Gato

JOSÉ PROVETTI
(55 anos)
Cantor e Guitarrista

* Valparaíso, SP (07/01/1941)
+ Rio de Janeiro, RJ (31/01/1996)

José Provetti nasceu em Valparaíso, SP, uma pequena cidade perto de Guararapes, Andradina e Araçatuba, em 07/01/1941. Ele era filho de Ricardo Provetti e Antônia Buonvonatti. Seus pais eram pobres e trabalhavam como agricultores.

Em 1948, quando tinha 7 anos, a familia Provetti mudou-se para a São Paulo.

Em 1951, quando tinha 10 anos, José Provetti juntou Zé Cascudo como parte de uma dupla caipira. Zé Provetti & Zé Cascudo goi mais uma dupla entre as centenas existentes. Logo, porém José Provetti teve aulas de violão clássico com Salvador Viola no Largo Paissandú, no centro da cidade.

Não sabemos muito sobre a conversão de Gato para o rock, mas não é difícil imaginar que ele deva ter se apaixonado por algum guitarrista do rock.

Em 1959, fez parte da turma da gravadora Young, sendo líder dos Jester Tigers, acompanhando a maioria dos cantores. Gravou 2 discos solos pela Young, um cantando "Kissin Time" e "What'd I Say" e no outro solando sua guitarra em "Paris Belfort" e "Parada da Juventude". Gato não só tocou guitarra, mas também cantou, e cantou em inglês.

Em 1961 se tornou Disk Jockey na Rádio Piratininga e Rádio Santo Amaro.

Antonio Aguillar apresenta e Gato entrega troféu ao George Freedman
Começou a participar ativamente do programa "Ritmos da Juventude" de Antônio Aguillar pela Rádio Nacional de São Paulo todos sábados das 15:00 as 17:00 horas, onde se apresentava como guitarrista e tocava com quem aparecesse. Foi convidado pelo baterista Jurandy Trindade para assumir a guitarra dos Vampires, que logo depois mudaria o nome para The Jet Black's.

Miguel Vaccaro Netto conseguiu a gravação de um 78 RPM dos The Jet Black's na Chantecler. Gravaram "Apache" em outubro de 1962, que estourou nas paradas, começando assim uma nova tendência dentro do rock nacional.

Em janeiro de 1963 a Chantecler lançou "Twist", o primeiro LP dos The Jet Blacks, que foi rapidamente alcançou o primeiro lugar nas paradas de sucesso. Em junho de 1963 a Chantecler lançou "Twist Again", o segundo LP do conjunto. Foi um sucesso absoluto, que abriu caminho para The Jordans, The Clevers e todos os outros conjuntos instrumentais que hibernavam até então.

The Jet Black's, em 1966, adotaram o modelo de terno sem-gola popularizado pelos Beatles em 1964. Foi a época de "Chapeuzinho Vermelho", em que Gato cantava, além de tocar sua guitarra.

Gato tocou na banda até sair em 1966, sendo substituido pelo não menos competente Emilio Russo, ex-The Lions.

Gato fez parte na formação do RC-3 e depois RC-7 que acompanharam Roberto Carlos durante todo o período Jovem Guarda e até bem depois.

Ele morreu em 31/01/1996, vitimado por sequelas de um derrame cerebral, e foi sepultado no Cemitério do Caju, no Rio de Janeiro.


The Jet Black's

Grupo paulistano, um dos pioneiros do rock instrumental no Brasil, na linha dos ingleses The Shadows, tirou seu nome de "Jet Black", sucesso desse grupo, e dos norte-americanos The Ventures, embora também tivesse êxito com gravações vocais. Foi um dos mais importantes e famosos conjuntos de música instrumental no Brasil dos anos 60.

Formado em 1961 com o nome The Vampires, seus integrantes eram Gato (guitarra-solo e órgão), Jurandi (bateria), Orestes (guitarra-base), Ernestico (saxofone), e José Paulo (contrabaixo).

