Zé Bettio

JOSÉ BETTIO
(92 anos)
Cantor, Compositor, Radialista e Acordeonista

☼ Promissão, SP (02/01/1926)
┼ São Paulo, SP (27/08/2018)

José Bettio, mais conhecido como Zé Bettio, foi um radialista, cantor, acordeonista e compositor brasileiro, nascido em Promissão, SP, no dia 02/01/1926. Tinha como irmãos o também radialista Osvaldo Bettio e o acordeonista e compositor Arlindo Bettio, já falecidos.

Zé Bettio nasceu na fazenda do avô, a 450 quilômetros de Promissão, no interior de São Paulo. Estudou apenas até o terceiro ano primário, pois precisava ajudar o pai na lavoura. Desde criança, misturava-se aos irmãos e primos para assistir aos bailes e cantorias das fazendas vizinhas.

Aos nove anos de idade, ganhou do pai uma sanfona de oito baixos, que aprendeu a tocar observando o irmão mais velho.

Sua família mudava-se constantemente e em Lins, SP, trabalhou como pasteleiro para ajudar nas despesas. Mudou-se para São Paulo aos 20 anos, tendo trabalhado como sapateiro no bairro de Santana.

Ainda adolescente, formou com Antonio Moraes e Afonso, o trio Sertanejos Alegres, que durou pouco tempo. Percorreu o interior de São Paulo e Paraná tocando em bailes de fazenda.


Amigos do interior o levaram para tocar sanfona num programa de calouros na Rádio Tupi, em São Paulo. Em seguida, formou o Zé Bettio e Seu Conjunto, indo tocar na Rádio Cometa.

Zé Bettio gravou seu primeiro disco em 1958, pela Chantecler, interpretando a rancheira "Martim Pescador" (Francisco Pracânico e Emílio Magaldi) e o calango "Adivinhação" (Zé Bettio).

Em 1959, gravou a polca "Começo de Festa" (Zé Bettio) e a rancheira "Andradas" (Teddy Vieira).

Em 1960, gravou de sua autoria a polca "Chegou o Sanfoneiro".

Em 1964, gravou o frevo "Barulho da Lapa" (Zé Bettio e Nino Silva).

A carreira de radialista iniciou quando, certo dia, se apresentava numa Rádio de Guarulhos, e o locutor faltou. Acabou lendo ele mesmo, os anúncios. O sucesso foi imediato e, foi para a Rádio Cometa com um programa próprio, improvisando os textos dos anúncios com bom humor, voz anasalada e um sotaque ítalo-caipira.

No início dos anos 1970, transferiu-se para a Rádio Record, onde em dois anos levou a emissora do 14º para o 1º lugar de audiência, condição mantida durante muitos anos, atingindo um universo de cerca de 3 milhões de ouvintes, segundo boletins da própria emissora.


Em 1984, transferiu-se para a Rádio Capital, fazendo dois programas, um de 5h00 às 7h00 horas da manhã e outro das 17h00 às 19h00 horas.

Zé Bettio chegou a possuir o maior salário do rádio, renovando seu contrato no final dos anos 1980, por cerca de 2 milhões e 500 mil cruzados novos, 100 vezes o salário do Presidente da República na época.

Ídolo popular, em seus programas usava sempre o mesmo bordão inicial, onde dizia:
"Manhê, Manhê!, onde a senhora estiver receba o carinho do seu filho Zé. Gente, eu estou indo embora... mas amanhã bem cedinho, se Deus quiser, estou de volta!"
Foi Zé Bettio lançou na Rádio Record a dupla Milionário & José Rico.

Durante os anos 1990, manteve no Jornal Sertanejo a coluna "Encontro Com Zé Bettio", falando de lançamentos de discos, biografias de artistas e outros assuntos ligados ao mundo sertanejo.

Zé Bettio voltou à Rádio Record em 2008, onde comandou um programa matinal até o final de 2009.

Após sua aposentadoria, Zé Béttio passou seus últimos anos de vida recluso em seu sítio, no interior de São Paulo.

Morte

Zé Bettio faleceu na segunda-feira, 27/08/2018, em São Paulo, SP, aos 92 anos. Segundo informações da rádio CBN, Zé Bettio morreu enquanto dormia em sua casa no bairro Horto Florestal, na Zona Norte de São Paulo.

O corpo de Zé Bettio foi sepultado na segunda-feira, 27/08/2018, às 16h00, no Cemitério do Horto Florestal, segundo funcionários do local.

