Nícia Soares

NÍCIA SOARES
(72 anos)
Atriz e Dubladora

* (25/09/1928)
+ (06/11/2000)

Participou de várias radionovelas na década de 1950. Atuou na novela A Muralha exibida pela TV Excelsior em 1968.

Nícia Soares nasceu em 25 de setembro de 1928 e direcionou sua carreira para usufruir daquilo que Deus lhe deu: uma voz suave, boa dicção e interpretação.

Também chega às rádio-novelas e foi uma das mais destacadas da Rádio São Paulo. Nessa época, já estava casada com o dublador Waldyr de Oliveira.

O caminho natural foi ir também para a AIC, logo no seu início, participando de filmes, séries de TV da época. Sua voz se ajustava bem para as mocinhas como para as mulheres envolventes.

Mas, surgem quatro personagens fixos para ela: Allison MacKenzie, interpretada pela atriz Mia Farrow, somente na 1ª temporada de A Caldeira do Diabo (Peyton Place), Betty Rublle de Os Flintstones, em poucos episódios da 1ª temporada, Rosie a robô empregada de Os Jetsons e Samantha em A Feiticeira, onde dublou a 1ª temporada na íntegra e alguns poucos episódios na 2ª, sendo substituída por Rita Cléos. Nícia Soares dublou essas quatro personagens fixas e pequenas outras participações em desenhos e séries de TV.

Até hoje não sabemos com certeza, o que a fez largar a dublagem. Assim, Betty Rublle é substituída por Laura Cardoso e Samantha, no transcorrer da 2ª temporada é substituída por Rita Cléos até o final da série.

Nícia Soares faleceu em 06 de novembro de 1990.

Rita Cléos

RITA SCHADRACK
(56 anos)
Atriz, Dubladora, Tradutora e Diretora de Dublagem

* Blumenau, SC (29/09/1931)
+ Curitiba, PR (21/05/1988)

Mais conhecida como Rita Cléos, é às vezes creditada como Rita Cleós ou Rita Cleoci.

Filha de Ernesto e Elsa Schadrack, em 1935 emigrou com a família para a Alemanha, onde passou sua infância, tendo em 1946 retornado para sua cidade natal.

Começou a carreira artística na década de 1950, no cinema, tendo feito os filmes "Esquina da Ilusão" (1953), "A Família Lero-Lero" (1953), "É Proibido Beijar" (1954), "Macumba na Alta" (1958). Posteriormente, também atuou em "Diário de uma Prostituta" (1979) e "A Noite das Depravadas" (1981).

Trabalhou também na televisão, estreando na TV Tupi em 1962. Participou de várias novelas de sucesso, como "O Cara Suja" (1965), onde protagonizava ao lado de Sérgio Cardoso.

Em 1966, transferiu-se para a TV Excelsior, participando da recordista "Redenção" (1966-1968). Rita permaneceu na TV Excelsior até a falência do canal, em 1970, quando atuou na última novela produzida, "Mais Forte que o Ódio". Terminada a novela, a emissora vai à falência, e curiosamente Rita nunca mais atuou em novelas, apenas participou da pequena produção "Maria Stuart", muitos anos depois, na TV Cultura.

Além de trabalhar no cinema e na TV, Rita Cléos ainda foi dubladora durante muitos anos, e atuou também no teatro, participando de peças como "Constantina" (1977).

Durante sua carreira trabalhou ao lado de grandes nomes como Nathalia Thimberg, Fernanda Montenegro, Altair Lima, Sérgio Cardoso, Francisco Cuoco, Lima Duarte, Patrícia Mayo, Ana Rosa, Lisa Negri, Débora Duarte, entre outros.

Na Arte Industrial Cinematográfica (AIC), sua voz era reconhecida pela personagem Samantha na série "A Feiticeira", onde substituiu Nícia Soares a partir da 2ª temporada até o final da série.

Antes de "A Feiticeira", Rita Cleós já participava da AIC, onde dublou a atriz Beverly Garland ("Casey Jones"), personagem principal na série "A Armadilha" (Decoy). Também dublou a atriz Nancy Malone (Libby) na série "Cidade Nua" e a atriz Cinthia Lynn (Helga) na 1ª temporada da série "Guerra, Sombra e Água Fresca", fazendo um sotaque alemão excecional.