Contratados pela Chantecler, gravaram em 1962 o primeiro disco, um 78 rpm com duas regravações dos Shadows, "Apache" e "KonTikí". O disco fez sucesso e seguiram-se os LPs "Hully Gully" (1962) e "Twist - The Jet Black's Again" (1963).

Fizeram o acompanhamento instrumental em "Rua Augusta" de Ronnie Cord, em 1964, nos LPs de Deny e Dino e de Roberto Carlos, ambos em 1966, e em diversas gravações de Sérgio Reis, Celly Campello e outros cantores.

Em 1965 fizeram suas primeiras gravações vocais, no LP "The Jet Black's", incluindo "Susie-4", regravação do norte-americano Dale Hawkins, lançada também em compacto, junto com "Theme For Young Lovers", outro original dos Shadows e que se tornaria o maior sucesso do grupo. Curiosamente, a gravação dos Shadows é em ritmo de baião, e a do grupo brasileiro em rock-balada.

The Jet Black's tocavam em vários programas de rádio e televisão, inclusive o mais famoso da época, Jovem Guarda de 1965 a 1967. Esse programa era transmitido ao vivo para a maioria dos estados brasileiros com enorme audiência e o grupo acompanhava a maioria dos cantores que se apresentavam. Com a utilização de orquestras em algumas de suas gravações, foram precursores ao mostrar que o lirismo de violinos e outros instrumentos tradicionais poderiam se encaixar perfeitamente ao som das guitarras elétricas.

Indicação: Miguel Sampaio

Norma Suely

NITA DE ARAÚJO SANTOS
(71 anos)
Cantora e Atriz

* Ponte Nova, MG (26/06/1933)
+ Rio de Janeiro, RJ (14/06/2005)

Norma Suely nasceu Nita de Araújo Santos, seu nome de batismo, na cidade de Ponte Nova, MG, no dia 26/06/1933. Filha de Jamil Lopes dos Santos e Esther de Araújo Santos, tinha dois irmãos: Edmundo e Adalberto. Seu pai era jornalista, editor do jornal da cidade, e sua mãe, exímia pianista, foi cantora profissional e professora de música. Com ela, iniciou seus estudos musicais ainda menina, em Belo Horizonte, onde a família passou a residir. Estudou no católico Colégio Santa Maria e no Colégio Batista Mineiro, mas a música clássica tornou-se desde então a principal motivação da precoce e sensível menina, tendo Dona Esther como principal incentivadora e primeira professora.

Enquanto estudava piano e canto, acompanhava a mãe nos programas da Rádio Inconfidência, e vibrava com o prestígio que ela desfrutava como folclorista e atração da emissora mineira. Aos 11 anos, interpretou a modinha "Quem Sabe" (Carlos Gomes) no auditório da rádio e recebeu sua primeira lufada de aplausos, acompanhada de rasgados elogios da direção. Cantar e tocar acordeão em festinhas e eventos da cidade, passou a ser constante em sua vida de adolescente.

Quando a família mudou-se para o Rio de Janeiro, frequentou os inevitáveis programas de calouros. No "Pescando Estrelas", em 1951, comandado por Arnaldo Amaral na Rádio Club do Brasil, conquistou o primeiro lugar e um contrato com a rádio, recebendo salário mensal de 1.500 réis. Foi o bastante para ser notada por Renato Murce, que na época lançava o programa "PRE-Neno" na Rádio Nacional. Foi lá que conheceu o tenor Paulo Fortes, que a aconselhou lapidar seu potencial vocal de soprano-ligeiro.

À essas alturas adotou o nome artístico de Norma Suely, por sugestão de um colega de rádio, que achava Nita um nome sem apelo comercial. Ela gostava de Norma por causa da ópera "Norma" de Vicenzo Bellini, e Suely, achou um complemento sonoro e popular.


No programa de Renato Murce, um concurso de canto lírico que tinha o compositor erudito Cláudio Santoro como presidente do júri, lhe concedeu como prêmio ao primeiro lugar conquistado, uma bolsa de estudos no Conservatório de Santa Cecília, na Itália.

