Leonel Brizola

LEONEL DE MOURA BRIZOLA
(82 anos)
Político

* Carazinho, RS (22/01/1922)
+ Rio de Janeiro, RJ (21/06/2004)

Lançado na vida pública por Getúlio Vargas, foi o único político eleito pelo povo para governar dois estados diferentes, o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro, em toda a história do Brasil. Exerceu também a presidência de honra da Internacional Socialista.

Nascido no vilarejo de Cruzinha, hoje interior de Carazinho, então pertencente ao município de Passo Fundo, era filho de camponeses migrados de Sorocaba. Batizado como Itagiba de Moura Brizola, cedo adotou o nome de um líder maragato da Revolução de 1923, Leonel Rocha.

Foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro.

Sua influência política no Brasil durou aproximadamente cinquenta anos, inclusive enquanto exilado pelo Golpe de 1964, contra o qual foi um dos líderes da resistência.

Por duas vezes foi candidato a presidente do Brasil pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), partido que fundou em 1980, não conseguindo ser eleito.

Em concurso realizado pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) e pela BBC de Londres em 2012, foi eleito um dos 100 maiores brasileiros de todos os tempos, ocupando a 47ª posição.

Vida Política

A vida política de Leonel Brizola pode ser dividida em três fases:


  • Antes do Golpe de 1964
  • Vida no exílio
  • Pós-anistia.
Leonel Brizola requisita a Rádio Guaíba e forma a Cadeia da Legalidade, nos porões do Palácio 
Vida Política Antes do Golpe de 1964

Leonel Brizola ingressou na política partidária no antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), na condição de um dos fundadores, junto com quadros como José Vecchio e outros quadros oriundos do Movimento Queremista. De imediato, Leonel Brizola, junto com Fernando Ferrari, Sereno Chaise e Ney Ortiz Borges, fundariam a primeira agremiação juvenil do PTB, a Ala Moça.

Leonel Brizola seria o primeiro presidente da Ala Moça. Suas atividades na construção de núcleos da Ala Moça e de diretórios municipais do PTB no interior do Rio Grande do Sul renderia a sua primeira candidatura a cargo eletivo, com o apoio dos próprios jovens trabalhistas da Ala Moça e com a recomendação pessoal de Getúlio Vargas, seu padrinho de casamento. Foi eleito deputado estadual às 38ª e 39ª Legislaturas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, de 1947 a 1955.

Casado com Neusa Goulart, irmã do ex-presidente João Goulart, com ela teve 3 filhos: Neusa, José Vicente e Otávio. Exerceu considerável influência política durante o mandato de seu cunhado. Alguns historiadores citam que Leonel Brizola, por muito tempo, pressionava João Goulart para ser nomeado Ministro da Fazenda, e que suas pretensões eleitorais para com uma Reforma Agrária, bem como de outros líderes da esquerda, como Miguel Arraes, tenham sido um dos ignitores do Golpe de 1964, provocado pelos militares e setores conservadores da sociedade. Leonel Brizola não se fartava de usar a frase "Cunhado não é parente, Brizola pra presidente" como slogan pré-eleitoral pois na época, havia lei que impedia que parentes do presidente concorressem à sua sucessão. Pesquisas eleitorais visando o não realizado pleito presidencial de 1965 apontavam Leonel Brizola como um dos 3 candidatos com reais chances de vitória, ao lado de Juscelino Kubitschek e Carlos Lacerda, os dois primeiros não agradando nem aos Estados Unidos nem às oligarquias brasileiras.


A Renúncia de Jânio Quadros

Leonel Brizola era governador do Rio Grande do Sul quando da renúncia do presidente Jânio Quadros, em agosto de 1961. Foi ele quem comandou a resistência civil às pretensões golpistas dos militares e segmentos conservadores e oligárquicos da classe política de impedir a posse do vice-presidente constitucionalmente reeleito, pelo voto legítimo popular, João Goulart, ocasião em que corajosamente deflagrou a chamada "Campanha da Legalidade".

Em 1962 Leonel Brizola se elegeu deputado federal pelo extinto estado da Guanabara pela sigla do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Recebeu a maior votação no país até aquela data, com um total de 269 mil votos.

Como deputado federal, Leonel Brizola passou a viajar pelo país promovendo debates e conferências. Numa destas conferências, em Belo Horizonte, foi impedido de falar por um grupo de senhoras religiosas orientadas por setores conservadores, o que o levou a sugerir que a democracia não se acovardaria frente a rosários, causando certo mal estar num país de maioria católica.

