Carlos Aguiar

CARLOS AGUIAR
(41 anos)
Locutor, Produtor e Apresentador de TV

* Caiabu, SP (1947)
+ São Paulo, SP (22/10/1988)

Hey, hey! Um passo para ô... su-ce-sso!!!

Esta frase com certeza lhe remeterá a ele, um dos grandes nomes do início da TV Gazeta. Ele tinha um público fiel e garantia bons pontos no Ibope para a emissora aos domingos. A voz um pouco anasalada e uma alegria contagiante. Como não lembrar de Carlos Aguiar, o mister show? Se a sua memória ainda não está fresca, com certeza agora ficará. Feche os olhos e lembre-se das bela panteras: Lia, Edna, Zilu, Aline, Ângela, Zeti, Eliane, Rebeca, Leninha e Rosane, as bailarinas de Carlos Aguiar. Agora vá mais fundo e lembre-se delas, em coro, cantando a canção que com certeza vai te remeter ao início de cada Programa Carlos Aguiar:

Laialaiá, laiá, laialaiá... Lalalalaiá, lalalaiá...
Chegou a hora, nós vamos cantar: Já está no ar, Carlos Aguiar!
Bate palma, bate o pé, o mister show é o que ele é!
Saia da frente que ele vai passar, Carlos Aguiar não pode parar!
Laialaiá, laiá, laialaiá... Lalalalaiá, lalalaiá...

E com alegria, ele entrava no palco:

- Oi, oi, oi, oiêêê... Alô, alô, minha geeeentê!


Berros, gritos, uma série de telespectadoras presentes no palco aplaudiam o Carlos Aguiar, que abriu na televisão brasileira não uma porta, mas um portão para a música sertaneja e a música nordestina. Sempre incentivou a música brasileira. Foi o primeiro programa da linha de shows da  TV Gazeta, que estreou em 4 denovembro de 1970 com o nome São Paulo da Viola. Posteriormentetornou-se Boa-Tarde Viola, quando seu horário era vespertino. E, em 1972 transformou-se em Show da Viola, nome que manteve até 1978.

Mas para falar do Carlos Aguiar, precisamos relembrar um pouco de sua história. Carlos Aguiar nasceu em 1947 em Caiabu, SP, cidade próxima de Martinópolis, na região de Presidente Prudente. Foi lá que Carlos Aguiar, aos 14 anos, iniciou sua carreira artística como locutor no serviço de alto-falantes da cidade. Um ano depois foi contratado como locutor da Rádio Clube de Martinópolis, onde ficou até 1964. Foi chamado para ser locutor da Rádio de Presidente Prudente.

Foi um passo para o sucesso. No final daquele mesmo ano, aos 17 anos,  Carlos Aguiar veio para São Paulo e começou a trabalhar com o ator Amácio Mazzaropi. Trabalhou como programador do Rancho Alegre, programa do humorista na TV Tupi. A partir dali dividiu seu trabalho entre o rádio como locutor e a televisão como produtor.

Foi para a TV Paulista, canal 5, produzindo os programas de Chacrinha, Dercy Gonçalves e Juca Chaves. Estava lá quando a TV Paulista foi comprada e transformada em TV Globo. Começou a fazer sucesso como locutor do programa Patrulha do Sertão, na Rádio Piratininga. E foi ali que recebeu o convite do produtor Kleber Afonso para apresentar um programa na TV Gazeta. Aí, naquele novembro de 1970, começou o São Paulo da Viola. O programa ia ar aos domingos à tarde, num auditório improvisado no 4º andar. Kleber Afonso foi ser seu produtor.

Quando as cores chegaram à TV brasileira, a TV Gazeta transformou o programa de Carlos Aguiar em cores. Em 1972, nos jornais, falava-se do Show da Viola: O programa colorido de maior audiência no horário, mostra o que de melhor existe na música sertaneja. Pouco tempo depois, o Show da Viola abriu espaço para a música nordestina, atraindo um público esquecido da metrópole paulistana. Aos poucos a viola sertaneja abriu espaço para outros instrumentos... e o enfoque neste novo segmento aumentou a audiência da TV Gazeta.