Discografia

  • 1974 - Sururu no Teclado (Chantecler, LP)
  • 1970 - O Sanfoneiro Mais Premiado do Brasil (Vitória Discos, LP)
  • 1964 - A Festa Continua / Barulho da Lapa (Sertanejo, 78)
  • 1963 - Loirinha Linda / Aí Que Tá (Sertanejo, 78)
  • 1962 - Brincadeira Tem Hora / Sentimento Sertanejo (Chantecler, 78)
  • 1962 - Lágrimas de Virgem / Raios de Sol (Chantecler, 78)
  • 1962 - Queridinha / Sururu no Teclado (Sertanejo, 78)
  • 1961 - Brasileirinha / Tudo Certo (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Bis Para o Amor / Chegou o Sanfoneiro (Sertanejo, 78)
  • 1960 - Subindo ao Céu (Inspiração / Codil, LP)
  • 1959 - Porca Miséria / Lágrimas de Quem Ama (Sertanejo, 78)
  • 1959 - Começo de Festa / Andradas (Chantecler, 78)
  • 1958 - Martim Pescador / Adivinhação (Chantecler, 78)

Fonte: Wikipédia e Dicionário Cravo Albin da MPB
#FamososQuePartiram #ZeBettio

Hélio Santisteban

HÉLIO SANTISTEBAN
(69 anos)
Cantor, Compositor, Tecladista, Arranjador e Maestro

☼ 1949
┼ São Paulo, SP (26/08/2018)

Hélio Santisteban foi um cantor, compositor, tecladista, arranjador e maestro. Ex-integrante e fundador do grupo Pholhas, responsável por grandes sucessos da música desde os anos 70, incluindo "She Made Me Cry", "Forever" e "My Mistake".

Hélio Santisteban nasceu numa família de músicos e seu avô era poeta, portanto a arte estava no sangue.

Autor de temas famosos da TV Globo, atuou em carreira solo e com o grupo Chantilly, cujo principal sucesso foi "Fim de Semana Sem Grana", tema da novela "Amor Com Amor Se Paga" (1984) da TV Globo.

Hélio Santisteban trabalhou também como compositor de temas e trilhas para Maurício de Souza. Foi sócio fundador em parceria com Oswaldo Malagutti do maior estúdio de gravação de São Paulo, o Mosh Studios.

Seu ultimo disco foi o CD "Helio Santisteban" com direito a autógrafo do cantor, trazendo os seus grandes sucessos da época dos Pholhas.

Estava atualmente na Banda Phorever, mas resolveu definitivamente seguir novos projetos solos com músicos convidados.

Pholhas

No final de 1968, na cidade de São Paulo, três rapazes: Paulinho Fernandes, Oswaldo Malagutti e Hélio Santisteban, haviam acabado de deixar a banda The Wander Mass Group com o objetivo de montar outro grupo que tivesse mais a ver com sua personalidade musical. Convidaram então o amigo Wagner Benatti, o Bitão, guitarrista e vocalista, autor inclusive da música "Tijolinho", um dos grandes sucessos da Jovem Guarda, que aceitou prontamente o convite e no início de 1969, mais precisamente no dia 18/02/1969, fizeram o primeiro ensaio oficial da nova banda que ainda não tinha nome.

Pouco tempo depois, um amigo que estava sempre presente aos ensaios, Marco Aurélio (Lelo), sugeriu o nome Pholhas, que grafado com "Ph" ficava original, sendo imediatamente aceito por todos.

Anos mais tarde, Lelo viria a dizer que o nome Pholhas foi inspirado no título de um disco dos Rolling Stones chamado "Flowers".

Com sua ótima qualidade vocal e instrumental, os Pholhas tornaram-se em pouco tempo um dos grupos musicais mais requisitados para os bailes paulistanos. Isso chamou a atenção da gravadora RCA Victor que os contratou, em 1972, para gravar seu primeiro disco com canções próprias, cantadas e compostas em inglês, influenciadas pelos sucessos internacionais da época.


O grande destaque foi "My Mistake" que ficou em primeiro lugar por 2 meses consecutivos, vendendo mais de 450.000 cópias e rendendo o primeiro Disco de Ouro na carreira da banda. O disco foi lançado também na América do Sul e Europa, tendo igual sucesso.

Na época, o grande público chegou a pensar que os Pholhas fossem estrangeiros, mas os rapazes sempre fizeram questão de explicar que eram apenas quatro músicos brasileiros cantando em inglês, tendo como objetivo internacionalizar seu trabalho.

Na sequência vieram os sucessos "She Made Me Cry", "Forever", "I Never Did Before", "Get Back", "My Sorrow", entre outros, firmando os Pholhas como um dos maiores nomes do cenário musical brasileiro e internacional.

No início de 1977, após gravarem por pressão da gravadora o LP "O Som das Discotheques", Hélio Santisteban deixa a banda para tentar carreira solo e em seu lugar entra o tecladista Marinho Testoni, ex Casa das Máquinas. No final desse mesmo ano lançam o LP homônimo "Pholhas" voltado para o rock progressivo e com uma grande novidade: Cantado em português, significando uma mudança radical no estilo da banda até então. O disco não chegou a ter vendagem expressiva, porém acabou virando cult, e ainda hoje é muito disputado pelos colecionadores.

No final de 1978, é a vez de Oswaldo Malagutti deixar a banda para dedicar-se ao projeto pessoal de montar um estúdio de gravações e que viria a ser o Mosh Studios. Em seu lugar entrou João Alberto, ex Casa das Máquinas, assim como Marinho Testoni.