João Goulart e Leonel Brizola
O Governo Jango

Durante o mandato na Câmara Federal, Leonel Brizola lutou para que o governo João Goulart adotasse as Reformas de Base, que tocavam em temas que seriam símbolo da carreira política, como a limitação da remessa de lucros ao exterior e a Reforma Agrária. Estes temas incomodavam os latifundiários e os norte-americanos. Tornou-se um dos líderes da Frente de Mobilização Popular.

Em 1963, Leonel Brizola conclamou a população a se organizar em grupos de onze pessoas, movimento que ficou conhecido como "Grupos dos 11", para pressionar o governo a realizar mais rapidamente as Reformas de Base. Naquele tempo Leonel Brizola e outros grupos de esquerda estavam afastados do presidente, por julgar que João Goulart tentava conciliar demais com as forças conservadoras.

No ano de 1964, o Brasil presenciou o ponto culminante da radicalização ideológica entre esquerda e direita. Era tido como esquerdistas políticos pró-Jango, setores legalistas do alto-comando das Forças Armadas, ala progressista da Igreja Católica. Militares de baixa patente, cabos e sargentos, e estudantes de universidades adeptos das Reformas de Base também se somavam a esse grupo. Os líderes de maior expressão da esquerda, além de João Goulart e Leonel Brizola, eram Miguel Arraes e Francisco Julião. Para a direita convergiam políticos anti-Jango, setores não-legalistas do alto comando militar, núcleos conservadores da Igreja, banqueiros, grande empresariado urbano e rural e estudantes de alta classe social, contrários às reformas. As lideranças de maior destaque deste grupo eram Carlos Lacerda, Magalhães Pinto e Ademar de Barros.

No dia 13 de março, João Goulart promoveu um grande comício em frente a Central do Brasil, que ficou conhecido como Comício das Reformas ou Comício da Central, no Rio de Janeiro, onde Leonel Brizola fez um discurso inflamado que acusava o Congresso de ir contra as aspirações populares, pedindo uma Assembleia Constituinte.

Nessa época, Leonel Brizola assustava os conservadores, devido ao radicalismo das propostas; temiam um auto-golpe de João Goulart que estabeleceria um regime no estilo cubano, alijando do poder as classes até então dominantes e cessando seus privilégios. O cenário mundial favorecia o medo de um "perigo comunista", na medida em que China, Cuba e Vietnã, no contexto da Guerra Fria, passavam por revoluções comunistas e implementavam o regime. A mídia norte-americana também ajudava a criar esse clima de "caça às bruxas", pois os Estados Unidos temiam um regime socialista no Brasil, considerado por eles como sua área de influência.


O Golpe

Em 31 de março de 1964, os militares depõem João Goulart do poder, com apoio de setores oligárquicos da sociedade temerosos com o rumo esquerdizante do governo João Goulart. As promessas de manutenção da democracia e de realização das eleições presidenciais de 1965 não foram cumpridas e uma ditadura militar se instalou no Brasil, perdurando por 21 anos, causando perseguições políticas, torturas, abusos de poder e assassinatos.

Os Dias Seguintes Ao Golpe

Leonel Brizola tentou organizar uma resistência ao golpe a partir do Rio Grande do Sul, para onde se dirigiu João Goulart no dia 2 de abril de 1964. João Goulart preferiu não ouvir os conselhos de Leonel Brizola e general Ladário Telles, que desejavam a luta armada e preferiu sair do Brasil rumando para o exílio no Uruguai. Sem apoio, Leonel Brizola também foi para lá, onde viveu alguns anos, até ser perseguido naquele país, por intervenção do regime militar brasileiro. Seu nome estaria na primeira lista de cassados pelo Ato Institucional 1 (AI-1), em 10 de abril de 1964, junto com 102 pessoas, incluindo João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes e Celso Furtado.


Vida No Exílio

No Uruguai, Leonel Brizola acabou se tornando um ponto focal para o encontro de outros descontentes com o regime militar. Assim que chegou, reuniu todos os exilados em um cinema e fez um discurso inflamado, iniciando a organização do grupo de exilados e criando o embrião do que viria se tornar o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), possivelmente o desencadeador da luta armada no Brasil.

Em janeiro de 1965, Leonel Brizola teria assinado o Pacto de Montevidéu, que criava uma frente revolucionária, a Frente Popular de Libertação. Teriam assinado também Max da Costa Santos, José Guimarães Neiva Moreira, Darcy RibeiroPaulo Schilling, além de representantes da Ação Popular (AP), com Aldo Arantes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), com Hércules Correia dos Reis, do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT), com Cláudio Antônio Vasconcelos Cavalcanti, e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A Frente Popular de Libertação, que deveria organizar ações de sabotagem e guerrilha, não chegou a nenhum resultado prático.