Também a temos fazendo alguns poucos convidados especiais em séries de TV, pois a personagem Samantha praticamente a absorveu muito, deixando-nos como se fosse a voz da própria Elizabeth Montgomery.

Participou dublando atrizes convidadas nas séries: "Missão Impossível", "Perdidos no Espaço", "Os Três Patetas", "Jeannie é Um Gênio", "Viagem ao Fundo do Mar", "Terra de Gigantes", "Batman" e "Jornada Nas Estrelas".

Rita Cleós também foi tradutora na AIC, mas ainda não conseguimos identificar alguma tradução assinada por ela, porém deve ter traduzido diversos episódios de séries e até filmes, pois traduzia e falava muito bem 4 línguas (inglês, espanhol, italiano e alemão), tendo traduzido livros também.

Já por volta de 1969/70, Rita Cleós já era também diretora de dublagem. Segundo alguns dubladores, ela dirigiu episódios da série "Daniel Boone" e até de "A Feiticeira".

Rita Cléos e Sérgio Cardoso
Novelas

  • 1962 - A Intrusa
  • 1962 - Prelúdio
  • 1963 - Klauss, o Loiro
  • 1963 - Moulin Rouge, A Vida de Tolouse Lautrec
  • 1964 - A Gata
  • 1964 - Quem Casa Com Maria?
  • 1965 - Teresa
  • 1965 - O Cara Suja
  • 1965 - O Pecado de Cada Um
  • 1966 - Redenção
  • 1968 - Legião dos Esquecidos
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue
  • 1969 - Dez Vidas
  • 1970 - Mais Forte que o Ódio
  • 1982 - Maria Stuart


Uma artista completa: atriz, dubladora, tradutora, diretora de dublagem que deixou um enorme legado ao Brasil, infelizmente, pouco conhecida e lembrada pela mídia brasileira.

Algumas fontes informam que Rita Cléos faleceu em seu apartamento na cidade de Curitiba, PR, em 21/05/1988, vítima de um ataque cardíaco, aos 56 anos de idade. Outras fontes informam que a atriz foi assassinada.

Fonte: Wikipédia

Bob Nelson

NELSON ROBERTO PEREZ
(90 anos)
Cantor

* Campinas, SP (12/10/1918)
+ Rio de Janeiro, RJ (26/08/2009)

Diplomou-se pela Escola de Comércio de Campinas e após, iniciou a carreira artística como cantor. Cantava em rádios, bailes e orquestras. Chegou a acompanhar Carmen Miranda em 1939, quando ela se apresentou em Campinas.

Em 1943 ganhou um prêmio na Rádio Cultura de São Paulo por sua interpretação de "Oh, Susana". Foi na Rádio Tupi que adotou o nome Bob Nelson, pois soava mais comercial. A música também lançou Bob Nelson para o sucesso no Brasil.

O cantor Roberto Carlos em sua infância ouvia Bob Nelson. Certa vez se declarou fã do "Vaqueiro Alegre", como era conhecido.

No final da década de 30 começou a cantar no Grupo Cacique. Com base no filme "Idílio Nos Alpes", começou a aplicar o ritmo Tirolês (também conhecido como Yodel) no início da década de 40.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o dono do Diários Associados, Assis Chateaubriand, homenageou o comandante norte-americano general Douglas MacArthur com uma apresentação de Bob Nelson com a canção "Oh, Susana". Ao final da apresentação, o general subiu ao palco e abraçou o cantor, pois era de Arkansas e gostava do ritmo country, além da música falar de períodos de guerra. Assis Chateaubriand também patrocinou a primeira fantasia de Cowboy.

Gravou seu primeiro disco em 1944 com "Oh, Susana" e "Vaqueiro Alegre".

Na década de 40, apresentou-se em programas de rádio e gravou músicas usando o nome artístico Bob Nelson e Seus Rancheiros, época que ele se tornou o ídolo das estrelas da Jovem Guarda, Roberto Carlos e Erasmo Carlos. A dupla gravou uma música em sua homenagem: "A Lenda de Bob Nelson" (1974).

Bob Nelson é considerado um dos primeiros cantores a misturar a música sertaneja com o country norte-americano. Também desfilou no carnaval do Rio de Janeiro, sempre pela escola de samba Império Serrano.

