Irving São Paulo

JOSÉ IRVING SANTANA SÃO PAULO
(41 anos)
Ator

* Feira de Santana, BA (26/10/1964)
+ Rio de Janeiro, RJ (10/08/2006)

Irving São Paulo foi um ator nascico em Feira de Santana, BA, no dia 26/10/1964.

Filho do ator e diretor Olney São Paulo e irmão do também ator Ilya São Paulo, Irving integrou o elenco das novelas "Torre de Babel" (1998), "A Viagem" (1994), "Mulheres de Areia" (1993), "Perigosas Peruas" (1992), "A História de Ana Raio e Zé Trovão" (1990), "Final Feliz" (1982), "Bebê a Bordo" (1988), entre outras. Também esteve nas minisséries "A Muralha" (2000) e "Um Só Coração" (2004), além de participar de episódios do programa "Você Decide".

No cinema esteve presente em filmes como "O Veneno da Madrugada" (2004), de Ruy Guerra, "Cascalho" (2004), de Tuna Espinheira, "Luz del Fuego" (1982) e "Muito Prazer" (1979), ambos de David Neves, e "A Noiva da Cidade" (1978), de Alex Viany.

Morte

Irving São Paulo morreu vítima de Falência Múltipla dos Órgãos, no Rio de Janeiro, em 10 de agosto de 2006, aos 41 anos de idade.

Ele estava internado desde 31 de julho na UTI do Hospital Copa D'or, com quadro de Pancreatite Necro-Hemorrágica. O ator chegou ao hospital já com um quadro avançado de inflamação do pâncreas. Segundo a assessoria, ele chegou a ser submetido a algumas cirurgias, mas não resistiu.

O corpo do ator foi velado na capela 3 do Cemitério São João Batista, no bairro carioca de Botafogo. O enterro ocorreu na sexta-feira, dia 11/08/2006, às 11:00 hs, no mesmo cemitério.

Trabalhos

Televisão
  • 2004 - Um Só Coração ... Geraldo Ferraz
  • 2002 - Sabor da Paixão ... Juiz
  • 2001 - Estrela-Guia ... Operador da Bolsa de Valores
  • 2001 - Sítio do Pica-Pau Amarelo ... Episódio: Viagem a Lua
  • 2000 - A Muralha ... Capanga de Banto Coutinho
  • 1998 - Torre de Babel ... Gilberto
  • 1995 - Você Decide
  • 1994 - A Viagem ... Zeca
  • 1993 - Mulheres de Areia ... José Luiz
  • 1992 - Perigosas Peruas ... Johann
  • 1991 - Ilha das Bruxas
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Minho
  • 1989 - O Sexo dos Anjos ... Zé Paulo
  • 1988 - Vida Nova ... Alcebíades
  • 1988 - Bebê a Bordo ... Bad Cat
  • 1983 - Champagne ... Zé Rodolfo
  • 1982 - Final Feliz ... Rafael

Cinema
  • 2004 - Cascalho
  • 2004 - O Veneno da Madrugada
  • 1982 - Luz del Fuego
  • 1979 - Muito Prazer
  • 1978 - A Noiva da Cidade

Fonte: Wikipédia
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Bussunda

CLÁUDIO BESSERMAN VIANNA
(43 anos)
Humorista

* Rio de Janeiro, RJ (25/06/1962)
+ Vaterstetten, Alemanha (17/06/2006)

Não tendo sucesso na escola e na faculdade, Bussunda encontrou no humor e na alegria o que ele realmente queria fazer da vida, vivia dizendo que o humor o havia salvado. Junto com seus companheiros do grupo Casseta & Planeta, construiu uma carreira na Rede Globo. Além do bom humor, uma de suas fortes características era zombar do próprio fato de ser glutão, o que o levava a imitar personagens com semelhante qualidade.

Com os mesmos companheiros de televisão escreveu onze livros, lançou três discos, encenou uma peça de teatro e protagonizou um filme em 2003, "A Taça do Mundo é Nossa", com um segundo, "Seus Problemas Acabaram", lançado em 2006 postumamente. Ainda no cinema, fez uma participação especial no filme "Como Ser Solteiro" e dublou o personagem principal da animação Shrek.

Bussunda nasceu no Rio de Janeiro, filho de Luís Guilherme Vianna e Helena Besserman Vianna. Era torcedor do Flamengo.

Casou-se em 1989 com a apresentadora Angélica Nascimento, com quem teve uma filha, Júlia, em 1993. Seu irmão Sérgio Besserman Vianna foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (por isso às vezes o IBGE era chamado no programa humorístico Casseta & Planeta, de que Bussunda participava, de "Instituto do Irmão do Bussunda").

Carreira

Bussunda não tinha interesse pelos estudos. Quando adolescente, chegou a ser reprovado com nota zero em todas as matérias. Ainda assim, no vestibular ficou em penúltimo lugar para o segundo semestre do curso de comunicação social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Como o mesmo disse:

"Na faculdade pública meus pais não podiam reclamar que pagavam mensalidade e a faculdade ajudava no meu projeto de vida de não fazer nada. Não me formei, mas foram ótimos anos"

Ele começou sua carreira trabalhando como redator do jornal humorístico Casseta Popular. Fundado por Beto Silva, Marcelo Madureira e Hélio de la Peña em 1978, o jornal fez sucesso no início da década de 1980 ao combinar o humor escrachado com a crítica política e de comportamento. Na época, ele ainda era estudante de jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Esse jornal daria origem à revista Casseta Popular e viria a se tornar um dos embriões do Casseta & Planeta.

Nos anos 80 Bussunda iniciou suas participações na TV, primeiro como apresentador do programa adolescente de debates Cabeça Feita (TV Educativa), mais tarde, em 1988, contratado como redator do programa TV Pirata, que era exibido na Rede Globo.

Ainda em 1988, Bussunda se tornou destaque natural do show Eu Vou Tirar Você Desse Lugar, início da parceria musical da Casseta Popular com o Planeta Diário, mais tarde, Banda Casseta & Planeta. A parceria se estenderia aos programas Doris Para Maiores (1991) e Casseta & Planeta, Urgente! (1992).

Desde 1992, era um dos protagonistas do programa humorístico Casseta & Planeta, Urgente!, exibido pela Rede Globo. Mesmo após a criação do programa, Bussunda continuou a atuar como cronista e jornalista independente. Por exemplo, ele colaborou com várias revistas esportivas, como Lance! e Placar. Ele também participou de campanha publicitária Sou da Boa, da cerveja Antarctica.