A partir de 1973 o programa passou a ter uma garota-propaganda, Wilma, ex-jogadora de basquete da Seleção Brasileira. Aos poucos, o ator Kleber Afonso se ausentou da produção, ocupando-se com turnês de suas peças de teatro, e Wilma assumiu a produção do programa. O bom entendimento com Carlos Aguiar, suas boas sugestões, suas opiniões, tudo fez que além da parceria nascesse algo mais forte: Carlos Aguiar e Wilma se casaram em 1975... E ela passou a usar o nome de Wilma Aguiar.

Em 1974 Wilma sugeriu que Carlos Aguiar criasse um quadro destinado à Música Popular Brasileira, que obteve muito sucesso. A TV Gazeta passou por uma grande reformulação na programação em 25 de janeiro de 1978, seu 8º aniversário. Com Com isso, o Show da Viola se transformou em Programa Carlos Aguiar, tendo agora a Música Popular Brasileira em geral como enfoque principal. Foi outra sugestão de Wilma Aguiar à direção da TV Gazeta.

As músicas sertaneja e nordestina passaram a aparecer no quadro Coisas do Nosso Folclore dentro do programa. Havia ainda os quadros: Só Sucessos, Um Passo Para o Sucesso (grande bordão do apresentador) e Lançamento, que mostravam, respectivamente, as músicas já consagradas pelo público, as que estavam atingindo o topo das paradas e as lançadas no mercado fonográfico. Além disso, semanalmente um artista consagrado contava fatos pitorescos de sua vida e carreira no quadro Vida de Artista (hoje tão copiado pelas grandes redes).

A equipe de produção de Carlos Aguiar contava com Wilma, Rubito, Amaury e Tony Auad, responsáveis pelos artistas convidados e pelas promoções do programa. A equipe também criou o Troféu Carlos Aguiar, aos grandes nomes do rádio, TV e música brasileira.

A partir de 1979, o Programa Carlos Aguiar passa a ser gravado no Teatro das Nações, na Avenida São João. De "ao vivo" virou "gravado", mas não tirou a naturalidade e o jeito espontâneo de Carlos Aguiar. O aumento do público foi uma das principais causas da mudança. O Teatro das Nações ficava lotado pelas fãs do programa, nas noites de segundas-feiras (dia da gravação). E não dá para deixar de lado o júri do programa, que gerava polêmica: Garcia Gambero, Prof. Fernando Jorge, Tony Auad, Arethusa Nogueira, Severino Araújo, entre outros.

Os aniversários do programa de 1978, 1979 e 1980 foram realizados no Ginásio do Pacaembu. Em cada ano um número aproximado de 18 mil fãs prestigiou Carlos Aguiar. Wilma Aguiar, a eterna companheira do apresentador, é quem nos conta mais sobre sua história:


"Eu entrei na Gazeta em 1973... O Aguiar já fazia o programa na TV Gazeta. Era o Show da Viola. Antes era jogadora de basquete da seleção brasileira. Fui apresentada a ele pelo Aucir, da Churrascaria Eduardo’s. Eu e o Aguiar sempre nos demos bem. Tanto é que aquela amizade cresceu e nos casamos. Dentro do programa tinha corrida, passava turfe, corrida de cavalo lá do Jockey Clube. Era transmitido simultaneamente. O Aguiar estava no ar, mas o programa era interrompido para entrar a corrida. Era domingo de manhã. No programa vieram violeiros importantes da época – Tonico & Tinoco, Pena Branca & Xavantinho, Zico & Zeca, Trio Parada Dura, Milionário e Zé Rico, Zé Betio... Eu comecei sendo garota-propaganda do programa dele... E metia o dedo onde não era chamada! Dava sugestões, opiniões. Um dia o Kleber Afonso foi fazer turnês e acabaram me colocando como produtora do programa. Na época os maiores patrocinadores do programa eram cafés. Tinha o Café do Ponto, Café São Bernardo, Café Serra Negra... Nós tínhamos patrocinadores de café até demais, porque o programa era pela manhã... E o Aguiar ia falando: 'Você vai acordando e tomando seu café'. Tínhamos também a Tapeçaria Chic, que na época era a rainha de patrocinar os programas de televisão. O Aguiar ajudou também na divulgação dos grandes laboratórios da época. Eles patrocinavam o programa. Dorsay, que era o Vitasay, do Doril, hoje grande potência e que na época era pequeno. Quando o programa foi para o horário da tarde, começamos a competir com o Sílvio Santos, aos domingos, com duas horas de duração. Depois dei a sugestão de ser Programa Carlos Aguiar. Nessa época, surgiu no programa o Zé Luiz, que chamam de Diabo Loiro, cantor de sucesso na época. Ele despontou no quadro Um Passo Para o Sucesso. O Amado Batista também começou no programa. O Aguiar sempre foi um comunicador popular. A gente tocava música sertaneja, música nordestina, que na época ninguém tocava. Quem fazia sucesso era Anastácia, Trio Nordestino, Dominguinhos, Luiz Gonzaga. Os artistas passaram a procurar o programa. Cada vez mais foi melhorando o nível, a ponto de a gente chegar a ter Fábio Jr., Elba Ramalho diversas vezes, Sidney Magal, Chitãozinho & Xororó... Os artistas faziam tudo o que o Aguiar queria, uma vez ele brincou com o Ovelha e perguntou para o público:
 
- Vocês querem o Ovelha pelado?
E todo mundo respondeu:
- Queremos!
 
Aí o Aguiar mandou o Ovelha tirar a roupa e ficar pelado... E ele realmente ficou! Aquilo foi manchete em tudo quanto é jornal. As festas do programa eram um sucesso, uma loucura. A primeira festa de aniversário que a gente foi fazer de externa, fomos gravar num salão de forró do Mário Zan. Metade do povo ficou do lado de fora e nós não tivemos condições de gravar. Foi aquela briga porque todo mundo queria entrar. Foi uma surpresa para a gente, até para os diretores da TV Gazeta. Foi um alvoroço. Teve que vir polícia, bombeiro, gente na rua gritando, chorando que queria entrar. Nós não tivemos condições de gravar. Foi em 1978. Tivemos que remarcar e fizemos o programa de aniversário na TV Gazeta, ao vivo e lotado de gente. Nossa sala de produção era no 8º andar, onde hoje é a Sala Vip. Hoje o Aguiar ficou na saudade para muitos artistas porque ele tinha as portas abertas para todos, sem distinção. Na TV Gazeta ele também apresentou o Telecatch... E lá também foi precursor, teve uma importância muito grande para a TV Gazeta, quando ela chegou a transmitir o Carnaval dos Clubes, durante muitos anos. Era transmitido do Palmeiras, do Corinthians, do São Paulo. A cada dia dois comentavam. Eu fazia um, o Carlos Aguiar o outro. O Aguiar sempre amou televisão, ele gostava muito mais do que rádio. O Aguiar deixou muita saudade. Tanto ele como eu amávamos a TV Gazeta."

Em 1983, o diretor-geral da Rádio Gazeta e TV Gazeta, Alberto Maluf, tirou do ar o Programa Carlos Aguiar. A alegação na época foi de que o comunicador não se enquadrava no perfil que a emissora adotava a partir daquele instante, menos popular.

Carlos Aguiar faleceu vítima de Insuficiência Respiratória, aos 41 anos, na capital paulista, em 22 de outubro de 1988. Encerrou sua carreira trabalhando na Rádio Globo, com o seu eterno Programa Carlos Aguiar.