Em 1979 Hélio Santisteban desiste da carreira solo e os Pholhas o acolhem novamente. Voltam a gravar no estilo que sempre os consagrou, cantando e compondo canções românticas em inglês, e lançam dois trabalhos: "Memories" (1980) e "Disco de Ouro Vol II" (1981)


Com a saída de Marinho Testoni, em 1981, os Pholhas lançam em ordem cronológica, os seguintes discos:
  • 1982 - Pholhas
  • 1985 - Wings
  • 1987 - The Night Before
  • 1988 - Côrte Sem Lei (Segundo disco em português)
  • 1995 - Disco de Ouro (Reedição em CD do LP homônimo de 1977)
  • 1996 - Pholhas 25 Anos
  • 1998 - Pholhas Forever - 26 Anos
  • 1999 - Dead Faces (Relançamento remasterizado do primeiro LP)
  • 2000 - Hits Brasil
  • 2001 - Pholhas - Ao Vivo no Brasil
  • 2003 - Pholhas, 70’s Greatest Hits
  • 2005 - Pholhas

Em 2007, Hélio Santisteban sai definitivamente da banda e os Pholhas lançam os CDs:
  • 2009 - Pholhas Forever
  • 2015 - Pholhas 45 Anos

A formação atual dos Pholhas é Bitão (Guitarra e voz), Paulinho Fernandes (Bateria e voz), João Alberto (Baixo) e  Elias Jó (Teclados e vocais de apoio).

No ano de 2018 os Pholhas estão comemorando seus 49 anos, nos quais colecionaram vários discos de ouro, firmando-se definitivamente como uma das maiores bandas do cenário pop, conquistando cada vez mais essa legião incrível de admiradores, comprovado tanto nas gravações quanto nas apresentações que fazem por todo o Brasil, Europa e América do Sul.

O novo show "Pholhas - Memories" vem sendo aclamado pela crítica como um dos melhores do gênero. 

Morte

Hélio Santisteban faleceu no domingo, 26/08/2018, aos 69 anos, em São Paulo, SP. Ele era portador de Ataxia, uma doença degenerativa a qual causa atrofia muscular. Hélio Santisteban já havia perdido mais de 90% de sua visão e caminhava com auxílio de uma bengala.

O velório ocorreu no domingo, 26/08/2018, a partir das 22h00, no Cemitério da Quarta Parada, Tatuapé, e o sepultamento na segunda-feira, 27/08/2018, às 10h00.

Fonte: Pholhas e Página Hélio Santisteban no Facebook
#FamososQuePartiram #HelioSantisteban

Henrique Martins

HEINZ SCHLESINGER
(84 anos)
Ator e Diretor

☼ Berlim, Alemanha (28/08/1933)
┼ São Paulo, SP (26/08/2018)

Henrique Martins, nome artístico de Heinz Schlesinger, foi um ator e diretor alemão, naturalizado brasileiro, nascido em Berlim, Alemanha, no dia 28/08/1933.

A família de Heinz Schlesinger chegou no Brasil quando ele tinha três anos de idade. Seu pai era costureiro e Heinz o ajudava em seu ateliê onde aprendeu o ofício e o exerceu. Mas, por insistência da mãe, Louise, começou a fazer testes para atuar em novelas de rádio.

Educado com rigidez germânica, era alto, loiro, olhos azuis, bonito e com a alma de artista. E foi assim que resolveu um dia, ainda garoto, fazer um teste para rádio-ator. Tentou na Rádio Tupi, ficando em segundo lugar.

Já então tinha escolhido o nome de Henrique Martins. Acharam sua voz grave muito bonita, e mesmo que não soubesse nada, foi aceito e recebeu o emprego.

E aí tem uma história curiosa: J. Silvestre, que o contratou, havia lhe prometido Cr$ 2.200 (Cruzeiros) de salário, e na hora estava escrito no contrato Cr$ 2.300.


Henrique disse "Não, está errado!". Saiu correndo, foi ao telefone da padaria da esquina e falou com a mãe: "O que é que eu faço? Está errado. Está escrito mais!". Só depois que a mãe lhe disse: "Explique isso e se eles insistirem que é Cr$ 2.300 então assina!".

Henrique Martins assinou e nunca mais se afastou da rádio e mais tarde, da televisão. 

Tempos depois foi contratado pela emissora para integrar o elenco da telenovela "Os Anjos Não Tem Cor", seu primeiro trabalho na televisão, em 1953.

Henrique Martins permaneceu na Tupi até 1966, quando se transferiu para a TV Globo. Entre seus muitos trabalhos como diretor, está o de "Éramos Seis", telenovela do SBT em 1994.

Estrelou "O Sheik de Agadir", em 1966, na TV Globo, com Yoná Magalhães. Primeira novela gravada no Rio de Janeiro e que fez sucesso também em São Paulo.