Apelido

O apelido pelo qual Bussunda viria a ser conhecido no Brasil, teria vindo da aglutinação dos nomes Besserman e Sujismundo. Bussunda, ainda adolescente, na Colônia de Férias Kinderland, foi apelidado de O Besserman Sujismundo pelos seus colegas. Daí Bessermundo, e mais tarde, Bussunda. O próprio Bussunda, apresentava uma versão diferente para a origem do seu apelido, dizia que era a mistura "das duas coisas que eu mais gosto - aquela que começa com BUS e aquela que termina com UNDA".


A Morte

Morreu em decorrência de um Ataque Cardíaco em 17 de junho de 2006, no hotel em que estava, o Erb Best Western, no bairro de Parsdorf, município de Vaterstetten, a 16 km do centro de Munique, onde acompanhava a Copa do Mundo.

No dia anterior, após uma partida de futebol com amigos do Casseta & Planeta, Urgente! e alguns hóspedes do hotel, sentiu-se mal, mas dispensou assistência médica. Na manhã seguinte, após acordar, foi tomar o café da manhã no hotel onde estava hospedado e começou a passar mal. Um grupo de paramédicos que também estavam hospedados no hotel foram chamados, tentaram reanimá-lo por mais de uma hora, mas foi um esforço em vão. Bussunda já havia morrido, às 8:30 hs, hora local (3:30 hs no horário de Brasília). Faleceu 8 dias antes de seu aniversário de 44 anos.

O corpo de Bussunda foi sepultado no domingo, um dia depois de sua morte, no Cemitério São João Batista na capital fluminense.

Enterrado como um cristão, este fato gerou e ainda gera muitas controvérsias entre a comunidade judaica e a família do humorista, pois ele sempre reiterava que era judeu e influenciado pela religião e cultura judaica, tendo sido membro da Hashomer, da linha sionista-socialista.


Polêmica no Enterro

Até o enterro do humorista Bussunda gerou polêmicas. O comediante sempre se disse judeu, mas foi enterrado em um cemitério cristão, devido possivelmente à vontade de sua esposa. A comunidade judaica, através de José Roitberg, pronunciou-se dizendo:

"Bussunda sempre se considerou judeu. Nos causou estranheza a nota do empresário dele, dizendo que Bussunda era um 'judeu não praticante, por isso, não seria enterrado em um cemitério judaico'. É uma asneira completa"

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #Bussunda

Evaldo Braga

EVALDO BRAGA
(25 anos)
Cantor e Compositor

☼ Campo dos Goytacazes, RJ (28/09/1947)
┼ Três Rios, RJ (31/01/1973)

Evaldo Braga foi um cantor e compositor nascido em Campos dos Goytacazes, RJ, no dia 26/05/1945.

Nos 25 anos em que viveu, o cantor percorreu uma trajetória bastante peculiar, marcada pela tragédia pessoal e pela aclamação popular. Conviveu de forma intensa com a tristeza e a alegria, a sarjeta e a glória, tudo percorrido na velocidade de um cometa.

Evaldo Braga passou a infância no antigo Serviço de Amparo ao Menor (SAM). Existe um boato segundo o qual Evaldo Braga, ainda bebê, teria sido jogado pela mãe biológica numa lata de lixo. Entretanto, esse boato foi veementemente desmentido pelo irmão de Evaldo Braga, o músico e cabeleireiro Antônio C. Braga, em depoimento num documentário realizado por Armando B. Mendes Filho em 1997, intitulado "Evaldo Braga - O Ídolo Negro", que está disponível no site Youtube em três partes (Parte 1, Parte 2 e Parte 3). O esclarecedor depoimento de Antônio C. Braga aparece na parte 2 do documentário, exatamente a 1 minuto e 52 segundos.

Passados os dias de infância no Serviço de Amparo ao Menor (SAM), o jovem Evaldo Braga, assim como tantos outros lá internados naqueles tempos, saiu a procurar uma maneira de ganhar a vida, e também como tantos outros jovens negros como ele pelas cidades brasileiras, passou a trabalhar como engraxate.


Passava os dias engraxando sapatos na Rua Mayrink Veiga, perto da famosa Praça Mauá, rua onde ficava a não menos famosa Rádio Mayrink Veiga, e ali acabou por fazer contato com os artistas daquela rádio e pouco a pouco foi acalentando o desejo de se tornar cantor.

Foi quando conheceu o produtor e compositor Osmar Navarro, que gostou de sua voz e da maneira dele pronunciar bem cada palavra, e o apresentou ao produtor Jairo Pires da gravadora Polydor, que andava procurando um cantor que fizesse frente à Nilton César, contratado de outra gravadora.

Evaldo Braga lançou seu primeiro disco em 1971 e logo se tornou um sucesso com a música "A Cruz Que Carrego" (Isaías Souza), com uma carga dramática e autobiográfica incrível, em versos como "Sinto a cruz que carrego bastante pesada, já não existe esperança no amor que morreu / a solidão e amargura / sempre me marcaram" que imediatamente podem ser remetidos a todo seu drama.

O fato é que essa composição caiu logo no gosto popular e mesmo que a crítica especializada da época não desse muita importância a ele, nem ao menos se dando ao trabalho de avaliar seus dotes vocais e muito menos querendo travar qualquer contato com as músicas que cantava, seu sucesso aumentou, e em 1972, ele lançou "O Ídolo Negro - Volume 2".


Esse seu segundo LP que contou com os arranjos dos maestros Waltel Branco e Perucci, e apresentou novamente uma ambiguidade temática que tanto podia levar a ilações quanto a um relacionamento amoroso desfeito, logicamente a interpretação mais imediata, como remeter também a sua biografia.

Evaldo Braga faleceu com apenas dois discos gravados. Um terceiro foi lançado no ano de sua morte, mas era na realidade, uma coletânea.

Em 2022, 49 anos após seu falecimento, a Música Popular Brasileira passou por transformações avassaladoras, algumas das quais já se processavam quando de sua morte. Com isso teria ele caído no esquecimento? Não, pelo contrário, seu mito manteve-se vivo na memória popular mesmo que nenhuma estação de televisão se dê ao trabalho de apresentar qualquer especial sobre sua vida e carreira.

Em condições normais, ele teria caído no esquecimento, mas, no entanto, mesmo no ano de 2022, depois de 49 anos, seu túmulo é visitado por romarias de fãs no dia de finados, seus discos continuam a ser adquiridos e podem ser encontrados com facilidade nos locais que cultuam a chamada música brega.