Nota do radialista Edson Xavier: Na época eu era office-boy dos diários oficiais e trabalhava em um Flat no período noturno na Alameda Campinas. Conheci o apresentador Carlos Aguiar e sua Esposa Wilma quando se dirigiam a sua residência em uma rua travessa da Alameda Rio Preto no bairro Bela Vista. Anos mais tarde o reencontrei nas dependências da Rádio América AM 1.410 khz onde Wilma apresentava um programa com seu nome nas madrugadas, após falecimento do eterno amigo Carlos Aguiar. Saudades!

Paulo Ubiratan

PAULO UBIRATAN FONTES GASPAR
(51 anos)
Diretor e Produtor

* Rio de Janeiro, RJ (14/01/1947)
+ Rio de Janeiro, RJ (29/03/1998)

Paulo Ubiratan Fontes Gaspar foi um diretor e produtor de telenovelas brasileiras da TV Globo. Foi casado com a atriz Natália do Vale e com a jornalista e ex-modelo Valéria Monteiro, com quem teve uma filha, Vitória.

Paulo Ubiratan começou a trabalhar na TV Globo em 1978, como assistente de direção nas novelas "O Pulo do Gato", de Bráulio Pedroso, e "Sinal de Alerta", de Dias Gomes, na qual também atuou como produtor. No ano seguinte, voltou a trabalhar com o autor Bráulio Pedroso, assinando a direção da comédia "Feijão Maravilha". A novela, que era estrelada por Lucélia Santos e Stepan Nercessian, prestava uma homenagem às chanchadas dos anos 50, com um elenco que reunia alguns dos principais nomes do humor brasileiro.

A partir da década de 80, Paulo Ubiratan se tornaria um dos principais diretores da TV Globo e dividiu com Roberto Talma a direção de duas novelas: "Água Viva" e "Coração Alado". A novela "Baila Comigo", de 1981, foi a primeira novela das oito dirigida por Paulo Ubiratan e Roberto Talma. A dupla contou com dois jovens assistentes. Ele marcou também a estréia do autor Manoel Carlos no seu horário.

Em 1982, ainda em parceira com Roberto Talma, Paulo Ubiratan dirigiu três novelas: "Sétimo Sentido", de Janete Clair, "Elas Por Elas", de Cassiano Gabus Mendes, que eternizou o personagem Mário Fofoca, vivido por Luis Gustavo, e "Final Feliz", primeira novela da consagrada autora Ivani Ribeiro na TV Globo. Antes de "Roque Santeiro", que teria uma das maiores audiências da história da emissora, dirigiu outras duas novelas, "Louco Amor", de Gilberto Braga, e "Transas e Caretas".

Em 1983, foi o produtor de outras duas tramas: "Guerra dos Sexos", de Silvio de Abreu, e "Eu Prometo", de  Janete Clair.

Em 1985, Paulo Ubiratan foi o responsável pela escalação do elenco que levaria às telas "Roque Santeiro", proibida pela censura dez anos antes. Seria também o diretor da novela, porém, no segundo mês, sofreu um ataque cardíaco e foi substituído por Gonzaga Blota.

Em 1988 produziu outro clássico da teledramaturgia brasileira, a novela "Vale Tudo", de Gilberto Braga.


A novela "Roda de Fogo", de Lauro César Muniz e Marcílio Moraes, que contava a história do romance entre um empresário corrupto e uma juíza federal, marcou a volta do diretor às tramas das oito. Ele voltaria a dirigir um grande sucesso do autor Lauro César Muniz em 1989, a novela "O Salvador da Pátria", que trazia Lima Duarte no papel do jardineiro Sassá Mutema e Maitê Proença como a Professora Clotilde.