Em 1953, afivelou as malas e seguiu viagem sozinha. Seu aproveitamento no curso foi de Excelência, a ponto de ser espontaneamente recomendada pelos professores do Conservatório para a renovação da bolsa por mais um ano. Durante sua estada em Roma, excursionou e apresentou-se em espetáculos ao lado de grandes nomes do cinema, como Silvana Pampanini, Renato Rascel, Eleonora Rossi Drago e outros.

De volta ao Brasil, assinou contrato com a Rádio Nacional, onde permaneceu contratada até 1967. Soltando seus trinados em trechos de óperas no famoso auditório, era aplaudida de pé, constantemente escalada para os populares programas de Manoel Barcelos, César de Alencar e Paulo Gracindo.

Sua participação em Festivais GE, acompanhada por orquestra sob regência de Lirio Panicalli, cantando "Alelluiah" de Mozart, empolgou não só a platéia, mas também os músicos que levantaram-se para aplaudi-la no final da apresentação.

Em 1957 recebeu convite da Polydor para gravar música popular, sonho que acalentava e o mercado lhe acenava. Gravou "Fascinação", "Se Todos Fossem Iguais a Você", "Olhe-me, Diga-me" e "Odeio-te, Meu Amor" em compacto-duplo. Saiu-se muito bem como cantora romântica, e passou a gravar MPB sem abandonar o canto lírico.

Norma Suely e Cauby Peixoto
Paralelo à vida artística, em 1958, fez concurso para o Instituto Brasileiro do Café (IBC), onde foi admitida como escrituraria. Logo estava na seção de relações públicas ao lado de jornalistas, o que a levou fazer curso de jornalismo, tornando-se redatora, e subindo para nível universitário com vencimentos.

A carreira como cantora prosseguiu com prestígio e popularidade, até que em 1965, estimulada pelo amigo Walter Mattesco, fez teste para o musical americano "Música, Divina Música", versão teatral de "A Noviça Rebelde", que o produtor Oscar Ornstein apresentou no Teatro Carlos Gomes. Foi aprovada como substituta da protagonista, deixando surpresos os americanos com seu alcance vocal. A atriz começava assim a despontar.

Aceitou o convite para trabalhar no musical "Os Fantastikos" que o diretor Antonio de Cabo começava a montar no pequeno Teatro Carioca do Flamengo. Perto da estréia, recebeu um telefonema de Oscar Ornstein para que assumisse o papel de Maria em "Música, Divina Música" imediatamente. Assim, protagonizou dois espetáculos em uma mesma temporada, já que em "Os Fantastikos" alternava com Suely Franco a personagem feminina principal. A guinada que esse fato causou em sua vida profissional foi avassaladora.

Atuava como cantora e atriz, especialmente de musicais, com brilho e ascensão. A cantora foi parar nas paradas de sucesso com a versão de "Juanita Banana", ao lado do cantor Kleber, uma ideia do grande amigo Abelardo Barbosa, o Chacrinha. Gravou os LPs "A Voz e o Violão" ao lado de Luiz Bonfá e "Festival San-Remo 65", com as célebres canções do festival.

A atriz experimentou o cinema em "Cangerê" (1957), e posteriormente fez "Adorável Trapalhão" (1967), "Rally da Juventude" (1972) e "O Esquadrão da Morte" (1975).

Norma Suely e Juscelino Kubitschek

Nos palcos atuou também em "Onde Canta o Sabiá", "Sabiá 67", "Tem Banana na Banda", "As Garotas da Banda", "Bordel da Salvação", "Tem Piranha na Lagoa", "Missa Leiga", "Independência ou Morte", "Gota D’Água", "O Homem de La Mancha", "O Ministro e a Vedete", "Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá", "Sequestro na Sauna" e "A Dama de Copas e o Rei de Cuba" em Portugal. Suas últimas aparições em teatro foram nas leituras das peças "O Telescópio" e "Revolução dos Beatos", produzidas pela Funarte.

