais", que era tema da novela "Anjo Mau". O cantor recebeu nota máxima de todos os jurados, menos de José Fernandes, que deu 4,5 (a nota máxima era 5), alegando que o trecho da letra "Só Sobraram Restos", formava o cacófato "Sóçobraram Restos". Guilherme Arantes discutiu com José Fernandes e Sílvio Santos pôs panos quentes, dizendo que os candidatos não deveriam comentar as opiniões do júri.

Como músico, dirigiu uma orquestra dedicada especialmente a tangos.

Em 1976, pela RCA Camden, lançou o LP "Tangos Nota 10 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com a interpretação dos tangos "Ojos Negros" (Vicente Greco), "Caminito" (Gabino Coria Peñaloza e Juan de Dios Filiberto), "Derecho Viejo" (Eduardo Arolas), "Nostalgias" (Juan Carlos Cobián e Enrique Cadícamo), "Ré-fá-si" (Enrique Delfino), "A Media Luz" (Edgardo Donato e Carlos César Lenzi), "Quejas de Bandoneon" (Juan de Dios Filiberto), "Tango Pra Teresa" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "El Choclo" (Angel Villoldo, Enrique Santos Discépolo e Carlos Marambaio Catan), "Volver" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "La Maleva" (A. Buglione e M. Prado) e "Yira Yira" (Enrique Santos Discépolo).


Em 1977, lançou o LP "Tangos Nota 10 - Volume 2 - José Fernandes e Sua Orquestra Típica", com os tangos "Mi Refugio" (Juan Carlos Cobián e P. N. Córdoba), "La Útima Cita" (Agustin Bardi e Francisco Garcia Jimenez), "Uno" (Mariano Mores e Enrique Santos Discépolo), "Madreselva" (Francisco Canaro e Luis César Amadori), "Buen Amigo" (Julio de Caro e C. Marambio), "Felicia" (Enrique Saborido), "Noche de Reyes" (Jorge Curi e Pedro Maffia), "À Eduardo Arolas", (José Fernandes), "Cuesta Abajo" (Carlos Gardel e Alfredo Le Pera), "Tomo y Obligo" (Carlos Gardel e Manuel Romero), "Canaro" (José Martinez), "Esta Noche Me Emborracho" (Enrique Santos Discépolo), "Recuerdo" (Adolfo Pugliese) e "Maipo" (Eduardo Arolas).

Apesar de maestro, sua notoriedade se deveu, segundo a crítica especializada, ao tipo especial que criou no "Programa Flávio Cavalcanti": Carrancudo, mal-humorado, dando sempre notas baixas aos calouros. O que fez com que o seu nome, tal sua popularidade, ficasse sinônimo de pessoas de mal com a vida.

José Fernandes faleceu no dia 05/09/1979, aos 53 anos, no Rio de Janeiro, RJ, vítima de uma afecção renal.

Fonte: Wikipédia

Julinho Botelho

JÚLIO BOTELHO
(73 anos)
Jogador de Futebol

* São Paulo, SP (29/07/1929)
+ São Paulo, SP (10/01/2003)

Foi um jogador de futebol, um dos maiores pontas direita da história do futebol brasileiro. É um dos maiores ídolos da Portuguesa, Palmeiras e Fiorentina. Sua primeira e única aparição em Copa do Mundo foi em 1954, sendo considerado pela imprensa mundial daquela época um dos melhores jogadores da Copa.

O Ínício de Carreira

Após ser dispensado da categoria de base do Corinthians, onde não se adaptou à posição de ponta-direita, Julinho, com 19 anos, chegou ao clube Atlético Juventus. No entanto sua passagem pelo clube da Mooca foi curta. Sendo promovido para a equipe profissional em 1950, depois de apenas seis meses foi contratado pela Portuguesa por Cr$ 50 mil.