Em levantamento recente feito no site Dicionário Cravo Albin da MPB chegou-se a conclusão que seu nome era o mais pesquisado entre todos os quase sete mil verbetes ali catalogados.

Como explicar esse fenômeno de um artista que a crítica esqueceu como apenas mais um representante da música brega, que para muitos cultores da chamada Música Popular Brasileira com letras maiúsculas e garrafais, nem ao menos mereceria uma nota de roda-pé?

Talvez essa explicação ou busca de compreensão não passe apenas pela análise formal de suas gravações, seja daquelas músicas compostas por ele ou daquelas que outros para ele compuseram, mesmo que elas falem muito, por um lado, dele mesmo, numa talvez involuntária autobiografia musical, ou sirvam como trilha sonora de amores baratos e desfeitos na permanente solidão das cidades. Por mais que se buscasse dissecá-las musicalmente nota por nota, ainda assim, haveria quem lhes negasse maior valor exatamente pelo que elas têm de mais valoroso, o gosto e a dicção popular, que muitos até por preconceito logo identificam com som de cabarés. Embora seja certo que o que parece um insulto é na verdade a constatação do quanto as músicas por ele compostas ou gravadas estão entranhadas na musicalidade e na alma popular, e tocam sim nos cabarés onde o amor custa pouco (ou muito dependendo do ponto de vista) e a humanidade exercita de forma explicita suas emoções da maneira mais exacerbada possível.


E não é isso exatamente o que a música brega-romântica faz? Exacerba os sentimentos e lhes dá uma vestimenta que condiz com a alma desbragada de nosso povo, por mais que dizer isso possa parecer tatear no espaço vazio. O fato é que esse derramamento que os intelectuais e membros da elite execram, o povo abraça, e o mais é motivo de discussão, mas que não pode levar a conclusões definitivas sobre o melhor e o pior.

Seja como for, 49 anos depois de sua morte, Evaldo Braga é mais e mais um enigma como pessoa, como artista e como representante artístico dessa face dita bastarda da música popular, execrada e desqualificada pela maioria dos críticos, que é a música brega.

No entanto, a questão aqui não é exatamente discutir o lugar da música brega na Música Popular Brasileira, mas sim, chamar a atenção para o Ídolo Negro, Evaldo Braga, mesmo sem chegar a conclusões sobre ele e seu sucesso, mas muito mais para homenageá-lo e lançar um pouco de luz sobre esse raro cantor negro cuja carreira, que tinha tudo para ser das mais brilhantes da música popular, foi bruscamente cortada por um golpe da sorte numa curva qualquer de uma estrada brasileira.

Morte

Evaldo Braga faleceu na quarta-feira, 31/01/1973, aos 25 anos, vítima de um acidente automobilístico na BR-03, Rio-Bahia, em um Wolkswagem TL, após tentativa de ultrapassagem forçada segundo populares.

Importante ressaltar que no momento do acidente, Evaldo Braga não dirigia o carro, e sim seu motorista.

Seu túmulo é um dos mais visitados pelos fãs no feriado de Finados no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.

Discografia

  • 1973 - Evaldo Braga (Polydor)
  • 1972 - O Ídolo Negro Vol. 2 (Polydor)
  • 1972 - O Ídolo Negro (Polydor)

Extras
  • 1987 - Eu Ainda Amo Vocês (Polydor)
  • 1972 - Mis Canciones En Castellano (Polydor)

Tributos
  • 1973 - Os Garotos da Praia Interpretam o Inesquecível Evaldo Braga (Som / Copacabana)

Coletâneas
  • 2001 - Sem Limite - Evaldo Braga (Universal Music)
  • 1999 - Millennium - 20 Músicas do Século XX - Evaldo Braga (Universal Music)
  • 1983 - O Inesquecível Evaldo Braga (Elenco / Opus) 
  • 1981 - A Voz de Evaldo Braga (Polyfar / Philips)
  • 1977 - Série Autógrafo de Sucessos - Evaldo Braga (Polyfar / Philips)
  • 1975 - O Imortal (Polyfar / Philips)
  • N/D - Minha História - Evaldo Braga (Polygram)

Compactos / Singles
  • 1969 - Dois Bobos / Não Importa (RCA Victor)
  • 1971 - Só Quero / Por Uma Vez Mais (Polydor)
  • 1972 - Nunca Mais, Nunca Mais / Meu Deus / A Cruz Que Carrego / Eu Desta Vez Vou Te Esquecer (Polydor)
  • 1972 - Todas As Noites / Nunca Mais, Nunca Mais (Polydor)
  • 1972 - O Ídolo Negro Vol. 2 (Polydor)

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #EvaldoBraga

Paulo Sérgio

PAULO SÉRGIO DE MACEDO
(36 anos)
Cantor e Compositor

* Alegre, ES (10/03/1944)
+ São Paulo, SP (29/07/1980)

Não fosse sua morte prematura, aos 36 anos, em decorrência de um Derrame Cerebral, Paulo Sérgio certamente seria lembrado como um dos maiores nomes da música romântica nacional. O cantor e compositor capixaba iniciou sua carreira em 1968, no Rio de Janeiro, lançando um compacto com o sucesso "Última Canção". O disco obteve sucesso imediato e vendeu 60 mil cópias em apenas três semanas, transformando seu intérprete num fenômeno de vendas. A despeito da curta carreira, Paulo Sérgio lançou treze discos e algumas coletâneas, obtendo uma vendagem superior a oito milhões de cópias.


Primeiro filho do alfaiate Carlos Beath de Macedo e de Hilda Paula de Macedo, Paulo Sérgio, se não tivesse manifestado desde cedo o intento de tornar-se músico profissional, talvez teria se realizado como alfaiate, haja vista que aos dez anos frequentava a alfaiataria do pai, aprendendo os primeiros segredos da agulha e da tesoura. Porém, a veia artística já se desenhava cedo. Aos seis, quando em sua cidade natal, Alegre, ES, apareceram as caravanas de artistas de emissoras de rádio do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio participou, ao fim do espetáculo, de um mini-concurso de calouros. Foi escolhido o melhor dentre vários concorrentes, passando a ser requisitado como atração especial em todas as festinhas da pequena Alegre.

