Tereza Rachel

TERESINHA MALKA BRANDWAIN TAIBA DE LA SIERRA
(82 anos)
Atriz e Produtora de Peças Teatrais

☼ Nilópolis, RJ (10/03/1934)
┼ Rio de Janeiro, RJ (02/04/2016)

Teresinha Malka Brandwain Taiba de La Sierra, adotou o nome artístico de Tereza Rachel, foi uma atriz e produtora brasileira de peças teatrais.

Natural de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, a atriz começou a carreira em 1955, atuando no teatro, sendo dirigida por Henriette Morineau em "Os Elegantes", de Aurimar Rocha.

Em 1956 recebeu o prêmio de Atriz Revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais (ABCT), por sua atuação em "Prima Donna".

Na televisão, interpretou personagens que são lembrados pelo público, como a Lupe em "O Rebu" (1974), Débora em "O Grito" (1975), Clô Hayalla em "O Astro" (1978), Martha Gama em "Baila Comigo" (1981), Aurora em "Paraíso" (1982), Renata Dumont em "Louco Amor" (1983), e a Rainha Valentine em "Que Rei Sou Eu?" (1989).

Em 1995, interpretou Francesca Ferreto na novela "A Próxima Vítima", e também se destacou como a vilã Dona Bertha, da novela "Era Uma Vez" (1998).

O último papel de Tereza Rachel na TV Globo foi na novela "Babilônia" (2015).

Atriz, produtora e intérprete inquieta, fundou nos anos 70 o Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, onde produziu peças inéditas e trouxe diretores europeus ligados à vanguarda, fazendo de sua casa de espetáculos um dos polos de destaque do teatro carioca. Tombado em 2004, o teatro foi reestruturado em 2012, após ser arrendado pelo produtor cultural Frederico Reder.


Nas décadas de 50 e 60, foi atriz e produtora de peças como "Bonitinha, Mas Ordinária", de Nelson Rodrigues, com direção de Martim Gonçalves.

Em 1965, esteve em "Berço do Herói", de Dias Gomes, dirigida por Antônio Abujamra. A peça foi interditada pela censura antes da estreia. Neste mesmo ano, fez parte do elenco de "Liberdade, Liberdade", de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, produção do Grupo Opinião. Dois anos depois, atuou no sucesso de público "Édipo Rei".

Além de se destacar no teatro, Tereza Rachel atuou também em filmes como "Genival é de Morte" (1956), de Aloísio T. de Carvalho, "Ganga Zumba" (1963), de Carlos Diegues, "Procura-se Uma Rosa" (1964), de Jece Valadão, "Canalha em Crise" (1965), de Miguel Borges, "Amante Muito Louca" (1973), de Denoy de Oliveira, "Revólver de Brinquedo" (1977), de Antônio Calmon, e "A Volta do Filho Pródigo" (1978), "Canudos" (1978) e "Pedro Mico" (1985), todos de Ipojuca Pontes.

Em 1974, ganhou o Kikito de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Gramado, pelo filme "Amante Muito Louca". Com sua atuação em "A Volta do Filho Pródigo", foi premiada pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) como melhor atriz coadjuvante em 1981.

A Rainha Valentine, da novela "Que Rei Sou Eu?", foi um dos personagens mais emblemáticos e populares de Tereza Rachel. Ela interpretou uma mulher de forte personalidade, fria e calculista, mas dominada por Ravengar, Antônio Abujamra, conselheiro mor do reino.

A rainha via na morte do marido, o Rei Petrus II, Gianfrancesco Guarnieri, a solução para sua vida, já que era apaixonada por Bergeron, Daniel Filho, o Conselheiro da Moeda. A Rainha Valentine tinha uma desagradável surpresa ao assumir o poder, após a morte do Rei Petrus II, mãe de Juliette, Cláudia Abreu.

Morte

Tereza Rachel morreu no sábado, 02/04/2016, aos 80 anos. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) em decorrência de complicações de um quadro agudo de obstrução intestinal. Ela permanecia internada desde o dia 30/12/2015 no Hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de janeiro.

