Dom Alair Vilar

ALAIR VILAR FERNANDES DE MELO
(83 anos)
Bispo

☼ Natal, RN (05/06/1916)
┼ Natal, RN (20/08/1999)

Dom Alair Vilar Fernandes de Melo foi ordenado padre no dia 19 de novembro de 1939, em Natal. Recebeu a ordenação episcopal no dia 17 de maio de 1970, em Natal, das mãos de Dom Eugênio Cardeal de Araújo Sales, Dom Nivaldo Monte e Dom Manuel Tavares de Araújo.

Arcebispo de Natal

Em 15/05/1988, tomou posse como 3° Arcebispo, Dom Alair Vilar Fernandes de Melo, mais um dos padres de Dom Marcolino Dantas. Dom Alair veio da diocese de Amargoso, na Bahia, e tinha mais idade do que o Arcebispo renunciante. Dom Antônio Soares Costa continuou como Bispo Auxiliar de Dom Alair.

No início do seu governo, Dom Alair nomeou o Monsenhor Francisco de Assis Pereira como postulador da Causa, no Processo de Beatificação dos Mártires de Cunhaú e Uruassu. Monsenhor Assis exerceu a missão com muito zelo, tanto na fase Diocesana como na fase Romana do Processo de Beatificação. Dom Costa, como Bispo Auxiliar de Dom Alair, alcançou os seus maiores êxitos na Arquidiocese de Natal.

Em 21/11/1988, Festa de Nossa Senhora da Apresentação, com a apresentação de uma caravana de Bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), houve a inauguração solene da nova Catedral Metropolitana, na Praça Pio X, um grande feito de Dom Costa, que infelizmente não pode participar da solenidade, em vista do falecimento, naquela data, de sua genitora.

Em 1991, Natal foi sede do XII Congresso Eucarístico Nacional, outro grande evento religioso, que contou com a presença do Papa João Paulo II, no seu encerramento. Foi uma vitória do Secretário Geral do Congresso, Dom Antônio Soares Costa, que nessa época alimentava a esperança de suceder Dom Alair Vilar, que deixaria em breve o governo da Arquidiocese.

Durante o governo de Dom Alair, o Padre Matias Patrício de Macedo, vigário de Nova Cruz, foi nomeado Bispo de Cajazeiras, na Paraíba. Dom Alair Vilar renunciou à Arquidiocese em 1993. Criou sete paróquias. Renunciou ao munus episcopal no dia 29/10/1993.

Atividades Durante o Episcopado

  • Membro da Comissão Representativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
  • Membro da Conselho Diretor Nacional do Movimento de Educação de Base;
  • Presidente do MEB;
  • Bispo de Amargosa (1970 - 1988);
  • Arcebispo de Natal, RN (1988 - 1993).


Ordenações Episcopais

Dom Alair foi o principal celebrante da ordenação episcopal de:

  • Dom João Nilton dos Santos Souza
  • Dom Matias Patrício de Macêdo

Dom Alair foi concelebrante da ordenação episcopal de:

  • Dom Jairo Rui Matos da Silva
  • Dom Cristiano Jakob Krapf

Fonte: Wikipédia

Carlos Cachaça

CARLOS MOREIRA DE CASTRO
(97 anos)
Cantor e Compositor

* Rio de Janeiro, RJ (03/08/1902)
+ Rio de Janeiro, RJ (16/08/1999)


Morador do morro desde os oito anos de idade, Carlos Cachaça cresceu participando de blocos e cordões, acompanhando o surgimento das escolas de samba. Sua obra musical traduz o seu tempo, uma narrativa poética do que viveu. Sem fantasias, seus versos e melodias contam um pouco do que viu e sentiu.

Este mangueirense, apaixonado por carnaval reuniu várias virtudes. Ao contrário do que seu apelido sugere, Carlos zelava pela diversão e pelo trabalho. Quando jovem bebia, mas não sofria alteração, o que lhe permitia uma total disciplina. Trabalhou na Rede Ferroviária Federal, até se aposentar. Foram quarenta anos, (de 1925 a 1965), trabalhando diariamente sem faltar um dia.

Ao lado do grande Cartola, seu parceiro mais constante, e Saturnino Gonçalves, pai da Dona Neuma, entre outros, fundou, em 1925, o Bloco dos Arengueiros, que mais tarde deu origem a Estação Primeira de Mangueira.

Carlos Cachaça, esteve em atividades até a morte, aos 97 anos. Foi o primeiro compositor a inserir elementos históricos nos sambas de enredo, o que é uma norma até hoje. Em 1923 compôs seu primeiro samba Ingratidão e em 1932 compõe a primeira parceria com Cartola.

Ganhou o apelido de Cachaça para diferenciar de outros "Carlos" da turma e por causa de sua bebida preferida. Sua última participação ativa na Mangueira foi em 1948, quando a escola foi a 1ª a colocar som no desfile, para o samba-enredo Vale de São Francisco.

Em dezembro de 1980 lançou pela Ed. José Olympio, em co-autoria com Marília T. Barbosa da Silva e Arthur L. Oliveira Filho, o livro Fala Mangueira.

Em 1997, ao completar 95 anos, foi homenageado, na quadra da Mangueira por ser o único fundador vivo da agremiação.

O único disco solo de Cachaça é de 1976 e inclui pérolas como Quem Me Vê Sorrindo (com Cartola) e Juramento Falso.

Carlos Cachaça foi pouco interpretado pelos cantores da era do rádio. Não Quero Mais Amar a Ninguém (com Cartola e Zé da Zilda) é uma exceção. Foi gravado por Aracy de Almeida em 1937 e regravado por Paulinho da Viola em 1973, no LP Nervos de Aço pela gravadora Odeon. Época em que vários dos seus sambas passam a ser redescobertos.