Segundo esta fonte, sua estratégia incluía iniciar três focos de guerrilha simultâneos: no norte do Rio Grande do Sul, sob a liderança de Amadeu Felipe da Luz Ferreira, ex-sargento, no centro do Brasil, sob a liderança de Flávio Tavares, e no Mato Grosso, sob a liderança de Dagoberto Rodrigues. O grupo de Amadeu Felipe da Luz Ferreira acabaria transferido para Caparaó, região da Serra do Mar, onde se organizou mas acabou se rendendo sem combates.

Já em 1967 o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR) estava destroçado pela repressão e se dissolveria, indo parte de seus militantes para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e outra fundando o Movimento Armado Revolucionário (MAR).

Segundo Darcy RibeiroLeonel Brizola continuou no Uruguai tentando organizar a luta armada contra a ditadura, até ser expulso e conseguir asilo, surpreendentemente, nos Estados Unidos e depois em Lisboa, onde, com o apoio de Moniz Bandeira, iniciou os contatos com a Internacional Socialista, Mário Soares, Willy Brandt, François Mitterrand e planejou a reorganização do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Pós-Anistia

Com a anistia brasileira de fins da década de 1970, retornou ao Brasil. Com a reversão do sistema bipartidário antes imposto pelo regime militar, Leonel Brizola quis assumir a antiga legenda Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), mas perdeu a disputa do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio Vargas. Fundou, então, juntamente com outros trabalhistas históricos e novos simpatizantes, o Partido Democrático Trabalhista (PDT). O partido viria a se juntar à Internacional Socialista em 1986, quando Leonel Brizola foi elevado a vice-presidente da entidade (Poucos meses antes de morrer, Leonel Brizola foi feito presidente de honra da Internacional Socialista).

Na primeira eleição de que participou após o exílio, Leonel Brizola é eleito governador do Rio de Janeiro no ano de 1982. A eleição vinha sendo disputada por Sandra Cavalcanti (PTB), Lysâneas Maciel (PT), Moreira Franco (PDS) e Miro Teixeira (PMDB), que perderam força com a entrada de Leonel Brizola no páreo. Tal eleição foi marcada pelo caso Proconsult.

O projeto principal e mais polêmico de suas duas gestões no governo fluminense foram os Centros Integrados de Educação Pública (CIEP). Trata-se de escolas idealizadas, na sua concepção pedagógica, pelo professor Darcy Ribeiro. Seus prédios diferenciam-se bastante do de escolas tradicionais e têm o desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer. Foram construídos, na sua maioria, em favelas e regiões da periferia da capital e do estado. Isso consolidou o brizolismo entre os eleitores destas áreas que batizaram os CIEPs de Brizolões.

Os opositores diziam que os CIEPs eram "caros, de custosa manutenção", ignorando a importância do projeto, que visava a manter crianças dentro do ambiente escolar durante a maior parte do dia. E ainda acusavam Leonel Brizola de "utilizar os centros como arma de propaganda eleitoral" visando à conquista do eleitorado de outros estados pois muitos foram erguidos na beira de rodovias. Entretanto, estes mesmos opositores acabaram por reconhecer a importância da Educação para o desenvolvimento do Brasil, importância esta muito divulgada por Leonel Brizola. Isso não impediu que, após o governo Brizola, os CIEPs tenham sido, em grande parte, sucateados pelos oposicionistas.

Embora tenha sido um dos mais exaltados opositores das ações do governo de Fernando Collor, principalmente no tema das privatizações, Leonel Brizola estabeleceu relações cordiais com o presidente, justificando-as como necessário relacionamento respeitoso entre um governador de estado e o presidente, em face dos interesses da administração pública. Foi um crítico severo da CPI que investigava o esquema de Paulo César Farias pelas vinculações que os integrantes da CPI atribuíam entre o Esquema PC e presidente da República, e afirmava que o presidente estava sofrendo um golpe. Esse fato causou um desgaste enorme para Leonel Brizola junto ao seu eleitorado e aos seus aliados políticos. Após isso, Leonel Brizola não conseguiu mais vencer nenhuma eleição que disputou.

Em 1998 apoiou o candidato de seu partido ao governo do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. A vitória deste na eleição levou o brizolismo de volta ao poder estadual. Entretanto, Anthony Garotinho acabou por distanciar-se das ideias de Leonel Brizola e deixou o Partido Democrático Trabalhista (PDT).


O Discurso Brizolista

Leonel Brizola era facilmente reconhecido por sua forma de falar e por seu pensamento. Sua fala, carregada do sotaque e de expressões gaúchas que parecia cultivar, era quase que uma marca registrada. Não era difícil imitá-lo.