Na televisão ganhou papel escrito especialmente por Gilberto Braga, a cantora de sarau Norma Santiago na novela "Senhora" (1975) da TV Globo, onde cantava a mesma modinha "Quem Sabe" de Carlos Gomes, dos primeiros tempos. Seguiram-se "Nina" (1977), também na TV Globo e "Helena" (1987) na TV Manchete.

Sempre ávida por se reciclar e antenada com tudo à sua volta, voltou a estudar, fazendo Faculdade de Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formando-se em 1982.

Dedicada à família durante toda vida, viveu cercada da tia, Ilka Drummond, irmãos, sobrinhos e primos, demonstrando a mais pura solidariedade e companheirismo. Residindo com a mãe em seu apartamento no Lido, Copacabana, apartamento esse que comprou pela Caixa Econômica Federal, pagando anos a fio até quitá-lo.

Sofreu a perda de Dona Esther no final de 1969, acometida de doença incurável. Muito abalada, afastou-se das atividades profissionais por um ano, até voltar ao teatro em "Tem Banana na Banda", a convite do amigo Nestor Montemar.

Da vida sentimental, foi noiva do italiano Eufêmio Maurizio del Buono enquanto estudou no período de dois anos no Conservatório de Santa Cecília. Mas a relação não resistiu ao aeroporto. No inicio de 1969 conheceu o comerciante Natal Luiz Prosdocimi nas cercanias da praça do Lido, onde também residia, apresentado pelo amigo André Tambourini. Ao assisti-la cantando "Amendoim Torradinho" em uma boate no Flamengo, foi impossível para Natal Luiz resistir. Apaixonaram-se e viveram juntos por quase quarenta anos.


Morte

Norma Suely faleceu em 14/06/2005 no Hospital Pan-Americano da Tijuca, vitimada pela mesma enfermidade de sua amada mãe.


Discografia

  • 1962 - Por Causa do Amor / Suave é a Noite (Odeon, 78)
  • 1960 - Oração do Amor Espanhol / E o Vento Levou (Polydor, 78)
  • 1960 - Jerusalém / Eu Quero Tantas Coisas (Polydor, 78)
  • 1960 - A voz e o Violão - Luiz Bonfá e Norma Suely (Odeon, LP)
  • 1958 - Fascinação / Se Todos Fossem Iguais a Você (Polydor, 78)
  • 1958 - Odeio-te Meu Amor / Olhe-me, Diga-me (Polydor, 78)
  • 1958 - O Amor Numa Serenata / Meu Coração (Polydor, 78)
  • 1955 - Poeira Dourada / Que Importa? (RCA Victor, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Morgana

ISOLDA CORRÊA DIAS
(65 anos)
Cantora

* São Paulo, SP (02/08/1934)
+ São Paulo, SP (04/01/2000)

Isolda Corrêa Dias foi uma cantora brasileira, filha de Geraldo Corrêa Dias e Maria Helena Franco Dias, conhecida com o nome artístico de Morgana Cintra e, posteriormente, Morgana, também era chamada de "A Fada Loira". Morgana cantava em várias línguas e era considerada por muitos como uma das melhores cantoras brasileira.

Seus principais sucessos foram "Arrependida" e "Serenata Do Adeus", ambas de 1958, "Canção Da Tristeza", "Conselho", "Este Seu Olhar", estas de 1959, "Hino Ao Amor", de 1960, "Não Pense Em Mim", de 1967, e "E a Vida Continua", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia. Seus principais discos são "Esta é Morgana" (1959) e "Morgana" (1960).

Morgana ganhou muitos troféus durante sua carreira. Um Troféu Roquete Pinto, das Emissoras Unidas; 8 Discos de Ouro, do programa "Astros do Disco"; o Troféu Chico Viola; Os Melhores da Semana; Discos de Ouro, no Rio de Janeiro; Troféu Imprensa; Troféu Tupiniquim; e tantos outros, tanto em São Paulo, como no Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras.

Morgana estudou no Colégio Alfredo de Gusmão e depois fez curso de balet, na Escola de Bailado da Prefeitura de São Paulo. Estudou canto e piano no Colégio Cristovão Colombo. Continuou os estudos com o maestro Tobias Perfetti e com Zaira Bianchi. Estudou ainda italiano, inglês, francês e castelhano.