Henrique Martins mudou algumas vezes de emissora, pois as mesmas sofreram várias "intempéries". Assim, trabalhou na TV Tupi do Rio de Janeiro, TV Rio, TV Globo, TV Excelsior,  TV Bandeirantes e no SBT, passando portanto, por quase todas as emissoras de televisão do eixo Rio-São Paulo.


Mas não trabalhou somente como ator. Henrique Martins, o "Alemão", como era carinhosamente chamado, passou a trabalhar como diretor de novela. E foi aí que realmente se revelou. De temperamento ordeiro e sereno, soube comandar e fazer acontecer os capítulos das novelas na televisão. No tempo em que outro conseguia gravar um capítulo, Henrique Martins gravava três ou quatro.

Para citar algumas novelas que dirigiu e que fizeram sucesso, podemos citar algumas da fase áurea do SBT, como "Éramos Seis" (1994), "As Pupilas do Senhor Reitor" (1994), "Os Ossos do Barão" (1997).

Quando lhe perguntavam o que era necessário para ser um bom diretor, ele respondia: "Conhecimento e paciência". E estas são duas qualidades que Henrique Martins tinha de sobra. Tanto é que, ainda que tenha tentado sair da televisão, sempre foi chamado de volta.

Realmente, Henrique Martins nunca ficou sem trabalhar, ainda que tenha tido uma fase como empresário, ao lado de um parente.

Henrique Martins foi casado com Paula, o casal teve teve três filhos: Márcia, Leonardo e Roberto.

Morte

Henrique Martins faleceu em 26/08/2018, aos 84 anos, no Hospital Samaritano, em São Paulo, SP, onde estava internado, depois de sofrer uma queda em sua casa e fraturar duas costelas. Depois de ter deixado a UTI, morreu pouco depois por falência múltipla de órgãos.

O velório está marcado para às 9h00 e o sepultamento para as 11h00 do dia 27/08/2018 no Cemitério Israelita, no Butantã, Zona Oeste da cidade de São Paulo.

Henrique Martins e Márcia de Windsor em "O Sheik de Agadir"
Carreira

Ator
  • 2012 - Carrossel ... Srº Lourenço
  • 2010 - Ribeirão do Tempo ... Senador Érico
  • 2008 - Revelação ... Armando
  • 1999 - As Aventuras de Tiazinha ... Bradbury
  • 1996 - Razão de Viver ... Raul Macedo
  • 1990 - A História de Ana Raio e Zé Trovão ... Caminhoneiro
  • 1988 - Olho Por Olho ... Horácio Falcão
  • 1985 - Um Sonho a Mais
  • 1984 - Transas e Caretas ... Marcos Jacinto Cintra
  • 1983 - Pão Pão, Beijo Beijo ... Padrasto de Ciro (Cláudio Marzo) e pai de Maria Helena (Monique Alves)
  • 1979 - O Todo-Poderoso ... Dângelo
  • 1978 - O Direito de Nascer ... Ricardo
  • 1976 - O Julgamento ... Pedro
  • 1975 - Um dia, o Amor ... Amadeu
  • 1973 - Mulheres de Areia ... Promotor
  • 1971 - O Preço de um Homem ... Comprador
  • 1971 - Hospital ... Heitor
  • 1971 - A Selvagem ... Fernando
  • 1970 - O Meu Pé de Laranja Lima ... Comendador Vicente Del Nero
  • 1970 - Simplesmente Maria ... Felipe
  • 1970 - A Gordinha ... P.T
  • 1969 - A Menina do Veleiro Azul ... Roque
  • 1969 - Sangue do Meu Sangue ... Clóvis Camargo
  • 1968 - O Direito dos Filhos ... Maurício
  • 1968 - Os Diabólicos ... Drº Aluísio Nesval
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino ... Henry de Monfort
  • 1967 - A Sombra de Rebeca ... Sereno
  • 1967 - A Lei do Cão ... Bebeto's Father
  • 1966 - O Sheik de Agadir ... Sheik Omar Ben Nazir
  • 1966 - Eu Compro Esta Mulher ... Tião
  • 1964 - O Direito de Nascer ... Alfredo Martins
  • 1964 - Se o Mar Contasse ... Marcos
  • 1963 - Klauss, o Loiro ... Klauss
  • 1962 - A Estranha Clementine ... Glauco
  • 1960 - Capitão Estrela ... Capitão Estrela
  • 1959 - Um Lugar ao Sol ... Figurante
  • 1959 - TV de Comédia ... Conde
  • 1959 - José do Egito ... José
  • 1958 - Os Miseráveis ... Nogueira
  • 1958 - Máscara de Ferro ... Lauro
  • 1958 - TV Teatro ... Vários
  • 1957 - O Corcunda de Notre Dame ... Phoebus
  • 1957 - Lever no Espaço
  • 1957 - O Volante Fantasma
  • 1957 - Casei-me com um Xavante
  • 1956 - O Sobrado
  • 1956 - Conde de Monte Cristo
  • 1955 - Legionário Invencível
  • 1955 - Engenho das Almas
  • 1954 - O Falcão Negro
  • 1954 - O Homem Sem Passado
  • 1953-1959 - TV de Vanguarda ... Charles / Stanley
  • 1953 - Os Anjos Não Tem Cor