Depoimentos

"A importância dela, só de ter um grande teatro com o nome dela, foi muito importante. Ela é uma atriz genial. As peças que montou foram de grande importância política. Ela estava sempre à frente. Um exemplo é o musical 'Gota d’água'. Aquele lugar é sagrado para todos os atores. Infelizmente eu não trabalhei com ela. Mas sempre a admirei. É como se eu tivesse perdido uma pessoa da família!"
(Ney Latorraca)


"Era uma atriz excelente. Houve uma época que ela estava tão brilhante no Teatro Brasileiro de Comédia, de São Paulo, que tudo o que ela fazia era sensacional. Era uma muito boa atriz. É uma perda para o teatro que não tem como ser reparada. Ficamos todos mais tristes!"
(Rosamaria Murtinho)


"Tem pessoas que vem à vida e passam em branco. E tem outras que tem importância porque, em suas manifestações, eles mudam a temporalidade. E ela foi uma dessas pessoas!"
(Milton Gonçalves)


"Eu gostaria que a gente sempre agradecesse mais às pessoas, agradecesse antes, quando elas estão vivas, antes que elas fossem embora. Mesmo assim eu gostaria de deixar esse agradecimento. Ela mostrou, ao longo da vida, que vale a pena lutar por alguma coisa!"
(Cássia Kiss)

"A troca que eu pude receber sempre foi muito positiva. Ela elevava o que os atores precisam. Ela elevava o talento ao máximo. Essa é a lembrança que eu tenho dela!"
(Reginaldo Faria)


Trabalhos

Televisão
  • 1958 - O Jovem Drº Ricardo ... Lena
  • 1966 - A Pequena Karen  ... Francis
  • 1970 - A Mansão dos Vampiros ... Rochele
  • 1974 - O Rebu ... Lupe
  • 1975 - O Grito ... Débora Saldanha Mendonça
  • 1977 - O Astro ... Clô Hayala
  • 1979 - Marron Glacê ... Lola
  • 1981 - Baila Comigo ... Marta Frey Gama
  • 1982 - Paraíso ... Aurora
  • 1983 - Louco Amor  ... Renata Dumont (Agetilde Rocha)
  • 1988 - Abolição ... Princesa Isabel
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Eva Mendonça
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? ... Rainha Valentine
  • 1989 - República ... Princesa Isabel
  • 1995 - A Próxima Vítima ... Francesca Ferreto de Angelis Rossi
  • 1998 - Era Uma Vez ... Berta
  • 2008 - Alice ... Elvira Cipriani
  • 2009 - Caras & Bocas ... Rebeca
  • 2010 - A Vida Alheia ... Isa Müller (Ep: "Manchas do Passado")
  • 2010 - Ti Ti Ti ... Rainha Valentine
  • 2015 - Babilônia ... Mary Poppins (Amiga de Úrsula Andressa)


Cinema
  • 1985 - Pedro Mico
  • 1984 - Águia na Cabeça
  • 1978 - A Volta do Filho Pródigo
  • 1977 - Revólver de Brinquedo
  • 1976 - Feminino Plural
  • 1973 - Amante Muito Louca ... Brigite
  • 1965 - Canalha em Crise
  • 1964 - Procura-se uma Rosa
  • 1963 - Ganga Zumba
  • 1963 - Und Der Amazonas Schweigt ... Donna Cecília
  • 1963 - Sol Sobre a Lama
  • 1956 - Genival é de Morte

Teatro
  • 1985 - Um Bonde Chamado Desejo
  • 1981 - A Senhorita de Tacna
  • 1980 - Os Órfãos de Jânio
  • 1976 - Gata em Teto de Zinco Quente
  • 1975 - Oh, Carol
  • 1974 - Mais Quero Asno Que Me Carregue Que Cavalo Que Me Derrube
  • 1974 - A Gaivota
  • 1972 - Tango
  • 1971 - A Mãe (Moliére de Melhor Atriz)
  • 1970 - Seu Tipo Inesquecível
  • 1969 - Chá e Simpatia
  • 1969 - O Balcão
  • 1968 - O Preço
  • 1967 - Édipo Rei
  • 1965 - Liberdade, Liberdade
  • 1965 - O Berço do Herói
  • 1962 - Bonitinha, Mas Ordinária
  • 1961 - Boca de Ouro
  • 1959 - Romanoff & Julieta
  • 1959 - Quando se Morre de Amor
  • 1959 - Patate
  • 1958 - A Ilha das Cabras
  • 1957 - A Bela Madame Vargas
  • 1957 - O Telescópio
  • 1956 - Prima Dona
  • 1955 - Os Elegantes
  • 1955- Fedra
  • 1953- Hécuba

Fonte: Wikipédia e G1
Indicação: Fadinha veras

Brandãozinho

ANTENOR LUCAS
(74 anos)
Jogador de Futebol

☼ Campinas, SP (09/06/1925)
┼ São Paulo, SP (04/04/2000)

Antenor Lucas, mais conhecido como Brandãozinho foi um jogador de futebol brasileiro nascido em Campinas, SP, no dia 09/06/1925. Jogando como médio-volante, destacou-se na Portuguesa entre os anos 1950 e 1955. Fez dezoito partidas pela Seleção Brasileira, entre 1952 e 1954, inclusive atuou como titular na Copa do Mundo de 1954.

