Gontijo Teodoro

GONTIJO SOARES TEODORO
(79 anos)
Radialista, Locutor e Apresentador de TV

* Araxá, MG (20/03/1924)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2003)

É conhecido por ter apresentado a versão carioca do Repórter Esso na TV Tupi.

Luiz, seu pai, é descendente de espanhóis. Gontijo nasceu em Araxá, Minas Gerais, em 20 de março de 1924. O pai era caixeiro viajante e a mãe, de família tradicional mineira, passou uma fase de dificuldades financeiras, ajudando a sustentar a família pedalando sua máquina de costura. O garoto Gontijo gostava de brincar de locutor numa latinha de massa de tomate.

Já no Rio de Janeiro, para onde a família havia se mudado, Gontijo imitava os grandes locutores da época: César Ladeira, Urbano Lóes e outros.

Tendo se mudado para Petrópolis, a primeira vez que Gontijo participou de um programa de calouros, cantou, e foi "gongado". Foi para Belo Horizonte, depois para a cidade de Formiga.

Conheceu o Capitão Furtado, grande nome da Rádio Bandeirantes de São Paulo, e que estava em turnê artística pelo interior. Gontijo acabou indo para aquela emissora paulista e aí começou realmente sua trajetória.

A seguir foi para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, sempre como locutor.

O rádio tinha grande importância na época e Gontijo Teodoro foi crescendo e logo passou a apresentador de programas. Cabia a ele anunciar os grandes cantores, as orquestras de até 200 figuras, coisa que nunca mais voltou a existir. Foi nessa época que a televisão foi inaugurada no Rio de Janeiro, um ano após São Paulo.

Gontijo pensou que não iriam chamá-lo para a televisão, mas aconteceu o oposto. Começou a apresentar Retratos da Semana, na TV Tupi Rio. Já era jornalista registrado, quando foi escolhido para ser o Repórter Esso, programa que já existia em rádio e que ia ser inaugurado na televisão.

Gontijo ficou à frente do Repórter Esso por 18 anos, 9 meses e 10 dias. Aquele era o verdadeiro Diário Oficial de toda população brasileira. Com sua voz possante e dicção perfeita, Gontijo Teodoro, às 20:00 hs. em ponto, dava o seu "Boa Noite" e passava a informar só notícias confirmadas. Sua credibilidade era tanta, que houve um tempo em que se dizia: "Se o Repórter Esso não deu, não aconteceu". Nunca foi necessário desfazer uma notícia. Não era um programa opinativo, era um jornal inteiramente informativo.

Quando o Repórter Esso acabou e Gontijo Teodoro teve dificuldade em ser aceito para outra emissora. Sua voz havia marcado demais. E aí ele começou a diversificar suas atividades. Publicou dois livros: Você Entende de Notícias e Jornalismo na TV. Por vários anos foi também editor do Jornal Messiânico, em São Paulo, mas de circulação nacional. Teve um programa no formato talk-show na Rádio Guanabara do Rio de Janeiro, com entrevistas, comentários e muitas coisas.

A sua frase escolhida era uma frase de Adolpho Bloch, dono da TV Manchete, que dizia: "O importante não é ser, nem ter, nem parecer, mas fazer".

Faleceu dia 5 de setembro de 2003 vítima de Infarto em sua casa em Copacabana no Rio de Janeiro.

Fonte: Wikipédia

Fausto Wolff

FAUSTIN VON WOLFFENBÜTTEL
(68 anos)
Jornalista e Escritor

* Santo Ângelo, RS (08/07/1940)
+ Rio de Janeiro, RJ (05/09/2008)

Fausto Wolff começou a trabalhar aos catorze anos de idade como repórter policial e contínuo do jornal Diário de Porto Alegre. De família humilde, mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezoito anos.

No Rio de Janeiro, chegou a manter três colunas simultâneas, escrevendo sobre televisão no Jornal do Brasil, sobre teatro na Tribuna da Imprensa e sobre política no Diário da Noite. Suas opiniões polêmicas e independentes também começaram a aparecer na TV, com o Jornal de Vanguarda de Fernando Barbosa Lima a partir de 1963.

Em 1968, atingido pela censura da Ditadura Militar, Fausto Wollf exilou-se na Europa, onde passou 10 anos, na Dinamarca e na Itália. Ainda no exílio, foi um dos editores de O Pasquim, além de diretor de teatro e professor de literatura nas Universidade de Copenhague e Universidade de Nápoles.

Na volta ao Brasil, com a anistia de 1978, trabalhou em jornais como O Globo e Jornal do Brasil, mas em seguida passou a dedicar-se apenas à imprensa independente, em especial a O Pasquim.

Apoiou Leonel Brizola em sua eleição para o governo do estado do Rio de Janeiro em 1982 e, a partir dessa experiência, organizou o volume "Rio de Janeiro, um Retrato: a Cidade Contada por seus Habitantes" (1985), considerado um dos mais completos retratos sociológicos da cidade.

A partir daí, longe do cotidiano das redações de jornais, dedicou-se à literatura, também se responsabilizando pela tradução de algumas obras. Voltou a colaborar para O Pasquim através da reedição do periódico, lançada em 1 de abril de 2002 e rebatizada de Pasquim 21. Em 1999, participou da revista de humor e política intitulada Bundas, onde assinava uma irônica coluna com o pseudônimo de Nataniel Jebão, um colunista social direitista e defensor da corrupção do poder.

Em seus últimos anos, manteve uma coluna diária no Caderno B do Jornal do Brasil.

Prêmios

Fausto Wolff ganhou em 1997 o Prêmio Jabuti, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu romance À Mão Esquerda. Voltou a ficar entre os dez finalistas do Prêmio Jabuti em mais duas oportunidades: em 2004 na categoria Poesia e em 2006 na categoria Contos, com A Milésima Segunda Noite. Em 2008 foi finalista do Prêmio Portugal Telecom de Literatura.

Cinema

Fausto Wolff teve também algumas participações no cinema. Em 1977 foi co-roteirista do filme dinamarquês Jorden Er Flad, no qual igualmente foi ator. Fez ainda pequenos papéis em filmes dirigidos por amigos seus - como Tanga (Deu no New York Times?) (1987), do cartunista Henfil, Natal da Portela (1988) e O Viajante (1999), ambos de Paulo César Saraceni.

Morte

Internado em 31 de agosto de 2008 com hemorragia digestiva, morreu por Disfunção de Múltiplos Órgãos, no Rio de Janeiro, em 5 de setembro de 2008.

Fonte: Wikipédia