Diretor
  • 2008 - Revelação
  • 2007 - Amigas e Rivais
  • 2007 - Maria Esperança
  • 2006 - Cidadão Brasileiro
  • 2005 - Os Ricos Também Choram
  • 2004 - Esmeralda
  • 2003 - Canavial de Paixões
  • 2003 - Jamais Te Esquecerei
  • 2002 - Pequena Travessa
  • 2002 - Marisol
  • 2001 - Amor e Ódio
  • 2001 - Pícara Sonhadora
  • 2001 - Roda da Vida
  • 2000 - Vidas Cruzadas
  • 2000 - Marcas da Paixão
  • 1999 - As Aventuras de Tiazinha
  • 1998 - Meu Pé de Laranja Lima
  • 1998 - Pérola Negra
  • 1998 - Fascinação
  • 1997 - Os Ossos do Barão
  • 1996 - Razão de Viver
  • 1995 - Sangue do Meu Sangue
  • 1994 - As Pupilas do Senhor Reitor
  • 1994 - Éramos Seis
  • 1991 - Filhos do Sol
  • 1991 - Ilha das Bruxas
  • 1990 - Escrava Anastácia
  • 1990 - Fronteiras do Desconhecido
  • 1990 - Mãe de Santo
  • 1983 - Campeão
  • 1982 - Ninho da Serpente
  • 1982 - Os Imigrantes
  • 1980 - Dulcinéa Vai à Guerra
  • 1980 - Cavalo Amarelo
  • 1979 - O Todo Poderoso
  • 1979 - Gaivotas
  • 1978 - Roda de Fogo
  • 1974 - Ídolo de Pano
  • 1974 - A Barba-Azul
  • 1973 - Divinas & Maravilhosas
  • 1973 - Rosa-dos-Ventos
  • 1972 - A Revolta dos Anjos
  • 1972 - Bel Amy
  • 1971 - O Preço de um Homem
  • 1971 - A Selvagem
  • 1970 - A Gordinha
  • 1970 - Mais Forte Que o Ódio
  • 1968 - O Direito dos Filhos
  • 1968 - Os Diabólicos
  • 1967 - A Sombra de Rebeca
  • 1967 - Anastácia, a Mulher Sem Destino
  • 1966 - Eu Compro Esta Mulher
  • 1966 - O Sheik de Agadir
  • 1965 - O Preço de Uma Vida
  • 1964 - Gutierritos, o Drama dos Humildes
  • 1964 - Quem Casa com Maria?

Fonte: Wikipédia
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Regina Léclery

REGINA MARIA ROSEMBURGO LÉCLERY
(34 anos)
Socialite

☼ Rio de Janeiro, RJ (1939)
┼ Paris, França (11/07/1973)

Aos 15 anos ela era uma garota típica de Copacabana, alegre e descontraída, dividindo-se entre a liberdade da praia e os limites de um apartamento. Aos 20 anos, segundo suas próprias palavras, foi "jogada pelos colunistas no estranho mundo da alta sociedade". Pouco depois, o casamento com o milionário Wallace Simonsen, a fortuna, a fama, a filha, tudo acontecendo muito rapidamente na vida de uma moça que já então se definia como "uma nova versão de Cinderela".

Dois anos de casamento, a separação, repetidas voltas ao mundo, amizade com os Kennedy, os Patiño, os Rothschild, os Rubirosa, através dos quais conheceu o que viria a ser o seu segundo marido, Gérard Léclery, rico industrial francês. A vida de Regina Léclery, ex-Simonsen, nascida  Rosemburgo, daria um livro.

Regina Rosemburgo nasceu no Leme, Rio de Janeiro. Trabalhou como recepcionista em banco, foi Charm-Girl, Miss Lagoinha Country Club - "aquelas frescuras todas", com as definiu depois. Casou-se em 1963 com o milionário Wallace Simonsen e passou a freqüentar o Jet-Set.

Em outubro de 1963, o casal passou com John Kennedy, em sua propriedade de Palm Beach, o último fim de semana da vida do presidente: Na sexta-feira seguinte ele seria assassinado.

Amiga de Salvador Dali, Roger Vadim, Jane Fonda, Marisa Berenson e Gunther Sachs, Regina Léclery teve o bom gosto de não esquecer as amizades antigas e obscuras. Bom gosto que se revelou próximo do bom senso: Apesar de ser uma mulher que tinha tudo para suscitar inveja, Regina Léclery era uma pessoa da qual ninguém fala mal.