Ao chegar no Rio de Janeiro, para onde a família se mudara em meados dos anos 50, a trajetória do menino Paulo Sérgio ganhou uma nova conotação. Estudou no Colégio Pedro II e morava em Brás de Pina, na zona norte carioca, quando terminou o ginásio. Aos 15 anos, foi trabalhar em uma loja no bairro de Bonsucesso. Coincidência ou não, era uma loja de discos e eletrodomésticos, chamada Casas Rei da Voz. Como tocava bem violão, logo os amigos o incentivaram e Paulo Sérgio começou a mostrar suas composições.

Paulo Sérgio e Roberto Carlos
Os anos 60 sacudiam a juventude e Paulo Sérgio fez seu batismo no programa "Hoje é Dia de Rock", comandado por Jair de Taumaturgo, o mais badalado entre os jovens do Rio de Janeiro. Posteriormente, passaria ainda por muitos outros programas de calouros, como o "Clube do Rock", do saudoso Rossini Pinto, onde muitos outros ídolos que iriam formar o pessoal da Jovem Guarda se apresentaram.

Em 1966, no filme "Na Onda do Iê-Iê-Iê", Paulo Sérgio aparece como calouro do Chacrinha, cantando a canção "Sentimental Demais" de Altemar Dutra.

Em 1967, uma nova e grande oportunidade de Paulo Sérgio surgiu, quando um amigo seu foi convidado para realizar testes na gravadora Caravelle, do empresário Renato Gaetani. Paulo Sérgio, então, prontificou-se a acompanhar o amigo ao violão, que infelizmente não teve sorte. Porém, durante o teste, descobriram que Paulo Sérgio também cantava e, já que estava ali, manifestaram interesse em ouvir algumas de suas composições.

Um contrato foi prontamente assinado e dentro de poucos dias Paulo Sérgio gravou um compacto simples, que continha as músicas "Benzinho" e "Lagartinha". Entretanto, a sua afirmação definitiva deu-se com o lançamento, em 1968, do primeiro disco, denominado "Paulo Sérgio - Volume 01", que, alavancado pelo grande sucesso "Última Canção", vendeu mais de 300.000 cópias.


Paralelo ao sucesso meteórico de Paulo Sérgio, surgiu a acusação de que o mesmo era um imitador do cantor Roberto Carlos, então ídolo inconteste da juventude, dada a semelhança do seu timbre vocal. Como contrapartida, naquele mesmo ano Roberto Carlos lançaria o álbum "O Inimitável".

Do sucesso inicial advieram propostas para que Paulo Sérgio ingressasse numa grande gravadora. Em 1972, este assinaria um vultoso contrato com a Copacabana, o qual, em razão das cifras envolvidas, foi considerado o maior acontecimento artístico daquele ano. Pelo selo Beverly, Paulo Sérgio lançaria ao todo oito álbuns.

No dia 4 de março de 1972, Paulo Sérgio contraiu matrimônio com Raquel Teles Eugênio de Macedo, a qual conhecera casual e sugestivamente num pequeno acidente de trânsito. O casamento aconteceu secretamente, numa cerimônia simples, em Castilho, pequena cidade do interior de São Paulo.

Em 23 de maio de 1974, nascia Rodrigo, que mais tarde usaria artisticamente o cognome de Paulo Sérgio Jr. Além de Rodrigo, Paulo Sérgio tivera ainda duas filhas, Paula Mara e Jaqueline Lira, fruto de relacionamentos anteriores.

Últimos Momentos

No dia 27/07/1980, um domingo, Paulo Sérgio fez sua última apresentação na TV. Esta ocorreu no programa do apresentador Édson Cury (o Bolinha), da TV Bandeirantes, onde cantou duas músicas do seu último trabalho fonográfico: "O Que Mais Você Quer de Mim" e "Coroação". Logo após apresentar-se no programa "Hora do Bolinha", nos arredores do teatro onde aquele programa era veiculado, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, São Paulo, Paulo Sérgio envolveu-se num incidente que talvez tenha provocado sua morte.

Ele saiu do auditório para pegar seu carro, estacionado próximo à Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Várias fãs o cercaram. Queriam beijos, autógrafos, carinhos, fotografias. Uma delas, agressivamente, começou a comentar fatos relacionados à vida íntima do cantor e sua mulher, Raquel Telles Eugênio de Macedo.

Para evitar encrencas os amigos trataram de afastar Paulo Sérgio dela, enquanto a moça garantia que ainda tinha muito a dizer. Já nervoso, Paulo Sérgio deu a partida em seu carro, mas, quando manobrou o veículo, foi atingido por uma pedrada no para-brisa. Fora de si, ele desceu do automóvel e partiu em perseguição à moça. Esta se refugiou no interior de um edifício, para onde o zelador não permitiu que Paulo Sérgio a seguisse. Furioso, Paulo Sérgio avaliou os danos causados a seu veículo e aguardou vários minutos, na calçada, que a garota voltasse à rua.

Seus acompanhantes procuraram acalmá-lo. Ele ainda teria de cumprir três apresentações, antes que o domingo terminasse. Finalmente, o convenceram a esquecer o incidente e sair dali. Rumaram para uma pizzaria em Moema. Paulo Sérgio tentou fazer um lanche, mas não conseguiu comer direito. Tinha muita dor de cabeça e nenhum apetite.

A primeira apresentação foi no Grajaú. Quando terminou de cantar, Paulo Sérgio chamou seu secretário, pedindo a ele que encontrasse uma farmácia e providenciasse comprimidos para sua dor de cabeça, que estava cada vez mais violenta. Ingeriu dois de uma só vez e partiu para Itapecerica da Serra. Mas lá só conseguiu cantar quatro músicas. A sua cabeça latejava dolorosa, implacavelmente e a sua visão estava começando a ficar turva. Ele cambaleou até o camarim. Logo depois, os amigos o encontraram alternando-se entre gemidos e gritos de dor e tendo tremores por todo o corpo. Foi levado até o carro e transportado para o Hospital Piratininga. De lá, o enviaram para o Hospital São Paulo. Quando chegou ao mesmo, já estava em coma. O diagnóstico foi rápido e assustador: Paulo Sérgio tivera um Derrame Cerebral.

Após as primeiras providências clínicas, Paulo Sérgio foi internado na UTI. Teve início assim uma desesperada batalha pela sua sobrevivência. Amigos e parentes foram alertados. Apesar de preocupados, todos, tanto familiares como fãs e equipe médica, estavam confiantes até aquele momento. Afinal, ele era um homem forte, sadio… e com apenas 36 anos. Com esse perfil, todos acreditavam que não havia motivo para que se duvidasse de sua recuperação.