Portuguesa

O recém chegado, logo se tornou titular, estreando contra o Flamengo, no Maracanã, no dia 18 de fevereiro de 1951, jogo que a Portuguesa perdeu por 5 a 2. Seis dias depois, em seu segundo jogo, marcou os seus 2 primeiros gols pela Portuguesa, na vitória de 4 a 2 sobre o América Futebol Clube, no Pacaembu.

Fez 191 partidas pela Portuguesa e marcou 101 gols. Chegango a marcar 4 gols em um mesmo jogo na vitória da Portuguesa sobre o Corinthians por 7 a 3, em 25 de novembro de 1951, no Pacaembu.

Suas atuações lhe renderam a convocação para a Copa do Mundo de 1954. Em julho de 1955, após conquistar seu segundo Torneio Rio-São Paulo, pela Portuguesa, foi vendido para a Fiorentina, da Itália, por US$ 5.500.

Fiorentina

Contratação mais cara da Fiorentina no ano de 1955, Julinho foi destaque na conquista do título italiano da temporada de 1955/1956, na primeira vez em que a equipe de Florença conquistou este título. A Fiorentina foi ainda, com Julinho, vice campeã italiana, nas duas temporadas seguintes.

Certa vez, quando andava de trem na Itália, precisou passar a viagem inteira escondido no banheiro para evitar o assédio dos fãs. Mas, em 1958, já mostrava seu desejo, de retornar à São Paulo. A Fiorentina fez uma proposta irrecusável e ele ficou. Ficou por mais um ano, mas pela vontade de voltar lhe deram o apelido de Senhor Tristeza.

Palmeiras

Voltou ao Brasil em 1959, quando passou a defender o Palmeiras. Fez parte do time que ficou conhecido como Primeira Academia, logo se tornou um dos maiores ídolos do Palmeiras.

Conquistou o Super-Campeonato Paulista contra o Santos Futebol Clube de Pelé. Foi fundamental logo neste seu primeiro título no Palmeiras.

Ganhou ainda, com o Palmeiras, a primeira, Taça Brasil da história do clube. Fez parte do elenco que disputou o jogo histórico em que o Palmeiras vestiu a camisa da Seleção Brasileira e goleou a Seleção Uruguaia por 3 x 0 na inauguração do Mineirão.

Na sua despedida contra o Náutico, saiu aos 32 minutos do primeiro tempo e deu lugar ao peruano Gallardo. Na primeira bola que o peruano errou o estádio inteiro puxou em coro: "Volta Julinho!"

Seleção Brasileira

Defendendo a Seleção Brasileira, realizou um total de 31 partidas, marcando 13 gols. Conquistou o Campeonato Pan-Americano de Futebol de 1952, o vice-campeonato sul-americano em 1953 , disputou a Copa do Mundo de 1954, sendo eleito melhor jogador do torneio, e venceu a Copa Roca de 1960.

Declinou a convocação para Seleção Brasileira de Futebol que disputaria a Copa do Mundo de 1958, alegando como motivo, o fato de que, como não atuava no futebol brasileiro, não seria justo para com os jogadores que atuavam no Brasil, que ele representasse o país em um campeonato mundial.

O dia 13 de maio de 1959 foi marcante para a vida de Júlio Botelho. Naquela ocasião, a Seleção Brasileira enfrentaria no estádio do Maracanã, a Seleção Inglesa em uma partida amistosa.