Separou-se em 1966, quando já conhecia Gérard Léclery, dono da maior indústria de calçados da França. Mas só se casou com ele em 1968, depois de uma perseguição de dois anos e meio, que admite ter sido árdua, mas que começou da maneira mais desinteressada possível: Ao ser apresentada ao futuro marido, achou que ele não passava de um dos secretários de Gunther Sachs


Regina Léclery tinha casas na França, na Suiça e na Barra da Tijuca, além de um apartamento em Paris. Tinha um grande iate, ancorado permanentemente no Taiti, mas ele pegou fogo.
"Eu era muito amiga do Gláuber Rocha. Ele escreveu "Deus e o Diabo na Terra do Sol" lá em casa. Nós trabalhamos juntos, eu que ia fazer o filme. Meus amigos, na época, eram Paulo César Saraceni, Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, Luís Carlos Barreto e Joaquim Pedro. Gláuber estava se separando da primeira mulher, a Helena Ignês. A atual, a Rosinha, ele conheceu comigo. Nós fomos fazer um curso de cinema na Católica, em 1961. Aliás, a única vez que eu entrei numa faculdade na minha vida com Gláuber para fazer esse curso de cinema. E a Rosinha estava lá. Mas aí eu me casei com o Wallinho Simonsen e não fiz mais o filme. A gente era bem garoto. Eu esticava o cabelo de Gláuber, ele ia lá para casa e mamãe dizia para ele: 'Entra direto para o banheiro e toma banho. Depois vem comer!'. Várias cenas de "Deus e o Diabo na Terra do Sol" a gente imaginou juntos. O papel de Yoná Magalhães era o meu."
(Regina Léclery - Revista Realidade, maio 1973)

Embora fosse frequentemente apontada como uma das mais elegantes mulheres do Brasil, - Ibrahim Sued, inclusive, chegou a incluí-la em sua lista das dez mais - Regina Léclery considerava a elegância um negócio sem importância, pouco se preocupando com a moda.

Suas amigas, como Carmen Mayring Veiga e Teresa de Sousa Campos, é que muitas vezes a levavam, quase à força, para fazer compras nas butiques de Ipanema. No fundo, essa despreocupação às vezes confundia-se  com uma displicência desconcertante, traía a garota típica de Copacabana que, como uma Cinderela, transformou-se em princesa da noite para o dia.

Em razão dos negócios do marido, era em Paris que vivia mais tempo. Sua residência, uma luxuosa mansão, na sofisticada Avenue Foch, no andar imediatamente acima de Fritz Gunter Sachs. Quadros de Gaugin, Renoir, Picasso, a presença do motorista uniformizado, de um cozinheiro, um garçom, um maître e até de um valet de chambre davam a tudo um certo ar de nobreza.

Miss Lagoinha Country Club 1958

Maracanãzinho, Rio de Janeiro, 12/06/1958. Adalgisa Colombo, Miss Botafogo, foi eleita Miss Distrito Federal sob protestos e vaias, pois a preferida do público era Ivone Richter, Miss Riachuelo. Adalgisa Colombo, que tinha sido Miss Cinelândia e era manequim da Casa Canadá, ousou driblar as orientações e valeu-se de truques para valorizar seu tipo, tais como: Usou Óleo Johnson nas pernas em lugar de pancake para dar brilho e sensualidade às pernas, deu uma cavadinha no maiô para evidenciar a sexualidade e prendeu o cabelo, penteando-o em estilo coque, para valorizar o pescoço.
"...Mesmo assim o Miss Distrito Federal teria sido mais animado com a presença de Regina Rosemburgo, a Miss Lagoinha, que infelizmente desistiu na véspera por problemas particulares. Era a futura Regina Léclery (...) Com Regina, teria havido maiôs ainda mais cavados ou sabe-se lá que outros truques."
("Feliz 1958, O Ano Que Não Terminou", Joaquim Ferreira dos Santos - Editora Record - Rio, 1997)

Morte

Regina Léclery faleceu vítima de um acidente aéreo, no Boeing 707 da Varig, prefixo PP-VJZ, Voo 820 (Rio-Paris), em Paris, no dia 11/07/1973. Eram 15 horas em Paris. Mais 90 segundos, e todos estariam salvos. Entretanto, quando o comandante Gilberto Silva comunicou à torre do Aeroporto de Orly que havia fogo a bordo do avião, só pode voar mais 46 Km. Caiu num campo de plantação de cebolas, onde tentou pousar, para salvar os passageiros, a tripulação e os habitantes de um bairro de Paris.

O resultado foram 122 mortos, entre eles, Filinto Müller, presidente do Senado e do Congresso Nacional, Regina Léclery, socialite, o cantor Agostinho dos Santos, o iatista tricampeão mundial Jörg Bruder e os jornalistas Júlio Delamare e Antônio Carlos Scavone. Uma tragédia que chocou 100 milhões de brasileiros na época.

Foi um dos maiores desastres ocorridos em Orly. O aeroporto foi interditado e imediato socorro prestado pelas autoridades, que conseguiram retirar 12 tripulantes ainda com vida dos destroços.