Sua retórica era inflamada. Não perdia oportunidade para criar caricaturas verbais de seus oponentes, como ao chamar Lula de "Sapo Barbudo" e Moreira Franco de "Gato Angorá". Era um orador carismático, capaz de provocar reações fortes entre partidários e adversários.

Seu discurso era baseado em pontos como a valorização da educação pública, tão divulgada, mas ignorada sistematicamente pelos políticos, e a questão das "perdas internacionais", pagamento de encargos da dívida externa e envio de lucros ao exterior.

Realizações

Como Secretário de Obras:

  • Ponte sobre o Rio Guaíba
  • Ponte sobre o Rio Pardo
  • Reaparelhamento do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER).
  • Ampliação e construção de estradas
  • Estação Ferroviária Diretor Augusto Pestana, em Porto Alegre
  • Implantação do trem diesel Minuano
  • Melhorias no Aeroporto Salgado Filho
  • Reequipamento do Departamento Aeroviário do Estado
  • Reaparelhamento do Departamento de Portos, Rios e Canais
  • Implantação de 23 portos lacustres e fluviais
  • Construção de 40 hidráulicas no interior do Estado
  • Início da construção de grande número de escolas públicas

Como prefeito de Porto Alegre:

  • Construção de 137 escolas primárias para 35 mil alunos
  • Canalização de água em todas as vilas populares
  • Implantação de 110 km de rede de água
  • Implantação de mais de 80 km de rede esgoto
  • Construção da Hidráulica São João e aumento das hidráulicas Moinhos de Vento| e Cristo Redentor
  • Remodelação, alargamento e iluminação de avenidas
  • Dragagem e aterro do Rio Guaíba
  • Renovação da frota de ônibus públicos
  • Implantação dos ônibus elétricos trolleybus
  • Criação do Parque Saint'Hilaire
  • Remodelação e construção de grande número de parques e campos populares de futebol
  • Criação do Programa Integrado de Reaparelhamento de Equipamentos Rodoviários

Principais Ações do Governo Brizola no Rio Grande do Sul

Educação

A principal realização de Leonel Brizola no Rio Grande do Sul (1959-1963) foi a multiplicação das escolas. Como governador do estado repetiu, em escala estadual, o que já havia feito em seu mandato como prefeito de Porto Alegre. Criou uma rede de ensino primário e médio que atingiu os municípios mais distantes, inclusive nas zonas do pampa.

Estatização de Empresas Estrangeiras

Uma das medidas mais polêmicas na carreira política de Leonel Brizola foi a encampação das empresas norte-americanas Bond And Share e ITT. Tal fato gerou mal estar nas relações Brasil - Estados Unidos.

Reforma Agrária

A constituição gaúcha garantia a entrega de terras aos agricultores, sempre que surgissem abaixo-assinados, com o mínimo de cem firmas, solicitando as terras. Leonel Brizola estimulou os abaixo-assinados em acampamentos de agricultores e criou o Instituto Gaúcho de Reforma Agrária (IGRA).

Principais Ações do Governo Brizola no Rio de Janeiro

Educação

Os Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) foram o principal projeto educacional dos dois governos de Leonel Brizola no Rio de Janeiro. Idealizados e planejados por Darcy Ribeiro na parte organizacional e pedagógica, e por Oscar Niemeyer na concepção arquitetônica.

Sambódromo

Em 1983, Leonel Brizola encomendou a Oscar Niemeyer o projeto de construção de um espaço definitivo para os desfiles das escolas de samba, ponto alto do carnaval carioca. Até então as arquibancadas eram montadas e desmontadas e o local do espetáculo não era fixo. Daí surgiu a Passarela do Samba Darcy Ribeiro, conhecido nacionalmente como Sambódromo.

Linha Vermelha

Em 1992 o Brasil sediou a conferência Rio 92 que reuniu chefes de Estado do mundo todo para discutir temas relacionados ao meio ambiente. Preocupado com o deslocamento das autoridades, Leonel Brizola deu início, em parceria com o Governo Federal, a construção da Via Expressa Presidente João Goulart, mais conhecida como Linha Vermelha.

Universidade Estadual do Norte Fluminense

Inaugurada em 1993, com sede em Campos dos Goytacazes e unidades em Macaé (Petróleo e Gás), Itaperuna (Engenharia Agrária), Santo Antônio de Pádua (Veterinária) e Itaocara (Agricultura), é uma universidade modelada no Massachusetts Institute Of Technology (MIT), com objetivo à formação de cientistas e tecnólogos. Suas instalações foram projetadas por Oscar Niemeyer.