Ainda em 1989, Paulo Ubiratan dirigiu "Tieta", adaptação do romance de Jorge Amado feita por Aguinaldo Silva. Em seguida, o diretor fez sua primeira, e única, incursão no gênero das minisséries. "Riacho Doce", teve as externas gravadas no arquipélago de Fernando de Noronha. No mesmo ano, dirigiu a novela "Meu Bem, Meu Mal", de Cassiano Gabus Mendes, que marcou a estréia do ator Fábio Assunção.

Após produzir "Felicidade", de Manoel Carlos, Paulo Ubiratan dirigiu uma de suas últimas tramas na faixa de horário das 20:00 hs, a novela "Pedra Sobre Pedra", de Aguinaldo Silva. A novela seguia a linha do realismo fantástico, reunindo diversos personagens marcantes, como Sérgio Cabeleira (Osmar Prado) e Jorge Tadeu (Fábio Júnior).


Em 1994, Paulo Ubiratan dirigiu os primeiros capítulos da novela "Tropicaliente". Em seguida, foi o responsável pela produção do remake de um clássico de Janete Clair, a novela "Irmãos Coragem" (1995). Exibida pela primeira vez em 1970, com Tarcísio Meira, Cláudio Marzo e Cláudio Cavalcanti no papel de João, Duda e Jerônimo Coragem, a nova versão, que fazia parte das comemorações pelos 30 anos da TV Globo, apresentou Marcos Palmeira, Marcos Winter e Ilya São Paulo nos respectivos papéis.

Em 1996, Paulo Ubiratan fez o dirigiu, em parceria com Gonzaga Blota, a mini-novela "O Fim do Mundo", escrita por Dias Gomes e Ferreira Gullar. Ainda em 1996, Paulo Ubiratan dirigiu "Anjo de Mim", de Walther Negrão.

Também dirigida por Paulo Ubiratan foi "A Indomada", de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, ambientada na cidade fictícia de Greenville. A novela apresentou novos personagens fantásticos, como a vilã Maria Altiva, interpretada por Eva Wilma, e o Deputado Pitágoras Mackenzie, vivido por Ary Fontoura.

No dia de sua morte, o episódio "Toma Que o Filme é Teu", do humorístico "Sai de Baixo", foi dedicado ao diretor.

Paulo Ubiratan morreu durante a realização da novela "Por Amor", no dia 29/03/1998, vítima de um ataque cardíaco, quando ia ao ar o capítulo de número 144.


Trabalhos
  • 1997 - Por Amor (Diretor de Núcleo)
  • 1997 - A Indomada (Diretor de Núcleo)
  • 1996 - Anjo de Mim (Diretor de Núcleo)
  • 1996 - O Fim do Mundo
  • 1994 - Tropicaliente
  • 1992 - Pedra Sobre Pedra
  • 1990 - Meu Bem, Meu Mal
  • 1990 - Riacho Doce
  • 1989 - Tieta
  • 1989 - O Salvador da Pátria
  • 1986 - Roda de Fogo (Diretor de Núcleo)
  • 1985 - Roque Santeiro
  • 1983 - Champagne
  • 1983 - Eu Prometo
  • 1983 - Guerra dos Sexos
  • 1983 - Louco Amor
  • 1982 - Final Feliz
  • 1982 - Elas Por Elas
  • 1982 - Sétimo Sentido
  • 1981 - Baila Comigo
  • 1980 - Coração Alado
  • 1980 - Água Viva
  • 1979 - Feijão Maravilha
  • 1978 - Sinal de Alerta


Fonte: Wikipédia

Marly Bueno

AMÁLIA ANGELINA MARLY D'ANGELO
(78 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (11/06/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (12/04/2012)

Foi primeira mulher a aparecer na televisão brasileira, ao lado de sua irmã Miriam Simone D'Angelo. Seu maior sucesso aconteceu nas décadas de 50 e 60 quando, na condição de apresentadora e estrela de televisão viajou por todo o Brasil.