Começou sua carreira como cantora lírica, no qual obteve êxito durante sete anos. Em 1958 passou a se dedicar à música popular, adotando o nome Morgana Cintra.


Contratada pela gravadora Copacabana estreou em discos ainda em 1958, quando gravou com o acompanhamento do conjunto de Severino Filho a "Serenata Do Adeus", de Vinícius de Moraes, em gravação que logo obteve grande sucesso. No lado B desse disco gravou com Booker Pittman, pai da cantora Eliana Pittman, o fox "Let's Fall In Love" (Arlen e Kehler). No mesmo ano, gravou o samba "Conselho" (Denis Brean e Osvaldo Guilherme), e o samba-canção "Era Uma Vez", de Lina Pesce. 

Obteve imediatamente grande sucesso com a primeira gravação "Serenata Do Adeus", que tornou-se bastante conhecida através de sua gravação. Logo após gravou "Mais Brilho Nas Estrelas", que também teve grande aceitação pelo público, bem como o recente sucesso de Edith Piaf, em versão de Odair Marzano, "Hino Ao Amor". Morgana também gravou "O Hino do IV Centenário", de Mário Zan.

Em 1958, Morgana recebeu o Troféu Imprensa como melhor cantora, e lançou com a orquestra de Osmar Milani o LP "Esta é Morgana", no qual interpretou as composições "Serenata Do Adeus" (Vinícius de Moraes), "Era Uma Vez" (Lina Pesce), "Sombras Entres Nós" (Hervé Cordovil e René Cordovil), "Dois Orgulhosos" (Antônio Bruno), "Conselho" (Denis Brean e Osvaldo Guilherme), "Mais Brilho Nas Estrelas" (Aloísio Figueiredo e Nelson Figueiredo), "Porque Tu Me Feres" (Gordurinha), e "Amar Ou Não Amar" (Antônio Bruno e Amauri Medeiros).

Em 1959, já com o nome artístico abreviado para apenas Morgana, gravou o samba-canção "Mais Brilho Nas Estrelas" (Aloysio Figueiredo e Nelson Figueiredo), com acompanhamento da orquestra de Osmar Milani, música que ela interpretaria no filme "Moral Em Concordata" (1959) uma comédia com direção e argumento de Fernando de Barros. No lado B desse disco gravou a toada "Bentevi" (Miranda e Maio), com acompanhamento da orquestra de Marin Pereira.


Ainda em 1959, Morgana fez sucesso com a gravação de "Hymne a L'amour" (Edith Piaf e Monnot), em versão de Odair Marzano, em disco que trazia no lado B a seresta "Choro Por Você" (Heitor Carrilho e Betinho). Nesse mesmo período participou do LP "A Música De Dolores" uma homenagem a Dolores Duran, falecida naquele ano, interpretando a "Canção Da Tristeza".

Em 1960, lançou seu terceiro LP interpretando as músicas "Tome Continha De Você" (Édson BorgesDolores Duran), "Encontrei o Amor" (Fernando César e Roberto Mário), "A Rosa (Canção da Rosa Que Eu Te Dou)" (Édson Borges), "Carinho e Amor" (Tito Madi), "Leva-me Contigo" (Dolores Duran), "Sonata Sem Luar" e "Elegia Ao Violão" (Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho), "Menina Moça" (Luis Antônio), "Falar Por Falar" (Fernando César), "Segredo Para Dois" (Fernando César e Ted Moreno), "Só Falta Aqui Você" (Édson Borges e Sandra Alves), e "A Flor" (Vera Brasil e De Rosa).