Regina Léclery foi ao Rio de Janeiro somente para tratar de assuntos referentes à sua casa. Ia morar definitivamente em Paris e Genebra, onde estava pronta sua nova residência. Havia ainda outra, no Taiti. Viajou sozinha ao Brasil, deixando as filhas em Paris, com a governanta. Eram três as filhas: Roberta, nove anos, do casamento com Wallace Simonsen, Georgiana, três anos, do casamento com Gérard Lecléry e Márcia, nove anos, filha adotiva, mas criada em pé de igualdade com as outras.

Um traço inesquecível de Regina Léclery era que se alguém mostrasse vontade de possuir qualquer objeto que lhe pertencesse, ela não hesitava um segundo, e a pessoa o recebia como presente.

Fonte: Passarela Cultural, Revista Realidade (Maio 1973) e Revista Fatos & Fotos (23/07/1973)
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Hélio Bicudo

HÉLIO PEREIRA BICUDO
(96 anos)
Jurista, Político e Militante dos Direitos Humanos

☼ Mogi das Cruzes, SP (05/07/1922)
┼ São Paulo, SP (31/07/2018)

Hélio Pereira Bicudo foi um jurista e político brasileiro, militante de direitos humanos, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1947, nascido em Mogi das Cruzes, SP, no dia 05/07/1922.

Durante o governo Carvalho Pinto, em São Paulo, foi o primeiro presidente das Centrais Elétricas de Urubupungá (Celusa), construtora das usinas de Jupiá e de Ilha Solteira.

Foi ministro interino da Fazenda no governo João Goulart, substituindo Carvalho Pinto de 27 de setembro a 4 de outubro de 1963.

Como procurador de Justiça no Estado de São Paulo, destacou-se, juntamente com o então promotor de Justiça Dirceu de Mello, no combate ao Esquadrão da Morte. Em razão do combate ao Esquadrão da Morte e de todas as outras investigações de violações dos Direitos Humanos que conduziu neste período, teve o seu nome incluído no Serviço Nacional de Informações.

Em 1981, integrou a primeira diretoria executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidário instituída pelo Partido dos Trabalhadores (PT), antecessora da Fundação Perseu Abramo.


Em 1986 foi candidato ao senado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), ficando em terceiro lugar, atrás dos eleitos Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, ambos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Foi secretário dos Negócios Jurídicos do município de São Paulo na gestão de Luíza Erundina de 1989 a 1990, ano em que se elegeu Deputado Federal.

Em fevereiro de 2000, foi empossado como presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, com sede em Washington, Estados Unidos. Foi o terceiro brasileiro a ocupar a presidência da entidade.

Hélio Bicudo foi vice-prefeito de São Paulo de 2001 a 2004, durante a gestão de Marta Suplicy.

Um dos aproximadamente 100 professores que fundaram o chamado inicialmente Partido dos Trabalhadores em Educação e depois Partido dos Trabalhadores (PT) em 1980, sendo filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde a sua fundação, da primeira ata.

Desfiliou-se do partido em 2005, passando a criticá-lo depois do envolvimento do partido no Escândalo do Mensalão, afirmando que o partido havia "se afastado dos ideais éticos e morais!".

Em 2010, declarou apoio a Marina Silva no primeiro turno, e a José Serra no segundo turno. Em 25 de outubro daquele ano, recebeu a grã-cruz da Ordem do Ipiranga do Governo do Estado de São Paulo.


Em 2012, apoiou novamente José Serra na disputa municipal paulista.

Hélio Bicudo criou e presidiu de 2003 a 2013, a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH), entidade que atuou junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciando e acompanhado casos de desrespeito aos direitos humanos no Brasil.

Os processos denunciados e demais sob sua responsabilidade foram transferidos aos cuidados de diversas entidades de mesma finalidade. O encerramento das atividades da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FidDH) se deu por falta de recursos financeiros. Seu acervo bibliotecário foi doado à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no mesmo ano de encerramento de suas atividades, em ato solene.

Em 2015, protocolou na Câmara dos Deputados, um pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. O jurista, Miguel Reale Júnior e os movimentos sociais pró-impeachment decidiram aderir ao requerimento de Hélio Bicudo, que contou também como apoio de parlamentares e boa parte da sociedade civil que organizou um abaixo-assinado em apoio ao impeachment da Presidente da República, enquanto outros parlamentares e militantes petistas, se posicionaram em defesa do mandato da presidente ré.

O pedido de Hélio Bicudo foi, no mesmo ano, acatado por Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, depois de várias reuniões para instruir os reclamantes. Tal pedido culminou com a deposição da petista no dia 31/08/2016, pelo Senado Federal, por 61 votos a favor da deposição, e 20 votos contra.

Morte

Hélio Bicudo faleceu na terça-feira, 31/07/2018, aos 96 anos, em sua casa na região dos Jardins, em São Paulo. Ele vinha passando por problemas cardíacos havia vários meses. A saúde de Hélio Bicudo era frágil desde 2010, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Debilitou-se ainda mais em março de 2018, quando morreu sua esposa, Déa Pereira Wilken Bicudo, após 71 anos de casamento. Hélio Bicudo deixou sete filhos, netos e bisnetos.