Polêmicas

PTB

Em 1979 o Brasil teve a anistia e os que foram exilados pelo regime militar puderam retornar ao país. Leonel Brizola retornou e, com a nova lei partidária, tentou reorganizar seu antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Porém, Ivete Vargas o derrotou na justiça e conseguiu para si a sigla partidária. De acordo com a avaliação de Leonel Brizola e demais dirigentes do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) de Ivete Vargas passou a ser um partido de direita, como de fato acabou por distanciar-se do seu passado trabalhista. Em 1982 a legenda de Ivete Vargas lançou como candidato ao governo paulista Jânio Quadros e para o fluminense Sandra Cavalcanti. Ambos militaram na antiga União Democrática Nacional (UDN), partido de direita rival dos trabalhistas. O atual Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nega que seja um partido de direita, embora tenha uma postura identificada como tal desde seu ressurgimento, em 1980. A cena em que Leonel Brizola rasga uma folha de papel com a inscrição PTB, numa coletiva à imprensa, é a marca simbólica do fim de um sonho para os brizolistas.

Neusinha Brizola

A imprensa explorou bastante os atritos públicos que Leonel Brizola teve com sua filha Neusa Maria Goulart Brizola. Quando jovem se lançou na carreira de cantora, emplacando um único sucesso: "Mintchura" (1980). Às vésperas das eleições municipais, Neusinha posou nua para a revista Playboy. Chegou a fazer as fotos, mas seu pai, então governador, impediu a revista de publicá-las, contra a vontade de Neusinha e o contrato assinado por ela. Além disso, a imprensa noticiava com frequência o envolvimento de Neusinha com as drogas, por conta de sua dependência química. Os escândalos e sua consequente exploração política pela imprensa geraram o rompimento de relações entre Leonel Brizola e Neusinha. Posteriormente, pai e filha se reconciliaram. Muitos citavam o fato de que Neusinha era dependente de drogas, como uma das justificativas para que Leonel Brizola proibisse incursões policiais às favelas.

Favelização e Violência

A política de segurança dos governos de Leonel Brizola no Estado do Rio de Janeiro, é apontada como um dos fatores preponderantes para a situação caótica em que se encontra a ocupação e a segurança pública carioca atualmente. Sua política de "respeito e valorização dos trabalhadores" acabou por favorecer o aumento de construções irregulares do espaço urbano, causando uma proliferação geral das favelas por todos os locais. O governo de Leonel Brizola também proibiu qualquer tipo de incursão policial nas favelas, o que multiplicou a violência, tornando as favelas locais "imunes" à qualquer tipo de vigilância do Poder Público, favoreceu a criação de organizações criminosas que existem até hoje, como o Comando Vermelho, especializado em tráfico de drogas.

Rock In Rio

Após o termino da primeira edição do festival, Leonel Brizola mandou demolir a Cidade do Rock (local do evento), já que a organização do evento pedira o uso do terreno em caráter provisório, mas queria manter a posse após o fim do festival. Cumprindo determinação judicial, Leonel Brizola ordenou sua demolição para a reintegração de posse ao patrimônio do Estado.

Plano Cruzado

Em março de 1986 o presidente José Sarney e sua equipe econômica liderada pelo ministro da fazenda Dilson Funaro lançaram o Plano Cruzado de combate à inflação, sendo o principal ponto o congelamento dos preços. José Sarney apelava à população para que todos se tornassem fiscais e denunciassem fraudes ao congelamento de preços. A popularidade de José Sarney aumentou num ano de eleição para os governos estaduais. No programa de televisão de seu partido, Leonel Brizola enunciou que o plano econômico era apenas uma estratégia para garantir a vitória do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), partido de José Sarney, na maioria dos estados e que depois das eleições a inflação voltaria. A previsão de Leonel Brizola veio a se confirmar: o PMDB elegeu governadores em 22 dos 23 estados da época e após as eleições houve a liberação dos preços, com a volta da inflação.

Briga Com a Rede Globo

Marcaram bastante na carreira de Leonel Brizola os desentendimentos que teve com os grandes monopólios da comunicação, em especial com as Organizações Globo.

Roberto Marinho, que controlava o jornal O Globo e a Rádio Globo, fez pressão contra Leonel Brizola quando este postulava o cargo de Ministro da Fazenda de João GoulartRoberto Marinho foi um dos empresários que apoiou o Golpe de 1964, golpe que forçou Leonel Brizola a ir para o exílio.

Em 1982 Roberto Marinho foi acusado de participar do caso Proconsult, que visava impedir a vitória de Leonel Brizola na eleição para governador de 1982, favorecendo Moreira Franco. O plano de fraude eleitoral foi denunciado pelo Jornal do Brasil e abortado após Leonel Brizola denunciá-lo pessoalmente na imprensa.