Fonte: Wikipédia

Dona Zica

EUZÉBIA SILVA DO NASCIMENTO
(89 anos)
Pastora e Personalidade Pública da Mangueira

* Rio de Janeiro, RJ (06/02/1913)
+ Rio de Janeiro, RJ (22/01/2003)

Pastora e personalidade pública da Mangueira, nascida num domingo de carnaval no subúrbio de Piedade, no Rio de Janeiro.

O pai, Euzébio da Silva, foi guarda-freios da Estação Central do Brasil, e a mãe, Gertrudes Efigênia dos Santos, era lavadeira de profissão.

Em 14 de abril de 1914, morreu seu pai. Anos mais tarde, em 1920, a família mudou-se para o morro de Mangueira.

O apelido Zica foi dado por sua madrinha, de nome Cabocla.

De seus quatro irmãos, Clotildes, chamada de Menininha, foi esposa de Carlos Cachaça, outro compositor da Mangueira.

Aos dezenove anos, casou-se com Carlos Dias do Nascimento, de quem ficou viúva, tendo quatro filhos.

Na década de 1950, casou-se com Cartola, passando a ser conhecida e conceituada no meio musical carioca.

Em 1962 juntamente com seu marido Cartola, fundou o bar Zicartola, na rua da Carioca, centro do Rio de Janeiro, freqüentado por muitos sambistas, como Zé Keti, Nelson Sargento, Paulinho da Viola e Nelson Cavaquinho e ainda intelectuais e universitários.

Durante algum tempo, foi integrante da Velha Guarda da Mangueira.

Foi passista e diretora da ala das pastoras.

Em 1998, participou do CD "Chico Buarque de Mangueira", produzido pela BMG em homenagem aos compositores da escola, cantando "Capital do Samba" (Zé Ramos), além de estar presente na foto ao lado de Chico Buarques e de toda a Velha Guarda. No ano seguinte, participou do CD "Velha Guarda e Convidados", produzido pela gravadora Nikita Music, no qual interpretou "Chega de Demanda", samba de Cartola com versos anexados posteriormente por Paulinho Tapajós.

Em 1999, a escritora Odacy de Brito Silva lançou pela Editora Gráfica Carimbex sua biografia "Dona Zica da Mangueira - Na Passarela da Sua Vida".

No ano 2000, o Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro produziu o CD "Mangueira - Sambas de Terreiro e Outros Sambas", que contou com sua colaboração, rememorando sambas de Cartola e de seus parceiros, assim como de outros compositores da Mangueira que faziam parte do projeto.

No dia 22 de janeiro de 2003, morreu dormindo em sua casa no sopé do morro da Mangueira, tendo sido o corpo velado na quadra da escola. Por ter sido durante muitos anos seguidos símbolo da Mangueira, a direção da escola abriu exceção ao lhe conduzir o corpo para ser velado na quadra.

Nelson Cavaquinho

NELSON ANTÔNIO DA SILVA
(74 anos)
Cantor, Compositor, Cavaquinista e Violonista

* Rio de Janeiro, RJ (29/10/1911)
+ Rio de Janeiro, RJ (17/02/1986)

Foi um importante músico brasileiro. Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.

Seu envolvimento com a música inicia-se na família. Seu pai, Brás Antônio da Silva, era músico da banda da Polícia Militar e seu tio Elvino tocava violino. Depois, morando na Gávea, passou a frequentar as rodas de choro. Foi nessa época que surge o apelido que o acompanharia por toda a vida.

Casou-se por volta dos seus 20 anos com Alice Ferreira Neves, com quem teria quatro filhos e na mesma época consegue, graças a seu pai, um trabalho na polícia fazendo rondas noturnas a cavalo. E foi assim, durante as rondas, que conheceu e passou a frequentar o morro da Mangueira, onde conheceu sambistas como Cartola e Carlos Cachaça.

Deixou mais de quatrocentas composições, entre elas clássicos com "A Flor e o Espinho" e "Folhas Secas", ambas em parceria com Guilherme de Brito, seu parceiro mais frequente. Por falta de dinheiro, depois de deixar a polícia, Nelson eventualmente "vendia" parcerias de sambas que compunha sozinho, o que fez com que Cartola optasse por abandonar a parceria e manter a amizade.

Sua primeira canção gravada foi "Não Faça Vontade a Ela", em 1939, por Alcides Gerardi, mas não teve muita repercussão. Anos mais tarde foi descoberto por Ciro Monteiro que fez várias gravações de suas músicas. Começou a se apresentar em público apenas em 1960, no Zicartola, bar de Cartola e Dona Zica no centro do Rio. Em 1970 lançou seu primeiro LP, "Depoimento de Poeta", pela gravadora Castelinho.

Suas canções eram feitas com extrema simplicidade e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, mulheres, butequins e, principalmente, a morte, como em "Rugas", "Quando Eu me Chamar Saudade", "Luto", "Eu e as Flores" e "Juízo Final".

Com mais de 50 anos de idade, conheceria Durvalina, trinta anos mais moça do que ele, sua companheira pelo resto da vida. Morreu na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, vítima de um Enfisema Pulmonar.

No carnaval de 2011 a escola de samba G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira homenageou Nelson Cavaquinho pelo seu centenário. "O Filho Fiel, Sempre Mangueira" é o nome do enredo que a agremiação levará para a avenida. O músico era torcedor da escola de samba carioca.

Fonte: Wikipédia