No entanto, mesmo com a equipe médica fazendo tudo que foi possível, seu esforço de nada adiantou. Na manhã de segunda-feira, 28 de julho de 1980, os corredores do hospital já estavam repletos de pessoas que queriam ver e saber alguma notícia sobre o estado de saúde de Paulo Sérgio. O otimismo já cedia lugar a um certo desespero. Afora os familiares, ninguém mais naquele momento tinha autorização para entrar na UTI, onde ele se encontrava.


As reações de Paulo Sérgio continuavam desfavoráveis. O Drº Pimenta, chefe da equipe que incansavelmente tentava reabilitar o cantor, após exames minuciosos, revelou aos familiares de Paulo Sérgio que suas possibilidades de sobrevivência já eram mínimas, quase nulas. Mesmo assim, a luta prosseguia. No hospital, a vigília permanecia contínua. Mais uma noite e o estado de saúde de Paulo Sérgio, ao invés de melhorar, se agravou.

Às 14:30 hs de terça-feira, 29 de julho de 1980, já não havia a menor possibilidade de melhora. O cantor Paulo Sérgio estava praticamente sem vida, apenas os aparelhos mantinham sua respiração e seus batimentos cardíacos. Às 20:30 hs, foi anunciado o fim de sua dolorosa agonia. Apesar de todo o esforço feito para salvá-lo, Paulo Sérgio estava morto.

Durante a madrugada e a manhã seguinte o corpo do cantor ficou exposto para visitação no velório ocorrido no Cemitério de Vila Mariana, em São Paulo. Atendendo ao pedido dos pais de Paulo Sérgio, seu corpo foi sepultado no Rio de Janeiro. Na capital carioca, o velório ocorreu no Cemitério do Caju. Entre os cantores que prestaram suas últimas homenagens, podemos citar Antônio Marcos, Jerry Adriani, Agnaldo Timóteo e Zé Rodrix.

Às 16:00 hs do dia 30 de julho de 1980 (quarta-feira), o seu corpo baixou à sepultura ao som de seu maior sucesso, "Última Canção".

Oneida Maria Xavier di Loreto

Oneida teve um desentendimento com Paulo Sérgio na tarde do dia 27/07/1980, horas antes de sua última apresentação, no Circo Rosemir, armado em Vila Preu, a cinqüenta quilômetros do centro de São Paulo.

A própria Oneida contou, com a condição de não ser fotografada - para evitar que ficasse ainda mais visada pelos que a ameaçam -, como foi o incidente:

"No dia 27, fui ao Teatro Bandeirantes com uma amiga, para apanhar uma bolsa que ficara esquecida lá. Cruzei com Paulo Sérgio, que me convidou para ir com ele para o seu sítio perto de Preu. Disse, então, que eu era mulher casada e de respeito. Ele riu na minha cara. Para desviar a conversa, falei que conhecia sua ex-mulher, Raquel. Então, ele começou a me xingar e me chamou de prostituta. Para irritá-lo, retruquei que ele era um péssimo cantor e que Roberto Carlos era muito melhor do que ele. Ele ameaçou me matar e passar com o carro por cima de mim. Quando deixei o teatro, ele abandonou o seu carro e correu atrás de mim. Me refugiei na porta de um prédio, enquanto as pessoas o seguravam. Fui, depois, dar queixa no 5º Distrito."

A última fotografia de Paulo Sérgio em vida, registrada nos bastidores do programa "Hora do Bolinha" (27/07/1980). Ao seu lado, os amigos Lauro Lopes e Reinaldo dos Santos.
Os últimos momentos da vida de Paulo Sérgio foram presenciados por outra mulher, Suely Coutinho, que, há cinco meses, trabalhava como "Paulete", as bailarinas que faziam a coreografia dos shows do cantor. Ela contou o que viu:

"Pouco antes de começar o show, ele sentia forte dor de cabeça. Logo depois de cantar a primeira música, levou a mão à fronte e começou a empalidecer. Foi para seu ônibus-camarim, pedindo ajuda. Dei-lhe dois comprimidos. Ele começou a babar e a balbuciar. Entrou em coma no próprio camarim e saiu de lá na ambulância. Mas não houve tempo para nada e ele morreu no hospital, em São Paulo."

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #PauloSergio

Sylvinha Araújo

SÍLVIA MARIA VIEIRA PEIXOTO ARAÚJO
(56 anos)
Cantora e Compositora

* Mariana, MG (16/09/1951)
+ São Paulo, SP (25/06/2008)

Sylvinha começou sua carreira na década de 1960, lançada por Chacrinha. Na época, apresentou o programa "O Bom", com Eduardo Araújo, com quem se casou em 1969 e teve dois filhos.

Em 1967 gravou seu primeiro disco, o compacto "Feitiço de Broto". Entre suas composições de maior sucesso, está "Minha Primeira Desilusão".

O crítico e produtor musical Nelson Motta chegou a chamá-la de Janis Joplin brasileira, após a versão soul que imprimiu à canção "Paraíba", de Luiz Gonzaga.

Chegou a vender mais de um milhão de discos na carreira. No final da década de 1970, passou gravar jingles publicitários, e gravou mais de 2 mil.

Entre os anos 1970 e 1980 ela foi jurada de calouros no programa dominical de Sílvio Santos. Afastada da publicidade, passou a se dedicar à gravadora Number One, sua e do marido.

Em 2001, lançou o álbum "Suave é a Noite". Em 2007, lançou um DVD comemorativo dos 40 anos da Jovem Guarda, e vinha trabalhando na divulgação desse trabalho.

Quando morreu, estava internada haviam 21 dias no Hospital 9 de Julho, em decorrência de complicações do Câncer de Mama contra o qual lutou 12 anos. Foi enterrada em Itapecerica da Serra.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #SylvinhaAraujo

Dina Sfat

DINA KUTNER DE SOUZA
(50 anos)
Atriz

* São Paulo, SP (28/10/1938)
+ Rio de Janeiro, RJ (20/03/1989)

Filha de judeus poloneses, Dina sempre quis ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um pequeno papel no espetáculo "Antígone América", dirigida por Antonio Abujamra. Daí pulou para o teatro amador e foi parar no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a personagem Manuela de "Os Fuzis da Senhora Carrar" de Bertold Brecht. A atriz se transformou em uma grata revelação dos palcos e mudou seu nome artístico para Dina Sfat, homenageando a cidade natal de sua mãe.