Em 1984 Leonel Brizola quebrou o monopólio da Rede Globo nas transmissões de carnaval, concedendo o direito também à Rede Manchete. A emissora de Roberto Marinho então desistiu de cobrir o evento. A expressiva queda de audiência durante os desfiles fizeram a Rede Globo recuar e aceitar transmitir o evento a partir de 1985 em pool com a Rede Manchete.

Em 1989 Leonel Brizola, que liderava as pesquisas de opinião para eleição presidencial, se sentiu sabotado pela Rede Globo após esta ter veiculado acusações pessoais contra ele em rede nacional. Leonel Brizola encarou o fato como um favorecimento da Rede Globo a candidatura de Fernando Collor de Melo, ex-governador de Alagoas e que acabou por vencer o pleito.

Em 1992, Roberto Marinho, em um editorial no jornal O Globo e no noticiário Jornal Nacional, chamou Leonel Brizola de "senil". Isso valeu direito de resposta a Leonel Brizola no Jornal Nacional, que foi lido por Cid Moreira, dois anos depois, em 1994.

Ainda em 1994, Leonel Brizola teve outro sério atrito com a Rede Globo, após exibição de uma reportagem sobre Neusinha Brizola, onde ela lhe fazia pesadas críticas. Anos depois, Leonel Brizola ganharia direito de resposta na emissora.

Boato do "El Ratón"

Algum tempo após Leonel Brizola ser obrigado a ir para o exílio, surgiu um boato a respeito de um acontecimento que teria gerado uma discórdia entre o presidente de Cuba Fidel Castro e Brizola.

Pelo boato, Brizola teria tido um encontro em Cuba com Fidel Castro para tentar conseguir deste apoio financeiro para a organização de um movimento armado contra o regime militar brasileiro. Fidel Castro então teria dado a Leonel Brizola cerca de 1 milhão de dólares para financiar a denominada Revolução Socialista no Brasil.

O que teria acontecido após esse encontro, segundo este boato, é que Leonel Brizola teria dado uma ínfima parte do dinheiro para pouquíssimos aliados revolucionários e teria embolsado a maior parte do dinheiro que recebera, utilizando o dinheiro para comprar fazendas no Uruguai e na Austrália, o que explicaria o grande patrimônio acumulado por Leonel Brizola durante os anos de exílio.

Pelo boato, após tomar conhecimento do ocorrido, Fidel Castro teria ficado muito aborrecido com Leonel Brizola e passado a se referir a este como "El Ratón" (o Rato, em espanhol).

Alguns anos depois, durante uma visita ao Brasil já após a redemocratização, Fidel Castro teria afirmado a um colunista do Jornal do Brasil que jamais houvera "El Ratón", o que pode ser encarado então como um desmentido oficial de Fidel Castro.

Na verdade, a fazenda no Uruguai havia sido herança da família de sua esposa, Neuza Goulart.

Declarações Polêmicas: Eleições de 1989

No terceiro em uma série de debates televisionados ao vivo no primeiro turno, na Rede Bandeirantes, Leonel Brizola discutiu duramente com o presidenciável Paulo Maluf, cuja carreira foi ligada a setores conservadores. Num dado momento do debate este chamou Leonel Brizola de desequilibrado. Logo em seguida, diante dos convidados, os que assistiam o debate, que "apoiariam" em peso o presidenciável do Partido Democrático Social (PDS), na ótica de Leonel Brizola, respondeu chamando-os de "filhotes da ditadura" e completou dizendo que estes todos engordaram na ditadura. O apelido de "filhote da ditadura" acabou por acompanhar Paulo Maluf por muitos anos.

Ao ser indagado, maldosamente, por uma repórter da TV Globo se teria fugido para o Uruguai vestido de mulher, Leonel Brizola respondeu "Sim, tua mãe me emprestou as calcinhas!". No programa "Show de Calouros", de Silvio Santos, respondendo à mesma pergunta feita então por Sérgio Mallandro, Leonel Brizola, um tanto aborrecido, respondeu que na verdade fugiu para o Uruguai vestido em farda militar.

Ao ser indagado sobre apoiar Lula no segundo turno, Leonel Brizola disse: "Cá para nós: um político de antigamente, o senador Pinheiro Machado, disse que a política é a arte de engolir sapos. Não seria fascinante fazer esta elite engolir o Lula, esse sapo barbudo? Vamos no menos pior, pelo menos…" Essa declaração causou revolta na campanha de Lula, que passou a ser conhecido, ironicamente, como "Sapo Barbudo".