Bob Nelson morreu em uma sexta-feira, 26/08/2009, aos 90 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

Walter Forster

WALTER GERHARD FOSTER
(79 anos)
Ator

* Campinas, SP (23/03/1917)
+ São Paulo, SP (03/09/1996)

Foi ator de rádio, cinema, teatro e pioneiro da televisão brasileira.

Seu pai, Jacob Forster, era filho de alemães de origem irlandesa, e sua mãe, Ida Forster, era suíça do cantão alemão. Em 1937 muda-se para a cidade de São Paulo, sendo contratado pela Rádio Bandeirantes, como locutor e depois como redator. Contratado pela Rádio Difusora, de São Paulo e com o mesmo contrato em 1947, pela Rádio Tupi.

Como era diretor artístico do elenco de radio-novelas, ajudou a formar o elenco para a telenovela da TV Tupi. Também trabalhou na Rádio Excelsior, que atende hoje por CBN, e Rádio Nacional, como diretor de rádio-teatro (1952-1968).

Na inauguração da TV Tupi em 1950, trabalhou em todas as fases de discussões e de decisões de elenco para a nova emissora. Já estava casado e com dois filhos.

Escreveu, dirigiu e participou como ator principal da telenovela Sua Vida Me Pertence, em 1951 na TV Tupi que tinha apenas 25 capítulos. As coisas eram difíceis, os atores falavam muito alto no estúdio, esqueciam os microfones, pois vinham da rádio. Os câmeras-men também ficavam desesperados, pois os atores não sabiam se posicionar frente às câmeras. O ator Lima Duarte era o vilão, a atriz Lia Borges de Aguiar, a rival, José Parisi, Dionísio Azevedo, a atriz principal, que amava o galã era interpretada pela atriz Vida Alves e o galã Walter Forster.

A cena ousada para a época, o beijo na boca, o primeiro beijo da televisão brasileira, não passou de um selinho, como diria Hebe Camargo nos dias de hoje. O galã Walter Forster encostou os lábios nos da Vida Alves, enquanto acariciava o braço da amada, causando frisson durante a transmissão da TV Tupi. A cena ocorreu no último capítulo.

Como não há registros dessas cenas: elas foram feitas ao vivo e ainda não havia videotape. Várias histórias foram contadas ao longo do tempo.

Trabalhou ainda na TV Paulista (Canal 5), produziu e dirigiu Hebe Camargo em O Mundo é das Mulheres e apresentou o programa Intimidade. Participou da telenovela Beto Rockfeller, com Luís Gustavo, Maria Della Costa, Beth Mendes, Denis Carvalho e outros, que revolucionou a linguaguem das novelas 1968. Apresentou junto com a apresentadora Cidinha Campos, em show, as primeiras imagens em cores da TV Tupi.

Em 1983, participou da versão brasileira de Acredite se Quiser na TV Manchete.

Ficando viúvo e com quatro netos, quando resolveu desacelerar o seu trabalho, se aposentando. Participando apenas de alguns papéis com contratos mais curtos na TV Globo e na TV Vida. Seus colegas o apontavam como um profissional completo.

Em 1990 junto com seus colegas José Parisi e John Herbert, deu sua última entrevista sobre a TV Tupi para o programa Insert Show na Tv Gazeta do radialista e videomaker Eduardo Thadeu, matéria sobre os 40 anos da TV Brasileira alguns fragmentos dessa matéria estão em sites de TV do mundo todo e podem ser vistos também no Youtube.

Todos os finais de tarde, Walter Forster se reunia com os amigos da antiga TV Tupi, num bar tipo bistrô chamado Quartier, na rua Alfonso Bovero, próximo do prédio da antiga emissora, atual MTV, para tomarem whisky e conversar sobre os "velhos tempos da TV Brasileira".

No cinema, atuou na comédia Toda Donzela Tem Um Pai Que é Uma Fera, em Os Paqueras (1969), Amor Estranho Amor (1982) e Eu, ambos de Walter Hugo Khouri. Além de interpretar, criar e dirigir programas, ele presidiu a Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira.

Ganhou cinco vezes o Troféu Roquette Pinto, como melhor intérprete, melhor ator-galã r melhor narrador de rádio.

Morreu vítima de Câncer.

Fonte: Wikipédia e Projeto VIP