Em 1961, lançou o LP "Morgana, A Fada Loura" que consolidaria definitivamente sua carreira, disco no qual cantou as músicas "Não Sei Explicar" (F. Jay e A. Harris) em versão de Teixeira Filho"Cantando Baixinho" (Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho), "Manhã à Toa" (Ciloca Madeira e Regina Guerreiro), "Tarde Outonal" (Hector Lagna Fietta e Ribeiro Filho), "Até Sempre (Hasta Siempre)" (Mário Clavell) versão de Teixeira Filho"Volte Pra Mim (Come Back To Me)" (Roy Orbison e J. Nelson), e versão de Ciro Cruz e Marco Antônio Brandão, "Canta Pra Mim" (Lina Pesce), "Amare (Essere Amati)" (D. Vignali e Danpa) versão de Ramalho Neto"Teleco-Teco Nº 3" (Ciloca Madeira e Regina Guerreiro), "Fica Ou Vai" (Inara Simões de Irajá), "A Distância Não Vai Alterar" (H. Hilm, V. Aleda e P. Kreuder) versão de Teixeira Filho, e "Arrependida" (J. C. Villafuerte) versão de Sebastião Ferreira.

Para o natal de 1962, Morgana gravou em dueto com o cantor Moacyr Franco a canção "Natal De Felicidade" (Moacyr Franco e Wilton Franco).


Ainda em 1962, Morgana lançou o LP "Fuga Com Morgana" no qual cantou as músicas "Fuga", de Renato de Oliveira e Nazareno de Brito; "Areia branca", de Jorge Smera e Othon Russo; "Cravo vermelho", de Pernambuco e Sergio Malta; "A volta", de Ted Moreno e Fernando César; "Primeira estrela que vejo", de Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho; "Caminho perdido", de Luis Antônio; "Maldito", de Evaldo Gouveia e Jair Amorim; "Maldade", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme; "Ninguém no mundo (Nessuno al mondo)", de A. Crafer e J. Nebb, e versão de Wilma Valéria; "Quero paz", de Ricardo Galeno e Cirene Mendonça; "Que tristeza é essa", de Silvio César, e "Para que me enganar", de Romeo Nunes e Édson França.

Em 1963, lançou o LP "A Romântica Morgana" com um repertório eminentemente romântico com as músicas: "Nem Deus" (João Roberto Kelly), "Espero Por Ti Meu Amor", uma versão de Claribalte Passos para "Da Un Giorno Al Altro" (F. de Paolis, Galotti e Medini), "Confessa Agora" (Alcyr Pires Vermelho e Hagá Faria), "Meu Grande Amor" (Antônio Bruno), "Adeus à Solidão" (Dalton Vogeler), "Quatro Letras" (Vera Brasil e Sivan Castelo Neto), "Vê, Lembra e Pensa" (Nazareno de Brito e Adolfo Maclerevsky), "Tema Do Amor Triste" (Rildo Hora e Clóvis Mello), "Tu" (Ed Lincoln e Silvio César ), "Canção Do Amor Perdido" (Fredy Chateaubriand e Vinicius de Carvalho), "Mágoa" (Hervé Cordovil e Julio Atlas), e "Tristeza Triste" (Jorge Smera e Paulo Gesta).

Ainda em 1963, sua interpretação para o bolero "Maldito" (Evaldo Gouveia e Jair Amorim), foi incluída no LP "14 Maiorais Nº 2" da gravadora Copacabana, incluindo sucessos daquele momento. Também nesse mesmo ano participou da coletânea "5 Eestrelas Interpretam a Bossa Nova - Elizeth Cardoso, Marisa, Carminha Mascarenhas, Morgana e Lucienne Franco" da gravadora Copacabana que demonstrou o prestígio que tinha na época. Nesse LP interpretou as canções "A Flor" (Vera Brasil e De Rosa) e "Cravo Vermelho" (Pernambuco e Sergio Malta).

Em 1964, participou da coletânea "Tudo De Mim - Poemas e Canções de Jair Amorim" que a gravadora Copacabana lançou homenageando o compositor Jair Amorim. Nesse disco interpretou o bolero "Maldito". No mesmo ano, sua interpretação para o bolero "Deixa Pra Lá" (Nóbrega e Souza e Jerônimo Bragança), foi incluída no LP "As 14 Maiorais Em Boleros" da gravadora Copacabana.