Declarações Polêmicas: Lula e Alcoolismo

A última polêmica em que Leonel Brizola se envolveu foi por ocasião de entrevista ao jornalista estadunidense Larry Rohter, correspondente do The New York Times, na qual mencionou o suposto "alto consumo habitual de bebidas alcoólicas" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na matéria jornalística, o jornalista utilizou a declaração de Leonel Brizola, entre outras fontes, para fundamentar uma acusação de alcoolismo contra o presidente Lula.

Desafetos Políticos

César Maia: Assessor direto de Leonel Brizola em suas campanhas, César Maia rompeu com Leonel Brizola ao apoiar publicamente o plano econômico de Fernando Collor em 1990, quando era o nome mais cotado para concorrer ao governo do estado do Rio de Janeiro. Migrou, na época para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), e hoje está no Democratas (DEM).

Marcello Alencar: Aliado de Leonel Brizola, prefeito do Rio de Janeiro indicado por ele em 1983, apoiado por ele nas eleições de 1988 e um de seus possíveis sucessores na liderança do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Marcello Alencar começou um rompimento com Leonel Brizola em 1992, quando era prefeito do Rio de Janeiro, e discordou de sua posição em escolher Cidinha Campos como candidata a prefeita. Marcello Alencar queria indicar seu colaborador Luiz Paulo Corrêa da Rocha e foi impedido. Migrou então para o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) levando seu grupo político que estava dentro da legenda pedetista.

Anthony Garotinho: Político de Campos, cidade do interior do estado. Garotinho, apontado como um dos possíveis sucessores de Leonel Brizola, rompeu com este em 2000 quando era governador. Se desligou do Partido Democrático Trabalhista (PDT, foi para o Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, em seguida, para o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Atualmente está no Partido da República (PR). Antes de sua morte, Leonel Brizola e Garotinho reconciliaram-se.

Outros Desafetos de Brizola: Saturnino Braga, Jaime Lerner, Agnaldo Timóteo e Dante de Oliveira.


Jogo do Bicho e o Crime Organizado

Quando governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola foi acusado de ter ligações com os contraventores do jogo do bicho e de ser omisso no combate ao tráfico de drogas.

Segundo seus críticos, o governo do pedetista teria sido fundamental para a consolidação do crime organizado no Rio de Janeiro. Essa percepção acontecia porque Leonel Brizola adotou uma linha de ação na qual a polícia só poderia fazer incursões em favelas baseadas no respeito aos direitos humanos, fato que perdura até hoje, com a forte intervenção de ONGs ligadas aos direitos humanos nas políticas de segurança pública do Brasil, em contraposição ao que era considerado por ele como arbitrariedade do Estado.

A política do confronto armado, adotada pelos seus antecessores Chagas Freitas e Moreira Franco, foi abolida, desta forma o crime organizado cresceu e se fortaleceu. Este fato passou para a opinião pública a impressão de permissividade e colaboracionismo com a ilegalidade.

Os brizolistas o defendem lembrando que já no início de 1981 a imprensa dava conta da existência de uma guerra civil no Rio de Janeiro. Informação esta de caráter duvidoso, pois boa parte dos noticiários policiais são de cunho sensacionalista.

É fato, entretanto, que a TV Globo passou a destacar muito mais o problema da criminalidade no Rio de Janeiro durante o governo Leonel Brizola, ignorando problemas idênticos em outros estados, como São Paulo e Bahia, governada na época por Antônio Carlos Magalhães, amigo pessoal de Roberto Marinho, dono das Organizações Globo. Isso criou uma falsa imagem que o Rio de Janeiro era a cidade "mais violenta do mundo", prejudicando o turismo carioca e favorecendo o turismo baiano.

Enriquecimento

Em 2001, a revista Veja veiculou matéria em que apontava que Leonel Brizola teria quadruplicado o seu patrimônio após a volta do exílio. A matéria foi, supostamente, "baseada" em documentos cedidos pelo próprio filho de Leonel Brizola, José Vicente.

De acordo com a revista, os documentos cedidos por José Vicente apontavam que o patrimônio de Leonel Brizola aumentara em 10,7 milhões de reais. O que, segundo a revista, seria incompatível com os rendimentos oriundos do seu salário de governador. Em 1983, às vésperas de assumir seu mandato como governador do Estado do Rio de Janeiro, possuía um patrimônio de quatro milhões e meio de reais. Ao morrer, seus bens somavam pelo menos quinze milhões. De acordo com Leonel Brizola, seu patrimônio teria sido herança de sua falecida mulher, Neusa, irmã do presidente João Goulart. Segundo ele, o patrimônio é resultado de investimentos feitos com estes recursos herdados e de rendimentos provenientes de suas fazendas.