Após o casamento, não abandonou totalmente a vida artística, mantendo-se no ar para apresentar o concurso Miss Brasil, de 1965 a 1979.

No final dos anos 80 voltou à televisão, na Rede Globo, onde se manteve até 2009 quando foi contratada por três anos pela Rede Record. Em seus últimos trabalhos na TV interpretou mulheres requintadas, moralistas e más como a Rafaela de História de Amor, a Marta Moreti de Mulheres Apaixonadas e a Irmã Maria de Páginas da Vida todas do autor Manoel Carlos.

Atuou em inúmeras telenovelas, filmes e peças de teatro. Foi a estrela do último filme de Oscarito, Entre Mulheres e Espiões, e atuou ao lado de Anthony Quinn, em Oriundi, um filme da Warner Bros rodado no Brasil.

Recentemente, na Rede Record integrou o elenco de Poder Paralelo de Lauro César Muniz e a minissérie Rei Davi, seu último trabalho.

Marly Bueno faleceu em 12 de abril de 2012 devido vítima de uma infecção após uma cirurgia de emergência no intestino. Ela estava internada no hospital Copa D’or, no Rio de Janeiro.

Televisão

  • 1953 - As Aventuras de Berloque Kolmes ... Jane Calamidade
  • 1954 - O Falcão Negro ... Lucrécia Borgia
  • 1954- Alô Doçura
  • 1955 - A Sogra que Deus me Deu
  • 1956 - Conde de Monte Cristo ... Mercedes
  • 1956 - Scaramouche
  • 1957 - Lever no Espaço ... Carmem
  • 1958 - TV de Comédia
  • 1958 - TV Teatro
  • 1959 - TV de Vanguarda ... Angelina / Lady Mary / Maria Waleska / Stella Kowalski
  • 1959 - Um Lugar ao Sol
  • 1991 - Felicidade ... Leonor
  • 1991 - O Portador
  • 1995 - História de Amor ... Rafaela Moretti
  • 1995 - Quatro por Quatro ... Mãe de Suzana
  • 1997 - Por Amor ... Antonieta
  • 1998 - Estrela de Fogo ... Iolanda
  • 2000 - Laços de Família ... Olívia
  • 2002 - Coração de Estudante ... Zuzu
  • 2003 - Mulheres Apaixonadas ... Marta Moretti
  • 2004 - Linha Direta ... Clotilde (episódio: Crime das Irmãs Poni)
  • 2004 - Um Só Coração ... Lúcia
  • 2005 - América ... Srª Mattos
  • 2005 - Os Amadores ... Necilda
  • 2006 - Páginas da Vida ... Irmã Má (Irmã Maria)
  • 2009 - Poder Paralelo ... Sonia Meira
  • 2012 - Rei Davi ... Ainoã

Cinema
 
  • 1953 - A Família Lero-Lero
  • 1954 - Na Senda do Crime
  • 1957 - Dorinha no Soçaite
  • 1958 - Chão Bruto ... Laura
  • 1961 - Entre Mulheres e Espiões
  • 1962 - As Sete Evas ... Lídia
  • 1995 - Sombras de Julho
  • 1999 - Oriundi ... Matilde
  • 2006 - Fica Comigo Esta Noite ... Mãe de Laura
  • 2007 - Inesquecível
  • 2009 - A Mulher Invisível ... Senhora no Cinema


Fonte:  Wikipédia

Fregolente

AMBRÓSIO FREGOLENTE
(66 anos)
Médico e Ator

☼ São Paulo, SP (15/10/1912)
┼ Rio de Janeiro, RJ (19/03/1979)

Fregolente foi um médico e ator brasileiro nascido em São Paulo, SP, no dia 15/10/1912.

Ainda jovem, transferiu-se para o Rio de Janeiro, com a intenção de estudar medicina. Iniciou o curso em meados dos anos 1940, mas logo interromperia esse projeto, para se dedicar à profissão de ator.