Participou de espetáculos importantes na década de 60 em São Paulo e conquistou o Prêmio Governador do Estado de melhor atriz por seu desempenho em "Arena Conta Zumbi" em 1965, um musical de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Foi para o Rio de Janeiro e estreou nos palcos de um teatro na peça "O Rei da Cidade".


Em 1966 estréia no cinema em "Corpo Ardente" do diretor Walter Hugo Khouri e no cinema se consagra em 1969 vivendo a guerrilheira Cy de "Macunaíma", filme premiado de Joaquim Pedro de Andrade, ao lado do marido, o ator Paulo José que conheceu nos tempos do Teatro de Arena.

Ela chegou à televisão no final da década de 60 e destacou-se em papéis de enorme carga dramática, em telenovelas de autoria de Janete Clair, como "Selva de Pedra", "Fogo Sobre Terra", "O Astro" e "Eu Prometo". Mas também brilhou em outras como "Verão Vermelho", "Assim na Terra Como no Céu", "Gabriela" e "Os Ossos do Barão".

Posou nua para revista Playboy em janeiro de 1982, num ensaio secundário.

Foi casada por 17 anos com Paulo José, com quem teve três filhas: Isabel Kutner, que também é atriz, Ana, que também se aventurou na carreira e Clara.


Descobriu o câncer, inicialmente no seio, em 1986, mas não deixou de trabalhar, mesmo em tratamento. Já com a doença, viajou para a União Soviética e participou de um documentário sobre o país e os primeiros passos da Perestroika.

Escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado "Dina Sfat - Palmas Prá Que Te Quero", junto com a jornalista Mara Caballero e fez a novela "Bebê a Bordo", seu último trabalho na TV.

Seu último filme foi "O Judeu" que só estreou em circuito depois da morte da atriz.

Dina Sfat morreu em 20 de março de 1989, aos 50 anos depois de lutar alguns anos contra o Câncer de Mama.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #DinaSfat

Oscarito

OSCAR LORENZO JACINTO DE LA IMACULADA CONCEPCIÓN TERESA DIAZ
(63 anos)
Ator, Humorista e Artista Circense

* Málaga, Espanha (16/08/1906)
+ Rio de Janeiro, RJ (04/08/1970)

Oscarito nasceu na Espanha. Poderia ser marroquino se viesse ao mundo dois diante antes - a família era de circo e estava em excursão no norte da África - mas se considerava brasileiro. "Vim para cá com um ano de idade e sofri mais do que sovaco de aleijado. Podia ter nascido na China ou no pólo norte, mas sou brasileiro puro na batata", disse ele, ao conseguir naturalizar-se brasileiro, em 1949. O pai era alemão e a mãe portuguesa. Tinha tios franceses, ingleses, espanhóis, italianos e dinamarqueses, com uma tradição de 400 anos de picadeiro.

Oscarito debutou aos cinco anos no circo, vestido de índio numa adaptação de "O Guarani", de José de Alencar. Exímio violinista, chegou a tocar em salas de projeção na época do cinema mudo, foi palhaço, trapezista, acrobata e até Poncio Pilatos na semana santa. Como galã, protegeu castas meninas de condes malvados em dramalhões sob a lona que faziam a platéia arfar o peito num tempo em que não havia novela de televisão.

Em 1932, Alfredo Breda, barbeiro de profissão e teatrólogo da Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, convidou-o a satirizar o presidente Getúlio Vargas em "Calma, Gegê".

Era a época do teatro rebolado em que a sátira política era combinada com as exuberantes pernas das vedetes. A mistura era infalível. Desde a estréia no cinema, em "Noites Cariocas" (1935), Oscarito ligou-se ao parceiro inseparável Grande Otelo, com quem faria dupla em 34 chanchadas do estúdio da Atlântida Cinematográfica entre 1944 e 1962.



Oscarito era um gênio da comédia e conhecia a mecânica do riso. Certa vez, pediu ao diretor Carlos Manga que alterasse a montagem de um filme. Entre uma piada e outra, para dar tempo ao público de recuperar-se, havia seis closes do rosto de figurantes. Oscarito achou pouco e pediu nove closes. Era o intervalo exato, constatou Carlos Manga quando o filme estreou.

Nos anos 50, fazia três filmes por ano, incluindo gozações com sucessos de Hollywood, como, "Matar ou Correr", de Carlos Manga, paródia do bangue-bangue "Matar ou Morrer", de Fred Zinnemann.

"Colégio de Brotos" (1956) foi visto por 250 mil espectadores na primeira semana de exibição. "Esse homem é minha mina de ouro", dizia o dono da Atlântida Cinematográfica, Luiz Severiano Ribeiro.

Após vê-lo imitando Rita Hayworth no clássico papel de Gilda, o humorista americano Bob Hope convidou Oscarito para filmar nos Estados Unidos, mas ele recusou - com medo do fracasso.


"Não se dava conta da importância que tinha. Vivia com cinco contos de réis mensais, salário modestíssimo para a estrela que era. Eu próprio ganhei três contos de réis por Carnaval no Fogo, de 1949, e não deu para viver um mês", relata o ator José Lewgoy.

"Temente a Deus e ao imposto de renda", como dizia, não bebia e só passou a fumar após os 40 anos. Pegou o vício ao representar um fumante inveterado.

Casado com Margot Louro, de belíssimos olhos azuis e também de família circense, teve dois filhos.

Na manhã de 15/07/1970, após abandonar a carreira artística, enquanto a família arrumava as malas para passar um fim de semana no sítio em Ibicuí, Rio de Janeiro, Oscarito tentou repetir na sala os passos de malandro que o haviam consagrado. Terminavam sempre com um pulinho com os dois pés para trás.

"Acho que estou ficando velho e gordo", disse à mulher. Minutos depois, as pernas começaram a formigar e endurecer, antes de ele desmaiar. Um Derrame Cerebral o deixou em coma.

Ao pressentir o ocaso, ele havia decidido refugiar-se no sítio.

"Qualquer dia eles vão me demolir como um prédio velho. Vou cuidar das galinhas e dos repolhos". Mas não perdeu a chance de fazer piada: "Como sabem, repolho é uma rosa que engordou e ficou verde de raiva".

Morte

Na manhã de 15/07/1970, sentiu-se mal, devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e foi internado, já em coma, vindo a falecer no dia 04/08/1970.