No começo dos anos 40, o jovem Brandãozinho, apelido que ganhou ainda na infância, foi levado para os quadros amadores da Associação Atlética Ponte Preta. Depois de algum tempo, foi encaminhado para jogar pela Caldense (Poços de Caldas, MG). Posteriormente, retornou ao futebol paulista e foi defender a Portuguesa Santista, onde profissionalizou-se.

Jogando pela Briosa na posição de médio volante, Brandãozinho despertou o interesse da Portuguesa de Desportos. Começou assim em 1947, uma épica batalha para trazer o jogador. Inicialmente, o negocio girou em torno de 400 mil cruzeiros antigos.

Porém, um diretor da Portuguesa Santista interrompeu o acordo com o time do Canindé por julgar o valor irrisório para um jogador daquela categoria. Então, Brandãozinho permaneceu no Ulrico Mursa durante todo o ano de 1948 e boa parte do ano de 1949.


Finalmente depois de uma longa negociação, exatamente em 10/08/1949, Brandãozinho assinava seu contrato com a Portuguesa de Desportos. O valor investido no jogador beirou os 600.000 cruzeiros antigos.

E não foi só isso. Com o certame já em andamento, a Portuguesa de Desportos teria dificuldades para aproveitar Brandãozinho durante aquele campeonato. Foi preciso uma intervenção direta do presidente da Federação Paulista de Futebol, o Sr. Roberto Gomes Pedrosa.

E Brandãozinho fez sua estréia em um clássico contra o Palmeiras e anotou seu primeiro tento justamente em uma partida contra a Portuguesa Santista, em setembro de 1949, na vitória por 4x1.

Campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1952, Brandãozinho, ao lado de Muca, Djalma Santos, Julinho Botelho, Ceci, Nininho, Renato, Pinga e Simão, escreveram um dos períodos mais vitoriosos da história da Portuguesa de Desportos.

Com o sucesso na Portuguesa de Desportos, Brandãozinho ganhou sua primeira chance na Seleção Brasileira e conquistou o campeonato Pan-Americano de 1952.

Brandãozinho também defendeu o selecionado paulista em inúmeras oportunidades, conquistando o tradicional campeonato brasileiro de seleções no ano de 1952.


Depois da tragédia de 1950, houve todo um processo de reformulação na antiga Confederação Brasileira de Desportos (CBD). Até o uniforme, anteriormente todo branco, foi trocado pelo canarinho, como até hoje conhecemos.

Para disputar o mundial de 1954, o técnico Zezé Moreira manteve Bauer e Brandãozinho na composição do setor de meia cancha. Brandãozinho participou da partida conhecida como a "Batalha de Berna", quando o Brasil foi derrotado pela Hungria pelo placar de 4x2, na primeira derrota da nova camisa canarinho.

Depois da conquista do Torneio Rio-São Paulo em 1955, Brandãozinho sentiu o agravamento de algumas contusões, além da complicação de uma cirurgia realizada logo após o mundial de 1954.

Depois de praticamente sete temporadas jogando pela Portuguesa de Desportos, Brandãozinho percebeu que seu momento de parar tinha chegado. Quando deixou definitivamente os gramados em 1957, o craque recebeu o passe livre e trabalhou nas divisões de base do Nacional e da própria Portuguesa de Desportos, onde posteriormente comandou o time principal.

Formado em Educação Física, estudou direito e trabalhou também como investigador de polícia.

Brandãozinho, que morava no bairro do Tucuruvi em São Paulo, faleceu no dia 04/04/2000.

Títulos

Portuguesa de Desportos:
  • 1952 - Torneio Rio-São Paulo
  • 1955 - Torneio Rio-São Paulo


Seleção Brasileira:
  • 1952 - Campeonato Pan-americano de Futebol