Em 1965, gravou o LP "Morgana, Morgana, Morgana" que teve como destaque o bolero "Amor Eterno" (Alfredo Borba e Edson Borges), que foi incluído também na coletânea "Sucessos Volume 1" da gravadora Continental.

Morgana também atuou como cantora na TV. Sua canção mais famosa foi a música-tema da novela "O Direito de Nascer", da extinta TV Tupi, em 1965, escrita por por Talma de Oliveira e Teixeira Filho, baseada no original cubano de Félix Caignet, com direção de Lima Duarte, José Parisi e Henrique Martins. Nessa época, Morgana era carinhosamente chamada de "Fada Loira".

Em 1966, participou da coletânea "Lina Pesce - Seus Grandes Sucessos" com o qual a gravadora Copacabana homenageou a compositora Lina Pesce. Nesse disco foi incluída sua gravação para a música "Era Uma Vez".

Em 1967, duas gravações suas foram incluídas na coletânea "14 Sucessos De Ouro - Volume 8" da RGE, "Não Pense Em Mim" e "Kilimandjaro". No mesmo ano, participou da coletânea carnavalesca "Carnaval 68" do selo Som Maior interpretando a marcha "A História De Um Pierrot" (Celso Mendes).

Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção Popular defendendo a composição "Engano" (Renato de Oliveira e Fernando César), incluída no volume II dos discos do Festival lançados pela Odeon.

Morgana foi casada com Amaury Garcia de Oliveira, que trabalhava no ramo de restaurantes. E eles tiveram um filho, de nome Amaury. Em 1973, no auge do sucesso no Brasil e no exterior, ela decidiu trocar a carreira de cantora por uma rede de pizzarias, em sociedade com o marido.

Em 1977, sua interpretação para a "Serenata Do Adeus" (Vinícius de Moraes), foi incluída no LP "As Grandes Cantoras da MPB" do selo Som/Copacabana. Essa mesma gravação seria incluída em 1980, no LP "Saudade & Fossa" do selo Seta.

Morgana faleceu aos 65 anos, em 04/01/2000, e foi sepultada no Cemitério Quarta Parada, em São Paulo.


Discografia


  • 1966 - Lina Pesce - Seus Grandes Sucessos (Copacabana, LP)
  • 1965 - Morgana, Morgana, Morgana (Copacabana, LP)
  • 1964 - Deixa Lá / Luar Do Nosso Adeus (Copacabana, 78)
  • 1964 - As 14 Maiorais Em Boleros (Copacabana, LP)
  • 1964 - Tudo de Mim - Poemas e Canções de Jair Amorim (Copacabana, LP)
  • 1963 - Fuga / Ninguém No Mundo (Copacabana, 78)
  • 1963 - A Romântica Morgana (Copacabana, LP)
  • 1963 - 5 Estrelas Interpretam a Bossa Nova - Elizeth Cardoso, Marisa, Carminha Mascarenhas, Morgana e Lucienne Franco (Copacabana, LP)
  • 1962 - Maldito / Eu, a Tristeza e Você (Copacabana, 78)
  • 1962 - Natal de Felicidade (Copacabana, 78)
  • 1962 - Fuga Com Morgana (Copacabana, LP)
  • 1961 - Não Sei Explicar / A Distância Não Vai Alterar (Copacabana, 78)
  • 1961 - Amar / Cantando Baixinho (Copacabana, 78)
  • 1961 - Morgana, A Fada Loura (Copacabana, LP)
  • 1960 - Sonata Sem Luar / Elegia Ao Violão (Copacabana, 78)
  • 1960 - Este Amor / A Rosa (Copacabana, 78)
  • 1960 - Morgana (Copacabana, LP)
  • 1959 - Mais Brilho Nas Estrelas / Bentevi (Copacabana, 78)
  • 1959 - Hymne a L'amour / Choro Por Você (Copacabana, 78)
  • 1959 - Morgana (Copacabana, LP)
  • 1958 - Serenata Do Adeus / Let's Fall In Love (Copacabana, 78)
  • 1958 - Conselho / Era Uma Vez (Copacabana, 78)
  • 1958 - Esta é Morgana (Copacabana, LP)