Leonel Brizola não foi acusado formalmente ou judicialmente de enriquecimento ilícito. Ele contestou a reportagem de Veja em um direito de resposta inserido na edição subsequente da revista. A reportagem que revelava a evolução patrimonial de Leonel Brizola foi objeto de protestos na Câmara dos Deputados (20 discursos) e no Senado Federal (18 discursos).

Em 2000, José Vicente havia brigado com o pai e se desfiliado do Partido Democrático Trabalhista (PDT), indo para o Partido dos Trabalhadores (PT). Numa manobra política, José Vicente foi nomeado Diretor das Loterias do Estado, contra a vontade de seu pai. Como o cargo exigia a graduação em nível superior, o Partido dos Trabalhadores mandou para a Assembleia Legislativa um projeto de lei modificando este critério, para poder nomear José Vicente. Na ocasião Leonel Brizola desabafou dizendo que José Vicente não era mais seu filho e sim filho político do governador Olívio Dutra. Leonel Brizola atribuiu a veiculação da reportagem ao Partido dos Trabalhadores gaúcho e ameaçou processar a revista Veja, o Partido dos Trabalhadores e o próprio filho. Na ocasião, Leonel Brizola ainda acusou José Vicente de abusar da bebida.

Até o seu falecimento, Leonel Brizola nunca chegou a processar a revista. Seu filho, José Vicente, durante o velório do pai, declarou que tinha havido a reconciliação dos dois alguns dias antes do falecimento.


Falecimento

Seis dias antes de morrer, Leonel Brizola chegou à sua residência no Rio de Janeiro, vindo de sua fazenda no Uruguai, com infecção intestinal e forte gripe. Apresentava febre e vômitos e estava bastante debilitado. Apesar de acamado, continuou a receber visitas de políticos, entre os quais Anthony Garotinho e sua filha Clarissa Mateus, além de seus afilhados políticos Carlos LupiJorge Roberto Silveira e de seu ex-rival Moreira Franco.

Sua situação piorou ainda mais três dias depois. Depois de muita resistência, Leonel Brizola concordou em ir a um hospital nas proximidades. Uma tomografia dos pulmões mostrou Infecção Respiratória (pneumonia). Feita ultra-sonografia do coração, nada de anormal foi encontrado.

Leonel Brizola estava entrando no elevador para deixar o hospital quando, segundo seu médico particular, apresentou um edema no pulmão, significando grave Insuficiência Cardíaca. Novos exames confirmaram Infarto Agudo do Miocárdio. Brizola morreu às 21:20 hs do dia 21 de junho de 2004.

Seu funeral foi marcado por ampla cobertura das redes de televisão. O presidente Lula, ex-aliado e à época adversário, decretou luto oficial de três dias por ocasião de seu falecimento, e compareceu ao seu velório no Palácio Guanabara.

Depois de ainda ter sido velado em Porto Alegre, Leonel Brizola foi sepultado em São Borja, na fronteira oeste do estado do Rio Grande do Sul, onde também se encontram os túmulos de Getúlio Vargas e João Goulart.

Vida Pessoal

Leonel Brizola foi casado com Neusa Goulart, falecida em 1993, com que teve uma filha, Neusinha Brizola, falecida em 2011, e dois filhos, José Vicente Brizola, ex-deputado federal e falecido em 2012, e João Otávio.

Nos últimos dez anos de vida, sua companheira foi Marília Martins Pinheiro.

Fonte: Wikipédia

4 comentários:

  1. Esse tinha muita história pra contar, mas o que eu infelizmente me lembro do Brizola, era a paciência que se precisava ter, para ver uma entrevista dele. O homem levava meia hora e não respondia a pergunta que lhe era feita, terrível!! Rsssss.

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  2. Nunca gostei de politco mais se tem um que admirava era ele,apesar de nunca ter votado nele.Brizola era aquele tipo de pessoa que voce fica horas conversando e não enjoa,sem contar que era um politico,preparado e conhecedor.Hoje nào temos politicos de sua envergadura.Ficara para historia duram toda a eternidade...........

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  3. Luciano Baía Meneghitequinta-feira, 29 março, 2012

    Vejam o documentário "Brizola,Tempos de Luta" , mais que a história de Brizola, uma aula de história do Brasil

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  4. Engenheiro de Formação era um apaixonado pela politica depois que voltou de exterior ainda se elegeu Governador do Rio de Janeiro, e teve grande influencia na vida politica brasileira e foi o unico politico que ainda quis resistir ao Golpe militar de 64

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