Fonte: Wikipédia
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Hélio Eichbauer

HÉLIO EICHBAUER
(76 anos)
Cenógrafo

☼ Rio de Janeiro, RJ (21/10/1941)
┼ Rio de Janeiro, RJ (20/07/2018)

Hélio Eichbauer foi um cenógrafo brasileiro, nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 21/10/1941. Foi um dos principais renovadores da cenografia brasileira moderna. Transitou por várias gerações de artistas, colaborando com idéias arrojadas para muitas encenações importantes da produção nacional. Em lugar dos recursos ilustrativos ou descritivos, propunha a metáfora, a livre-interpretação, o papel autoral do cenário na concepção artística do espetáculo.

Entre 1962 e 1966 estudou com o cenógrafo Josef Svoboda, em Praga, na Tchecoslováquia, atual República Tcheca. Em 1965, acumulou alguns estágios por países da Europa, como Alemanha, França e Itália. Durante este período fez cursos sobre os diversos segmentos da cenografia como iluminação, marcenaria, figurino, entre outros.

No ano de 1967 trabalhou em Cuba, no Teatro Studio de Havana. De volta ao Brasil, realizou trabalhos em diversas áreas da arte brasileira, como óperas, teatro e shows de música popular.

Também em 1967 é premiado com o Molière pelo cenário de "Verão", de Romam Weingarten, sob a direção de Martim Gonçalves, com quem trabalhou novamente em "Álbum de Família", de Nelson Rodrigues, na Venezuela, em 1969. Nessa produção, o palco se tornou uma grande tela fracionada, superfície de projeção de imagens em fragmentos, que servia de contraponto ao diálogo, apresentando o mundo interior das personagens.

Hélio Eichbauer ganhou diversos prêmios, como a medalha de ouro pelo conjunto da obra em teatro, na cidade de São Paulo, no ano de 1969 e a Triga de Ouro em arquitetura teatral e cenografia, na 2ª Quadrienal de Praga, realizada em 1971


Hélio Eichbauer assinou a cenografia da antológica peça "O Rei da Vela", escrita em 1933 por Oswald de Andrade e encenada pelo Teatro Oficina em 1967, com a direção de José Celso Martinez Corrêa. Nessa montagem, Hélio Eichbauer fez da cenografia um grande marco na história do teatro. O cenário se renovava a cada ato. No primeiro, para compor o escritório de Abelardo I, o cenógrafo uniu o realismo ao expressionismo, que nesse caso não obedece as características do estilo, mas sim uma justaposição da obra ao ambiente intelectual na qual foi feita. No segundo ato fez uma alusão ao Teatro de Revista e mostrou em um telão pintado por ele mesmo a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. No terceiro e último ato, volta ao escritório de Abelardo I, mas com uma diferença: Há a presença de uma cortina vermelha em todo o cenário, simbolizando a morte de Abelardo I.

No cenário de "O Rei da Vela", Hélio Eichbauer inovou, trazendo para o palco elementos que se aproximavam muito da charge, da caricatura.

Encontrou as soluções mais inteligentes, usando o deslocamento de elementos no cenário, palco giratório, conseguindo passar para o público a complexa mensagem sem ser direto. Com a criação do cenário de "O Rei da Vela"Hélio Eichbauer ganhou os seguintes prêmios: Governador do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT).


Quando completou 30 anos de profissão, na década de 1990, Hélio Eichbauer já tinha acumulado uma extensa lista de trabalhos, totalizando 130 em teatro, 13 exposições, além disso, reunia 28 prêmios.

Seu trabalho serve como exemplo para vários cenógrafos, pois renovou a cenografia brasileira com suas idéias arrojadas. Hélio Eichbauer modificou os recursos usados, propondo a metáfora, a livre interpretação e o papel autoral na concepção artística do espetáculo. Levou também suas criações a outras áreas artísticas, como vídeo e cinema. Ensinou cenografia em diversas universidades e escolas de teatro, como a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola de Artes Visuais, Universidade do Rio de Janeiro, Ateneo de Caracas, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Escola de Teatro Martins Pena.

Quando completou 40 anos de carreira, em 2006, Hélio Eichbauer foi homenageado com uma bela exposição no Centro Cultural dos Correios.

Seus últimos trabalhos foram em 2017 como cenógrafo dos shows de Chico Buarque e Caetano Veloso.

Hélio Eichbauer foi casado com Dedé Gadelha Veloso, ex-esposa de Caetano Veloso.

Morte

Hélio Eichbauer faleceu na sexta-feira, 20/07/2018, aos 76 anos, em sua casa, no Rio de Janeiro, vítima de um infarto fulminante. O velório aconteceu no domingo, 22/07/2018, na Capela 8 do Memorial do Carmo, das 10h00 às 16h00.

Fonte: Wikipédia
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