Seu corpo foi velado no salão nobre da Assembleia Legislativa da Guanabara, com a presença de mais de duas mil pessoas. O sepultamento levou cerca de quinhentas pessoas ao Cemitério São João Batista.


Trabalhos
  • 1975 - Assim era a Atlântida
  • 1968 - Jovens Para Frente
  • 1967 - A Espiã Que Entrou em Fria
  • 1965 - Crônica da Cidade Amada
  • 1962 - Os Apavorados
  • 1962 - Entre Mulheres e Espiões
  • 1960 - Dois Ladrões
  • 1960 - Duas Histórias
  • 1959 - O Cupim
  • 1959 - Pintando o Sete
  • 1959 - O Homem do Sputnik
  • 1958 - Esse Milhão é Meu
  • 1957 - De Vento em Popa
  • 1957 - Treze Cadeiras
  • 1956 - Vamos com Calma
  • 1956 - Colégio de Brotos
  • 1956 - Papai Fanfarrão
  • 1955 - O Golpe
  • 1955 - Guerra ao Samba
  • 1954 - Matar ou Correr
  • 1954 - Nem Sansão nem Dalila
  • 1953 - Dupla do Barulho
  • 1952 - Três Vagabundos
  • 1952 - Carnaval Atlântida
  • 1952 - Barnabé, Tu És Meu
  • 1951 - Aí Vem o Barão
  • 1950 - Aviso Aos Navegantes
  • 1949 - Carnaval no Fogo
  • 1949 - Caçula do Barulho
  • 1948 - É Com Este Que Eu Vou
  • 1948 - Falta Alguém no Manicômio
  • 1948 - E o Mundo se Diverte
  • 1947 - Asas do Brasil
  • 1947 - Este Mundo é um Pandeiro
  • 1946 - Fantasma Por Acaso
  • 1945 - Não Adianta Chorar
  • 1944 - Gente Honesta
  • 1944 - Tristezas Não Pagam Dívidas
  • 1941 - O Dia é Nosso
  • 1941 - Vinte e Quatro Horas de Sonho
  • 1940 - Céu Azul
  • 1938 - Banana da Terra
  • 1938 - Bombonzinho
  • 1938 - Está Tudo Aí!
  • 1936 - Alô, Alô Carnaval
  • 1935 - Noites Cariocas
  • 1933 - A Voz do Carnaval

Fonte: Wikipédia
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Grande Otelo

SEBASTIÃO BERNARDES DE SOUZA PRATA
(78 anos)
Ator, Humorista, Cantor e Compositor

* Uberlândia, MG (18/10/1915)
+ Paris, França (26/11/1993)

Grande Otelo foi um ator, cantor e compositor. Pai do também ator José Prata.

Grande artista de cassinos cariocas e do chamado Teatro de Revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nos anos 1940/50, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de "Macunaíma", realizada em 1969.

Grande Otelo e Ankito
Conheceu Orson Welles quando este veio filmar no Brasil, na década de 1940. O grande ator e diretor estadunidense considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.

Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher cometeu suicídio logo após matar com veneno seu filho de seis anos, que era enteado do ator.

Grande Otelo vivia em Uberlândia quando conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo. Ele voltou a fugir, foi para o Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Grande Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.

Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.

Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do Teatro de Revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.

No cinema, participou em 1942 do filme "It's All True", de Orson Welles.

Grande Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a feita com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker. Com o fim da dupla com Vera Regina, Grande Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagem título de "Macunaíma" (1969), filme baseado na obra de Mário de Andrade.

Participou também do filme de Werner Herzog, "Fitzcarraldo", de 1982, filmado na floresta amazônica.

Desde os anos 1960 Grande Otelo era contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como "Uma Rosa Com Amor", entre várias outras. Também trabalhou no humorístico "Escolinha do Professor Raimundo", no início dos anos 1990. Seu último trabalho foi uma participação na telenovela "Renascer", pouco antes de morrer.

Grande Otelo faleceu em 26/11/1993 vítima de um Ataque Cardíaco fulminante, quando viajava para Paris onde participaria de uma homenagem que receberia no Festival de Cannes.

Fonte: Wikipédia
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Sérgio Cardoso

SÉRGIO FONSECA DE MATTOS CARDOSO
(47 anos)
Ator

* Belém, PA (15/03/1925)
+ Rio de Janeiro, RJ (18/08/1972)

Formou-se em Direito no Rio de Janeiro e sonhava com o Itamarati, queria ser diplomata. Despertou para o teatro ao conhecer o Teatro Universitário do Rio de Janeiro e sua estréia foi no papel título de "Hamlet" de William Shakespeare. O sucesso foi tão grande que ele desistiu de tudo e se decidiu pela carreira de ator.

Foi para o Teatro Brasileiro de Comédia de São Paulo. Fez peças importantes, como: "Entre Quatro Paredes", "A Ópera dos Três Vinténs", "Do Mundo Nada Se Leva", "Seis Personagens à Procura de um Autor", "Convite ao Baile", "A Falecida", "A Raposa e as Uvas" e "A Ceia dos Cardeais".


Em 1949 fundou sua própria companhia teatral, o Teatro dos Doze em sociedade com a atriz Nydia Licia com que foi casado por muitos anos e teve uma filha, Silvia.

Na TV Tupi, Sérgio Cardoso fez várias telenovelas de sucesso: "O Sorriso de Helena", "O Cara Suja", "O Preço de Uma Vida", "O Anjo e o Vagabundo", "Somos Todos Irmãos" e "Antônio Maria". Essa última, escrita por Geraldo Vietri, que fez ao lado de Aracy Balabanian, foi seu maior sucesso na TV.

Em 1968, realizou "O Santo Mestiço", novela sobre a vida de "São Martinho de Porres".

Em 1969 ele foi para a TV Globo, onde fez: "A Cabana do Pai Tomás", "Pigmaleão 70", "A Próxima Atração" e "O Primeiro Amor". Foi este seu último trabalho.

Sérgio Cardoso faleceu no dia 18/08/1972, aos 47 anos, vítima de um ataque cardíaco.

Ele teve que ser substituído por Leonardo Villar, um de seus melhores amigos, já que a telenovela ainda tinha vários capítulos para serem gravados e ele fazia o principal papel.


Mais de vinte mil pessoas acompanharam o enterro do ator em São Paulo. Onde ele formou sua companhia de teatro. No local onde ele fundou a companhia de teatro, no bairro da Bela Vista, hoje existe o Teatro Sérgio Cardoso.