Quando Júlio Botelho entrou em campo, a expectativa de mais de 100 mil torcedores no Maracanã era de que ele fracassasse, mesmo vestindo na ocasião a camisa sete do Brasil. Era treze de maio de 1959 e o Brasil, recém campeão mundial, recebia em casa a Seleção da Inglaterra para uma partida amistosa. Ponta-direito de qualidade inquestionável, naquela partida o jogador sofria pressão da torcida carioca porque quem amargava o banco de reservas de sua posição era ninguém menos que o botafoguense Mané Garrincha. Ao entrar no gramado e ser anunciado pelo locutor como o titular, Julinho recebeu vaias de toda torcida presente no estádio (protesto que estava sendo preparado há uma semana). Mas, não fosse por ele ter tropeçado no último degrau das escadarias quando subiu ao campo, ninguém diria que realmente as ouviu. Quem impediu que ele caísse foi o goleiro da Inglaterra, que o segurou. Mas o que lhe deu forças de verdade foi o conselho ao pé do ouvido dado pelo companheiro Nilton Santos: "Vai lá e faz eles engolirem essa vaia!". Julinho obedeceu e em cinco minutos de jogo fez jogada na ponta direita e marcou o primeiro. Dez minutos depois deu passe pra Henrique fazer o segundo. Final: Brasil 2 a 0. Saiu aplaudido pela mesma torcida que não o queria em campo e, na manhã seguinte, os jornais ingleses anunciavam: "O Brasil agora tem dois Garrinchas".

Títulos

- Torneio Rio-São Paulo: Portuguesa (1952 e 1955) e Palmeiras (1965)
- Campeonato Italiano: Fiorentina (1955)
- Taça Brasil de Futebol: Palmeiras (1960)
- Campeonato Paulista: Palmeiras (1959, 1963 e 1966)
- Copa Roca: Seleção Brasileira(1960)
- Campeonato Pan-americano: Seleção Brasileira (1956)

Vice-Campeonatos

- Campeonato Italiano: Fiorentina (1956 e 1957)

Morte

Faleceu aos 73 anos de idade vítima de problemas cardíacos. Estava morando no bairro da Penha, na zona leste de São Paulo. Aliás, jamais deixou a Penha: nasceu, morreu e foi sepultado na Penha que tanto amava. Tanto que a saudade da Penha foi um dos motivos a determinar sua volta ao futebol do Brasil, para desespero dos torcedores da Fiorentina que simplesmente o idolatravam e continuam a reverenciá-lo.



Marthus Mathias

MARTHUS MATHIAS DE FARIA
(67 anos)
Ator e Dublador

☼ Itajubá, MG (01/05/1927)
┼ Campo Grande, MS (10/01/1995)

Marthus Mathias foi um ator e dublador brasileiro que imortalizou a voz brasileira de Fred Flintstone (a primeira e a mais frequente), nascido em Itajubá, MG, no dia 01/05/1927.

Marthus Mathias começou sua carreira em 1951 como rádio-ator em São Paulo, na Rádio Record. Sua estréia foi em "A Cabana do Pai Tomás".

Na televisão, atua em "Corcunda de Notre Dame" e "Vestido de Noiva", transmitidos ao vivo na década de 1950. Participou ainda de telenovelas de grande sucesso como "A Muralha" (1968), "Jerônimo, o Herói do Sertão" (1972), "Vitoria Bonelli" (1972), "O Espantalho" (1977), entre outras.

Marthus Mathias fez uma pequena participação em "Uma Rosa Com Amor" (1972), interpretando um empregado do personagem Carlos (Gilberto Martinho), ex-marido da vilã Nara Paranhos de Vasconcellos (Yoná Magalhães).

Estreou no cinema em 1953 e atuou em mais de 70 filmes. Sua estréia foi no filme "Cais do Vício" e desenvolveu sólida carreira com destaque para o filme "Jeca Tatu" (1959), um dos muitos filmes que realizou com Mazzaropi, "O Outro Lado do Crime" (1979) e "Besame Mucho" (1987).

Quase sempre no papel de vilão, Marthus Mathias era um dos atores mais constantes do cinema brasileiro, tendo atuado no cinema da Boca do Lixo paulista na década de 80.

Como ator-dublador outra de suas vozes foi de chefe dos agentes da UNCLE, vivido pelo ator Leo G. Carroll.

A maior decepção que teve foi não ter sido escolhido para dublar Fred Flintstone no primeiro longa metragem de "Os Flintstones".

Marthus Mathias faleceu aos 67 anos em Campo Grande, MS, no dia 10/01/1995, vítima de um câncer hepático.

Fonte: Wikipédia