Fregolente começou a carreira de ator aos 33 anos. Foi um dos atores que mais personificaram personagens de Nelson Rodrigues no cinema e no teatro. Era considerado como intérprete perfeito para os personagens criados por Nelson Rodrigues.

O auge de sua carreira ocorreu nas décadas de 1950, com as chanchadas da Atlântida, e de 1960, com filmes dos mais diferentes gêneros, como "O Homem do Sputnik" (1959), "Cala a Boca, Etelvina" (1959), "Cidade Ameaçada" (1960), "Assalto Ao Trem Pagador" (1962), "Bonitinha, Mas Ordinária" (1963), "O Beijo" (1964), "Crônica da Cidade Amada" (1965),  "O Mundo Alegre de Helô" (1967), "O Homem Que Comprou o Mundo" (1968), "A Penúltima Donzela" (1969), "Os Paqueras" (1969), dentre tantos outros.


Em 1965 concluiu o curso de medicina, com especialização em psiquiatria. Fregolente exerceu a profissão por mais de dez anos, em um consultório na cidade do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que brilhava nas telas e nos palcos.

Quando se formou, aos 53 anos, ligou para seu amigo Nelson Rodrigues para contar a novidade. Esse episódio foi depois contado pelo escritor em uma crônica publicada em 1966.

Na década de 1970 se destacaria por importantes papéis nos filmes "Sedução" (1974), "O Ibrahim do Subúrbio" (1976), "O Casamento" (1974), "Anchieta, José do Brasil" (1977) e "Gargalhada Final" (1979).

Na televisão teve poucas oportunidades, mas participou das telenovelas "Dona Xepa" (1977), "Sinhazinha Flô" (1977) e "Dancin' Days" (1978).

Ao longo de sua vida, Fregolente participou de mais de 100 filmes e peças de teatro, marca que poucos atores brasileiros conseguiram igualar.

Fregolente faleceu no dia 19/03/1979, no Rio de Janeiro, RJ, aos 66 anos, vítima de um infarto do miocárdio. Quando faleceu, participava das filmagens de "Amante Latino" (1979), de Pedro Carlos Rovai.

Filmografia Básica
(Não Constam Todos Os Filmes)

  • 1949 - Almas Adversas
  • 1949 - A Mulher de Longe
  • 1950 - A Sombra da Outra
  • 1950 - Estrela da Manhã
  • 1952 - Três Vagabundos
  • 1953 - Balança, Mas Não Cai
  • 1957 - Absolutamente Certo
  • 1958 - O Barbeiro Que Se Vira
  • 1959 - O Homem do Sputnik
  • 1960 - Cidade Ameaçada
  • 1962 - Assalto ao Trem Pagador
  • 1963 - Bonitinha, Mas Ordinária
  • 1964 - Crônica da Cidade Amada
  • 1964 - O Beijo
  • 1964 - Asfalto Selvagem
  • 1966 - Gern Hab’ Ich Die Frauen Gekillt
  • 1966 - Paraíba, Vida e Morte de um Bandido
  • 1967 - O Mundo Alegre de Helô
  • 1968 - O Homem Que Comprou o Mundo
  • 1969 - As Duas Faces da Moeda
  • 1969 - A Penúltima Donzela
  • 1969 - Os Paqueras
  • 1970 - O Donzelo
  • 1970 - Anjos e Demônios
  • 1973 - Vai Trabalhar, Vagabundo!
  • 1974 - Sedução
  • 1974 - Ainda Agarro Essa Vizinha
  • 1975 - As Aventuras de um Detetive Português
  • 1975 - O Casamento
  • 1977 - Um Marido Contagiante
  • 1977 - Anchieta, José do Brasil
  • 1977 - Ajuricaba, o Rebelde da Amazônia
  • 1978 - Dancin' Days
  • 1979 - Gargalhada Final

Fonte: Wikipédia