Após sua morte houve rumores que o ator havia sido enterrado vivo, fato que é negado por parentes e amigos.

Televisão

  • 1964 - O Sorriso de Helena ... Fernando
  • 1965 - O Cara Suja ... Ciccílio
  • 1965 - O Preço de Uma Vida ... Drº Valcourt
  • 1966 - O Anjo e o Vagabundo ... Drº Renato
  • 1966 - Somos Todos Irmãos ... Samuel
  • 1967 - Paixão Proibida ... Rogério
  • 1968 - O Santo Mestiço ... Martinho de Porres / Padre Ramiro
  • 1968 - Antônio Maria ... Antônio Maria
  • 1969 - A Cabana do Pai Tomás ... Pai Tomás
  • 1970 - Pigmalião 70 ... Fernando Dalba
  • 1971 - A Próxima Atração ... Rafael Borges (Rodrigo)
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Professor Luciano Lima

Fonte: Wikipédia
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Otelo Zeloni

OTELO ZELONI
(52 anos)
Ator

* Roma, Itália (26/11/1921)
+ São Paulo, SP (29/12/1973)

Aos vinte anos, foi convocado para a Segunda Guerra Mundial pela Forza Aerea Italiana (FAI) como piloto-aviador e após anos de guerra e dois acidentes, conseguiu fugir do front, em 1943, na garupa de um motociclista.

Vindo para a América do Sul, começou a negociar filmes italianos, conhecendo assim pessoas da área do cinema na Argentina e posteriormente no Brasil, onde se radicou em meados de 1947. Iniciou como radio-ator, sempre com forte sotaque italiano, mas foi no Teatro de Revista que começou com cenas cômicas, nas companhias de teatro com Walter Pinto e Carlos Machado.

Em 1957, casou-se com Marize Sobral, com quem teve 3 filhas.

Atuou em dezenas de filmes e peças de teatro, como "Os Ossos do Barão". Na televisão, atuou em programas como "A Família Trapo" (1967 a 1971), "Dom Camilo e os Cabeludos", "Zeloni Forno e Fogão", primeiro programa de culinária protagonizado por um homem e onde fazia comerciais ao vivo.

Estava participando da telenovela "O Conde Zebra", na TV Tupi, quando morreu vitimado por um Tumor Cerebral.

Fonte: Wikipédia
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Luiz Gonzaga

LUIZ GONZAGA DO NASCIMENTO
(76 anos)
Cantor, Compositor e Instrumentista

* Exu, PE (13/12/1912)
+ Recife, PE (02/08/1989)

Foi uma das mais completas e inventivas figuras da Música Popular Brasileira. Cantando acompanhado de acordeão, zabumba e triângulo, levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra, bem como a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino, para o resto do país, numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado.

Admirado por grandes músicos, como Gilberto Gil e Caetano Veloso, o genial instrumentista e sofisticado inventor de melodia e harmonias, ganhou notoriedade com as antológicas canções "Baião" (1946), "Asa Branca" (1947), "Siridó" (1948), "Juazeiro" (1948), "Qui Nem Giló" (1949) e "Baião de Dois" (1950)

Nasceu na Fazenda Caiçara, no sopé da Serra do Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão e também consertava o instrumento. Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocar.


Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi "Asa Branca", que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

Antes dos dezoito anos, ele se apaixonou por Nazarena, uma moça da região e, repelido pelo pai dela, o coronel Raimundo Deolindo, ameaçou-o de morte. Januário e Santana lhe deram uma surra por isso. Revoltado, Luiz Gonzaga fugiu de casa e ingressou no exército em Crato, Ceará. A partir dali, durante nove anos ele viajou por vários estados brasileiros, como soldado. Em Juiz de Fora, MG, conheceu Domingos Ambrósio, também soldado e conhecido na região pela sua habilidade como acordeonista. Dele, recebeu importantes lições de música.

Em 1939, deu baixa do Exército no Rio de Janeiro, decidido a se dedicar à música. Na então capital do Brasil, começou por tocar na zona do meretrício. No início da carreira, apenas solava acordeão (instrumentista), tendo choros, sambas, fox e outros gêneros da época. Seu repertório era composto basicamente de músicas estrangeiras que apresentava, sem sucesso, em programas de calouros.


Apresentava-se com o típico figurino do músico profissional: paletó e gravata. Até que, em 1941, no programa de Ary Barroso, ele foi aplaudido executando "Vira e Mexe", um tema de sabor regional, de sua autoria. O sucesso lhe valeu um contrato com a gravadora RCA Victor, pela qual lançou mais de 50 músicas instrumentais. "Vira e Mexe" foi a primeira música que gravou em disco.

Veio depois a sua primeira contratação, pela Rádio Nacional. Foi lá que tomou contato com o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo, que usava os trajes típicos da sua região. Foi do contato com este artista que surgiu a ideia de Luiz Gonzaga apresentar-se vestido de vaqueiro - figurino que o consagrou como artista.

Em 11 de abril de 1945, Luiz Gonzaga gravou sua primeira música como cantor, no estúdio da RCA Victor, a mazurca "Dança Mariquinha" em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.

Gonzaguinha e Gonzagão
Também em 1945, uma cantora de coro chamada Odalisca Guedes deu à luz um menino, no Rio de Janeiro. Luiz Gonzaga tinha um caso com a moça - iniciado provavelmente quando ela já estava grávida - e assumiu a paternidade do rebento, adotando-o e dando-lhe seu nome: Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Gonzaguinha foi criado pelos seus padrinhos, com a assistência financeira do artista.

Em 1946 voltou pela primeira vez a Exu, em Pernambuco, e o reencontro com seu pai é narrado em sua composição "Respeita Januário", parceria com Humberto Teixeira.

Em 1948, casou-se com a pernambucana Helena Cavalcanti, professora que tinha se tornado sua secretária particular. O casal viveu junto até perto do fim da vida de Lua. E com ela teve outro filho que Lua a chamava de Rosinha.


Luiz Gonzaga sofria de Osteoporose. Morreu vítima de Parada Cardiorrespiratória no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana.

Seu corpo foi velado em Juazeiro do Norte (a contragosto de Gonzaguinha, que pediu que o corpo fosse levado o mais rápido possível para Exu, irritando várias pessoas que iriam ao velório e tornando Gonzaguinha "persona non grata" em Juazeiro do Norte) e posteriormente sepultado em seu município natal.

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #LuizGonzaga